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SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA<br />
MANTENEDORA DA PUC Minas E DO<br />
COLÉGIO SANTA MARIA<br />
Caro(a) aluno(a),<br />
ROTEIRO DE ESTUDO – III ETAPA LETIVA<br />
LÍNGUA PORTUGUESA – 3.º ANO/EF – 2012<br />
É tempo de conferir os conteúdos estudados na III Etapa, suas dúvidas e possíveis<br />
dificuldades. Com o estudo diário, o esclarecimento junto à sua Professora e a realização de<br />
outros exercícios, você poderá avançar nos seus conhecimentos em Língua Portuguesa.<br />
Preparamos para você uma série de atividades que, juntamente com seu livro-texto e os<br />
trabalhos desenvolvidos em sala de aula, poderão ajudá-lo(a) a se preparar para a Avaliação de<br />
Recuperação.<br />
I – CONTEÚDOS:<br />
1<br />
<strong>Bons</strong> <strong>estudos</strong>!<br />
PRÁTICA DE LEITURA: textos de linguagens verbais, não verbais ou mistas de diferentes<br />
gêneros.<br />
CAPACIDADES BÁSICAS DE LINGUAGEM A DESENVOLVER: narrar, relatar, argumentar,<br />
expor e descrever através de gêneros orais e escritos: imagem (ilustração, pintura, foto)<br />
história em quadrinhos, tira, anedota, capa de revista em quadrinhos, anúncio, cartaz, texto<br />
jornalístico, etiqueta, legenda, texto instrucional, capa de DVD.<br />
LÍNGUA – LINGUAGEM – ORTOGRAFIA – TEXTUALIDADE: onomatopeia; interjeição;<br />
substantivo comum e próprio; sinais de pontuação: dois pontos e reticências; coerência<br />
textual; divisão silábica; tonicidade, emprego de ês/esa, c, ç, z, s.
Ana <strong>Maria</strong> Machado<br />
Era uma vez uma mãe... que tinha medo de lagartixa.<br />
No resto, era valente: ficava sozinha, cantava no escuro, tomava sopa quente.<br />
Era mesmo corajosa: enfrentava barata, discutia com o chefe, tomava injeção<br />
toda prosa.<br />
De bicho de pena e de bicho de pelo, ela gostava muito. Filho dela podia ter<br />
cachorro, gato, coelho, periquito, curió, canário, porquinho-da-índia.<br />
Nem que fosse tudo ao mesmo tempo, ela não se incomodava, até animava, mais<br />
ainda inventava.<br />
Peixe e jabuti, também, ela deixava como ninguém. E tinha aquário redondo com<br />
peixe vermelho e tinha varanda vermelha com jabuti redondo.<br />
Se os filhos descobrissem macaco com asa, ela era capaz de deixar em casa.<br />
Se para uma vaca encontrassem lugar, não ia ser ela quem ia atrapalhar.<br />
Se na área um cavalo coubesse direito, a meninada ia logo dar jeito, e ela na<br />
certa ia achar perfeito.<br />
Mas sapo? Minhoca? Perereca? Camaleão? Nem queria saber. Disfarçava e ia se<br />
esconder.<br />
Os filhos explicavam:<br />
— Mamãe, que é que tem? Um bicho tão bonzinho, não faz nada, olha aí!<br />
Ela olhava. Mas não gostava.<br />
E aqueles lagartinhos nas pedras-do-sol?<br />
— Um bichinho à toa, mãe, deixe de ser boba!<br />
Mas aí ela era boba. Tão boba que no caminho da praia, pelo meio do matinho, ia<br />
pisando forte e falando alto, fazendo barulho só para assustar os lagartinhos – que<br />
saíam correndo, morrendo de medo de uma mulher tão grande e barulhenta.<br />
Mas o medo maior era o que a mãe tinha de lagartixa.<br />
— Um perigo dentro de casa! Pode atacar a qualquer instante!<br />
— Atacar, mãe? Que ideia – ria Antônio.<br />
— Que gracinha, mãe. Olha aquela lagartixa lá no alto da parede – mostrava<br />
João.<br />
— É mesmo, branquinha e transparente, de cabeça em pé. Parece filhote de<br />
jacaré – dizia Luísa.<br />
Não adiantava. Ela não gostava.<br />
Um dia, resolveram pregar uma peça nela.<br />
Na saída da escola, tinha um vendedor de bala, estalinho, pirulito e brinquedo.<br />
Brinquedos gozados: baratas e aranhas de plástico, lagartixas de mentirinha.<br />
Compraram duas e levaram para casa. Puseram uma na gaveta, outra na<br />
prateleira, ao lado.<br />
Quando ela chegou do trabalho e foi mudar a roupa, foi um susto. Quer dizer,<br />
primeiro foi um:<br />
— Ai! Me ajudem! Antônio! Luísa! João!<br />
Depois foram dois sustos:<br />
2
