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Impasse entre consórcios emperra o Samu Oeste - O Paraná

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Jornal O <strong>Paraná</strong><br />

B10|OPR CIDADES| Quarta-feira, 4 de abril de 2012 cidades@oparana.com.br<br />

GASOLINA NO OESTE<br />

Var ar ariação ar iação de de pr preço pr eço f ffaz<br />

f az<br />

mo motor mo or oris or is ista is a a per perder per der at até at<br />

meio meio tanque tanque por por ano<br />

ano<br />

Custo médio do litro do combustível na região <strong>Oeste</strong> é de R$ 2,793,<br />

conforme comparativo feito com valores extraídos da planilha da ANP<br />

Rondon - A falta de um planejamento<br />

estratégico do setor de<br />

combustível ilustra um futuro<br />

nada animador para o brasileiro.<br />

Nesse campo de batalha, a corda<br />

acaba estourando sempre do lado<br />

mais fraco: o do consumidor.<br />

Enquanto a Agência Nacional<br />

do Petróleo comemora um novo<br />

recorde na produção de petróleo<br />

em janeiro, com 2,231 milhões<br />

de barris/dia, o consumidor<br />

precisa conviver com sucessivos<br />

aumentos nos preços da<br />

gasolina, do etanol e do diesel.<br />

No caso específico da gasolina,<br />

combustível hoje considerado<br />

“mais rentável” aos motoristas,<br />

a variação de preço encontrada<br />

no <strong>Oeste</strong> parece ser<br />

pequena, de 4,52%, comparando<br />

algumas das principais cidades<br />

da região - Assis Chateaubriand,<br />

Cascavel, Foz, Rondon<br />

e Toledo. Entretanto, fazendo<br />

um cálculo mais extenso, comparando<br />

o menor com o maior<br />

valor, a diferença de preço chega<br />

a ser de R$ 7,15 por tanque,<br />

ou seja: no fim do ano o motorista<br />

da região <strong>Oeste</strong> acaba tendo<br />

um prejuízo de até R$ 86, correspondente<br />

a meio tanque de<br />

combustível, utilizando como parâmetro<br />

um sedã médio.<br />

De acordo com o vice-presidente<br />

regional do Sindicombustíveis-PR,<br />

Roberto Pellizzetti, a<br />

variação verificada na região é<br />

considerada normal. Ele cita<br />

que em anos anteriores, essa diferença<br />

já foi bem maior. Grande<br />

parte do produto é comercializadaatual-<br />

mente pela Repar,<br />

localizada<br />

em Araucária.<br />

Há também a<br />

Refinaria de<br />

Manguinhos, no<br />

Rio de Janeiro e<br />

outra distribuidora<br />

de porte menor com atuação<br />

no mercado paranaense.<br />

Hoje, o custo médio da gasolina<br />

na região <strong>Oeste</strong> é de R$<br />

2,793. O valor é extraído de le-<br />

A média de<br />

preço mais baixa<br />

da gasolina é a de<br />

Foz e a mais<br />

alta é a de Rondon<br />

Acuados pela exorbitância<br />

dos preços de combustível no<br />

Brasil, motoristas brasileiros<br />

da fronteira em Foz do Iguaçu<br />

tinham como hábito atravessar<br />

a Ponte Tancredo Neves,<br />

na fronteira <strong>entre</strong> Brasil<br />

e Argentina, em direção aos<br />

postos de combustível de Porto<br />

Iguaçu. Agora, a situação<br />

O preço da gasolina deverá<br />

sofrer novo aumento nos<br />

próximos dias; perspectivas<br />

nada animadoras ao consumidor<br />

vantamento obtido no site da<br />

Agência Nacional de Petróleo,<br />

no período de 25 a 31 de março<br />

deste ano. Hoje, a diferença<br />

por litro é de R$ 0,12 centavos<br />

na região. “Já chegou a ser<br />

de R$ 0,20”, re-<br />

corda Pellizzetti.<br />

A diferença de preços<br />

de postos da cidade<br />

com os de beira<br />

de estrada tem<br />

uma explicação simples,<br />

conforme Pellizzetti.<br />

“Na estrada,<br />

os postos acabam comercializando<br />

um volume infinitamente maior<br />

de óleo diesel em comparação<br />

com os postos do meio urbano e<br />

dessa forma, conseguem garantir<br />

Inflação afasta brasileiro dos postos da Argentina<br />

não é das mais favoráveis para<br />

esse tipo de prática. Entretanto,<br />

alguns brasileiros aproveitam<br />

as compras no país vizinho<br />

e já abastecem, uma vez<br />

que a diferença é de R$ 0,10<br />

por litro. A gasolina vendida<br />

na Argentina é 100% pura,<br />

sem adição de álcool.<br />

Diferente da realidade ve-<br />

preços menores no litro da gasolina”,<br />

exemplifica. “Já na cidade, para<br />

obterem retorno, os postos dependem<br />

única e exclusivamente das<br />

vendas de gasolina e etanol”. Os<br />

postos de beira de estrada trabalham<br />

com uma pequena margem<br />

de retorno, na casa dos R$ 0,15.<br />

Já na cidade, essa margem precisa<br />

ser de R$ 0,35 no mínimo.<br />

Os prognósticos para o preço<br />

da gasolina não são otimistas.<br />

Tudo indica que um novo<br />

aumento deverá ocorrer nos<br />

próximos dias. Conforme informações,<br />

a Petrobras já considera<br />

atuais valores defasados<br />

e destoantes do mercado.<br />

VANDRÉ DUBIELA<br />

rificada em outras ocasiões,<br />

não há filas para abastecer.<br />

Conforme os proprietários<br />

dos postos argentinos,<br />

as vendas caíram 80%<br />

e até o fim do ano o preço<br />

dos combustíveis terá uma<br />

majoração de 25%.<br />

VANDRÉ DUBIELA<br />

Etanol levará dois anos para<br />

voltar a ser competitivo<br />

O etanol segue a mesma tendência<br />

da gasolina no momento.<br />

Nos próximos dias,<br />

deverá sofrer uma pequena<br />

redução. Em um mês, começa<br />

a safra de cana-de-açúcar.<br />

De acordo com Pellizzetti, a<br />

queda deverá ser ínfima, ainda<br />

com o preço próximo dos<br />

R$ 2. “Não há etanol suficiente<br />

no mercado e a situação<br />

é tão crítica que o Brasil in-<br />

clusive adotou uma política de<br />

importação do produto por falta<br />

de estratégia de mercado,<br />

fazendo com que o preço se<br />

mantenha nos atuais patamares”.<br />

O valor é consequência<br />

da queda na produtividade e<br />

do aumento da demanda.<br />

“Nos próximos dois anos, o<br />

etanol dificilmente será competitivo<br />

no mercado”, vaticina<br />

Pellizzetti. (VD)<br />

ARQUIVO/VANDRÉ DUBIELA<br />

MÉDIA DE PREÇO DA GASOLINA NO OESTE<br />

MUNICÍPIO MUNICÍPIO<br />

MÉDIA MÉDIA MÍNIMO MÍNIMO MÍNIMO MÁXIMO MÁXIMO<br />

MÁXIMO<br />

Assis Chateaubriand R$ 2,795 R$ 2,709 R$ 2,849<br />

Cascavel R$ 2,757 R$ 2,590 R$ 2,830<br />

Foz R$ 2,722 R$ 2,670 R$ 2,820<br />

Rondon R$ 2,851 R$ 2,840 R$ 2,870<br />

Toledo R$ 2,842 R$ 2,790 R$ 2,899<br />

FONTE: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

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