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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
APOSTILA 4 – PRINCÍPIOS CRISTÃOS<br />
AULA 23 – PRINCÍPIO BÍBLICO DA ADORAÇÃO & LOUVOR (PARTE 8)<br />
1) DANÇAR OU NÃO DANÇAR? DENTRO OU FORA DO CULTO? SECULAR OU GOSPEL?<br />
QUESTIONAMENTOS:<br />
* Será que os que promovem eventos, aproveitam a pregar o evangelho autêntico de Jesus?<br />
* Será que os dançarinos são desafiados e dispostos a tomar suas cruzes e seguir a Jesus?<br />
* O verdadeiro cristão deveria desejar entrar em algum lugar de diversão e se entregar a<br />
algum entretenimento que poderia impedir a benção divina?<br />
* Seriam as almas dançantes, iludidas, transviadas e perdidas nos desperdícios da moda?<br />
* Diante de Deus, dançar acompanhando hinos nas igrejas não seria o mesmo pecado de<br />
dançar com os ritmos do mundo?<br />
* Haveria diferença para Deus entre o dançar mundano e fazer coreografia na igreja?<br />
* Uma vida curada, liberta e restaurada geraria uma dança curada, liberta e restaurada?<br />
* Se nem Jesus, os apóstolos ou a igreja primitiva dançou, devemos dançar?<br />
* Se já vimos que há diferenças entre músicas, como hinos e letras aparentemente “gospel”,<br />
ocorreria também, essa realidade com as danças, onde teríamos as espirituais e as carnais?<br />
* Se tudo o que há em nós deve bendizer ao Senhor, poderia nosso corpo adorar em<br />
movimento, ao Senhor, o que seria isso considerado como dança espiritual?<br />
* Deveríamos adorar a Deus em posição de sentido como os militares fazem, ajuntados?<br />
* Se Deus “aboliu” os rituais judaicos aos gentios que têm acesso pela fé em Cristo em sua<br />
presença, deveríamos nos prender a ritos ou normas do A.T. para adorar a Deus?<br />
* Se Ele nos outorgou a liberdade do Espírito, devemos nos prender a algo que não seja<br />
pessoal a adorar a Deus, como que estando presos a dogmas de igrejas?<br />
* Como conciliar os efeitos benéficos da dança para a saúde e possíveis males à alma?<br />
* Haveria algum benefício espiritual para a dança, visto que quanto ao corpo e à alma é<br />
possível ter algum aproveitamento?<br />
INTRODUÇÃO:<br />
É nosso dever debater aqueles assuntos que versam sobre a vida da Igreja de Jesus,<br />
quanto à doutrina, prática e liturgia. É fato experimentado em nossos dias, que há uma inclinação<br />
acentuada para a novidade e ênfase na criatividade humana como expressão litúrgica e teológica.<br />
Nosso tempo é de um exacerbado humanismo e subjetivismo e, aquilo que nos parecia impossível<br />
acontecer anos atrás, hoje nosso “espírito de boa convivência” já não luta, aceita e começamos a achar<br />
que tudo está bem. Corremos sempre o risco de tal como aconteceu com os coríntios, nos unir em torno<br />
daquilo que deveria nos separar, e nos separar em torno do que deveria nos unir.<br />
A ordem específica do Senhor foi: Ide, e fazei discípulos, pregando o Evangelho: Os<br />
Apóstolos nunca se preocuparam com modelos de louvor, que só promove exibição e caixas<br />
gordos com a propagação dos produtos vendidos.<br />
Eles dedicavam-se à oração e à Palavra, enquanto alguns outros à obra assistencial da igreja,<br />
embora o louvor solene estivesse incluído, e sempre a partir do interior do coração de cada cristão.<br />
A matéria prima da dança é o movimento, que por sua vez acontece em um corpo. Se o<br />
conceito sobre o corpo humano é carregado da visão de um “corpo-pecado”, com certeza tudo<br />
relacionado a esse corpo também estará relacionado aos mesmos conceitos.<br />
Estamos vivendo um tempo profético que antecede o retorno do Senhor Jesus, em que Deus está<br />
resgatando o que é DELE; não a dança em si, mas o Templo do Espírito Santo, que somos nós, com<br />
uma visão restaurada de corpo, de humanidade e de adoração.<br />
A dança na Igreja não pode ser uma moda, pois Deus não precisa da nossa dança, nem da<br />
nossa música, muito menos se emociona com nossos talentos. Ele anseia por vidas restauradas,<br />
vasos de honra; pessoas pensando em Cristo, buscando libertação, cura e entendimento como<br />
vidas restauradas, baseadas na Sua Santa Palavra, esperando vigilantes a sua vinda.<br />
A REALIDADE MUSICAL NO MUNDO ATUAL:<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
Não faltam estilos para escolher: música eletrônica e todas as suas vertentes, rock, gótico,<br />
hip-hop, forró, funk, gafieira, bolero, tango...<br />
E não é só nas boates, onde normalmente homens e mulheres se balançam ao som de música alta<br />
e sob luzes hipnóticas. Para quem adora dançar, não existe tempo ou lugar definido.<br />
Muitos encaram a dança como um transe psicodélico para perder a noção do tempo.<br />
Muita gente dança virada para a parede, rebolando até o chão, se rastejando, montando<br />
coreografias, mas o que me chama mais a atenção é o fato de os homens serem sempre os mais<br />
descompassados.<br />
Muitos dançam para chamar a atenção em lugares apertados nos quais as pessoas, para<br />
conseguirem se mexer, ficam se esbarrando umas nas outras.<br />
Muitas pessoas afirmam que a dança é um ato com conseqüências muito mais profundas do<br />
que a simples satisfação de se envolver por um ritmo; um ritual que pode levar a um certo tipo de<br />
transe espiritual que não deve ser compartilhado, como terapia para o corpo e a mente.<br />
2) O CONCEITO DO DICIONÁRIO DE DANÇA:<br />
Mas o que é dançar? Dançar é mover o corpo de maneira ritmada, geralmente ao som da<br />
música; oscilar; girar; saltar. Dança, em sentido geral, é a arte de mover o corpo segundo uma<br />
certa relação entre tempo e espaço, estabelecida graças a um ritmo e a uma composição<br />
coreográfica e pela 1ª vez no Brasil, ela faz parte dos parâmetros nacionais de educação.<br />
FORMAS DE DANÇA: Formas Artísticas: Danças Cênicas - Dança Medieval - Balé - Dança<br />
Moderna - Dança contemporânea - Danças Sociais: Dança popular tradicional - Dança de salão - Dança<br />
do ventre - Dança de Rua.<br />
Mas o que é Coreografia? Uma coreografia (do grego χορογραφία; χορεία "dança" e -<br />
γραϕία "grafia", "escrita") é arte de compor trilhas ou roteiro de movimentos que compõem uma<br />
dança. Em toda forma de balé existe uma coreografia, no balé clássico ela é composta por um grupo de<br />
movimentos mais padronizados, na dança moderna os movimentos são mais livres e na dança<br />
contemporânea há quase uma quebra do conceito de coreografia já que, ao contrário das outras duas os<br />
movimentos são tão livres que nem sempre há uma representação gráfica.<br />
A coreografia serviria, portanto para descrever a dança que será executada, ou melhor, a<br />
coreografia é o conjunto de movimentos e a sequência deles que compõe a dança que segue<br />
uma trilha musical. Muito embora haja espetáculos de dança contemporânea sem trilha musical.<br />
3) A DANÇA NA HISTÓRIA HUMANA:<br />
Na origem das civilizações aparecem as danças individuais com conotações sexuais e as danças<br />
coletivas, associadas à adoração da divindade para obter êxito em guerras ou na caça, ou ainda para<br />
solicitar bom tempo e chuva, e outros.<br />
O desenvolvimento da sensibilidade artística do ser humano determinou que a dança se<br />
configurasse como manifestação estética, pois o caráter religioso foi comum às danças clássicas<br />
dos povos asiáticos. No antigo Egito, já se realizavam as chamadas danças astroteológicas em<br />
homenagem ao deus Osíris. Na Grécia clássica, a dança era freqüentemente vinculada aos jogos,<br />
em especial aos olímpicos.<br />
Com o Renascimento, a dança teatral, virtualmente extinta em séculos anteriores, reapareceu com<br />
força nos cenários cortesãos e palacianos. Uma das danças cortesãs de execução mais complexa foi o<br />
minueto, depois foi a valsa, considerada dança cortesã por excelência, e com ela se iniciou a passagem<br />
da dança em grupo ao baile de pares.<br />
A configuração de um gênero de dança circunscrito ao âmbito teatral determinou o<br />
estabelecimento de uma disciplina artística que, em primeira instância, ocasionou o<br />
desenvolvimento do balé, sapateado e o swing, mas a divulgação da dança se deu também fora<br />
do mundo do espetáculo, principalmente nas tradições populares.<br />
4) O ATO DE DANÇAR:<br />
O ato de dançar é definido como uma manifestação instintiva do ser humano. A mais antiga<br />
das artes, a dança é também a única que dispensa qualquer tipo de material e ferramenta.<br />
Para realizá-la, dependemos somente do corpo e da criatividade para cumprir sua função enquanto<br />
meio de afirmação dos sentimentos e experiências subjetivas do homem.<br />
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A dança é uma das três principais artes cênicas da Antigüidade, ao lado do teatro e da<br />
música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos<br />
(coreografia), ou improvisados (dança livre).<br />
Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso<br />
de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.<br />
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou<br />
cerimônia; como arte, a dança se expressa através de movimento, com ou sem ligação musical,<br />
para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculando das particularidades<br />
do teatro. A dança contemporânea surgiu como nova manifestação artística, sofrendo influências tanto<br />
de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades tecnológicas (vídeo, instalações).<br />
Foi essa também muito influenciada pelas novas condições sociais - individualismo<br />
crescente, urbanismo, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de<br />
arte, provocando também fusões de outras áreas artísticas como o teatro, por exemplo.<br />
A dança como forma de expressão do ser humano, hoje, é percebida por seu valor em si, muito<br />
mais do que um passatempo, um divertimento ou um ornamento. Tradicionalmente, a dança é algo para<br />
ser “apresentado e visto”.<br />
No mundo contemporâneo, entretanto, esta barreira entre o artista e o público está sendo<br />
quebrada. Existe o enfoque da formação do bailarino profissional e, também, o de formação e<br />
valorização humana do aluno que escolhe o aprendizado da dança como uma complementação<br />
de sua formação pessoal. Valoriza-se o aprendizado da dança, o dançar como experiência de vida e a<br />
própria vivência da dança na relação pessoal e social.<br />
O ATO DE DANÇAR COMO TERAPIA: (COMO EXEMPLO DE UMA REALIDADE SOCIAL):<br />
TERAPIA (Do grego Therape Therapeía)<br />
Therape a) – tratamento - Meio ou método usado para tratar determinada<br />
doença ou estado patológico; tratamento que visa corrigir certos distúrbios, podendo ser terapia de<br />
grupo pela participação do paciente em reuniões de grupo em que cada elemento é encorajado a<br />
discutir o(s) seu(s) problema(s) com os outros ou terapia ocupacional, tratamento de certas perturbações<br />
mentais através do envolvimento do paciente numa atividade pela qual ele tenha interesse.<br />
Dança como movimento terapia - Disciplina pedagógico terapêutica, tipicamente não verbal,<br />
que através de um percurso dirigido, dá a possibilidade de fazer aflorar a própria criatividade,<br />
muitas vezes latente em forma de movimento corporal.<br />
Dança na Educação: Na educação, a dança é tida como uma atividade que prioriza uma<br />
educação motora consciente e global, não é só com uma ação pedagógica, mas também psicológica,<br />
com o fim de normalizar ou melhorar o comportamento pessoal, além de proporcionar o resgate de<br />
valores culturais, o aprimoramento do senso estético, e o prazer da atividade lúdica para o<br />
desenvolvimento físico, emocional e intelectual.<br />
5) ALGUMAS CRÍTICAS DE GRUPOS RELIGIOSOS AO USO E À REALIDADE DA DANÇA:<br />
a) DIZEM QUE A DANÇA É UM ESTÍMULO ANORMAL ÀS PAIXÕES SENSUAIS: Certos<br />
grupos religiosos afirmam que a dança significa uma coisa para os homens, e outra para as<br />
mulheres. Dizem: “_Muitas jovens nobres e de espírito bem dotado amam a dança por sua graça e<br />
ritmo. Para estas a dança apela apenas ao senso artístico. Ela apela também aos homens da mesma<br />
maneira, mas no que respeita ao sexo masculino não é este o mais forte apelo, que usam a dança para<br />
excitação e conquista do sexo oposto, deleitando-se do contato e da posse do corpo feminino, em<br />
cobiça e pecado.”<br />
b) DIZEM QUE O ESTÍMULO SEXUAL RESULTANTE DA DANÇA GERALMENTE VEM<br />
QUANDO É ELE MAIS PERIGOSO Certos grupos religiosos afirmam que a dança leva milhares de<br />
estudantes de escolas superiores, desprotegidos e não preparados, a situações em que não<br />
deviam estar. Dizem: “_No bom plano de Deus para nossa vida Ele determinou que as paixões sexuais<br />
despertem lentamente, para que o juízo e a força de caráter sigam a par com elas. A nova dança social<br />
é uma dança que força a um intenso desenvolvimento sexual precoce a adolescentes, que em vez de<br />
experimentarem o despertamento normal, lento, da noção sexual, são incitados e excitados de forma<br />
mais rápida e irresponsável”.<br />
c) DIZEM QUE A DANÇA MINA A SAÚDE FÍSICA E MENTAL DOS JOVENS: Certos grupos<br />
religiosos afirmam que a dança, quando indevida e prematura, excita as inclinações do sexo e<br />
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que conduz a uma atividade anormal pelo manter-se desperto a desonras, associado ao comer e<br />