— Depressa! Vem cá todo mundo!<br />
Os meninos foram correndo. E viram a mãe tremendo.<br />
— Uma lagartixa horrorosa! Subiu pelo meu braço e correu para a gaveta! E tem<br />
outra medonha ali na prateleira... Pelo amor de Deus, vocês peguem esses bichos<br />
horríveis, que eu não aguento nem ver!<br />
Os meninos se olharam enquanto ela saía:<br />
— E lagartixa de brinquedo sobe pelo braço?<br />
— Será que tem alguma de verdade?<br />
Olharam bem. Não tinha. Só as mesmas, de brinquedo. E ela com tanto medo!<br />
Que mãe fiteira! E, ainda por cima, inventadeira...<br />
Foram rir dela, numa grande gozação: mas chegaram na sala e não riram. Porque<br />
que ela falou foi assim:<br />
— Que bom que vocês estavam em casa. Vocês são tão corajosos... Fico tão<br />
orgulhosa de meus filhos que não têm medo e tomam conta de mim...<br />
E, sentada no sofá, abraçou os três ao mesmo tempo, fechou os olhos, encostou<br />
a cabeça neles, feito menina pequena.<br />
E eles se olharam e entenderam.<br />
Todo mundo tem seu medo, cada um tem seu segredo. Quem parece sempre<br />
forte, no fundo é meio sem sorte: tem que aguentar bem sozinho, sem ajuda nem<br />
carinho:<br />
— A mãe é que nem a gente.<br />
E gente se assusta, chora, ri, fala, inventa, conta, grita e cochicha. E pode até<br />
ter medo de lagartixa.<br />
Alguns medos e seus segredos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.<br />
01. Escreva o significado das palavras destacadas na frase.<br />
a) Filho dela podia ter cachorro, gato, coelho, periquito, curió, canário, porquinho-daíndia.<br />
b) Que mãe fiteira!<br />
c) E, ainda por cima, inventadeira...<br />
d) Disfarçava e ia se esconder.<br />
e) E tem outra medonha ali na prateleira...<br />
3
02. Copie:<br />
a) O título da história:<br />
b) O título do livro de onde o texto foi retirado:<br />
c) O nome da autora:<br />
03. Responda:<br />
a) Quem conta a história? A mãe, os filhos ou um narrador que não participa da história?<br />
Copie do texto uma frase que comprove sua resposta.<br />
b) Onde acontece a história?<br />
c) Qual brincadeira as crianças fizeram com a mãe?<br />
d) No final da história as crianças vão até a sala. O que elas foram fazer lá?<br />
04. Identifique os personagens da história.<br />
05. Releia e responda.<br />
... Filho dela podia ter cachorro, gato, coelho, periquito, curió, canário,<br />
porquinho-da-índia. [...]<br />
Mas sapo? Minhoca? Perereca? Camaleão? ? Nem queria saber. Disfarçava e ia se<br />
esconder.<br />
Quais os animais citados no trecho que a mãe não gostava?<br />
4
06. Cite:<br />
a) Duas características da mãe:<br />
b) Duas ações da mãe:<br />
07. Leia o trecho abaixo:<br />
Os meninos foram correndo. E viram a mãe tremendo.<br />
— Uma lagartixa horrorosa! Subiu pelo meu braço e correu para a gaveta! E tem<br />
outra medonha ali na prateleira... Pelo amor de Deus, vocês peguem esses bichos<br />
horríveis, que eu não aguento nem ver!<br />
a) Qual a ação dos personagens que gerou o fato descrito no trecho acima?<br />
b) O que aconteceu após o fato descrito no trecho acima?<br />
08. Copie o ensinamento transmitido pelo texto.<br />
09. Releia o trecho retirado da história.<br />
Mas o medo maior era o que a mãe tinha de lagartixa.<br />
— Um perigo dentro de casa! Pode atacar a qualquer instante!<br />
— Atacar, mãe? Que ideia – ria Antônio.<br />
— Que gracinha, mãe. Olha aquela lagartixa lá no alto da parede – mostrava<br />
João.<br />
— É mesmo, branquinha e transparente, de cabeça em pé. Parece filhote de<br />
jacaré – dizia Luísa.<br />
Não adiantava. Ela não gostava.<br />
a) Quem são os personagens que participam desse diálogo?<br />
b) Copie, do texto, o trecho do narrador.<br />
5
TEXTO II<br />
c) Identifique a fala de cada personagem:<br />
— Um perigo dentro de casa! Pode atacar a qualquer instante!<br />
— Atacar, mãe? Que ideia – ria Antônio.<br />
— Que gracinha, mãe. Olha aquela lagartixa lá no alto da parede – mostrava<br />
João.<br />
— É mesmo, branquinha e transparente, de cabeça em pé. Parece filhote de<br />
