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20 motor<br />

Pino, biela, cabeçote, cebolinha, pistão, alternador<br />

Os protagonistas dos problemas mais recorrentes nas<br />

oficinas nem sempre são conhecidos de todos Saiba<br />

agora quais são, onde ficam e as funções dessas peças<br />

Mesmo quem nunca pisou<br />

em uma oficina mecânica<br />

já ouviu ao menos uma vez<br />

a expressão “Ih! Este carro<br />

está batendo pino.” E quando<br />

não é o pino é a biela.<br />

E se o proprietário do<br />

veículo tiver paciência e humor<br />

suficiente para ter na<br />

garagem um popular “semivelho”,<br />

a lista se estende para<br />

casos como problema no<br />

alternador, queima da junta<br />

do cabeçote e por aí vai.<br />

Apesar de serem recorrentes,<br />

nem todos conseguem<br />

explicar ou entender<br />

claramente o que<br />

aconteceu com a caranga<br />

quando ela bate com meia<br />

vida na oficina.<br />

Segundo o professor do<br />

departamento de Engenharia<br />

Mecânica da FEI (Fundação<br />

Educacional Inaciana),<br />

Silvio Shizuo, para começar,<br />

quando se fala em bater pino,<br />

de fato, não existe pino<br />

nenhum. “É uma anomalia<br />

na qual o combustível é<br />

queimado numa velocidade<br />

supersônica. Uma onda de<br />

choque se propaga pela câmara<br />

de combustão gerando<br />

altas pressões e a queima<br />

espontânea do combustível.<br />

Esse fenômeno produz um<br />

ruído parecido ao impacto<br />

numa peça metálica, daí o<br />

nome ‘batida de pino’.”<br />

Já no caso da biela, o especialista<br />

explica que existe<br />

uma folga associada. “Ela<br />

pode realmente ‘bater’,<br />

pois é resultante de uma<br />

folga provocada pelo desgaste<br />

das bronzinas ou rolamentos<br />

(se for uma motoci-<br />

cleta). Isso pode ocorrer por<br />

falha na lubrificação ou pela<br />

alta rodagem do motor.<br />

O uso de óleo de baixa qualidade<br />

também pode afetar<br />

as bielas, que ficam na parte<br />

de baixo do motor.”<br />

Se o diagnóstico for o conhecido<br />

como “queimou a<br />

junta do cabeçote”, a palavra-chave<br />

para desvendar o<br />

mistério do que levou o poçante<br />

a esse trágico fim é<br />

superaquecimento. “Neste<br />

caso, houve falta de refrigeração<br />

do motor. Há várias<br />

causas: falha na bomba<br />

d’água ou na correia, vaza-<br />

mento de água em mangueiras,<br />

conexões, radiador,<br />

reservatório de expansão.”<br />

E se alguém ainda falar<br />

em cebolinha nos dias de<br />

hoje, desconfie. Já faz algum<br />

tempo que elas são de<br />

uso exclusivo dos culinaristas.<br />

“A cebolinha hoje quase<br />

não existe. Antigamente<br />

usava-se uma chave térmica,<br />

lembrando vagamente<br />

uma cebola. Atualmente, o<br />

módulo eletrônico controla<br />

os mesmos dispositivos com<br />

base em sensores de temperatura”,<br />

diz Shizuo.<br />

É preciso abrir os olhos<br />

também quando o parecer<br />

final é “problema no alternador”.<br />

Responsável pela<br />

geração de energia que tem<br />

a função de carregar a bateria,<br />

todo alternador tem um<br />

regulador de voltagem e é<br />

preciso observar quando o<br />

problema é no alternador,<br />

no regulador de voltagem<br />

ou na bateria. “Um bom eletricista<br />

sabe identificar onde<br />

está o problema.”<br />

E se o carro chegou ao<br />

extremo de precisar trocar<br />

os pistões, o caso é de retífica.<br />

“Como é necessário retirar<br />

o motor e desmontar<br />

completamente, recomenda-se<br />

aproveitar para fazer<br />

o motor completo, com troca<br />

das bronzinas, retífica<br />

do virabrequim, assentamento<br />

de válvulas etc”,<br />

afirma o especialista.<br />

www.readmetro.com<br />

QUINTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2012<br />

Papo de Mecânico<br />

Cabo de vela<br />

Balancim<br />

Mola das válvulas<br />

Coletor de escape<br />

Pistão<br />

Vareta do óleo<br />

Motor de arranque<br />

Volante do motor<br />

“Hoje, as<br />

montadoras<br />

programam as<br />

peças para que<br />

tenham um<br />

desgaste<br />

semelhante. A<br />

durabilidade<br />

melhorou porque<br />

os lubrificantes<br />

estão melhores<br />

para atender as<br />

normas de emissão<br />

de poluentes.<br />

Dependendo do<br />

usuário, os<br />

motores duram,<br />

em média, uns<br />

200 mil km ”<br />

SILVIO SHIZUO, PROFESSOR DE<br />

ENGENHARIA MECÂNICA DA FEI<br />

PATRÍCIA GUIMARÃES<br />

METRO SÃO PAULO<br />

C orte transversal Motor 4 cilindros<br />

Corte longitudinal<br />

Carburador<br />

Coletor de admissão<br />

Distribuidor<br />

Tucho<br />

Comando de válvulas<br />

Bomba de óleo<br />

Filtro de óleo<br />

Pescador da bomba<br />

Termóstato<br />

Ventoinha<br />

Bomba de água<br />

Biela<br />

Virabrequim<br />

Correia<br />

Carter<br />

Bujão do óleo<br />

Mistérios que levam o carro à oficina<br />

estão, quase sempre, no motor<br />

Tampa do óleo<br />

Tampa de válvulas<br />

Eixo dos balancins<br />

Mola da válvula<br />

Vareta da válvula<br />

Pistão<br />

Volante do motor<br />

GETTY<br />

Cremalheira do volante

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