beber indiscriminadamente. Dizem: “_Não há atitude mental que tão poderosamente reaja sobre a<br />
vida física como incitamento provocado pela dança. Freqüentemente tem início uma intoxicação em que<br />
o corpo é forçado a obedecer aos reclamos de um frenesi mental. Não é pouco comum verem-se jovens<br />
manterem inconscientemente a atitude como que de sonâmbulos e o balanceado físico da dança em<br />
todas as horas e lugares da experiência do dia. A atitude conveniente para a saúde física e mental foi<br />
abandonada.”.<br />
d) DIZEM QUE A DANÇA DEBILITA A RESISTÊNCIA MORAL: Certos grupos religiosos<br />
afirmam que a maioria das jovens que têm relacionamento antes do casamento; citam a dança<br />
como o início do seu declínio, bem como a escolas de dança e seus resultados.<br />
Dizem: “A dança é uma das mais explicitas exibições sexuais socialmente permitidas. Até mesmo<br />
nas danças mais formais, homens e mulheres abraçam-se e, de rostos colados, movem-se em<br />
harmonia, utilizando posições sexuais disfarçadas.<br />
A sedução sexual nos bares, cabarés e teatros é sempre feita por meio de uma dança, em todas<br />
as partes do mundo. A dança pode ser muito sensual e provocativa.<br />
Na década de 60, formas desinibidas de dançar entraram em moda e tinham origens numa dança<br />
africana que imitava o ato sexual, cujo clímax era acompanhado de espasmos muito parecidos com os<br />
do orgasmo. O próprio samba é uma dança muito excitante. A mulher rebolando exibe o tempo todo seu<br />
corpo e seu desejo. Em meios às barrigadas e insinuações, o samba também simboliza um ato sexual”.<br />
e) DIZEM QUE A DANÇA DESTRÓI NA PESSOA O GOSTO POR COISAS ESPIRITUAIS:<br />
Certos grupos religiosos afirmam que a alma necessita, tanto quanto o corpo, de um clima<br />
para viver e que o gosto espiritual é excessivamente sensível. Dizem: “_O jovem necessita da<br />
graça de Deus e da pureza para que se desenvolva e assim, a dança, como algo carnal não favorece<br />
em nada a espiritualidade”.<br />
f) DIZEM QUE A DANÇA CONTRIBUI PARA O MAL DO DIVÓRCIO: Certos grupos religiosos<br />
afirmam que a dança gera desejos na vida dos que não se acomodam à rotina e requisitos morais<br />
de uma família bem sucedida. Dizem: “_Os maridos e mulheres deixam seus lares e vão procurar<br />
outros parceiros em pistas de dança”.<br />
g) DIZEM QUE A DANÇA NÃO DÁ LUGAR AO INTELECTO: Certos grupos religiosos afirmam<br />
que a predominância da dança é em grande parte devida ao fato de que ela não requer esforço<br />
mental para ser planeada ou mantida. Dizem: “_A dança é simplesmente o abandonar-se ao meio de<br />
menor resistência em entretenimento. As pessoas intelectuais dançam, está claro, mas não tem de usar<br />
sua inteligência para fazê-lo. Qualquer pessoa pode ligar o rádio, o resto é automático; e seria pouco<br />
razoável apelar tanto para o físico, e não dar a mente e ao espírito uma oportunidade”.<br />
h) DIZEM QUE A DANÇA É ARRUINADORA DA MODÉSTIA: Certos grupos religiosos<br />
afirmam que a dança está envolvida com a condenação e à degradação do povo que não sabe o<br />
que é ter vergonha. Dizem: “_ Os jovens devem procurar evidenciar a pureza contra a sugestão do mal<br />
e impureza maligna.”<br />
i) DIZEM QUE OS DANÇADORES SÃO EGOÍSTAS: Certos grupos religiosos afirmam que<br />
quem começa a freqüentar bailes põe uma pedra de tropeço no caminho de outros. Dizem: “_Há<br />
muitos jovens que sujeitam outros a um grande risco ainda que pelo prazer de apenas uma noite”.<br />
j) DIZEM QUE A DANÇA É O INSTRUMENTO UNIVERSAL DOS ÍMPIOS PARA AJUDÁ-LOS NA<br />
EXECUÇÃO DE TODA ESPÉCIE DE ÍMPIOS DESÍGNIOS Certos grupos religiosos afirmam que o<br />
íntimo contato da dança não leva necessariamente uma pessoa a fazer mau uso dessa<br />
intimidade, mas o fato de ser um dos meios para levar outros ao extravio é significativo.<br />
k) DIZEM QUE A DANÇA É ALGO CARNAL E DIABÓLICO EM TODAS SUAS VARIANTES:<br />
Certos grupos religiosos afirmam que a dança é um tipo de divertimento que não dá vigor<br />
ao corpo nem repouso a mente, que não implanta na alma um sentimento virtuoso ou santo; pelo<br />
contrário, destrói todo gosto pelos pensamentos sérios e os serviços religiosos.<br />
Dizem “...que apesar de haver uma vasta diferença entre festinhas e os promíscuos e degradantes<br />
ajuntamentos do baixo salão de baile, todos seriam passos na vereda da dissipação.<br />
O divertimento da dança, segundo é orientado em nossos dias, é uma escola da depravação, uma<br />
terrível maldição para a sociedade. Pudessem ser reunidos todos quantos, em nossas grandes cidades,<br />
são anualmente arruinados por este meio, e que histórias se ouviriam de vidas destroçadas! Quantos,<br />
dos que estão agora prontos a defender este costume se encheriam de angústia ante seus frutos!”<br />
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6) ALGUMAS CRÍTICAS DE GRUPOS RELIGIOSOS AO USO E À REALIDADE DA COREOGRAFIA:<br />
Há cristãos que acham que os grupos de coreografias dentro das igrejas são apenas frutos<br />
de louvores muito modernizados.<br />
Muitos não concordam com a realização de coreografias durante os cultos públicos a Deus porque<br />
afirmam que "o Culto público é um ato religioso, através do qual o povo de Deus adora o Senhor,<br />
entrando em comunhão com Ele, fazendo-lhe confissão de pecados e buscando pela mediação de<br />
Jesus Cristo, o perdão, a santificação da vida e o crescimento espiritual", pela leitura da Palavra de<br />
Deus, pregação, cânticos sagrados, orações e ofertas.<br />
Afirmam que a coreografia é o conjunto de passos que faz uma dança, que faz um balé, que<br />
ela é o resultado da percepção e somente em função dessa percepção existe e que, portanto, é<br />
uma entidade virtual, uma aparição de forças ativas, uma imagem dinâmica e não espiritualidade.<br />
Citam a história da coreografia a partir das pinturas rupestres, classificando-a como culto de<br />
participação, com ênfase no movimento e na transformação do bailarino —a dos povos antigos, a ritual<br />
de povos contemporâneos (para entidades do candomblé e da umbanda); a dos povos indígenas; e<br />
como litúrgica (com foco no culto de relação — a dança clássica indiana, a balinesa, o balé clássico, a<br />
dança moderna, e grande parte das concepções contemporâneas).<br />
Assim, muitos têm a coreografia como originalmente pagã, deixando de ter por objeto o<br />
sagrado, para o espetáculo de divertimento. Em destaque pessoal e em benefício próprio.<br />
Afirmam que grande parte das danças litúrgicas de hoje tem-se transformado em um dos maiores<br />
estimuladores do sensualismo. Mesmo não se envolvendo diretamente em relações sexuais explícitas,<br />
seus participantes geralmente se entregam ao sensualismo mental, “desaprovado por Cristo”.<br />
Afirmam que o cristão dispõe hoje de outras formas de integração e entretenimento sociais<br />
mais condizentes com os princípios bíblicos de conduta do que a excitação e o sensualismo<br />
promovidos pela maioria das danças litúrgicas da pós-modernidade.<br />
SEIS RAZÕES DOS OPOSITORES PARA O NÃO USO DA COREOGRAFIA NOS CULTOS:<br />
Razões de não adotarem a coreografia, dança litúrgica ou expressões corporais nos cultos:<br />
* Dizem não haver referência sequer que no culto do Novo Testamento tenha havido<br />
manifestação da dança litúrgica, coreografia ou expressão corporal;<br />
* Dizem não haver referência na Igreja dos Pais Apostólicos, e nem na Reforma Protestante<br />
do Século XVI, teria havido referência sobre manifestação da dança litúrgica, coreografia ou<br />
expressão corporal;<br />
* Dizem que, pelo tipo de costume, a dança litúrgica era um costume pagão e procurou-se<br />
na igreja apostólica evitar qualquer associação: O principio da associação deveria ser levado em<br />
conta. Não somente aquilo que era mal, mas também tudo aquilo que pudesse se parecer como mal. Se<br />
fizesse o povo lembrar dos cultos pagãos dos quais muitos crentes eram egressos, evitar-se-ia!<br />
* Dizem que pelas oportunidades abertas, pelo fato, que foi deixado em relevo por Paulo aos<br />
Coríntios: A dança litúrgica tentava-lhes a idolatria. Abria-lhes as portas à licenciosidade e dava vazão<br />
ao erotismo. Nada de dança; a Igreja de Jesus é uma comunidade de separados, chamados à pureza e<br />
à santidade!<br />
* Dizem que pela racionalidade do culto, porque o culto do Novo Testamento é adjetivado<br />
como culto racional, ou melhor, supra-sensual: Não necessitam mais de recursos visuais e externos.<br />
* Dizem que dançar é ridicularizar, pois o mais importante que tudo, o culto no Novo<br />
Testamento não permitia a manifestação da “dança litúrgica” pelo fato de que toda dança,<br />
meneio de corpos, requebros, fazia lembrar o escárnio de Cristo: A dança litúrgica fazia os crentes<br />
da Igreja Apostólica lembrarem-se da horripilante coreografia desenhada ao derredor do Salvador.<br />
OBSERVAÇÃO: Há, contudo, benefícios da dança, às pessoas, que não podemos ignorar:<br />
7) ASPECTOS PSICOLÓGICOS POSITIVOS, CONSTATADOS PELA CIÊNCIA, DO USO DA DANÇA:<br />
* A dança oferece a oportunidade de expressar as emoções através do movimento e<br />
favorece uma boa integração corpo-mente porque aumenta a consciência e as potencialidades<br />
expressivas da linguagem corporal, provocando uma relação profunda e natural que liberta das barreiras<br />
subjetivas, culturais e sociais típicas da comunicação verbal.<br />
* A dança favorece um profundo relaxamento, que traz o bem estar da pessoa e constitui a<br />
base da qualidade de vida. Este movimento criativo livre, melhora a comunicação consigo mesmo e<br />
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com os outros, numa metodologia de trabalho que convida cada participante a não limitar-se a aprender<br />
técnicas ou exercícios, mas aceitar uma experiência que derrube as barreiras que impedem a<br />
comunicação com quem é diferente.<br />
* A dança favorece uma vastíssima área de atuação e se dirige à crianças, adolescentes,<br />
adultos, idosos, e se aplica no campo da educação e da reabilitação com pessoas que têm<br />
dificuldades relacionais ou psíquicas, deficiências físicas ou sensoriais. A linguagem do<br />
movimento, fundamento da dimensão existencial e de relação é um recurso insubstituível para as<br />
pessoas com desenvolvimento incompleto dos processos de simbolização onde se torna problemático<br />
ou insuficiente os recursos baseados na linguagem verbal e nas capacidades lógico-analíticas.<br />
* A dança favorece uma ampliação das próprias capacidades de relação superando<br />
bloqueios emocionais, a rigidez na postura, o medo do contato com os outros, as dificuldades<br />
consigo e com o próprio corpo. Pela consciência e descoberta das possibilidades e limites no uso das<br />
relações entre corpo e espaço; diálogo na relação inter-pessoal através da linguagem não verbal pela<br />
música vivenciada através das próprias percepções;<br />
* A dança valoriza as diferenças físicas e psíquicas como caminhos de crescimento através<br />
da dança - compreende e reinterpreta as várias fases e idades da vida. Quem dança experimenta uma<br />
forma de expressão corporal fundamental e de quebra vários benefícios: aperfeiçoamento da<br />
coordenação motora, bem estar e alegria.<br />
* A dança, na educação, se volta para o desenvolvimento global da criança e do adolescente<br />
e vai favorecer todo tipo de aprendizado que eles necessitam. Uma criança que na pré-escola teve a<br />
oportunidade de participar de aulas de dança, certamente, terá mais facilidade para ser alfabetizada.<br />
O desafio agora é estabelecer um diálogo mais próximo também entre a arte e a educação em<br />
uma mesma atividade, isto visa proporcionar vivências de dança que articulem a criação pessoal e<br />
coletiva de movimentos, a apreciação e o conhecimento da dança de modo a integrar o individual e o<br />
coletivo, a arte e a educação, na busca do alcance de qualidades físicas e psíquicas próprias da infância<br />
e da adolescência.<br />
* A dança na vida das crianças, é fundamental, tanto para sua formação artística quanto<br />
para sua integração social, pois a dança desenvolve os estímulos:<br />
- TÁTIL – Sentir os movimentos e seus benefícios para seu corpo.<br />
- VISUAL – Ver os movimentos e transformá-los em atos.<br />
- AUDITIVO – Ouvir a música e dominar o seu ritmo.<br />
- AFETIVO – Emoções e sentimentos transpostos na coreografia.<br />
- CONGNITIVO – Raciocínio, ritmo, coordenação.<br />
- MOTOR – Esquema corporal em atividades propostas que visam o desenvolvimento da<br />
coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade.<br />
Além disso, são também trabalhados aspectos tais como: criatividade, musicalidade,<br />
socialização e o conhecimento da dança em si, noções de espaço e lateralidade, utilizando-se de<br />
seus movimentos naturais, favorecendo o desenvolvimento do ser humano.<br />
* A dança elimina as tensões e ansiedades do cotidiano, exercitando os músculos do corpo<br />
de forma suave e sem causar danos, liberando endorfina melhora a postura e deixa os gestos mais<br />
elegantes, queima calorias sem sufoco, nas atividades aeróbicas, facilitando a execução de tarefas do<br />
dia-a-dia, como entrar e sair do banco de trás do carro, apanhar objetos no chão.<br />