jacaré<br />
Velho-que-vem-com-um-saco, bruxa e seu<br />
caldeirão, gigante-que-come-criança, lobo mau,<br />
bicho-papão; todo mundo teme alguma coisa.<br />
Neste livro até os adultos confessam ter medo,<br />
mesmo que seja de uma simples lagartixa. Mãe<br />
com Medo de Lagartixa: Era uma mãe muito<br />
valente: ficava sozinha, cantava no escuro,<br />
brigava com o chefe e tomava injeção toda<br />
prosa. Adorava todo tipo de bicho, mas de<br />
lagartixa tinha pavor. Com Licença, Seu Bicho<br />
Papão: Era uma noite sem lua, daquelas bem<br />
escuras. Na varanda do sítio, em volta da<br />
fogueira os primos conversavam e cada um<br />
admitiu ter medo de alguma coisa, menos Tonho.<br />
Lobo Mau e o Valente Caçador: Toda noite, o<br />
menininho que vivia numa cabana na floresta<br />
ouvia de seus pais histórias para dormir. E toda<br />
história tinha um lobo mau. O lobinho que vivia na<br />
floresta também ouvia de seus pais histórias que<br />
sempre tinham um caçador malvado. Um dia o<br />
menino e o lobinho se encontraram.<br />
6
10. No TEXTO II é citado personagens e suas características, que causam medo. Identifique<br />
esses personagens e suas características.<br />
11. Responda.<br />
a) Quais são os textos presentes no livro “Alguns medos e seus segredos”?<br />
b) Além do título “Alguns medos e seus segredos”, quais outros elementos existentes na<br />
capa do livro nos transmite a ideia de medo?<br />
12. Leia os trechos e identifique os títulos dos textos:<br />
a) Toda noite, o menininho que vivia numa cabana na floresta ouvia de seus<br />
pais histórias para dormir. E toda história tinha um lobo mau. O lobinho que<br />
vivia na floresta também ouvia de seus pais histórias que sempre tinham um<br />
caçador malvado. Um dia o menino e o lobinho se encontraram.<br />
TEXTO:<br />
b) Era uma mãe muito valente: ficava sozinha, cantava no escuro, brigava<br />
com o chefe e tomava injeção toda prosa. Adorava todo tipo de bicho, mas<br />
de lagartixa tinha pavor.<br />
TEXTO:<br />
c) Era uma mãe muito valente: ficava sozinha, cantava no escuro, brigava<br />
com o chefe e tomava injeção toda prosa. Adorava todo tipo de bicho, mas<br />
de lagartixa tinha pavor.<br />
TEXTO:<br />
d) Era uma noite sem lua, daquelas bem escuras. Na varanda do sítio, em<br />
volta da fogueira os primos conversavam e cada um admitiu ter medo de<br />
alguma coisa, menos Tonho.<br />
TEXTO:<br />
7
TEXTO I<br />
O fantástico em Mirinho é que ele acabava aprendendo tudo. Acostumado a contar<br />
só com ele mesmo, era uma verdadeira esponja. Se via alguém consertar rádio, mexer<br />
com automóvel, escrever à máquina, lidar com computador, dizer uma palavra em<br />
qualquer idioma, xeretava logo, tudo assimilava, tudo queria saber. E aprendia. Defeito<br />
que desse em alguma coisa, até em pensamento, lá estava Clodomiro firme, atento,<br />
querendo consertar. E pior: sabendo!<br />
Quando deu defeito na sala do Dr. Teixeira, um dos donos da firma de exportação,<br />
Mirinho falou logo em trifásico e que devia ser do ar-condicionado. Carga demais. Era.<br />
Quando o carro enguiçou, Mirinho que levava embrulho, ao lado do chofer, disse<br />
que era platinado. Não deu outra. Quando mostrou que estava vazando óleo e que o<br />
freio ia falhar, aconteceu logo.<br />
Ninguém sabe, também, como o menino aprendeu a andar de bicicleta, se nunca o<br />
tinham visto montado numa, a andar de moto, se nunca vira um de perto; a entender de<br />
tipos de avião e de caça submarina. É que a vida para ele era aprender. Ele não via as<br />
coisas. Não ouvia as coisas. Não pegava as coisas. Ele aprendia, aprendia e aprendia.<br />
Uma voracidade incrível. Sabia nome de passarinho, de árvore, de flor, marca de<br />
automóvel, até marca de gente. [...]<br />
Isso não lhe dava vaidade, nem segurança. Era uma espécie de discípulo muito<br />
humilde de todo e de tudo. Não gostava do mais ou menos. Queria saber como as coisas<br />
