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Manual de Segurança e Saúde em Hospitais Manual de ... - Fremap

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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Segurança</strong> e Saú<strong>de</strong><br />

<strong>em</strong> <strong>Hospitais</strong>


Índice<br />

3<br />

Página<br />

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4<br />

1. Decálogo <strong>de</strong> Prevenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5<br />

2. Riscos associados a agentes mecânicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6<br />

2.1 Cortes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6<br />

2.2 Quedas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6<br />

2.3 Golpes, choques e entalões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7<br />

2.4 Manipulação <strong>de</strong> cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7<br />

3. Riscos associados a agentes químicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />

3.1 Aspectos gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />

3.2 Gases anestésicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12<br />

3.3 Gases esterilizantes. Óxido <strong>de</strong> etileno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />

3.4 Compostos citostáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />

3.5 Desinfectantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14<br />

4. Riscos associados a agentes físicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15<br />

4.1 Radiações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15<br />

4.2 Ruído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21<br />

4.3 Calor ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21<br />

5. Riscos associados a agentes biológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22<br />

6. Riscos associados a aspectos ergonómicos e psicossociais . . . . . . . . . . . . . 27<br />

7. Gestão <strong>de</strong> resíduos sanitários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34<br />

8. Actuações <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36<br />

8.1 Plano <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36<br />

8.2 Protecção contra incêndios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36<br />

8.3 Evacuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39<br />

9. Obrigações dos Trabalhadores <strong>em</strong> Prevenção <strong>de</strong> Riscos . . . . . . . . . . . . . . . . 40


Apresentação<br />

A LEI DE PREVENÇÃO DE RISCOS LABORAIS (Lei<br />

31/1995 do 8 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro) estabelece no seu Art. 18 a obriga-<br />

ção do <strong>em</strong>presário <strong>de</strong> informar os seus trabalhadores sobre os ris-<br />

cos que possam afectar à sua saú<strong>de</strong> e as medidas preventivas que<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> aplicar para os evitar.<br />

Com o presente manual preten<strong>de</strong>-se dar a conhecer aos trabalha-<br />

dores do sector hospitalar, os factores <strong>de</strong> risco mais frequentes aos<br />

quais se encontram expostos e as medidas preventivas gerais que<br />

se po<strong>de</strong>m adoptar para os evitar.<br />

A partir da Área <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> FREMAP esperamos que esta<br />

publicação contribua para o melhoramento dos níveis <strong>de</strong> segu-<br />

rança e saú<strong>de</strong> nesta activida<strong>de</strong>.<br />

4


1<br />

11. Conheça a fundo o seu ambiente <strong>de</strong> trabalho e as tarefas que vai realizar.<br />

12. Informe-se sobre a organização da prevenção no seu centro.<br />

13. Saiba quais são os seus direitos e obrigações como trabalhador/a <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> riscos laborais.<br />

14. As situações <strong>de</strong> perigo exist<strong>em</strong> e s<strong>em</strong>pre existiram, conheça ou não quais são:<br />

Aprenda a i<strong>de</strong>ntificá-las.<br />

15. Solicite os utensílios e materiais necessários para garantir a sua segurança e<br />

saú<strong>de</strong>.<br />

16. Respeite os sinais <strong>de</strong> segurança.<br />

17. Utilize e cui<strong>de</strong> as protecções pessoais e colectivas.<br />

18. Não corra riscos <strong>de</strong>snecessários. Zele pela sua saú<strong>de</strong> e a dos seus companhei-<br />

ros.<br />

DECÁLOGO DE PREVENÇÃO<br />

19. Ao finalizar a jornada, pergunte-se se trabalhou <strong>de</strong> forma segura.<br />

10. L<strong>em</strong>bre-se: a segurança começa por si próprio.<br />

5


2<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES MECÂNICOS<br />

2.1. CORTES<br />

RISCOS<br />

Manipulação <strong>de</strong> material cortante e muito afiado:<br />

Bisturi, tesoura, lancetas, material <strong>de</strong> vidro, facas nas<br />

cozinhas, etc. As luvas po<strong>de</strong>m carecer da resistência<br />

mecânica suficiente frente aos cortes, sobretudo nos<br />

casos nos quais o trabalhador necessite uma sensibilida<strong>de</strong><br />

completa nos seus <strong>de</strong>dos.<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Descarte o material <strong>de</strong> vidro com <strong>de</strong>feitos (fissuras,<br />

rebarbas, bordos cortantes, etc.).<br />

Evite armazenar o material <strong>de</strong> vidro <strong>em</strong> estantes<br />

<strong>de</strong> acesso difícil ou <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> insuficiente.<br />

Recolha o vidro partido com utensílios <strong>de</strong> protecção a<strong>de</strong>quados e <strong>de</strong>posite-os, b<strong>em</strong> como outros<br />

objectos afiados (facas, material cirúrgico) <strong>em</strong> <strong>em</strong>balagens e contentores rígidos e resistentes convenient<strong>em</strong>ente<br />

i<strong>de</strong>ntificados. Nunca <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser eliminados <strong>em</strong> papeleiras ou sacos <strong>de</strong> plástico.<br />