* A dança beneficia a saúde das pessoas:<br />
Profissionais de saúde afirmam que a dança melhora a saúde de modo geral: Age pela reeducação<br />
postural e movimentação de ossos, músculos e articulações; desenvolve a dissociação corporal e a<br />
coordenação motora; traz massagem dos órgãos internos estimulando seu melhor funcionamento como<br />
estímulo do funcionamento dos intestinos e redução dos sintomas da TPM e das cólicas menstruais.<br />
A dança ajuda na aquisição de mais flexibilidade e alongamento; fortalecimento de vários<br />
grupos musculares (abdômen, pernas, braços, costas e glúteos); despertar dos sentidos da<br />
visão, audição e tato, traz fortalecimento intenso da musculatura pélvica; relaxamento muscular,<br />
aliviando as tensões; irrigação sangüínea da região abdominal, o que estimula a produção de<br />
hormônios e pode resultar no aumento da fertilidade.<br />
A dança ajuda a regular os hormônios do aparelho reprodutor; ajuda a definir o corpo feminino,<br />
afinando principalmente a cintura; ajuda a emagrecer; desenvolve a agilidade mental; desenvolve a<br />
capacidade de memorização.<br />
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Orientando Vidas em Amor<br />
A dança melhora a circulação, prevenindo varizes, combatendo problemas respiratórios,<br />
atuando no reaprendizado da respiração compassada e profunda, melhora da capacidade<br />
cardiorespiratória, diminui a pressão arterial, melhora a circulação periférica, perda calórica,<br />
fortalecimento muscular, proteção das articulações, atenua as dores e pode prevenir problemas<br />
futuros posturais e de artrose.<br />
A dança equilibra a dosagem de hormônios, também pode aumentar o desejo sexual, favorece os<br />
pulmões com mais oxigenação, permite um bom funcionamento dos rins, eliminando o excesso de<br />
líquidos e dos intestinos, favorece a digestão e a eliminação, alivia as tensões da nuca, dos ombros e<br />
das mãos, auxilia em problemas menstruais e em partos, facilita as contrações e a dilatação; ainda que<br />
se necessite de boa alimentação, uma boa noite de sono e de roupas adequadas às aulas de dança.<br />
8) DANÇAR OU NÃO DANÇAR? O USO DO CORPO NO SERVIÇO DE ADORAÇÃO A DEUS:<br />
* Haveria algum benefício espiritual para a dança, visto que quanto ao corpo e à alma é<br />
possível ter algum aproveitamento?<br />
A) O CONCEITO BÍBLICO DE DANÇA:<br />
Série de movimentos do corpo, com ritmo e acompanhamento de música. Israelitas<br />
dançavam a celebrar vitória (1Sm.18:6), adorar (Ex.15:20), festejar (Lc.15:25) e mulheres<br />
dançavam separadas dos homens (Jz.21:19-23);<br />
B) AS DANÇAS JUDÁICAS:<br />
As danças folclóricas israelenses possuem diversas origens e influências, no desejo de servir a<br />
Deus com regozijo e alegria; portanto, trata-se de um estilo destinado a momentos e comemorações<br />
sagradas, com movimentos em direção ao céu.<br />
Criaram uma variedade de danças com poucos passos e coreografias, mas com riqueza nos<br />
movimentos; tradicionalmente de exclusividade masculina, sendo reservados às mulheres,<br />
quando muito, movimentos típicos de trabalhos domésticos.<br />
A dança israelita é muito diferente dessas danças introduzidas nas igrejas. A dança israelita dos<br />
que temiam a Deus era uma forma de expressar alegria por algum acontecimento bom. Na dança<br />
israelita eles fazem círculos de mãos dadas, dão pequenos pulos, cantando e louvando com alegria.<br />
Era como uma dança infantil, sem malicia e sem sensualidade. Mas, mesmo a dança israelita<br />
sendo sem malicia e maldade, não há nenhum relato bíblico que eles tivessem dançado dentro do<br />
templo, no lugar de adoração. Mesmo hoje, nas sinagogas, no momento do culto não existe dança.<br />
Homens e mulheres de Israel nunca dançavam junto. Davi não dançou sobre todas as ruas<br />
de Jerusalém nos braços da esposa de um outro homem. Tais atividades corretamente trariam<br />
demasiadas conotações pagãs de sensualidade. Para o povo escolhido do Deus, dançar não era<br />
algo a ser executado como divertimento social. O moderno método de dançar por pares era<br />
desconhecido nos tempos do Velho Testamento.<br />
C) O CONCEITO DE DANÇAR NO HEBRÁICO DO ANTIGO TESTAMENTO:<br />
* Dança hebraico hlwxm hlwxm hlwxm m@chowlah – Forma feminina de mâchowl: girar alegremente numa<br />
roda. "Côro que responde em eco"; dança, sentido de expressar um pensamento, idéia, plano de<br />
imaginar e considerar algo de forma consciente, como quem acompanha o toque de flauta (Ct.6:13);<br />
* Dança hebráico lwxm lwxm machowl – dança; sentido de fazer movimentos com o corpo (Jr.31:13);<br />
se refere à dança em roda. A palavra foi traduzida como dança em referência à dança em Israel em Sl<br />
30:11; 149:3; Jr. 31:13 e Lm. 5:15. Dependendo do contexto, mâchowl também pode ser flauta que<br />
toque em volteios; Clemente de Alexandria que, no ano 190AD, era muito melhor hebraísta que ninguém<br />
a partir da Idade Média, traduz a palavra em Sl 150:4 como "coral-eco", isto é, "côro que responde em<br />
eco". Esta palavra hebraica nunca foi usada como a dança pagã.<br />
* Dança hebraico lwx lwx lwx chuwl ou lyx lyx chiyl - (Jz.21:21,23). Neste caso, descreve a dança pagã,<br />
que significa “torcer ou rodopiar” (de modo circular ou em espiral), isto é, (especificamente) dançar,<br />
contorcer-se em dor (especialmente de parto) ou medo. Esta palavra é encontrada em 58 versos, mas<br />
só é traduzida como dançar. em Jz.21:21-23. Em outras passagens, é traduzida por “angústia” (Dt 2:25),<br />
“ferida” (I Cr 10:3), “aflito” (Es 4:4), atormentado (Jo 15:20), “sacode” (Sl 29:8), “dolorida” (Sl 55:4), etc.<br />
* Dançar hebraico rrk rrk karar - torcer, voltear (assim, por extensão, pode ser dançar); girar, modo<br />
como Davi dançava (2 Sm.6:14,16) - Esta é a palavra hebraica traduzida para dançar em 2 Sm.6:14-16.<br />
Essa palavra descreve a dança de Davi perante o Senhor e não é usada em outra passagem.<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
* Dançar hebraico dqr dqr raqad – saltitar, pular, bailar, fazer saltar (1 Cr.15:29) – Neste caso,<br />
significa “pisar com força, pesadamente”, isto é “dar saltos ao redor (selvagemente ou por alegria).<br />
dançar, pular, saltar, fugir”. É traduzido por “dançar” três vezes, em I Cr 15:29 (dança de David), Jó<br />
21:11 (a dança dos filhos dos perversos) e Is 13:21 (dança dos sátiros). Davi deu foi enormes saltos de<br />
alegria sem precedentes! Certamente, que Daví não deixou aparecer certas partes eróticas do corpo: a<br />
vaidosa rainha pode ter simplesmente abominado o fato do rei ter se despojado das roupas suntuosas e<br />
formais, e ter se portado como um simples e humilde acrobata, ao invés de ter contratado um deles.<br />
Esta é a única exceção à regra que diferentes palavras hebraicas são usadas para descrever<br />
a dança de Israel e a dos pagãos.<br />
* Dançar hebraico ggx ggx ggx chagag - realizar uma festa, realizar um festival, peregrinação, celebrar,<br />
dançar, cambalear, rodopiar - Significa “mover-se em círculos, isto é (especificamente) marchar numa<br />
procissão sagrada, para observar um festival; por implicação, estar saltitante: - celebrar, dançar,<br />
(observar, guardar) uma festa (num dia santo) solene, andar à roda”. Usado em 14 versos, mas<br />
usualmente traduzido por festejar, celebrar. Só traduzido como “dançar” uma vez em 1 Sm 30:16<br />
(dançando com os amalequitas).<br />
* Dançar hebraico xop xop xop pacach - saltar por cima; os profetas de Baal dançavam como mancos<br />
dançavam (como que manquejando, ajoelhando alternadamente em cada um dos joelhos) sobre o altar<br />
que tinham feito (1 Rs.18:26);<br />
D) O CONCEITO DE DANÇAR E SUAS VARIANTES NO GREGO DO NOVO TESTAMENTO:<br />
* Dança – grego corov corov choros – como banda (de dançarinos e cantores), dança circular,<br />
dança, baile (Lc.15:25). Alguns questionam a tradução porque na literatura grega extra-bíblica, a palavra<br />
significa Coro, ou seja, grupo de cantores.<br />
* Dança – grego orceomai orceomai orceomai orcheomai - de orchos (dançar ao barulho ou som) dançar<br />
(especialmente não formando e não se movendo em círculo, mas sim movendo-se linearmente, sem<br />
girar) (Mt.14:6); vezes – Dança da filha de Herodias (Mateus 14:6 e Marcos 6:22) e como dança das<br />
crianças (Mateus 11:17 e Lucas 7:32).<br />
E) CARACTERÍSTICAS DA DANÇA NO ANTIGO TESTAMENTO:<br />
* Então Miriã, a profetiza, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres<br />
saíram atrás dela com tamboris e com danças. (Ex.15:20);<br />
* E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e vendo o bezerro e as danças, acendeu-selhe<br />
o furor, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte; (Ex.32:19);<br />
* Vindo, pois, Jefté a Mizpá, à sua casa, eis que a sua filha lhe saiu ao encontro com adufes<br />
e com danças; e era ela a única filha; não tinha ele outro filho nem filha. (Jz.11:34);<br />
* E olhai, e eis aí as filhas de Siló a dançar em rodas, saí vós das vinhas, e arrebatai cada um<br />
sua mulher das filhas de Siló, e ide-vos à terra de Benjamim. (Jz.21:21);<br />
* Sucedeu, porém, que, vindo eles, quando Davi voltava de ferir os filisteus, as mulheres de<br />
todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, com adufes,<br />
com alegria, e com instrumentos de música. E as mulheres dançando e cantando se respondiam<br />
umas às outras, dizendo: Saul feriu seus milhares, porém, Davi seus dez milhares. (1 Sm.18:7-8);<br />
* E, descendo, eis que os amalequitas estavam espalhados sobre a face de toda a terra,<br />
comendo, e bebendo, e dançando, por todo aquele grande despojo que tomaram da terra dos<br />
filisteus e da terra de Judá. (1 Sm.30:16);<br />
* E sucedeu que, chegando a arca da aliança do Senhor à cidade de Davi, Mical, a filha de<br />
Saul, olhou da janela, e, vendo a Davi dançar e tocar, o desprezou no seu coração. (1 Cr.15:29);<br />
* Louvem o seu nome com danças;cantem-lhe o seu louvor com tamborim e harpa (Sl.149:3);<br />
* Louvai-o com o tamborim e dança,louvai-o com instrumentos de cordas e órgão (Sl.150:4);<br />
* Há tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar (Ec.3:4);<br />
* Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus<br />
tamboris, e sairás nas danças dos que se alegram. (Jr.31:4);<br />
* A virgem se alegrará na dança, como também os jovens e os velhos juntamente; e tornarei<br />
o seu pranto em alegria, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza. (Jr.31:13);<br />
* Cessou o gozo de nosso coração; converteu-se em lamentação a nossa dança. (Lm.5:15);<br />
F) CARACTERÍSTICAS DA DANÇA NO NOVO TESTAMENTO: * E dizem: Tocamo-vos flauta, e<br />
não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes. São semelhantes aos meninos que,<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
assentados nas praças, clamam uns aos outros, e dizem: Tocamos flauta, e não dançastes;<br />
cantamo-vos lamentações, e não chorastes. (Mt. 11:17; Lc.7:32);<br />
* E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a<br />
música e as danças. (Caso do Filho Pródigo - Lc.15:25)<br />
* Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e<br />
agradou a Herodes. (Mt.14:6);<br />
* Entrou a filha da mesma Herodias, e dançou, e agradou a Herodes e aos que estavam com<br />
ele à mesa. Disse então o rei à menina: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. (Mc.6:22);<br />
G) É PECADO DANÇAR?<br />
Algumas pessoas, quando perguntam se é pecado dançar, querem um trecho bíblico que<br />
explicitamente condena todo tipo de dança, mas tais pessoas buscam em vão um versículo que<br />
não existe. Da mesma maneira que encontramos danças diferentes na Bíblia, podemos ver danças hoje<br />
com propósitos e estilos diferentes. Condenar toda e qualquer atividade chamada de “dança” seria uma<br />
postura indefensível em termos bíblicos. Não devemos fazer as nossas próprias leis em relação à<br />
vontade de Deus.<br />
OBSERVAÇÃO 1: Devemos admitir que a grande maioria das danças praticadas hoje tem um<br />
elemento sensual. A não ser um homem dançando com a sua própria mulher num lugar privativo,<br />
a prática quase sempre envolve conduta, contato e pensamentos impróprios. Seja pelo toque<br />
íntimo do casal ou pelo movimento que destaca a sensualidade do corpo, o efeito da maioria das<br />
danças é incitar pensamentos impuros.<br />
OBSERVAÇÃO 2: Se o servo de Deus deve fazer morrer a impureza, a paixão lasciva e os<br />
desejos malignos (Cl.3:5), seu compromisso com Deus o manteria longe de danças e outras<br />
atividades que provocariam desejos e pensamentos errados?<br />
OBSERVAÇÃO 3: NOTEMOS QUE:<br />
- A dança pode ser parte do culto divino (Sl.150:4).<br />
- A dança é uma expressão apropriada de alegria social (1 Sm.18:6).<br />
- A dança não deve despertar emoções relacionadas com o sexo (Ex.32:6,19; I Co.10:7,8).<br />
- A dança,como qualquer atividade cristã, deve honrar a Deus (1 Co.10:31).<br />
Na Bíblia, verificamos que podemos louvar a Deus com danças (Sl.149:3; Sl.150:4), apesar<br />
de constatarmos danças que não são de adoração a Deus, como o rebelde povo e a filha de<br />
Herodias. A questão, agora, é diferenciarmos quando a dança agrada, ou não, a Deus.<br />
Vamos ver o que a Bíblia diz sobre danças, e como julgar pela palavra de Deus as danças<br />