realmente eram. [...]<br />
BLOCH, Pedro. Miro Maravilha. São Paulo: Ediouro, 2002.<br />
01. Reescreva as frases substituindo as palavras destacadas pelos sinônimos.<br />
a) ... lidar com computador, dizer uma palavra em qualquer idioma, xeretava logo, tudo<br />
assimilava, tudo queria saber.<br />
b) Quando o carro enguiçou...<br />
c) Uma voracidade incrível.<br />
d) Era uma espécie de discípulo muito humilde de todo e de tudo.<br />
8
02. De acordo com o sentido utilizado pelo texto responda: O que é?<br />
a) Platinado<br />
b) Caça submarina<br />
03. Leia a frase abaixo.<br />
Acostumado a contar só com ele mesmo, era uma verdadeira esponja.<br />
Nesse trecho o autor compara Mirinho a uma esponja. Por quê?<br />
04. Escreva um parágrafo caracterizando Mirinho.<br />
05. Responda.<br />
a) O que Mirinho fez quando?<br />
Deu defeito na sala do Dr. Teixeira:<br />
Quando o carro enguiçou:<br />
b) Responda.<br />
Por que Mirinho aprendia tanta coisa?<br />
9
TEXTO II<br />
O protagonista deste livro é um menino que tem muito orgulho de seu pai, um<br />
homem culto, inteligente e que conhece as palavras como ninguém. Se os amigos do<br />
menino querem saber o significado de alguma palavra, é ao pai dele que sempre<br />
recorrem. Quer saber o que é epitélio? Alforje? Lunático? Ele sempre tem uma<br />
resposta.<br />
A curiosidade dos amigos é tão grande que o menino logo percebe: e se começasse<br />
a negociar o significado das palavras? Gorgolão? Vale uma fotografia de navio de<br />
guerra. Enfado? Um sorvete de picolé, trazido pelo dono da sorveteria. Pantomima? Um<br />
chiclete.<br />
E assim começa seu...negocinho. No bairro, escondido do pai, é claro. O menino,<br />
sempre com um humor leve e envolvente, descobre como é importante conhecer as<br />
palavras, pois assim ele vai saber conversar, orientar as pessoas, explicar suas ideias e<br />
sentimentos, desempenhar melhor suas tarefas, progredir na vida, entender todas as<br />
histórias que lê. E, assim, vai aprendendo essas e outras lições valiosas e percebendo<br />
com seu pai o quanto a leitura é necessária, pois quanto mais palavras você conhece e<br />
usa, mais fácil e interessante fica a sua vida.<br />
Para escrever esta história, o jornalista Ignácio de Loyola Brandão inspirou-se<br />
em sua própria infância, na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, nos anos 40.<br />
Seu pai, assim como o pai do personagem do livro, era um apaixonado pelas palavras que<br />
conseguiu formar uma biblioteca com mais de 500 volumes. Segundo Ignácio conta, foi<br />
o pai quem o incentivou a ler desde que foi alfabetizado. E revela outra verdade: sim,<br />
ele chegou a trocar com seus colegas de classe palavras por bolinhas de gude e<br />
figurinhas.<br />
10
c) Observe a capa do livro. Leia o texto. Escreva um parágrafo relacionando a capa do<br />
livro ao texto e justificando a ilustração presente na capa.<br />
d) Procure no dicionário o significado das palavras abaixo.<br />
Alforje<br />
Lunático<br />
Pantomima<br />
e) Responda.<br />
O que é protagonista?<br />
Qual é o assunto que a história “O menino que vendia palavras traz”?<br />
Qual é o negócio realizado pelo protagonista da história? Como ele começa esse<br />
negócio?<br />
f) Identifique as características do pai do protagonista da história “O menino que vendia<br />
palavras”.<br />
g) Leia a afirmativa.<br />
Podemos afirmar que Mirinho, personagem do texto I, é semelhante ao<br />
pai do protagonista da história “O menino que vendia palavras”.<br />
Explique essa afirmativa, citando os pontos de semelhança existentes entre os dois<br />
personagens.<br />
11
TEXTO III<br />
EM CARTAZ NO SESIMINAS, ESPETÁCULO "O MENINO QUE VENDIA PALAVRAS"<br />
ABORDA COM SENSIBILIDADE A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A CRIANÇADA.<br />
Tem muito adulto que não sabe o que significa "tetragonóptero". Mas o<br />
personagem de Eduardo Moscovis, pai do menino vivido por Pablo Sanábio, é "o homem<br />
