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Dissertação para obtenção do grau de Mestre em ... - APFAC

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Salienta-se, como referência <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>senvolvimento, o aparecimento no Centro da Europa (1960) das<br />

Argamassas Retardadas ou Estabilizadas. Este tipo <strong>de</strong> argamassas é pre<strong>para</strong><strong>do</strong> <strong>em</strong> fábrica,<br />

transporta<strong>do</strong> <strong>para</strong> a obra e coloca<strong>do</strong> <strong>em</strong> recipientes específicos <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> posteriormente ser<br />

aplicadas num perío<strong>do</strong> até 36 horas. Estas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estabilização são obtidas com recurso a<br />

adjuvantes retarda<strong>do</strong>res <strong>de</strong> presa e introdutores <strong>de</strong> ar [8] . Actualmente, estas argamassas ainda<br />

apresentam pouca expressão com<strong>para</strong>tivamente com as restantes soluções <strong>de</strong> argamassa <strong>para</strong><br />

rebocos, o que se po<strong>de</strong> justificar, <strong>em</strong> parte, por ter<strong>em</strong> pouca varieda<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> com<strong>para</strong>das com as<br />

argamassas secas, <strong>para</strong> além <strong>do</strong> que a sua utilização só se torna rentável a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />

volumes <strong>de</strong> trabalho [5].<br />

Em Portugal, as primeiras argamassas fabris (limitan<strong>do</strong>-se nesta altura aos Cimentos - Cola) tiveram<br />

o seu fabrico entre 1970 e 1980. Também nesta altura começaram a aplicar-se Monomassas<br />

importadas <strong>de</strong> França 3 . Ainda neste âmbito, salienta-se o primeiro registo <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong> reboco<br />

hidráulico (acompanhadas <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> aplicação <strong>em</strong> obra com reboco ensaca<strong>do</strong>) [9][10][11].<br />

Até ao ano 2000, como marcos impulsiona<strong>do</strong>res <strong>do</strong> incr<strong>em</strong>ento da utilização <strong>de</strong>stes produtos,<br />

salienta-se a ocorrência da Exposição Mundial <strong>em</strong> Lisboa <strong>em</strong> 1998 (EXPO 98), cujo volume <strong>de</strong><br />

trabalhos, prazos <strong>de</strong> execução e qualida<strong>de</strong> exigida possibilitou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas técnicas<br />

<strong>de</strong> construção b<strong>em</strong> como <strong>de</strong> novos produtos. Estas condicionantes associadas às obras <strong>de</strong><br />

construção <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> nível que se <strong>de</strong>senvolveram <strong>em</strong> re<strong>do</strong>r da EXPO 98, que recorreram <strong>em</strong><br />

exclusivo a argamassas fabris, propiciaram o aparecimento <strong>do</strong>s primeiros silos <strong>em</strong> obra. Na<br />

generalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> país, <strong>em</strong> especial nas zonas urbanas, assistia-se a um gran<strong>de</strong> crescimento da<br />

construção nova, reforçan<strong>do</strong> o referi<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento [9].<br />

No início <strong>de</strong>ste século já existia <strong>em</strong> Portugal alguma expressão <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas nacionais e<br />

multinacionais produtoras <strong>de</strong> argamassas secas. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> no sector<br />

conduziu à formação (<strong>em</strong> 2002) da Associação Portuguesa Dos Fabricantes <strong>de</strong> Argamassas <strong>de</strong><br />

Construção – <strong>APFAC</strong>. Esta associação representa Portugal junto da EMO, European Mortar Industry<br />

Organization (Fe<strong>de</strong>ração Europeia <strong>de</strong> Fabricantes <strong>de</strong> Argamassas) [8] .<br />

A passag<strong>em</strong> das argamassas pre<strong>para</strong>das <strong>em</strong> obra <strong>para</strong> produtos fabris acarretou consigo o<br />

cumprimento <strong>de</strong> Normas Europeias obrigatórias, à s<strong>em</strong>elhança <strong>do</strong> que acontece com outros produtos<br />

Fabris. Este aspecto da normalização será aborda<strong>do</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>talhe no ponto 3.1, contu<strong>do</strong> refere-se<br />

nesta fase alguns aspectos essenciais tais como a publicação da Directiva <strong>do</strong>s Produtos da<br />

Construção <strong>em</strong> 1989 pela União Europeia, a norma relativa às argamassas pré-<strong>do</strong>seadas <strong>de</strong><br />

revestimento <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s - Norma Europeia Harmonizada EN 998-1:2003 - Specification for Mortary<br />

for Masonry – Part 1: Ren<strong>de</strong>ring and plastering mortary que estabelece as condições necessárias à<br />

marcação CE (conforme os requisitos essenciais), <strong>para</strong> que seja possível a colocação <strong>de</strong> produtos no<br />

merca<strong>do</strong> [1][12]. Esta sequência t<strong>em</strong>poral está evi<strong>de</strong>nciada na Fig. 2.1.<br />

3 Segun<strong>do</strong> o Engº Carlos Duarte (Presi<strong>de</strong>nte da Associação Portuguesa Dos Fabricantes <strong>de</strong><br />

Argamassas <strong>de</strong> Construção – <strong>APFAC</strong>), a França constitui-se <strong>em</strong> muitas áreas e <strong>em</strong> particular na<br />

Construção, uma referência <strong>para</strong> Portugal.<br />

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