modernas. Danças na Bíblia, como nos dias de hoje, não são todas iguais. Claro que, em todas as<br />
práticas, inclusive as artísticas, há sempre o bom e o mau e a dança fazia parte da vida corrente, entre<br />
os judeus, e até dos jogos infantis, como lemos em Mt.11:17 e Lc.7:32.<br />
DIFERENCIANDO DANÇA:<br />
* Dançar sem música *(mímica) - como arte de fazer acompanhar de gestos precisos e<br />
adequados a idéia ou sentimento que se exprime; gesticulações corporais).<br />
* Dançar com música** (movimentos corporais ritmados) - em geral ao som de música; bailar,<br />
mas que também, pode indicar balançar, oscilar; sacudir-se, agitar-se, rodar e girar no sentido de<br />
movimentação frouxa e aleatória). Podemos ver, pelo menos, dois tipos de danças na Bíblia:<br />
9) TIPOS DE DANÇAS NA BÍBLIA:<br />
1º. TIPO: As danças praticadas como expressão de alegria e de regozijo, até em louvor e<br />
celebração diante de Deus (2 Sm.6:14-16; Sl.150:4; Jr.31:4,13; Lm.5:15; Mt.11:17; Lc.15:25). Em<br />
algumas das citações do Antigo Testamento, as mulheres dançavam separadas dos homens.<br />
A dança espiritual é praticada privadamente com membros do mesmo sexo perante o Senhor (Ex.<br />
15:20-21; Jz. 11:34; Jz. 21:21-23; 2 Sm. 6:14).<br />
Independente de qualquer avaliação, em momento algum Davi realizou dança com conotação<br />
sensual ou carnal, como muitas que podem ser vistas em algumas Igrejas tidas como "modernas".<br />
Uma análise das referências bíblicas à dança litúrgica ou coreografia litúrgica revela o fato de que<br />
as danças israelitas consideradas como apropriadas eram de natureza litúrgica, sendo acompanhadas<br />
por hinos de louvor a Deus. Elas eram geralmente praticadas entre grupos de pessoas do mesmo sexo<br />
e sem quaisquer conotações sensuais (Ex.15:20; Jz.11:34;21:21-23; 2Sm.6:14-16; I Cr.15:29).<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
As mulheres hebraicas exprimiam por meio da dança os seus sentimentos; quando seus maridos<br />
ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo do combate pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu<br />
encontro com danças de triunfo.<br />
Geralmente as danças espirituais são expressões grupais de alegria, adoração a Deus;<br />
perante o que lemos na Bíblia, a dança também é uma expressão de alegria, de festa, de convívio<br />
e de adoração a Deus.<br />
Na parábola do Filho Pródigo, a dança assume um caráter bastante significativo, não só por ser<br />
uma alusão referida por Jesus, o Verbo que atualizou a Palavra de Deus e a personificou (Hb.1:1,2),<br />
mas também porque essa parábola ilustra a relação do homem com Deus, e a alegria que existe no céu<br />
quando um pecador se arrepende. Essa alegria é traduzida de várias formas, sendo uma delas a dança.<br />
Numa conotação estritamente pessoal, em forma de adoração, poderíamos até considerar<br />
uma dança como uma forma de adoração, conforme a Lei da perfeita Liberdade em Cristo, se<br />
houvesse na Igreja o entendimento da "restauração do tabernáculo caído de Davi"; com unção de<br />
vitória e livramento, como Miriã, com restituição e restauração; como Davi; dançando por causa<br />
do grande milagre, como o homem curado por Pedro e João, ao entrar no Templo; rejeitando a<br />
sensualidade de Herodia (que dançou pela cabeça de João Batista) e a dureza de Mical, que<br />
censurou a dança de Davi.<br />
2º. TIPO: As outras danças com aspecto sensual, com intenção de agradar os homens.<br />
A dança de Salomé perante Herodes (provavelmente uma espécie de sedução lasciva). A dança<br />
mundana é praticada por homens e mulheres (em conjunto) e está associada ao pecado e à imoralidade<br />
(Ex. 32:19; Jó 21:7,11-12; 1 Sm. 30:16; Mt. 14:6).<br />
Os profetas de Baal caracterizavam-se por danças nos seus cultos (1 Rs 18:26); os adoradores do<br />
bezerro de ouro também (Ex 32:19). Em muitas igrejas, palmas ritmadas, contagiantes ritmos<br />
dançantes, instrumentos apropriados criam "embalos alucinantes", música sensual, palavras<br />
estimulantes, numa hipnótica repetição de refrões, geram uma atmosfera mais parecida com festivais<br />
de rock pesado, carnaval, forró, casas de prostituição, como pessoas em histeria gritando em shows.<br />
10) O PERIGO DA SECULARIZAÇÃO ESPIRITUAL NA IGREJA:<br />
Muitos afirmam que não devemos adotar os costumes e modismos da nossa época, e que,<br />
portanto, devemos evitar uma “sacralização”, não nos adaptando com o mundo, como por<br />
exemplo, o carnaval e que também não devemos filtrar a cultura, mas sermos extremamente<br />
radicais; contudo, vejamos algumas características de uma comunidade secularizada, fora da<br />
Doutrina e da verdadeira Adoração:<br />
1o.) MORNIDÃO DOUTRINÁRIA: A pregação e a doutrina são superficiais e sem poder. Ao invés<br />
de voltarem ao amor, pureza, pregação fiel Escriturística e obras sociais sinceras, os crentes começam<br />
a murmurar que "a música está fria", "a igreja não tem vida nem amor, está morta".<br />
2º) DESEJO DE RITMAR MÚSICAS COM PALMAS “VAZIAS” – Em muitas igrejas, os cultos<br />
aposentam os hinos antigos que induzem a uma reflexão espiritual e bíblica e passam a adotar com<br />
mais freqüência músicas dançáveis, ritmadas com palmas, sem o entendimento de que não adianta<br />
fazer barulho com mãos improdutivas na obra e pecadoras, sendo apenas barulho meramente exterior<br />
e com disfarce de espiritualidade, quando não se serve a Deus e apenas se faz coreografias vazias.<br />
3o.) DESEJO POR BÊNÇÃOS E SHOWS ARRECADATÓRIOS – Em muitas igrejas, há apenas o<br />
desejo de buscar emoções, observar experiências espirituais dos outros ou ser revelado por quem<br />
tenha os dons espirituais, mas na verdade, há apenas um crescimento numérico de membros e de<br />
freqüentadores por causa de grandes atrações, grupos de visitadores de outras igrejas ou de nômades<br />
sem igreja, onde as inúmeras conversões são duvidosas, resultantes de métodos, evangelismos, e<br />
iscas duvidosas. Neste caso, há poucos discipulados fiéis à Palavra, muitos acovardados e inertes que<br />
se levantarem a voz, acabam sendo expulsos da denominação e aproveitam para abrir outra “igreja”.<br />
4o.) PESSOAS DECEPCIONADAS E CARENTES DA VERDADE - Com o passar dos anos,<br />
alguns simplesmente decepcionam-se com a “renovação financeira e denominacional”, onde muitos se<br />
desviam e (destes, alguns voltam à igrejas e à vida centradas na Palavra e não em experiências, outros<br />
vagam sem saber para onde ir); alguns decepcionam-se, mas continuam a fingir dentro dela; outros<br />
afundam-se cada vez mais no engano, muitas vezes chegando, dentro de alguns anos, a outras e<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
piores heresias, a pecados grosseiros, etc. De qualquer modo, o testemunho desta igreja local já há<br />
muito está totalmente destruído pelo desejo de progredir como estelionato empresarial religioso.<br />
11) ANALISANDO O CASO DE MIRIÃ:<br />
VAMOS ANALISAR SUA HISTÓRIA ATÉ O PONTO-CHAVE DO MOMENTO DE SUA DANÇA.<br />
* Miriã ou Mirian no hebráico - Myrm Myrm Miryam – significa rebelião;<br />
*Miriã no grego - Maria Maria Maria ou Mariam Mariam Mariam - Maria =" sua rebelião" - irmã mais velha do<br />
profeta Moisés e de Arão.Foi ela que pôs o bebé Moisés numa cesta revestida de betume e a colocou<br />
no Rio Nilo, ficando de perto vigiando o destino do seu irmão. Ela foi grandemente usada por Deus, mas<br />
também severamente punida por Deus. Ela foi a mais velha dos três filhos de Anrão e Joquebede.<br />
Moisés era o mais jovem. Arão era três anos mais velho que Moisés e ainda que a idade de<br />
Miriã não seja apresentada, era velha o suficiente para ficar em pé e assistir quando Moisés foi<br />
colocado no rio e para falar à filha do Faraó sobre procurar uma mulher hebraica para cuidar de<br />
Moisés. Desse modo, ela foi usada por Deus para salvar Moisés, que, mais tarde, foi usado para salvar<br />
toda a nação de Israel. Que privilégio ser um elo numa corrente de tão grande benção.<br />
Miriã é chamada de profetiza em Ex.15:20-21. A Palavra chama de profetiza, a Palavra não<br />
diz que ela se auto denominou, e quanto a repreensão, não foi por que ela não era profetiza e sim<br />
pelas críticas feitas a Moisés, seu irmão e outro detalhe, Deus faz diferença entre o Seu<br />
relacionamento com os profetas “normais”(através de sonhos e visões), digamos assim e<br />
Moisés, indicando que Deus estava a se relacionar com outros profetas, mas que se relacionava<br />
face a face com Moisés, de uma forma especial e diferente.<br />
Por outro lado, sua auto declaração, não quer dizer que ela não teria sido usada por Deus, ou que<br />
exercia alguma autoridade espiritual em Israel em auxílio a Moisés, que é o que indica, mas que foi<br />
repreendida por se ensoberbecer. Até por que o próprio Moisés foi repreendido duramente por Deus e<br />
não pode ver a Terra Prometida e isso não indica que ele não foi um homem muito usado por Deus.)<br />
Parece que ela foi ela quem deu origem à rebelião de Nm.12:1 e 2, desde que seu nome vem<br />
primeiro em vez da ordem usual (seguindo o dos homens) como nos versos 4 e 5.<br />
Por causa dessa auto-declaração, Deus a castigou com lepra, sendo confinada no campo e a<br />
viagem de Israel foi parada. Isso deve nos ensinar o quão grandemente podemos ser usados quando<br />
somos dispostos a ser desconhecidos como em Ex.2:4-8, e o obstáculo que nos tornamos quando<br />
teimamos ter a autoridade e posição que Deus não nos ordenou.<br />
OBSERVAÇÃO: Ainda que haja várias versões querendo contestar a ação de Miriã ou<br />
desaprová-la, neste caso, uma das suposições que não podemos desprezar é que Miriã<br />
(conhecedora de toda a história de Moisés e do livramento dado ao povo, na cena final da<br />
destruição dos egípcios) pretendeu adorar a Deus, fazendo uso de seu corpo como instrumento<br />
de adoração e incitando o povo a reconhecer a grande vitória de Deus; trazia a lembrança de<br />
Deus e exaltava seu nome (Como veremos a seguir...).<br />
Quando Moisés foi qualificado para libertar Israel, Deus o levou para o deserto; e ele trabalhou<br />
para o seu sogro, cuidando de ovelhas, durante quarenta anos. Moisés era príncipe do Egito e estava<br />
com a idade de 40 anos, então ele foi cuidar de ovelhas durante os próximos quarenta anos.<br />
Se Moisés saiu do Egito com mais de 80 anos, imagine a idade de sua irmã Miriã que era a<br />
mais velha e que o viu ainda bebê?<br />
ANÁLISE PSICOLÓGICA DA VIDA DE MIRIÃ (DA INFÂNCIA AO MOMENTO DE SUA DANÇA):<br />
* Miriã como uma boa judia, desde menina, deveria conhecer a história passada de Israel<br />
pela tradição oral, inclusive deveria saber sobre a história de José no Egito;<br />
* Miriã acompanhou toda a história de sofrimento do povo hebreu no Egito, inclusive deve<br />
ter ouvido Deus ter profetizado algo sobre o menino que iria nascer e seria chamado de Moisés;<br />
* Miriã participou como ajudadora, escondendo o menino Moisés da morte pelos egípcios<br />
por 3 meses; imagine o cuidado que não deve ter tido para a criança não ser ouvida?<br />
* Miriã foi a responsável ou instrumento usado por Deus para acompanhar e quem sabe,<br />
interceder a Deus por Moisés e foi a sábia jovem que se ofereceu de forma corajosa a ir diante da<br />
irmã de faraó, que se banhava no rio, para conseguir a ama de leite, mãe de Moisés, para criá-lo;<br />
* Miriã acompanhou o crescimento de Moisés, deve tê-lo instruído na fé em Deus quando<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
criança e também sentiu a ausência dele quando mandado à Casa de Faraó, devendo ter orado<br />
por ele durante os 40 anos de sua criação e afastamento do seu povo;<br />
* Miriã deve ter testemunhado e falado a gerações de crianças, moças, mulheres e idosas<br />
sobre o nascimento, cumprimento e salvação de Deus que Ele realizaria usando Moisés; foi uma<br />
verdadeira líder espiritual para todos os que esperavam a salvação.<br />
* Miriã deve ter orado por ele quando Moisés matou o egípcio e também pelos 40 anos em<br />
que Moisés ficou “sumido” no deserto quando foi trabalhar com Jetro e quem sabe, se nesse<br />
período, ela não confortou familiares e o povo judeu quanto a Moisés, sem perder as<br />
esperanças?<br />
* Miriã deve ter enfrentado além da escravidão física, muita zombaria e desprezo por seu<br />
irmão, mas não perdeu as esperanças e deve ter sido uma das primeiras entre o povo ao<br />
reconhecê-lo quando retornou do Sinai ao Egito com Arão para libertar o povo cativo.<br />
* Miriã viu suas preces respondidas durante os 80 anos e não perdeu a fé; antes, deve ter<br />
acompanhado de perto o ministério de seu irmão, sabendo cada etapa dos acontecimentos e viu<br />
a realidade das profecias, das pragas e também da diferença entre o povo de Deus e os egípcios.<br />
* Miriã, que contemplou o império Egípcio opulento antes de Moisés, viu sua queda ao longo<br />
de pelo menos 96 anos, participando da ceia pascal, do saque dos tesouros do Egito e saindo<br />
com Moisés e o povo, devendo estar a frente com Moisés e Arão, na frente dos aproximadamente<br />
2 milhões de pessoas andando no deserto rumo ao aparente desconhecido.<br />
* Miriã deve ter também sentido medo quando viu de longe os rumores de que o exército<br />
poderoso de faraó que ela conhecia estava vindo atrás do povo, mas deve ter orado por Moisés;<br />