mais inteligente do bairro" e sabe o significado de quase todas as palavras. O<br />
espetáculo O Menino que Vendia Palavras é baseado no livro homônimo de Ignácio de<br />
Loyola Brandão, que venceu o Prêmio Jabuti de 2008 como melhor obra de ficção.<br />
O enredo gira em torno da curiosidade do menino e de sua turma sobre os<br />
verbetes mais incomuns. Quando todos ficam inquietos sobre o significado de algum<br />
termo, é ao pai do menino que eles recorrem. Sempre cercado de livros, o personagem<br />
de Moscovis é o exemplo de que a leitura enriquece o vocabulário e a imaginação.<br />
Esperto, o menino descobre que pode negociar com os amigos as respostas que obtém<br />
do pai. Uma reviravolta no enredo, porém, vai surpreender o sábio com um termo que ele<br />
não sabe decifrar. Liderado pelo ator global, o elenco tem ainda Letícia Colin, Luciana<br />
Froes, Renato Linhares e Raquel Rocha. Chamam atenção os figurinos elaborados e<br />
criativos e as projeções de vídeos que se alternam em três telas no palco. A trilha<br />
sonora original conta com uma canção gravada por Adriana Calcanhoto especialmente<br />
para a peça.<br />
O MENINO QUE VENDIA PALAVRAS (80MIN). LIVRE. TEATRO SESIMINAS (660 LUGARES).<br />
RUA PADRE MARINHO, 60, SANTA EFIGÊNIA,<br />
☎ 3241-7181 SÁBADO (29), 17H; DOMINGO (30), 11H E 16H. R$ 40,00.<br />
BILHETERIA: 13H/19H TODOS OS DIAS.<br />
12
h) Sobre a peça apresentada no TEXTO III responda.<br />
Em qual teatro ela será apresentada? Onde fica localizado esse teatro? Qual é a sua<br />
capacidade?<br />
Qual é a duração dessa peça?<br />
Quais os dias e horários das apresentações?<br />
Qual o valor da entrada?<br />
Em que local, horário e dia você pode comprar o ingresso?<br />
Qual é o ensinamento que a história traz?<br />
i) Grife, no texto, o trecho que fala sobre o assunto da peça.<br />
j) Observe a ilustração que apresenta a peça “O menino que vendia palavras”. Ela<br />
apresenta pessoas entre livros. Justifique essa ilustração relacionando-a com o tema da<br />
peça.<br />
k) Consulte o TEXTO II e o TEXTO III. Elabore um texto bibliográfico sobre o autor<br />
Ignácio de Loyola Brandão<br />
13
TEXTO I<br />
14
01. Chacrinha, apresentador que tornou famosa a expressão “Quem não se comunica se<br />
trumbica”.<br />
Responda.<br />
O que quer dizer essa frase?<br />
16
02. Tina ao ficar preocupada por não ser compreendida afirma:<br />
— Isso é um grilo! Em plena era da comunicação... e eu não me comunico! ...<br />
Escreva o que significa as expressões abaixo.<br />
“ Isso é um grilo!”<br />
... era da comunicação<br />
03. Durante o diálogo Tina usa diversas gírias. Reescreva as frases substituindo as gírias pela<br />
linguagem formal.<br />
a) “Tem que ficar por dentro da jogada! Do lance... Saca?”<br />
b) “E foi um tremendo barato! Mas depois veio um cara muito grilado e começou a curtir<br />
uma comigo...”<br />
04. Circule o quadrinho que demonstra Tina preocupada.<br />
05. Faça um X no quadrinho que indica que Tina encontrou uma solução para o problema.<br />
06. Responda.<br />
a) Qual era o problema vivido por Tina? Por que ela tinha esse problema?<br />
b) É importante se comunicar bem? Justifique sua resposta.<br />
c) Você conseguiu entender tudo que Tina disse? O que você não conseguiu entender?<br />
Por quê?<br />
17
TEXTO II<br />
Carlos Drummond de Andrade<br />
Sete da matina, está o homem em sua lavoura, lavourando. A roça é um pequeno<br />
escritório, no qual tem de tirar sempre alguma coisa da cabeça ou do coração, para botá-la no<br />
papel. O telefone toca.<br />
A vozinha de cinco anos, feminina, pergunta quem fala. Ele diz o número. Ela pede o<br />
nome.<br />
— Tareco — é o nome que lhe ocorre, de brincadeira.<br />
— E o seu, qual é?<br />
— Gláucia Regina.<br />
— Que que você quer, Gláucia Regina?<br />
— Bater papo. Você tá bom, Tareco?<br />
— Mais ou menos, Glaucinha. E você?<br />
— Tudo bem. Espera um pouco, meu irmão vai falar com você.<br />
A voz do irmão, jeito de uns dois anos mais velho, já veio informada:<br />
