a pregação dos frades menores em portugal: um esforço de ... - ABHR
a pregação dos frades menores em portugal: um esforço de ... - ABHR
a pregação dos frades menores em portugal: um esforço de ... - ABHR
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Acredito, inclusive, que a gran<strong>de</strong> ascendência, especialmente <strong>dos</strong> Franciscanos – os quais se<br />
constituíram, aqui, no meu objeto <strong>de</strong> estudo – sobre a família real portuguesa, <strong>de</strong>ve-se a esse<br />
interesse com<strong>um</strong>, que era a transformação <strong>dos</strong> hábitos da população. D. Afonso II e seus sucessores<br />
tiveram como estratégias para alcançar aquele objetivo, o uso do processo legislativo, enquanto os<br />
<strong>fra<strong>de</strong>s</strong> usaram os recursos religiosos que dispunham, como a sua vivência pessoal, <strong>em</strong>basada na<br />
pobreza; no seu comportamento simples e pacífico; na <strong>pregação</strong> ortodoxa; nas organizações <strong>de</strong><br />
confrarias <strong>de</strong> terciários, on<strong>de</strong> os franciscanos seculares agiam como “fermento na massa” (cf. Mt 13,<br />
33) da socieda<strong>de</strong>, contribuindo para a criação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a cultura <strong>de</strong> paz, <strong>de</strong> respeito aos direitos<br />
recíprocos e <strong>de</strong> carida<strong>de</strong> com os mais pobres e marginaliza<strong>dos</strong>.<br />
Em <strong>um</strong>a socieda<strong>de</strong>, que, mesmo violenta, era religiosa, os recursos usa<strong>dos</strong> pelos<br />
Franciscanos foram eficazes. Prova disso é a sua aceitação pelas populações, que não apenas lhes<br />
acudiam com as esmolas, mas também lhes doavam terrenos, ajudavam-lhes na construção <strong>de</strong><br />
conventos e igrejas. Grangearam respeito, também, por parte <strong>dos</strong> reis portugueses e <strong>dos</strong> papas, <strong>em</strong><br />
<strong>um</strong> processo crescente, ao longo da Baixa Ida<strong>de</strong> Média.<br />
Bibliografia<br />
Fontes<br />
REGRA Bulada. In. São Francisco <strong>de</strong> Assis. Escritos e biografias <strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Assis. Crônicas<br />
e outros test<strong>em</strong>unhos do primeiro século franciscano. 3. Ed. Petrópolis. Vozes:CEFEPAL. 1993. pp.<br />
131-139<br />
“Sabelecimento <strong>em</strong> como as casas <strong>dos</strong> filhos dalgo <strong>de</strong>u<strong>em</strong> seer guardadas e <strong>de</strong>gredo como pect<strong>em</strong><br />
por cada cousa que tomar<strong>em</strong>” In. LIVRO das Leis e Posturas. , transcrição paleográfica <strong>de</strong> Maria<br />
Teresa C. Rodrigues, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito. Lisboa. 1971. pp. 20-21.<br />
Referências Bibliográficas<br />
ALMEIDA, Fortunato <strong>de</strong>. História da Igreja <strong>em</strong> Portugal. Vol<strong>um</strong>e I. Nova edição, preparada e dirigida<br />
por Damião Peres. Porto. Portugalense Editora. S.A.R.L. s/d.<br />
CASAGRANDE, Carla “A mulher sob custódia”. In. Christiane KLAPISCH-ZUBER (direção). História<br />
das Mulheres. A Ida<strong>de</strong> Média. Trad. Ana Losa RAMALHO e outros. Porto. Afrontamento. s/d. pp. 99-<br />
141<br />
8