* Miriã viu a murmuração do povo, contemplou os milagres de Deus no deserto como o<br />
muro de fogo e a abertura do mar vermelho quando Moisés passou à frente e também, Miriã viu<br />
os muros de água de um lado e outro do mar; passando todos a pés enxutos, contemplando<br />
finalmente o fechar dos muros dágua, naufragando o exército egípcio em pleno mar vermelho até<br />
as águas voltarem à sua calma.<br />
VEJAMOS A PARTE FINAL DO ENREDO QUE NARRA UMA ESCRAVIDÃO DE 400 ANOS:<br />
ÊX 15:1-19-21 - Então cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao SENHOR, e falaram,<br />
dizendo: Cantarei ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu<br />
cavaleiro. O SENHOR é a minha força, e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus,<br />
portanto lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei. O SENHOR é homem de<br />
guerra; o SENHOR é o seu nome. Lançou no mar os carros de Faraó e o seu exército; e os seus<br />
escolhidos príncipes afogaram-se no Mar Vermelho. Os abismos os cobriram; desceram às profundezas<br />
como pedra. A tua destra, ó SENHOR, se tem glorificado em poder, a tua destra, ó SENHOR, tem<br />
despedaçado o inimigo; E com a grandeza da tua excelência derrubaste aos que se levantaram contra ti;<br />
enviaste o teu furor, que os consumiu como o restolho. E com o sopro de tuas narinas amontoaram-se<br />
as águas, as correntes pararam como montão; os abismos coalharam-se no coração do mar. O inimigo<br />
dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos; fartar-se-á a minha alma deles, arrancarei a minha<br />
espada, a minha mão os destruirá. Sopraste com o teu vento, o mar os cobriu; afundaram-se como<br />
chumbo em veementes águas. Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu<br />
glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas? Estendeste a tua mão direita; a<br />
terra os tragou. Tu, com a tua beneficência, guiaste a este povo, que salvaste; com a tua força o levaste<br />
à habitação da tua santidade. Os povos o ouviram, eles estremeceram, uma dor apoderou-se dos<br />
habitantes da Filistia. ÊX 15:15 - Então os príncipes de Edom se pasmaram; dos poderosos dos<br />
moabitas apoderou-se um tremor; derreteram-se todos os habitantes de Canaã. Espanto e pavor caiu<br />
sobre eles; pela grandeza do teu braço emudeceram como pedra; até que o teu povo houvesse<br />
passado, ó SENHOR, até que passasse este povo que adquiriste. Tu os introduzirás, e os plantarás no<br />
monte da tua herança, no lugar que tu, ó SENHOR, aparelhaste para a tua habitação, no santuário, ó<br />
Senhor, que as tuas mãos estabeleceram. O SENHOR reinará eterna e perpetuamente; Porque os<br />
cavalos de Faraó, com os seus carros e com os seus cavaleiros, entraram no mar, e o SENHOR fez<br />
tornar as águas do mar sobre eles; mas os filhos de Israel passaram em seco pelo meio do mar.”<br />
VEJA AGORA A ATITUDE DE MIRIÃ: (Que não era uma jovenzinha “gospel”,mas bem idosa!)<br />
ÊX 15:20-21 - Então Miriã, a profetiza, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao<br />
SENHOR, porque gloriosamente triunfou; e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro.<br />
A MORTE DE MIRIÃ: “NM 20:1 - Chegando os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de<br />
Zim, no mês primeiro, o povo ficou em Cades; e Miriã morreu ali, e ali foi sepultada.”<br />
QUESTIONAMENTO: * Será que não dá para perceber que essa velha mulher (temente,<br />
obediente a Deus, fervorosa, serva, prudente, vigilante, submissa, corajosa e consciente,<br />
testemunha dos atos de Deus, que passou por um aprendizado de mais de 90 anos vendo as<br />
maravilhas de Deus) não foi tomada de um êxtase do Espírito Santo e adorou a Deus na beleza de<br />
sua santidade, incitando às mais jovens a adorar a Deus tão poderoso e presente, dançando<br />
como quem dança ao seu amado noivo, remidor, Deus, já que a Bíblia não a revela como casada?<br />
* O que aconteceria se um questionador atual pudesse dizer a ela que é proibido adorar a Deus<br />
com danças? (Apesar da crítica, reconhecemos que a Bíblia não fala que ela continuou dançando...)<br />
Entendamos que no cântico sagrado a Deus entoado por todo o povo inclusive ela,<br />
adoraram a Deus, considerando-o, o senhorio de Deus, sua glória, sua onipresença no meio do<br />
povo, sua salvação, no desejo de adorar a Deus como Pai e querendo fazer-lhe morada.<br />
Além disso, adoraram a Deus, considerando sua presença antropomórfica, diferenciando-o dos<br />
ídolos do Egito, glorificando-o em santidade, louvores e creram nas suas maravilhas.<br />
Reconheceram a beneficência, condução, salvação e santidade de Deus, bem como creram<br />
na provisão e segurança de Deus contra os povos hostis, sabedores que Deus lhes daria<br />
santuário, herança e um lugar de repouso.<br />
* Será que a dança de Miriã foi meramente sensual? Será que diante do milagre, ela queria<br />
aparecer para mostrar-se ao povo? * Uma idosa se requebrando para homens só para relaxar? Duvido!<br />
* Não teria Miriã também incitado e demonstrado às mulheres mais novas a como adorar a<br />
Deus, visto que ela deveria ser uma líder em termos de testemunho como irmã dos líderes<br />
usados por Deus e testemunha fiel diante de tantas coisas? (Analisemos, agora, o caso de Davi!)<br />
12) ANALISANDO O CASO DE DAVI:<br />
VAMOS ANALISAR SUA HISTÓRIA ATÉ O PONTO-CHAVE DO MOMENTO DE SUA DANÇA.<br />
* Davi hebraico dwd dwd David raramente (forma plena) dywd dywd dywd Daviyd - O segundo rei do reino<br />
unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do<br />
reino. Levou a arca para lá e organizou os serviços de adoração. Ampliou o reino e ajuntou<br />
materiais para a construção do Templo. Foi governador, guerreiro, músico e poeta.<br />
Davi foi o mais importante rei de Israel, escolhido por Deus quando ainda menino. Antes ele tocava<br />
harpa para o primeiro rei; depois derrotou o gigante Golias numa batalha com uma atiradeira e fé.<br />
Quando adulto, governou Israel e liderou seus soldados na conquista de muitas regiões.<br />
Compôs dezenas de poemas, chamados salmos, sobre sua fé em Deus e ajudou Israel a se<br />
fortalecer como nação. Mas ao longo de sua vida cometeu alguns pecados graves que causaram<br />
sofrimento à sua família. Mesmo assim, através deles Davi aprendeu sobre o perdão de Deus.<br />
O nome de sua mãe não é conhecido, mas sabemos que era o filho mais novo de Jessé, da<br />
linhagem de Judá. Nasceu em Belém, como Jesus, e a Bíblia o nomeia como um importante<br />
ascendente de Jesus. Bem novo ainda, cuidava das ovelhas de seu pai destemidamente.<br />
Enfrentava bravamente qualquer animal, mesmo leões e ursos, que atemorizasse as ovelhas,<br />
chegando a matá-los. Teve proteção divina quando lutava contra esses animais (I Sm.17: 34-37).<br />
* Davi era filho de Jessé (velho e adiantado entre os homens no tempo de Saul), neto de<br />
Obede, bisneto de Noemi, esposa de Elimeleque, de Belém, sogra e conselheira de Rute.<br />
* Davi foi escolhido por Deus (que conhecia seu coração) para ser Rei, substituindo Saul;<br />
* Davi morava em Belém e tinha por irmãos a Eliabe, Abinadabe, Samá e outros 3 irmãos,<br />
sendo o menor e mais novo de todos;<br />
* Davi trabalhava apascentando as ovelhas de seu Pai;<br />
* Davi foi ungido diante de seus irmãos com chifre de azeite (indicando força e frutificação);<br />
* Davi foi pajem de armas de Saul e tocava harpa diante dele;<br />
DAVI, O UNGIDO DE DEUS: Deus pediu ao profeta Samuel para ungir um novo rei, pois Saul<br />
tinha entristecido o Seu coração. Deus enviou Samuel à casa de Jessé para escolher um dentre os seus<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
filhos. O escolhido de Deus foi o menino Davi (I Sm.16: 1-13), que foi ungido com óleo e daquele dia em<br />
diante o Espírito de Deus se apossou dele.<br />
DAVI E A DERROTA DE GOLIAS: Davi ficou assombrado, mas estava muito indignado e zangado<br />
em saber que um gigante pagão desafiava o povo de Deus. Davi sabia que Deus daria a vitória a<br />
qualquer um que lutasse contra Golias com a ajuda de Deus. Então foi o que fez. Com sua atiradeira e<br />
uma só pedra acertou a fronte do gigante, matando-o (I Sm. 17: 12-58). A exaltação do povo ao seu feito<br />
provocou inveja no Rei Saul que tentou matá-lo.<br />
DAVI, O AMIGO DE JÔNATAS: Ao mesmo tempo em que perdia a afeição de Saul, ganhava a de<br />
Jônatas, filho de Saul, que se tornou um de seus melhores amigos e que mais de uma vez o livrou de<br />
ser morto por seu pai. Jônatas sabia claramente que Davi era escolha de Deus para ser o próximo rei.<br />
DAVI, O ALVO DE SAUL: Davi e Jônatas firmaram um pacto de proteção mútua, inclusive aos<br />
seus descendentes quando Davi se tornasse rei (I Sm. 20). Davi entendeu que Saul não tinha somente<br />
inveja dele; ele o odiava. Foi forçado a fugir para outras cidades, se esconder em cavernas, desertos,<br />
pedir refúgio a reis de outras terras (I Sm.21;22:6-23). No entanto, por duas vezes Davi teve<br />
oportunidade de matar Saul, mas não o fez. Finalmente Saul desistiu de persegui-lo.<br />
DAVI - HOMEM, MARIDO E PAI: Contrariando o que determinava a lei do Velho Testamento, Davi<br />
teve pelo menos oito esposas legítimas e muitos filhos. Muitos de seus casamentos resultaram de<br />
alianças feitas com reis de nações vizinhas. Davi teve também um relacionamento ilícito com Bate-Seba,<br />
esposa de um de seus comandantes militares, no auge de seu reinado. Seu filho Salomão foi fruto<br />
desse relacionamento. Tanto estava fora em batalhas, dentro de sua própria casa ocorriam problemas<br />
sérios. Houve várias intrigas na corte real, fracassos de Davi e conseqüências desses fatos. Como pai,<br />
Davi também enfrentou dificuldades sérias. Amom cometeu incesto. Absalão matou um irmão e teve que<br />
fugir para a terra de seus avós maternos. Mais tarde, reconciliou-se com o pai e em seguida usurpou-lhe<br />
o trono que teve que reagir para reavê-lo. Absalão morreu enquanto fugia de seu pai.<br />
DAVI – REI: Davi foi coroado rei em Judá, ao sul de Israel. Mas sua popularidade cresceu<br />
rapidamente. Durante suas andanças como fugitivo de Saul ele se tornou conhecido de muitos donos de<br />
terras e alguns lhe deviam favores por causa da proteção que lhes tinha proporcionado. Era também<br />
conhecido dos líderes da Filistéia e de Moabe, tendo morado um tempo em cada país.<br />
Esse conhecimento facilitou as negociações. Da Filistéia, Davi voltou para Hebrom onde foi<br />
escolhido rei pelos líderes de Judá. Entre as outras tribos reinava o caos e o resultado foi uma guerra<br />
civil da qual, depois de alguns acordos políticos e familiares e algumas emboscadas, Davi saiu<br />
vencedor, reinando sete anos sobre Judá e trinta e três sobre Israel. Com o governo sediado em<br />
Jerusalém, Davi começou a organizar a nação. Planejou construir um novo palácio e um templo para<br />
abrigar a "arca da aliança", o que não aconteceu, pois Deus tinha outros planos, comunicados ao profeta<br />
Natã: o templo seria construído mais tarde por Salomão, filho de Davi.<br />
DAVI – O ESCRITOR DE SALMOS: Os Salmos se constituem o livro mais conhecido da Bíblia.<br />
Além de serem hinos de adoração a Deus, expressam em palavras alguns dos mais angustiantes<br />
sentimentos com que nos deparamos. Davi escreveu cerca de setenta e três salmos e, ajudado por seu<br />
filho, coletou outros tantos mais tarde. Suas letras eram musicadas para serem usadas na adoração no<br />
templo. O trabalho de Davi deu o rumo para adoração dos israelitas durante gerações.<br />
LEMBREMOS DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DE MÚSICA REALIZADA POR DAVI:<br />
De acordo com o 1ª. Crônicas, Davi organizou esse ministério em três estágios:<br />
* O primeiro estágio, ele ordenou aos chefes das famílias levíticas que designassem uma<br />
orquestra e um coro para acompanharem o transporte da arca até Jerusalém (I Cr.15:16-24).<br />
* O segundo estágio aconteceria depois que a arca tivesse sido colocada em segurança na<br />
tenda em seu palácio (I Cr.15:1-3). Davi organizou a apresentação regular de música coral na hora<br />
das ofertas queimadas com os corais posicionados em dois locais diferentes (I Cr.16:4-6, 37-42). Um<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
coro se apresentava sob a liderança de Asafe diante da arca em Jerusalém (I Cr.16:37), e o outro sob a<br />
liderança de Hemã e Jedutun diante do altar em Gibeão (I Cr.16:39-42).<br />
* O terceiro estágio da organização do ministério de música por Davi, aconteceu no final de<br />
seu reinado quando ele planejou o serviço musical elaborado que seria realizado no templo que<br />
Salomão construiria (I Cr.23:2 a 26:32). Davi fundou um conjunto com 4.000 Levitas como artistas em<br />
potencial (I Cr.15:16; 23:5). Deste grupo ele formou um coro levítico profissional com 288 componentes.<br />
O próprio Davi se envolveu juntamente com seus oficiais na escolha de vinte e quatro líderes das<br />
turmas, cada uma tendo doze músicos num total de 288 (I Cr.25:1-7). Estes, por sua vez, seriam os<br />
responsáveis pela seleção do restante dos músicos.<br />
- RAZÕES DA PROSPERIDADE DO MINISTÉRIO DE MÚSICA NO TEMPLO:<br />
* Primeiro, os músicos levitas eram maduros e musicalmente treinados. Lemos em 1<br />
Cr.15:22 que “Quenanias, o chefe dos levitas, ficou encarregado dos cânticos; essa era sua<br />