— Oi, Tareco. Eu sou o Aldo Roberto.<br />
— Bom dia, Aldo Roberto. Como é, tudo bem?<br />
— Tudo bem, Tareco.<br />
— Que que você quer?<br />
— Eu? Nada. Bater papo com você.<br />
— Papo sobre quê?<br />
— Sobre nada, ué. Papo.<br />
— Alguém mandou você telefonar pra mim?<br />
— Não. Eu abri o livro, achei esse número, Glaucinha discou. A gente gosta de fazer<br />
isso.<br />
— Bem, Aldo Roberto, agora eu estou meio ocupado. Vou desligar. Desculpe, tá?<br />
— Tá. Ciao, Tareco.<br />
Meia hora depois, continuando o homem em seu roçado, outra vez Gláucia Regina ao<br />
telefone.<br />
— Tareco?<br />
— Não. Agora é Badeco — o homem improvisa. — Tareco foi embora.<br />
— Pra onde ele foi?<br />
— Virou balão e saiu por aí. Subiu, subiu, depois estourou.<br />
— E depois?<br />
— Depois os pedacinhos viraram pé direito de sapato, e o pé direito caiu embaixo da<br />
pitangueira.<br />
— Assim ele não cresce mais!<br />
— É, sapato não cresce; achata.<br />
— Diminui. O meu apanhou chuva e encolheu. Pera aí, que meu irmão vai falar com você.<br />
A vez de Aldo Roberto:<br />
— Tareco-Badeco? Minha irmã disse que um de vocês deu no pé e virou não sei o quê, é<br />
mesmo?<br />
— É sim. Mas qual é? Por que você não vai à praia, garoto?<br />
— Eu vou. Você também vai?<br />
— Hoje não posso. Domingo que vem.<br />
— Então tá. Domingo que vem eu encontro você lá. Olha, eu vou de calção azul.<br />
18
— OK.<br />
— Olha, eu sou meio sardento. Tenho sarda até na ponta do nariz. Assim é fácil você me<br />
reconhecer. Você também tem sarda, Badeco?<br />
O homem faz ligeiro auto-retrato, omitindo a idade. Aldo Roberto dá-se por satisfeito,<br />
e ciao.<br />
Mais alguns minutos, de novo Gláucia Regina e Aldo Roberto voltam a atacar. Ele informa<br />
que Gláucia Regina ainda não sabe como vai à praia no domingo: se de biquini vermelho ou de<br />
tanguinha azul-clara. Ela não é sardenta, usa franjinha e rabo-de-cavalo.<br />
— Escute uma coisa, garoto. Sua mãe sabe que vocês telefonam para mim?<br />
— Sabe.<br />
— E que foi que ela disse?<br />
— Ela disse que tá legal, mas que eu não posso dar meu sobrenome nem endereço. Disse<br />
pra minha irmã também.<br />
— E você prometeu?<br />
— Eu prometi. Mas disse que você é meu amigo, Badeco.<br />
— Mas por que é que eu sou seu amigo, Aldo Roberto?<br />
Ah, não sei. Mas é.<br />
— E como foi que vocês guardaram meu número?<br />
— Eu risquei a lápis no livro.<br />
— Não tem ninguém aí em casa com vocês dois?<br />
— Mamãe saiu agora mesmo. Tem a babá de minha irmã.<br />
— Chame a babá.<br />
O homem pergunta à babá que história é essa de duas crianças telefonarem a todo<br />
instante para conversa mole com um desconhecido.<br />
— É isso aí, sim senhor. Eles gostam, brincam de telefone que é uma loucura. A patroa<br />
diz que não faz mal, desde que eu vigie a conversa. O patrão é que não gosta muito, diz que<br />
aumenta esse tal impulso, o senhor sabe, né? Eles têm muitos amigos de telefone. O senhor é o<br />
seu Tareco, desculpe, o seu Badeco, pois não? Seu Badeco, muito prazer em conhecê-lo. O<br />
senhor não repare, criança é fogo!<br />
07. Marque a resposta correta.<br />
A história acontece em<br />
( ) um escritório e em uma casa.<br />
( ) um escritório e uma praia.<br />
( ) uma escola e um clube.<br />
( ) uma praia e um clube.<br />
08. Responda.<br />
a) A maioria dos parágrafos do Texto II inicia-se com travessão. O que esse sinal indica?<br />
b) Em qual período do dia acontece a história? Copie do texto uma frase que comprove<br />
sua resposta.<br />
19
c) Leia a passagem.<br />
Sete da matina, está o homem em sua lavoura, lavourando. A roça é um pequeno<br />
escritório, no qual tem de tirar sempre alguma coisa da cabeça ou do coração, para<br />
botá-la no papel. O telefone toca.<br />
Nessa passagem o autor relaciona dois ambientes de trabalho. Quais ambientes são<br />
esses? Por que o autor utiliza esse recurso?<br />
d) Leia o diálogo.<br />
— E como foi que vocês guardaram meu número?<br />