2.2 QUEDAS<br />

Apresentam-se com gran<strong>de</strong> frequência nos centros hospitalares,<br />

principalmente <strong>de</strong>vido a resvalos, que costumam originar<br />

lesões osteomusculares.<br />

Factores <strong>de</strong> risco Medidas preventivas<br />

O tipo e o estado dos pisos: As suas características<br />

(terraço, materiais plásticos, etc.) favorec<strong>em</strong> os resvalos,<br />

sobretudo nas quais o piso está molhado ou<br />

recent<strong>em</strong>ente polido, encerado ou abrilhantado.<br />

As características do calçado utilizado: O calçado<br />

aberto (tipo socos) com solas <strong>de</strong> pele ou similares<br />

carece <strong>de</strong> sujeição e favorece as escorrega<strong>de</strong>las e<br />

entorses.<br />

6<br />

Pisos <strong>de</strong> material não escorregadio e <strong>de</strong> limpeza fácil.<br />

Para evitar pisar pisos molhados, limpar-se-ão os<br />

corredores por meta<strong>de</strong>s e <strong>em</strong>pregando sinais <strong>de</strong> perigo<br />

(“Atenção, chão molhado”).<br />

Recomenda-se o sapato fechado frente ao soco.


2<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES MECÂNICOS<br />

2.3. Golpes, choques e entalões<br />

RISCOS<br />

Em portas batentes: produz<strong>em</strong>-se ao passar com as<br />

mãos ocupadas, ser abertas pelo outro lado, ou por<br />

falta <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>.<br />

Por queda <strong>de</strong> objectos: originam-se por um transporte<br />

ina<strong>de</strong>quado e sujeição do material (ban<strong>de</strong>ja,<br />

carrinhos, garrafas <strong>de</strong> gases, etc.).<br />

No <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> pacientes e transporte <strong>de</strong><br />

material: po<strong>de</strong>m produzir-se golpes, entalões <strong>de</strong><br />

mãos e atropelamentos <strong>em</strong> zonas estreitas ou com<br />

falta <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>.<br />

2.4 MANIPULAÇÃO DE CARGAS<br />

RISCOS<br />

A manipulação e o levantamento <strong>de</strong> cargas é uma das<br />

principais causas <strong>de</strong> lombalgia. Esta po<strong>de</strong> aparecer por<br />

sobre esforço ou como resultado <strong>de</strong> esforços repetitivos.<br />

7<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Nas portas batentes dispor-se-á <strong>de</strong> olho-mágico,<br />

vigia, <strong>de</strong> altura e dimensões suficientes para garantir<br />

uma visão correcta da parte contrária.<br />

Se se transportam materiais volumosos amontoados<br />

(sacos do lixo, roupa, ban<strong>de</strong>jas, etc.), estes <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

permitir s<strong>em</strong>pre a visibilida<strong>de</strong>.<br />

As garrafas <strong>de</strong> gases manter-se-ão correctamente<br />

sujeitas tanto no seu transporte, como no seu lugar<br />

<strong>de</strong> uso.<br />

Como regra geral, <strong>de</strong>ve ser seleccionada e sinalizada<br />

a direita como sentido obrigatório <strong>de</strong> circulação,<br />

excepto quando se precise da largura <strong>de</strong> ambas portas,<br />

<strong>em</strong> cujo caso as portas serão previamente abertas<br />

e calçadas.<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Procedimento correcto <strong>de</strong> levantamento manual <strong>de</strong> cargas:<br />

- Aproxime-se da carga e disponha os pés <strong>de</strong> tal forma<br />

que a base <strong>de</strong> sustentação permita conservar o equilíbrio.<br />

- Flexione os joelhos mantendo as costas direitas e alinhadas.<br />

- Aproxime ao máximo o objecto ao centro do corpo.<br />

- Levante o peso <strong>de</strong> forma gradual, suav<strong>em</strong>ente e s<strong>em</strong><br />

sacudi<strong>de</strong>las.<br />

- Não gire o tronco enquanto se está a levantar a carga,<br />

é preferível girar sobre os pés.<br />

Não transporte mais carga que a <strong>de</strong>vida para evitar “viagens”.<br />

Utilize os meios mecânicos à sua disposição para o transporte<br />

ou levantamento <strong>de</strong> cargas (carros, plataformas,<br />

etc.).<br />

IMPORTANTE: Os sobre esforços, as quedas e os golpes são causa <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do total<br />

dos aci<strong>de</strong>ntes ocorridos nos hospitais.