responsabilidade, pois ele tinha competência para isso. Ele se tornou o líder da música porque era um<br />
músico hábil e capaz de instruir a outros. O conceito de habilidade musical é mencionado várias vezes<br />
na Bíblia (I Sm.16:18; I Cr.25:7; Sl.137:4,5).<br />
* Segundo, o ministério da música no templo teve êxito porque seus músicos eram<br />
espiritualmente preparados. Eles foram separados e ordenados para esse ministério como o foram os<br />
outros sacerdotes. Falando aos líderes dos músicos levitas, Davi disse: “santificai-vos, vós e vossos<br />
irmãos. Santificaram-se, pois, os sacerdotes e levitas” (I Cr.15:12, 14). Foi entregue aos músicos levitas<br />
o sagrado encargo de ministrarem, continuamente, diante do Senhor (I Crônicas 16:37).<br />
*Terceiro, os músicos levitas eram trabalhadores em tempo integral. (I Cr.9:33):<br />
Aparentemente o ministério musical dos levitas requeria uma preparação considerável, porque<br />
lemos que “Davi deixou ali diante da arca da Aliança do Senhor a Asafe e a seus irmãos, para<br />
ministrarem continuamente perante ela, segundo se ordenara para cada dia;” (I Cr.16:37).<br />
A lição bíblica é que os ministros da música deviam estar dispostos a trabalhar diligentemente no<br />
preparo da música necessária para o culto de adoração.<br />
* Quarto, os músicos levitas não eram artistas cantores convidados para entreter as<br />
pessoas no templo. Eles eram os ministros da música. “São estes os que Davi constituiu para dirigir o<br />
canto na Casa do Senhor, depois que a arca teve repouso. Ministravam diante do tabernáculo da tenda<br />
da congregação com cânticos”. (I Cr.6:31-32). Através de seu serviço musical os levitas “ministravam”<br />
ao povo. Outros cinco trechos no Velho Testamento nos dizem que os levitas ministravam ao povo por<br />
sua música (I Cr. 16:4, 37; 2 Cr. 8:14; 23:6; 31:2).<br />
O ministério dos músicos levitas está bem definido em I Cr.16:4: “Designou dentre os levitas os<br />
que haviam de ministrar diante da arca do Senhor, e celebrar, e louvar, e exaltar o Senhor, Deus de<br />
Israel”. Os três verbos usados neste texto–“celebrar”, “louvar”, e “exaltar”–sugerem que o ministério da<br />
música era uma parte vital na experiência de adoração a Deus. Note que não há danças!<br />
* Quinto, os músicos levitas eram pagos com o mesmo dinheiro que era dado para o<br />
sustento do sacerdócio (Nm.18:24-26; Ne.12:44-47; 13:5, 10-12). A música na igreja deveria diferir da<br />
secular, porque a igreja, como o antigo Templo, é a Casa de Deus na qual nos reunimos para adorar ao<br />
Senhor e não para sermos entretidos.<br />
Antes da época as referências sobre música estavam principalmente com as mulheres que<br />
cantavam e dançavam ao celebrarem eventos especiais. Com o estabelecimento por Davi de um<br />
ministério de música profissional pelos Levitas, a produção musical ficou restrita aos homens. Os livros<br />
de Crônicas descrevem com detalhes como Davi organizou o ministério musical dos Levitas.<br />
OBSERVAÇÃO: Ainda que haja várias versões querendo contestar a ação de Davi ou<br />
desaprová-lo, neste caso, uma das suposições que não podemos desprezar é que Davi<br />
(conhecedor do modo de se adorar a Deus) pretendeu adorá-lo, fazendo uso de seu corpo como<br />
instrumento de adoração e incitando o povo a reconhecer a grande vitória de Deus por seu povo,<br />
ou seja, trazia a lembrança de Deus e exaltava seu nome.<br />
OBSERVAÇÃO: Observemos que Davi era um homem vivido, experiente e espiritual, em<br />
comunhão com Deus que o considerava “segundo o Seu coração” e esse Davi, que organizou<br />
toda esta estrutura de adoração, simplesmente “dançou” diante de Deus.<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
Davi ainda dançou; Salomão já não dançou mais. É claro, pois ele nunca estivera como seu pai<br />
pelas cavernas, fugitivo, desterrado, caçado durante anos. O júbilo de Davi é compreensível.<br />
A história de Davi dançando “com todas as suas forças diante do Senhor” (2 Sm.6:14),<br />
enquanto conduzia o séqüito que trazia a arca de volta para Jerusalém, é vista por muitos como a<br />
sanção bíblica mais convincente para a dança religiosa no contexto do culto divino.<br />
ANÁLISE PSICOLÓGICA DA VIDA DE DAVI (DA INFÂNCIA AO MOMENTO DE SUA DANÇA):<br />
Conforme (1 Sm.16:12):<br />
* Davi era ruivo – hebráico ynmda ynmda ‘admoniy ynwmda ynwmda ‘admowniy - vermelho, palavra oriunda de<br />
Mda ‘adam aw-dam’ (Adão), significando indicando corar de vergonha, capacidade de se emocionar em<br />
humilhação causada por consciência de culpa ou fracasso;<br />
* Davi era formoso de semblante, tinha belos olhos (era simples como a pomba e prudente<br />
como a serpente) -– hebráico bwj towb yar ro’iy (significando ser sensível, compreensivo, generoso e<br />
correto ético com visão, aparência, oriunda do hebráico har ra’ah, que significa examinar, inspecionar,<br />
perceber, considerar);<br />
* Davi tinha boa aparência (era inteligente e espiritual) – hebráico hpy hpy yapheh Nye ‘ayin –<br />
(significa bonito), oriunda de hpy yaphah, significando ser brilhante, capaz de embelezar os olhos, fonte<br />
ou manancial de qualidade mental e espiritual.<br />
Conforme (1 Sm.16:18):<br />
* Davi sabia tocar - hebraico edy edy yada‘ Ngn nagan – (tinha habilidade em usar um objeto para<br />
alcançar uma finalidade);<br />
* Davi era forte e valente hebraico (rwbg rwbg gibbowr ou (forma contrata) rbg rbg rbg gibbor lyx lyx chayil –<br />
(confirmava sua vontade por atitudes de eficiência e suporte);<br />
* Davi era homem de guerra – hebráico vya vya ‘iysh hmxlm hmxlm milchamah – (entrava no combate<br />
tanto só como liderando homens);<br />
* Davi era prudente em palavras – hebraico (Nyb Nyb biyn rbd rbd dabar) – (compreendia e discernia a<br />
extensão de assuntos importantes);<br />
* Davi era de gentil presença – hebráico (rat rat to’ar vya ‘iysh) – (sabia se adaptar às situações<br />
ou pessoas presentes);<br />
* Davi estava com as ovelhas–heb. Nau tso’n ou Nwau Nwau ts@’own – (sabia conduzir as multidões);<br />
Conforme (1 Sm.17:42):<br />
* Davi era moço – hebraico ren ren na‘ar (tinha o ímpeto, impulsividade jovial);<br />
* Davi era de boa aparência - hebraico hpy hpy yapheh harm harm mar’eh (significa bonito), oriunda de<br />
hpy yaphah, significando ser brilhante, capaz de embelezar com uma visão aguçada do sobrenatural e<br />
dos fatos que o cercava). Um resumo de (1 Sm.17): Davi:<br />
* Corajoso e vigilante, apascentava as ovelhas de seu pai;<br />
* Obediente e servo, foi levar os mantimentos aos irmãos por ordem de seu pai;<br />
* Cuidadoso, corajoso, matou um leão, um urso; deixou suas ovelhas no deserto, com um<br />
guarda, antes de ir ter com Saul, no dia em que enfrentou Golias (Esse guerreiro filisteu desafiou<br />
Israel para uma batalha de campeões (I Sm.17). Em seguida foi morto e decapitado pelo jovem Davi.<br />
Golias tinha mais de 2,70m de altura, usava uma armadura que pesava 56,80kg, e carregava uma lança<br />
de 6,80kg. Sua espada, conseguida em Nobe,foi mais tarde dada a Davi (I Sm.21:9; 22:10). Em 2<br />
Sm.21:19, sua morte é atribuída a Elanã, que em I Cr.20:5 aparece como tendo matado o irmão de<br />
Golias, que talvez tivesse seu mesmo nome).<br />
* Prudente, deixou a carga que trazia nas mãos do guarda da bagagem, quando correu à batalha<br />
para ver seus irmãos;<br />
* Espiritual, considerou o inimigo de Deus e da nação como filisteu=imigrante temporário, e<br />
incircunciso (não colhido, imaturo), deixado à própria sorte sem o apoio de quem dá vitória, que é Deus.<br />
* Confiante em Deus que lhe daria a vitória, recusou usar os meios convencionais (armadura de<br />
Saul), preferindo usar o material que tinha, pois era prático no uso de sua funda.<br />
* Seletivo, escolheu com cuidado as pedras apropriadas para usar contra o gigante e sabia onde<br />
encontrá-las.<br />
* Audacioso, profetizou a Golias e a todos, que a sua vitória seria a vitória de Deus contra o mal,<br />
considerando-se como instrumento da justiça divina;<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
* Sábio, Davi antecipou-se ao gigante e correu contra Ele, e após derrubá-lo concluiu o serviço,<br />
cortando sua cabeça com a própria arma do gigante, sua espada.<br />
* Decidido, Davi guardou consigo as provas de sua vitória; a cabeça do gigante e as armas que<br />
eram dele, colocando em sua tenda;<br />
* Humilde, colocou-se como servo de Saul quando foi encontrá-lo após a vitória;<br />
Conforme (1 Sm.18):<br />
* Davi era uma pessoa que sabia valorizar suas amizades, como jônatas;<br />
* Davi andava aparelhado com capa – hebraico lyem lyem m@‘iyl – indicando cobertura como<br />
proteção contra ataques inesperados;<br />
* Davi andava aparelhado com vestes (armadura) – hebraico dm dm mad ou dm méd – indicando<br />
justa medida, sem afrouxar nem apertar, agilidade;<br />
* Davi andava aparelhado com espada – hebraico brx brx chereb – indicando ferramenta para<br />
cortar pedra, atacar, ferir, matar, lutar, representando capacitação para enfrentamento.<br />
* Davi andava aparelhado com arco – hebraico tvq tvq qesheth – indicando força para dobrar,<br />
representando obstinação de propósito<br />
* Davi andava aparelhado com cinto – hebraico rwgx rwgx chagowr – indicando cercar de todos os<br />
lados, representando segurança e vigilância para não ser pego de surpresa;<br />
OUTRAS VIRTUDES DE DAVI:<br />
Davi andava aonde quer que Saul o enviasse; conduzia-se com prudência; era aceito aos<br />
olhos de todo o povo, e até aos olhos dos servos de Saul; saía e entrava diante do povo; se<br />
considerava pobre e desprezível; se conduzia com mais êxito do que todos os servos de Saul e<br />
tinha o seu nome muito estimado. Se formos analisar todos os versículos, encontraríamos mais de<br />
902 versículos no Antigo e Novo Testamento falando diretamente sobre Davi.<br />
ANALISEMOS A SITUAÇÃO DE DAVI):<br />
Davi, escolhido por Deus, pastor de ovelhas de seu Pai, ungido diante de seus irmãos com<br />
chifre de azeite, cheio do Espírito Santo, amigo de Jônatas, alvo de Saul, Rei de Israel e de Judá;<br />
Davi, Escritor dos Salmos, organizador do ministério de música, capaz de se emocionar em<br />
humilhação causada por consciência de culpa ou fracasso, sensível, compreensivo, generoso;<br />
Davi, correto, ético, com visão, aparência, examinador, inspecionador, percebedor,<br />
considerador, brilhante, capaz de embelezar os olhos, fonte de qualidade mental e espiritual;<br />
Davi, hábil em usar um objeto para alcançar uma finalidade, confirmando sua vontade por<br />
atitudes de eficiência e suporte, entrava no combate tanto só, como liderando homens,<br />
compreendia e discernia a extensão de assuntos;<br />
Davi, que sabia se adaptar às situações ou pessoas presentes, sabia conduzir as multidões,<br />
tinha o ímpeto, impulsividade jovial, capaz de embelezar com uma visão aguçada do sobrenatural<br />
e dos fatos que o cercava;<br />
Davi, corajoso e vigilante, obediente e servo, cuidadoso, prudente, espiritual, confiante em<br />
Deus e seletivo, humilde e decidido, que sabia valorizar suas amizades;<br />
Davi, coberto com proteção contra ataques inesperados; agindo em justa medida, sem<br />
afrouxar nem apertar, ágil, sendo instrumento capacitado para enfrentar guerras com obstinação<br />
de propósito e seguro, vigilante para não ser pego de surpresa;<br />
Davi, prudente, aceito aos olhos de todo o povo, que se considerava pobre e desprezível,<br />
mas que se conduzia com êxito e era muito estimado. Esse Davi dançou perante o Senhor!<br />
QUANDO DANÇOU PERANTE O SENHOR:<br />
2SM 6:3-23 - E puseram a arca de Deus em um carro novo, e a levaram da casa de Abinadabe,<br />
que está em Gibeá; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo. E levando-o da casa de<br />
Abinadabe, que está em Gibeá, com a arca de Deus, Aiô ia adiante da arca. E Davi, e toda a casa de<br />
Israel, festejavam perante o SENHOR, com toda a sorte de instrumentos de pau de faia, como também<br />
com harpas, e com saltérios, e com tamboris, e com pandeiros, e com címbalos. E, chegando à eira de<br />
Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus, e pegou nela; porque os bois a deixavam pender. Então a<br />
ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca<br />
de Deus. E Davi se contristou, porque o SENHOR abrira rotura em Uzá; e chamou àquele lugar Perez-<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
Uzá, até ao dia de hoje. E temeu Davi ao SENHOR naquele dia; e disse: Como virá a mim a arca do<br />
SENHOR? E não quis Davi retirar para junto de si a arca do SENHOR, à cidade de Davi; mas Davi a fez<br />
levar à casa de Obede-Edom, o giteu. E ficou a arca do SENHOR em casa de Obede-Edom, o giteu, três<br />
meses; e abençoou o SENHOR a Obede-Edom, e a toda a sua casa. Então avisaram a Davi, dizendo:<br />
Abençoou o SENHOR a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tem, por causa da arca de Deus; foi pois<br />
Davi, e trouxe a arca de Deus para cima, da casa de Obede-Edom, à cidade de Davi, com alegria. E<br />
sucedeu que, quando os que levavam a arca do SENHOR tinham dado seis passos, sacrificava bois e<br />
carneiros cevados. E Davi saltava com todas as suas forças diante do SENHOR; e estava Davi cingido<br />
de um éfode de linho. Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca do SENHOR, com júbilo, e ao<br />