— Eu risquei a lápis no livro.<br />
A que livro as crianças estão se referindo?<br />
e) Quantas vezes as crianças ligaram para o homem?<br />
09. Transcreva as expressões que indicam o começo de cada ligação.<br />
10. Responda.<br />
a) Por que o autor utilizou expressões para indicar o início de cada ligação?<br />
b) Qual expressão que se repete no final de cada ligação? O que ela indica?<br />
20
TEXTO I<br />
01. Copie:<br />
a) O título do livro:<br />
b) A autora:<br />
02. Responda:<br />
a) Quais elementos aparecem na ilustração do livro?<br />
b) Qual o assunto que essa história abordará?<br />
21
TEXTO II<br />
Cristina Porto<br />
Serafina, às vezes, ficava pensando nelas. Algumas eram engraçadas, não tinham nada a<br />
ver com o que queriam dizer. Outras, não, pareciam ser feitas exatamente pro seu significado.<br />
Amarelo, por exemplo, nunca poderia se chamar vermelho. Nunca. E branco, não tem cara de<br />
branco mesmo?<br />
E as coisas que a gente sente, então? Dessas nem é bom falar. Por que será que dor se<br />
chama dor, amor se chama amor, e saudade se chama saudade?<br />
Agora, tem uma coisa. Amarelo é nome de cor e pronto. E cor a gente vê. Mas dor, amor<br />
e saudade, além da gente não ver, cada um tem um jeito né?<br />
Foi pensando nisso que Serafina resolveu fazer um dicionário especial. Um dicionário que<br />
tentasse explicar o que era saudade, por exemplo. Pois uma vez ela tinha ouvido dizer que em outras<br />
línguas não existia uma palavra que quisesse dizer exatamente a nossa saudade. Então, como é que<br />
ela ia fazer se estivesse em um país estranho e precisasse falar que estava sentindo saudade de<br />
alguém? E como é que um estrangeiro ia se virar aqui, se estivesse na mesma situação?<br />
É. Serafina achou que era um motivo mais que suficiente pra se fazer um dicionário. Mas<br />
tinha de ser um dicionário diferente, que falasse mais das coisas, desse alguns exemplos e<br />
contasse até algumas histórias, se fosse preciso.<br />
Só que, pra isso, Serafina ia ter que fazer algumas pesquisas antes. Talvez fosse bom<br />
conversar com algumas pessoas, para ver o que elas pensavam. Algumas pessoas que não<br />
tivessem vergonha de dizer o que sentiam, mesmo que não achassem esse sentimento muito<br />
bonito. Até parece que o sentir pode ser feio ou bonito né? Serafina só queria saber quem<br />
tinha inventado uma besteira daquelas. Era capaz de apostar que tinha sido um parente bem<br />
perto daquele que disse que homem não pode chorar.<br />
[...]<br />
Serafina tinha muitos amigos. Era conhecida por toda a criançada da vizinhança. E por<br />
algumas pessoas mais velhas, também. Ela tinha um jeitinho todo especial para lidar com essas<br />
pessoas. Seu Antenor era uma delas. Com voz rouca e arrastada, batia longos papos com a<br />
menina. Seu Nonô era motorneiro aposentado e morava sozinho em uma casa de esquina da rua<br />
de Serafina. Ele, sua boina, seus passarinhos, seu papagaio, Odorico, e suas, histórias, é claro.<br />
Foi justamente seu Nonô que Serafina que Serafina procurou para falar de seu<br />
dicionário. Depois de ter conversado com algumas pessoas sobre o assunto, teve a certeza de<br />
que só ele poderia ajuda-la. Todo mundo se embananou, enrolou, enrolou e acabou não dizendo<br />
nada que pudesse se aproveitar.<br />
E lá se foi Serafina, muito compenetrada, tratar de negócios com seu amigo:<br />
— Oi, seu Nonô. Eu vim oferecer uma parceria pro senhor, é só me ajudar a fazer um<br />
trabalho muito importante. Como é, topa ou não topa?<br />
— Calma, minha filha. Primeiro eu preciso saber do que se trata.<br />
Serafina explicou, seu Nonô entendeu e topou. E combinaram se encontrar uma vez por<br />
semana pra conversar, discutir a ideia e depois fazer o trabalho.<br />
Muitas semanas se passaram, muitas conversas e discussões, e saiu o tal dicionário. Quer dizer,<br />
não saiu bem um dicionário. Saiu um livro de histórias. Um livro de histórias sobre as coisas que<br />
