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MARANHÃO - Ministério do Meio Ambiente

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EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | <strong>MARANHÃO</strong><br />

O regime neotectônico distensivo e as flutuações <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar vem controlan<strong>do</strong><br />

a evolução da paisagem destas planícies costeiras (Igreja, 1992; Souza Filho, op<br />

cit.; Souza Filho & El-Robrini, 1998), onde a máxima transgressão marinha, ocorrida<br />

a 5.200 anos AP marca o início desta evolução (Souza Filho, op cit.).<br />

Segun<strong>do</strong> El-Robrini et al. (1993), El-Robrini (1999), transformações morfosedimentares<br />

(depósitos de paleo-corais, estuários submersos, concheiras, etc). São<br />

registradas na plataforma continental adjacente. Na zona costeira, ocorrem falésias<br />

pleistocênicas inativas, campos de paleo-dunas, cheniers e dunas atuais, planícies<br />

arenosas e planícies lamosas recentes.<br />

Planalto Costeiro<br />

É conheci<strong>do</strong> como tabuleiro e/ou baixo planalto sedimentar costeiro, caracteriza<strong>do</strong><br />

por apresentar relevo suave e de baixa altitude. Na faixa costeira, a ação erosiva<br />

das águas marinhas sobre os tabuleiros resulta na geração de falésias ativas (Santos,<br />

1989). Estas feições ocorrem freqüentemente na parte norte e nordeste da Ilha<br />

de São Luís (Cavalcante et al., 1983)(prancha 5, estampas 4 e 5) e no Litoral NW <strong>do</strong><br />

Maranhão (prancha 6, estampas 1 a 5).<br />

Golfão maranhense<br />

O Golfão maranhense é um complexo estuarino localiza<strong>do</strong> em uma posição em<br />

ângulo reto em relação ao litoral. No golfão, desembocam duas drenagens independentes;<br />

o sistema Mearim/ Pindaré/ Grajaú, na baía de São Marcos, e o rio Itapecurú,<br />

na baía de São José (prancha 5, estampas 3 e 4). O golfão é largamente aberto ao<br />

norte sobre a plataforma continental (100 km) e é desenvolvi<strong>do</strong> entre os setores 02<br />

e 03 (figura 01)(a NW, o litoral é constitui<strong>do</strong> por “falas rias” e a Leste, este trecho é<br />

retilíneo e ocupa<strong>do</strong> por campos dunários (El-Robrini, 1992).<br />

A baía de São Marcos (prancha 5, estampa 1) é uma vasta zona estuarina, com<br />

orientação NE-SW e cuja, morfologia integra <strong>do</strong>is tipos contrastantes de costa; ao<br />

nordeste, a costa é subretilínea, com formação de dunas e praias arenosas (norte da<br />

ilha de São Luís); a noroeste ao contrário, a costa é recortada por “falsas rias”, é<br />

uma parte colonizada por mangue. Esta vasta baía, amplamente aberta sobre a<br />

plataforma continental tem 50 km na parte norte, 15 km na parte central (entre<br />

Alcântara e a Ponta de São Marcos), 25 km, ao nível da ilha <strong>do</strong>s Caranguejos e 4km<br />

na foz <strong>do</strong> rio Mearim. As duas baías que constituem o Golfão maranhense tem<br />

ligação distinta com o mar aberto. A baía de São Marcos, a mais longa, é um<br />

estuário ativo, com um canal central bem desenvolvi<strong>do</strong> e <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> por correntes<br />

de vazante, onde sucedem-se bancos arenosos, em série, desde a foz da baía, até<br />

dezenas de quilômetros para o interior. Na foz da baía de São José, ocorrem extre-<br />

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