som das trombetas. E sucedeu que, entrando a arca do SENHOR na cidade de Davi, Mical, a filha de<br />
Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi, que ia bailando e saltando diante do SENHOR, o<br />
desprezou no seu coração. E introduzindo a arca do SENHOR, a puseram no seu lugar, na tenda que<br />
Davi lhe armara; e ofereceu Davi holocaustos e ofertas pacíficas perante o SENHOR. E acabando Davi<br />
de oferecer os holocaustos e ofertas pacíficas, abençoou o povo em nome do SENHOR dos Exércitos.<br />
E repartiu a todo o povo, e a toda a multidão de Israel, desde os homens até às mulheres, a cada um,<br />
um bolo de pão, e um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho; então retirou-se todo o povo, cada<br />
um para sua casa, e, voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, a filha de Saul, saiu a encontrar-se<br />
com Davi, e disse: Quão honrado foi o rei de Israel, descobrindo-se hoje aos olhos das servas de seus<br />
servos, como sem pejo se descobre qualquer dos vadios. Disse, porém, Davi a Mical: Perante o<br />
SENHOR, que me escolheu preferindo-me a teu pai, e a toda a sua casa, mandando-me que fosse<br />
soberano sobre o povo do SENHOR, sobre Israel, perante o SENHOR tenho me alegrado. E ainda mais<br />
do que isto me envilecerei, e me humilharei aos meus olhos; mas das servas, de quem falaste, delas<br />
serei honrado. E Mical, a filha de Saul, não teve filhos, até o dia da sua morte.<br />
NA PRIMEIRA DANÇA DE DAVI:<br />
Davi e o povo, riam, se divertiam e se alegravam na presença de Deus, indicando que não<br />
era algo sensual, mas religioso). Após a congregação apoiar a decisão real em unanimidade, Davi<br />
reúne o povo para a nova missão religiosa e – como não poderia deixar de ser em um reino teocrático –<br />
política. O objetivo em si de trazer a arca de volta às terras abençoadas por Deus não era errado ou<br />
desprovido de aprovação divina.<br />
O ACONTECIMENTO INUSITADO:<br />
Deus matou a Uzá, por irreverência, relaxamento, erro, dúvida, falta de temor para com Deus<br />
naquele momento. Vale notar, que Davi não consultou a Deus em nenhum momento; seja acerca dos<br />
métodos a serem utilizados no transporte, seja acerca da aprovação divina em trazer ou não a arca.<br />
A RESPOSTA DE DAVI DIANTE DO FATO:<br />
* Davi não se irou contra Deus, mas contra Uzá por não ter tido o mesmo temor, vigilância,<br />
consciência da santidade de Deus, como Ele, por isso chamou o lugar de “brecha de Uzá”.<br />
* Davi teve mais reverência e temor a Deus naquele dia, pois era alguém que aprendia com<br />
as circunstâncias, no sentido em que temeu a santidade e a justiça do Deus Todo Poderoso.<br />
* Davi, não quis para junto de si a arca, pois não se achou suficientemente digno, santo ou<br />
preparado para honrar a esse Deus santo.<br />
O intento de Davi é colocado em ação. Aparentemente tudo está correto! Um carro novo é<br />
escolhido para o transporte, o povo vibra em excitação e o rei é aclamado por seu feito religioso e<br />
heróico. Até que o imprevisível acontece. Um mero mortal toca a arca e morre, fulminado pela ira do<br />
Altíssimo. O evento da morte de Uzá parece uma mensagem fortíssima ao rei de Israel; e este,<br />
inspirado pelo Espírito Santo, faz uma declaração não menos poderosa e cheia de compreensão do<br />
sinal de Deus: "Temeu Davi ao Senhor naquele dia, e disse: COMO trarei a mim a arca de Deus?".<br />
Davi poderia ter blasfemado contra Deus ou exasperado-se contra o povo: "Infiéis!<br />
Desobedecestes a ordem de Deus e tocastes a arca! Deixai-me passar, eu mesmo levo isso! É a<br />
mim que Deus ungiu!". Mas não! Davi compreendeu plenamente a mensagem de Deus implícita<br />
naquela morte tão pesarosa e percebeu logo que algo estava muito errado. Sendo assim,<br />
preferiu Davi parar a procissão, para que, em oração, pudesse permitir que Deus sondasse seu<br />
coração em busca de alguma mancha de pecado ou erro ("Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho<br />
perverso, e guia-me pelo caminho eterno". (Sl 139: 23 – 24)<br />
E assim, a arca repousou na casa de Obede-Edom por três meses. Mais uma lição nos é deixada<br />
por Deus aqui: Davi não encontrou a resposta para sua inquietação em pouco tempo. A arca repousou<br />
fora do local desejado por Davi por não menos do que três meses. Davi não passou apenas algumas<br />
horas, ou alguns dias em oração, consternação e contrição de espírito, mas sim três longos meses.<br />
A MUDANÇA DE ATITUDE DE DAVI: Mas quando Davi soube que esse Deus abençoador<br />
abençoou a Obede-Edom, trouxe a arca com alegria, júbilo, satisfação, prazer, com muita alegria.<br />
Mais uma vez, Deus oferece a Dmavi a demonstração de que não havia nada de errado no ato em<br />
si de transportar a arca, ou mesmo que a arca teria perdido seu significado de conter a presença do<br />
próprio Deus; pelo contrário, a tragédia de Uzá enfatiza exatamente este significado. Reforçando a fé de<br />
Davi e de seus súditos, Deus abençoa a casa de Obede-Edom durante todo o período no qual a arca<br />
permanece ali.<br />
O QUE DAVI FAZIA DIANTE DO POVO:<br />
* Davi como sacerdote, não só dançava, mas imolava sacrifícios para aplacar a ira divina;<br />
* Davi, rodopiava com o corpo, dançando perante Deus, não se preocupando com o que a<br />
sociedade ou a política iriam dizer; antes, estava consciente de sua função como sumosacerdote,<br />
intercedendo pelo povo e também adorava ao Senhor.<br />
* Davi e todo o povo iam aclamando em triunfo o nome de Deus em marcha como de guerra;<br />
* Davi, rei e sacerdote, ia saltitando de forma ágil perante Deus e rodopiando o corpo diante<br />
de Deus a quem sabia estar diante DELE, ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas, abençoou o<br />
povo em nome do Senhor dos Exércitos e ainda repartiu a todo o povo, e a toda a multidão de<br />
Israel, desde os homens até às mulheres, a cada um, um bolo de pão, e um bom pedaço de carne,<br />
e um frasco de vinho; (não morreu nem foi reprovado por Deus no seu ofício e na sua atitude).<br />
* Davi entendeu a “teologia da Lei do sacrifício do AT”, abençoou o povo espiritualmente e<br />
materialmente;<br />
A ACUSAÇÃO DADA A DAVI:<br />
Quando Davi voltou, foi desprezado e censurado, taxado de incômodo, de se expor de forma<br />
sem vergonha a mostrar a nudez, como quem dançava sensualmente para ser visto pelas<br />
mulheres, como alguém inútil, vazio e sem valor ético (a mesma acusação que se faz hoje em dia a<br />
quem “dança” diante do Senhor);<br />
A RESPOSTA DE DAVI:<br />
* Davi disse que estava consciente da presença de Deus;<br />
* Davi disse que tinha sido eleito, escolhido e selecionado por Deus, colocando-o como<br />
principal e mediador entre o povo e Deus;<br />
* Davi disse que estava rindo e se alegrando na presença de Deus;<br />
* Davi disse que se colocaria ainda mais como insignificante, pouco desprezado e honrado e<br />
que mais humilde e rebaixado se colocaria diante do Senhor;<br />
* Davi disse que seria reconhecido e honrado diante dos pequeninos do Senhor que o<br />
adoravam também;<br />
* Deus julgou e impediu Mical de ter filhos durante toda a sua vida, pois havia zombado de<br />
um servo adorando a Deus. (Apesar da crítica, reconhecemos que a Bíblia não fala que Davi continuou<br />
dançando...).<br />
ALGUMAS CRÍTICAS DE DETERMINADOS GRUPOS RELIGIOSOS À DANÇA DE DAVI:<br />
A) Alguns religiosos afirmam que a dança de Davi diante da arca possuía sérios problemas,<br />
por que ele estava assumindo um papel sacerdotal além do seu status real, usando um éfode<br />
sacerdotal no lugar de suas roupas reais:<br />
Notemos que Davi estava com roupas de sacerdote sim, sacrificou animais a Deus sim, dançou<br />
perante a arca sim! Mas, no templo do Senhor, exerciam tais funções aqueles que foram escolhidos pelo<br />
próprio Deus: os sacrifícios expiatórios eram oferecidos pelos sacerdotes e a adoração sistemática era<br />
realizada pelos levitas. Lembremos que Davi foi ungido 3 vezes:<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
A primeira, de sentido espiritual, ungido por um profeta sacerdote Samuel, onde foi cheio do<br />
Espírito Santo (1 Sm.16:13); a segunda, de sentido real, profética, Davi foi ungido Rei de Judá (2<br />
Sm.2:4); a terceira, de sentido política, onde Davi foi ungido Rei de Israel pelos anciãos (2 Sm.5:3)<br />
Além disso, é tido como o ungido de Deus (2 Sm. 23:1).<br />
Algumas pessoas afirmam que Davi teria se exaltado tanto que perdeu o manto que o encobria e,<br />
que dentro do contexto de um evento religioso, estava entretendo o povo, mas a Bíblia afirma que Davi<br />
estava intercedendo pelo povo e Deus aceitou a adoração.<br />
B) Alguns parecem pensar que David dançou praticamente nu diante do Senhor:<br />
Mas ele estava revestido com um manto sacerdotal para adorar a Deus. Ademais, os saltos e<br />
danças de Davi diante do Senhor foram expressão de alegria e de louvor a Deus. A dança de Davi foi<br />
uma forma de regozijo religioso, uma expressão da alegria na ocasião do retorno da Arca da Aliança a<br />
Jerusalém. O rei Davi e toda a casa de Israel trouxeram a Arca do Senhor com brados de alegria,<br />
entusiasmo e com trombetas, e David dançou diante do Senhor.<br />
Davi tomou o lugar de um escravo na cabeça da procissão para expressar honra a Deus<br />
Jeová. Seu desejo de ser o escravo do Senhor mostra os verdadeiros propósitos e intenções de<br />
sua adoração. Mical, a esposa do rei Davi, não compreendendo os motivos do seu marido, e<br />
pensando que ele tinha se rebaixado diante dos povos, repreendeu-o amargamente, e desprezouo<br />
em seu coração. Mas a motivação de Davi para regozijar era pura.<br />
A narrativa do transporte da arca nos serve para que aprendamos acerca dos riscos corridos ao se<br />
agir conforme suas próprias idéias durante a direção de uma missão ou obra "em nome de Deus".<br />
Davi dançou sim! E a Bíblia não registra a condenação de Deus para essa atitude. A<br />
reprovação de Mical ao comportamento de Davi é um resquício de súditos de Saul a tentar<br />
eclipsar a ilegitimidade de Davi como rei sobre Israel.<br />
Mical, tentando desmoralizar aquele rei ungido por Deus, acusa-o de vadio e imoral. Davi, em<br />
contrapartida, reafirma-se como rei, como legítimo, como escolhido de Deus e responde à acusadora de<br />
forma contundente, sem dar qualquer justificativa por sua dança.<br />
Davi nem questiona se o ato de sua dança foi ou não imoral, pois estava pleno de regozijo e<br />
cheio da presença de Deus. Sua dança fora, sem sombra de dúvidas, legítima e sem qualquer<br />
conotação de vadiagem ou imoralidade.<br />
O episódio de dança foi um ato de máxima e santa excitação pela glória de Deus presente na arca.<br />
Santidade de um homem que sabia da função da arca dentro do templo, ou do santuário.<br />
Foi um ato espontâneo e imediato, nascido diretamente da alegria suprema diante de<br />
certeza da aceitação de Deus a todos os preparativos feitos anteriormente para o transporte da<br />
relíquia sagrada. Esta manifestação não se repetiria mais em toda a narrativa Bíblica, mesmo nos<br />
mais exaltados momentos de júbilo (e muito menos na liturgia do Templo).<br />
QUESTIONAMENTOS IMPORTANTES:<br />
* Miriã uma mulher que não viu o tabernáculo, nem o cumprimento do nascimento do<br />
Messias, nem o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes, dançou em espírito<br />
diante de Deus, seria impossível que uma serva de Deus cristã o adorasse com seu corpo como<br />
Miriã fez, na mesma intenção espiritual?<br />
* Davi, um homem que não viu o Templo de Salomão, nem o cumprimento do nascimento do<br />
Messias, nem o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes, dançou em espírito<br />
diante de Deus, seria impossível que um servo de Deus cristão o adorasse com seu corpo como<br />
Davi fez, na mesma intenção espiritual?<br />
* Seria a Igreja menos cheia do Espírito Santo que Israel do AT? Lembremos que a Nova<br />
Aliança é espiritual e teologicamente superior ao AT e quando se fala nisso, deve-se lembrar de que<br />
falamos acerca de um relacionamento pessoal com Deus, envolvendo cada pessoa.<br />
* Será que não há a possibilidade de termos alguma pessoa temente, obediente a Deus,<br />
fervorosa, serva, prudente, vigilante, submissa, corajosa e consciente, testemunha dos atos de<br />
Deus, passando por um aprendizado, vendo as maravilhas de Deus, adorando a Deus na beleza<br />
de sua santidade, incitando às mais jovens a adorar a Deus tão poderoso e presente, dançando,<br />
adorando a Deus como Davi e Miriã na beleza de sua santidade?<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
LEMBREMOS QUE O MINISTÉRIO DO NOVO TESTAMENTO É SUPERIOR AO ANTIGO: (2<br />
Co.3:7-18) – “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que<br />
os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual<br />
era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da<br />
condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi<br />
glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era<br />
transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece. Tendo, pois, tal esperança, usamos<br />
de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os<br />
filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos<br />
foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual<br />