a gente sente. Histórias contadas por Serafina e seu amigo Nonô.<br />
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03. Consulte um dicionário e escreva o significado das palavras destacadas.<br />
a) E como é que um estrangeiro ia se virar aqui, se estivesse na mesma situação?<br />
b) Seu Nonô era motorneiro aposentado e morava sozinho em uma casa de esquina da<br />
rua de Serafina.<br />
c) Ele, sua boina, seus passarinhos, seu papagaio, Odorico, e suas, histórias, é claro.<br />
d) Todo mundo se embananou, enrolou, enrolou e acabou não dizendo nada que<br />
pudesse se aproveitar.<br />
e) E lá se foi Serafina, muito compenetrada, tratar de negócios com seu amigo...<br />
04. Leia o parágrafo abaixo e responda.<br />
Foi pensando nisso que Serafina resolveu fazer um dicionário especial. Um<br />
dicionário que tentasse explicar o que era saudade, por exemplo. Pois uma vez ela tinha<br />
ouvido dizer que em outras línguas não existia uma palavra que quisesse dizer exatamente<br />
a nossa saudade. Então, como é que ela ia fazer se estivesse em um país estranho e<br />
precisasse falar que estava sentindo saudade de alguém? E como é que um estrangeiro ia<br />
se virar aqui, se estivesse na mesma situação?<br />
a) O que levou Serafina a querer escrever um dicionário?<br />
b) Como seria o dicionário que Serafina queria criar?<br />
05. Para escrever o dicionário Serafina realizou algumas ações. Numere as ações abaixo de<br />
acordo com a ordem em que aconteceram.<br />
( ) Conversar com algumas pessoas, para ver o que elas pensavam.<br />
( ) Criar o dicionário.<br />
( ) Encontrar uma vez por semana para discutir a ideia.<br />
( ) Explicar a quem iria ajudá-lo o trabalho que queria desenvolver.<br />
( ) Selecionar quem poderia ajudá-la.<br />
06. Marque a resposta certa.<br />
A pessoa que ajudou Serafina a criar o dicionário era,<br />
( ) um adulto.<br />
( ) um jovem.<br />
( ) uma criança.<br />
( ) uma pessoa idosa.<br />
Copie do TEXTO II uma frase que comprove sua resposta.<br />
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07. Leia o parágrafo abaixo e responda.<br />
Muitas semanas se passaram, muitas conversas e discussões, e saiu o tal dicionário.<br />
Quer dizer, não saiu bem um dicionário. Saiu um livro de histórias. Um livro de histórias<br />
sobre as coisas que a gente sente. Histórias contadas por Serafina e seu amigo Nonô.<br />
A ideia inicial de Serafina era escrever um dicionário, mas o que foi escrito foi um livro<br />
de histórias. Por quê?<br />
08. Escreva um parágrafo relacionando o TEXTO I e o TEXTO II.<br />
TEXTO III<br />
<strong>Maria</strong> Cristina Martins Porto nasceu na cidade de Tietê, interior do estado de São Paulo,<br />
em 13 de outubro de 1949. Veio para a capital em 1969, fazer o curso de Letras na<br />
Universidade de São Paulo - USP. Pouco tempo depois, começou a dar aulas para crianças em<br />
uma escola municipal, na periferia da cidade. Mais tarde, deixou o magistério para trabalhar na<br />
editora Abril, onde ficou alguns anos, sempre envolvida com revista e livros infantis.<br />
Publicou seu primeiro livro, “Se... Será, Serafina?”, em 1980. Em seguida vieram “O<br />
Dicionário de Serafina”, “O Sono da Estrela”, “Joana Banana”, “<strong>Maria</strong> Céu na Boca”, “Chico<br />
Palito”, “Azulão”, a coleção “Crie & Conte” e muito outros títulos. Em 1987, passou a dedicar-se<br />
quase que exclusivamente à Literatura.<br />
01. Marque a resposta certa.<br />
O TEXTO III é,<br />
( ) uma biografia.<br />
( ) uma narrativa.<br />
( ) uma notícia.<br />
( ) uma reportagem.<br />
02. Escreva as características do texto acima.<br />
03. Responda.<br />
a) Quem é Cristina Porto?<br />
b) Quais as obras que ela já publicou?<br />
c) Para qual publicou ela escreve?<br />
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TEXTO IV<br />
04. A página acima é de um dicionário. Observe-a e escreva como um dicionário é<br />
organizado.<br />
ESTR/gmf<br />
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