foi por Cristo abolido; E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas,<br />
quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o<br />
Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como espelho a<br />
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem,pelo Espírito do Senhor.”<br />
Observe a existência da liberdade espiritual de adorar a Deus, não de forma presa a rituais,<br />
mas na exigência de uma transformação interior, que denota santidade pessoal e prática.<br />
Se dissermos que hoje em dia o Espírito Santo não envolve os cristãos, seremos apenas<br />
desgraçados iludidos por um sentimento carnal, pregando mentira e desgraçados ateus fracassados.<br />
RELEMBRANDO A LEI DO NOVO TESTAMENTO: A LEI PERFEITA DA LIBERDADE: (Tg.1:25<br />
e 2:12)- Liberdade - Grego “eleutheria eleutheria eleutheria” eleutheria eleutheria - liberdade para fazer ou omitir coisas que não<br />
estão relacionadas com salvação,como ofertas. Liberdade imaginária para fazer o quiser; a verdadeira<br />
liberdade consiste em viver como devemos, não como queremos).<br />
Esta Lei da liberdade deve ser examinada cuidadosamente com curiosidade, sobrevivendo,<br />
executando e empreendendo em tudo o que realizar. Mudou o Sacerdote, que é Jesus e a Lei<br />
também, que era a Lei do Mandamento Carnal (dízimos e ofertas para a Lei do Espírito em vida<br />
incorruptível e virtuosa ou do amor (Hb.7:12-28) – Somos sacerdotes, templos vivos e o altar é<br />
nosso coração. LEIA OS CONTEXTOS DOS VERSOS (Lc.1:74; Jo.8:32-36; Rm.6:18-22; Rm.7:6; 1<br />
Co.7:22; 1 Co.8:9; 1 Co.10:29; 2 Co.3:17; Gl.2:4; Gl.5:1; Gl.5:13; Tg.1:25; Tg.2:12; 1 Pe.2:16; 2<br />
Pe.2:19;1 Co.16:14);<br />
CONSEQUÊNCIAS DA LEI DA LIBERDADE NA GRAÇA:<br />
• Os seguidores dos ensinamentos de Jesus, serão justificados pela consciência dos<br />
corações (Rm.2:14-15) e a absolvição é pela presença do Espírito Santo (Rm.8);<br />
• Jesus nos remiu da Lei para sermos filhos (adoção); nos fez herdeiros das coisas de Deus;<br />
temos é que cuidar do que é nosso.(Gl.4:3-9);<br />
• Quem está na Lei da Liberdade, não seja influenciado pela obrigatoriedade aparente de<br />
contribuir, sem esperança da justiça da fé em Jesus (Gl.5:1-9);<br />
• Quem já vive no Espírito, contribui por amor e não por imposição, medo ou cobiça. O<br />
dinheiro incita mais obras da carne, que do Espírito (Gl.5:12-26);<br />
• A verdadeira justiça perante Deus vem na justiça da comunhão da fé em Cristo (Fp.3:9-16);<br />
• O fim da Lei é o amor consciente e não fingido e que é bom contribuir e ofertar se for de<br />
modo legítimo, pois os que vivem de modo contrário à sã doutrina, (injustiça, roubo, mentira,<br />
profanação) não são tidos por fiéis no ministério do Senhor, com ou sem ofertas. (1 Tm.1:5-13);<br />
• Quem só ouve, negligencia a prática diária transgride a Lei da Liberdade Cristã (Tg.1:25);<br />
• Quem faz acepção de pessoas, comete pecado e transgride a Lei da Liberdade Cristã,<br />
tornando ofertas sem agrado a Deus (Tg.2:9);<br />
• Quem fala de um jeito e vive de outro, será julgado pela Lei da Liberdade (Tg.2:10-12);<br />
• Quem fala mal do irmão, julgando,não guarda a Lei da Liberdade, mesmo dizimista<br />
(Tg.4:11);<br />
• Pecar, invalida oferta, pois transgride a Lei da Liberdade Cristã (1 Jo.3:4).<br />
Pela Lei da Liberdade, a Lei do NT, a forma de adoração é algo pessoal e livre, mas não<br />
libertinosa; isso implica que há a exigência de santidade, espiritualidade e verdade, sabedoria da<br />
teologia, com consciência da adoração (Jo 4:23-24) e não apenas ritmos carnais movidos por<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
adrenalina e endorfina. Proibir o louvor corporal a Deus, seria também impedir uma adoração<br />
pessoal a Deus, visto que somos instrumentos de seu louvor. allhlouia allhlouia allelouia (Louve a Deus)<br />
CONFRONTANDO AS DUAS VISÕES, ENVOLVENDO O DANÇAR E O NÃO DANÇAR:<br />
Notemos que há uma diferença entre as danças de Israel e das danças pagãs.<br />
A dança no Antigo Testamento esteve associada ao reino de Deus (Sl.149:3; Jr.31:4-13).<br />
Deus deu uma rigorosa ordem a Israel para que eles não seguissem o caminho dos pagãos.<br />
Eles deveriam ser diferentes dos povos pagãos, os quais adoravam ídolos (Lv.20:23-26).<br />
A mesma Bíblia exorta os cristãos para serem separados do mundo (Rm.12:1-2).<br />
Não devemos nos conformar aos modos sensuais do mundo, tais como seus lascivos<br />
modos de dançar, pois se formos a shows de “rock cristão”, o tipo de dança que vemos é<br />
exatamente o mesmo do mundo. Há grupos religiosos que dançam de modo sensual e se vestem<br />
inadequadamente e dançam exatamente como o mundo. Não há justificativa para isso na Bíblia.<br />
Muitas das coisas que Israel fez, não fazemos hoje na época da igreja. Isto inclui a circuncisão dos<br />
bebês, sacerdócios e ofertas, adoração no templo, restrições dietéticas, leis sabáticas, festivais<br />
religiosos, dízimos múltiplos e muitas outras coisas.<br />
Em contraste com as coreografias litúrgicas do período bíblico, a maioria das danças<br />
modernas são praticadas sob o ritmo sensual das músicas profanas, que desconhecem<br />
completamente o princípio enunciado em Fp 4:8. Vejamos que o mesmo homem que dançou,<br />
eliminou qualquer elemento de expressão corporal do sistema de adoração do templo.<br />
No secreto, no íntimo de nossa adoração (se forem nossas intenções e motivos puros e<br />
santos segundo os desígnios de Deus), dancemos por uma dádiva conquistada, choremos por<br />
uma dor aguda, clamemos em alta voz por um desejo a ser saciado; mas, ao chegarmo-nos para<br />
adorar no lugar aonde o povo de Deus se reúne, sejamos templos vivos, continuemos a seguir o<br />
exemplo daquele "homem segundo o coração de Deus", e eliminemos o impróprio desejo carnal.<br />
Se você está alegre e quer expressar sua alegria com algum movimento corporal, nada lhe impede<br />
de dançar, mas desde que seja para manifestar alegria, sem sensualidade, sem malicia, dance como<br />
uma criança, pois a criança dança sem intenções más, e mesmo se você não está com más intenções,<br />
ainda assim tem que vigiar. Dance como uma criança para adoçar seu dia, mas quando você entrar na<br />
casa do Senhor, adore-o, exalte-o, medite na Palavra, louve com a voz, com seu corpo e seu espírito.<br />
CHEGANDO A UM CONSENSO NAS DIVERGÊNCIAS SOBRE DANÇA:<br />
Determinamos qual parte do Antigo Testamento manter, em comparação com o Novo<br />
Testamento? O modo de vida do crente é encontrado na fé descrita no Novo Testamento.<br />
Ambas as visões sobre o dançar e o não dançar estão corretas, na medida em que não devemos<br />
aceitar as danças mundanas e os ritmos sensuais como adoração, mas podemos “dançar”, no sentido<br />
de usarmos nosso corpo como instrumento de adoração a Deus, como que “embalados numa reflexão”.<br />
Isso ocorre, quando, por exemplo, estamos envolvidos no Templo, refletindo numa melodia<br />
espiritual e deixamos nosso corpo oscilar levemente na harmonia do ritmo da letra, como árvore<br />
balançada pelo vento, pois não podemos exercer a liberdade de adorar, rígidos, como estaca.<br />
Nosso corpo age, então, como instrumento musical vivo, cantando, adorando a Deus como<br />
movimento, ainda que não seja exagerado ou sensual, mas a malícia de quem está atrás sem estar<br />
ligado a Deus, excitando-se com os movimentos do corpo de quem adora, é um pecado pessoal de<br />
quem não se liga em Deus, sendo carnal, natural e ímpio, algo não evitável na Igreja atual.<br />
Nesse caso, quando falamos da dança, já não envolve o ritmo embalando vidas em<br />
movimento frenético de adrenalina como nos shows; mas numa forma pessoal de<br />
comportamento em harmonia com a presença espiritual de Deus no local de adoração, estando<br />
“ligado”, fechando os olhos, estendendo as mãos, adorando a Deus na beleza de sua santidade.<br />
O corpo, alma e espírito estão “desligados” da realidade material e “embriagados” em uma<br />
esfera consciente da presença, graça e amor divino, como que numa coreografia de entrega não<br />
intencional, não preparada, mas sentida, onde se perde a noção do Ego e, pela fé, se vê a Deus e<br />
sente seu amor.<br />
Há uma DIVERSIDADE DE DONS, MINISTÉRIOS E OPERAÇÕES DE DEUS (1 Co.12:4), mas<br />
nada fora da verdade Bíblica, pois o Espírito Santo santifica a Palavra e coopera com Ela.<br />
A adoração deve ser uma atitude interior e não exterior, numa postura de coração e de entrega.<br />
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DISCIPULADO DISCIPULADO SEM SEM FRONTEIRAS<br />
FRONTEIRAS<br />
Orientando Vidas em Amor<br />
Esse ato pode ser completo sem a dança, sem a música e sem o canto. Não podemos usar esses<br />
meios como fórmulas instantâneas para se chegar ao altar do Senhor. É necessário se ligar com Deus.<br />
Devemos entender a dança como parte do louvor, e aí então poderemos usá-la com mais<br />
sabedoria para atravessar o Santo dos Santos, e buscarmos um nível de intimidade maior com o<br />
Senhor. Não que isso só seja possível com a dança, mas isso só é possível com a adoração.<br />
Mas quando se entrega realmente a Deus na adoração e se permite que Ele conduza os<br />
movimentos, quando deixamos livre o coração para Ele e não se prende em mais nada, quando se<br />
entende que é somente nos Seus braços que se encontra a verdadeira liberdade, quando não me<br />
importo com mais nada a não ser buscar estar cada vez mais próximo o Senhor... não seria "servir à<br />
Deus em espírito e em verdade"?<br />
O que Deus busca em nós, seus servos não seria um compromisso em verdade com quem<br />
Ele é e, não com o que Ele pode nos beneficiar? A pompa do ritual judaico foi trocada por Deus<br />
por um sentimento de sinceridade, simplicidade, espontaneidade, consciência, querer e fazer de<br />
qualquer pessoa se chegar a Ele; querer impedir uma adoração pessoal usando seu corpo para<br />
adorar a Deus seria o mesmo que querer impor um ritual específico ou posição física para orar.<br />
Davi e Miriã eram espirituais, maduros e conhecedores profundos da Lei de Deus. E nós?<br />
CONCLUSÃO: (Apesar de nossa opinião não ser uma palavra final sobre o assunto, pois<br />
somente Deus é capaz de testificar em sua plenitude o que realmente lhe agrada ou não)<br />
* A dança pode sim, desde que despida completamente da sensualidade que a sociedade<br />
impõe às expressões corporais;<br />
* A dança pode sim, se for uma prática santificada para um louvor alegre ao Senhor em<br />
nossas casas, em nossa comunhão pessoal e em adoração pessoal a Deus no culto;<br />
* A dança pode sim, se não for deturpada de significado e cheia de malícia e promiscuidade,<br />
num estilo de dança mundano usado nos cultos e não deve haver exibição ou incentivo à cobiça.<br />
* A dança pode sim, se indicar uma responsabilidade de executar uma obra grandiosa em<br />
nome de Deus, não realizada sem antes consultar os desígnios do Altíssimo, após intensa<br />
oração, jejuando, consagrando, ofertando como ação de graça e oferta pessoal a Deus em amor.<br />
* A dança pode sim, se acompanhada da vivência e da leitura da Palavra, da adoração, e da<br />
liberdade do amor e temor a Deus, numa santidade prática sem hipocrisia de quem quer adorar;<br />
* Na verdade, a dança sempre terá a crítica dos olhares inquisidores de quem só consegue<br />
ver a maldade, o erro, a impureza, a imoralidade e o pecado como Mical fez com Davi.<br />
* Também, a dança sempre terá o olhar dos ignorantes espirituais que pensam ser o altar de<br />
Deus lugar para saltos, pulos, gritaria, depravação e dança sensual, querendo preencher almas<br />
vazias, como simples balançar de corpos sem propósito, se rebolando por qualquer motivo, sem<br />
mesmo refletir sobre o significado de seus atos e da presença de Deus em suas vidas!<br />
O perigo da dança é ser apenas agradável, emocionante, promovendo a sensualidade,<br />
exaltando o ego, além da exibição promocional e exaltação humana dos que gostam mais dos<br />
aplausos humanos, que da cruz.<br />
Não adianta dançar se não há compromisso com Cristo, visando só o bem estar pessoal e<br />
egoísta, correndo atrás das ofertas de última hora, com o seguinte pensamento! Ó Deus dá-me o<br />
que eu te peço, mas não mexas com a minha vida: Quero viver do jeito que eu gosto!<br />
Assim, são levados em conta o caráter, a intenção do coração e a vida do adorador no momento<br />
de sua atitude diante de Deus, que, com amor, recebe pecadores contritos, arrependidos e<br />
quebrantados como prostitutas, ladrões, oprimidos e quaisquer tipos de pessoas que o confessem e<br />
creiam em Cristo para a salvação, o que denota conforme a Lei da Perfeita Liberdade em Cristo ou Lei<br />
do amor do NT, que tudo, como ofertas, músicas, danças, ensinos, pregações, ou quaisquer outros atos<br />
para Deus devem ser feitos em temor, amor, liberdade de vontade, mas de forma justa e condizente com<br />
a sua Santidade.<br />
COMENTO:_Quando o grupo de dança estiver adorando a Deus no culto e o povo estiver de<br />
olhos fechados, meditando em Deus, adorando-o, sem estar curioso para assistir o espetáculo<br />
visual e auditivo dos “dançarinos”, acredito, então, que neste momento, haverá real avivamento.<br />
Darlan Lima.<br />
www.discipuladosemfronteiras.com<br />
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