3<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

3.1 ASPECTOS GERAIS<br />

RISCOS GERAIS<br />

Derivam directamente das proprieda<strong>de</strong>s e perigosida<strong>de</strong> que apresentam a gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substâncias às<br />

quais estão expostos os trabalhadores, os quais se classificam <strong>em</strong> quatro grupos (junto com a palavra que caracteriza<br />

cada tipo <strong>de</strong> perigo se apresenta a abreviatura da característica e/ou a <strong>de</strong>scrição do risco, assim como, nalguns<br />

casos, um pictograma internacional <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cor amarela ou laranja):<br />

1. Substâncias que po<strong>de</strong>m provocar incêndios ou explosões.<br />

IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO<br />

EXPLOSIVOS (E)<br />

Substâncias e preparados que po<strong>de</strong>m explodir pelo efeito <strong>de</strong> uma chama ou do<br />

calor, ou que sejam muito sensíveis aos choques e às roça<strong>de</strong>las.<br />

INFLAMÁVEIS<br />

COMBURENTE (O)<br />

Substâncias e preparados cujo ponto <strong>de</strong> ignição é baixo. Em função da sua maior<br />

ou menor inflamação distingu<strong>em</strong>-se três grupos:<br />

Extr<strong>em</strong>amente inflamáveis (F+)<br />

Facilmente inflamáveis (F+)<br />

Inflamáveis (R10)<br />

Substâncias ou preparados que, <strong>em</strong> contacto com outros, particularmente com<br />

os inflamáveis, originam uma reacção fort<strong>em</strong>ente exotérmica.<br />

2. Substâncias que afectam directamente a saú<strong>de</strong> das pessoas.<br />

IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO<br />

TÓXICOS/NOCIVOS<br />

SENSIBILIZANTES<br />

(R42 e/ou R43)<br />

CARCINOGÊNICOS<br />

(r45 e R49)<br />

POSSÍVEIS EFEITOS<br />

CANCERÍGENOS<br />

(R40)<br />

MUTAGÊNICOS<br />

(R46)<br />

TERATOGÊNICOS<br />

/TÓXICOS PARA A<br />

REPRODUÇÃO<br />

(R60, R61, R62, R63)<br />

Substâncias e preparados que, por inalação, ingestão ou penetração cutânea<br />

po<strong>de</strong>m alterar a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> um indivíduo. O grau <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> estabelece-se <strong>em</strong><br />

três categorias:<br />

Muito tóxicas (T+)<br />

Tóxicas (T)<br />

Nocivas (Xn)<br />

As substâncias e preparados que, por inalação ou penetração cutânea po<strong>de</strong>m<br />

ocasionar uma reacção <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma que uma exposição posterior<br />

a essa substância dê lugar a efeitos negativos característicos (reacções cutâneas<br />

ou respiratórias <strong>de</strong> carácter alérgico).<br />

As substâncias e preparados que, por inalação ingestão ou penetração cutânea<br />

po<strong>de</strong>m produzir cancro ou aumentar a sua frequência.<br />

As substâncias e preparados que, por inalação ingestão ou penetração cutânea<br />

po<strong>de</strong>m produzir alterações genéticas hereditárias ou aumentar a sua frequência.<br />

As substâncias e preparados que por inalação, ingestão ou penetração cutânea<br />

po<strong>de</strong>m produzir efeitos negativos não hereditários no feto durante o seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

intra-uterino, aumentar a frequência <strong>de</strong>stes ou afectar <strong>de</strong> forma<br />

negativa a função ou a capacida<strong>de</strong> reprodutora.<br />

8


3<br />

IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO<br />

PERIGOSO PARA<br />

O MEIO AMBIENTE<br />

(N)<br />

CORROSIVOS (C)<br />

3. Substâncias que produz<strong>em</strong> danos ao meio ambiente.<br />

As substâncias e preparados que apresent<strong>em</strong> ou possam apresentar um perigo<br />

imediato ou futuro para um ou mais componentes do meio ambiente.<br />

(R50, R51, R52, R53, R54, R55, R56, R57, R58, R59)<br />

IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO<br />

IRRITANTES (Xi)<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS GERAIS<br />

4. Substâncias que danifiqu<strong>em</strong> fisicamente os tecidos biológicos.<br />

1. Informação sobre a substância:<br />

Qualquer produto químico presente no lugar <strong>de</strong> trabalho<br />

<strong>de</strong>ve estar correctamente i<strong>de</strong>ntificado e conter<br />

informação sobre o risco inerente da substância ou preparado.<br />

Etiqueta: Todo recipiente que contenha um produto<br />

químico <strong>de</strong>ve levar, obrigatoriamente, uma etiqueta<br />

b<strong>em</strong> visível na sua <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>. A etiqueta é a primeira<br />

fonte <strong>de</strong> informação que t<strong>em</strong>os frente aos riscos<br />

<strong>de</strong>rivados da utilização dos produtos químicos. O seu<br />

conteúdo é o seguinte:<br />

As substâncias e preparados que, <strong>em</strong> contacto com tecidos vivos po<strong>de</strong>m exercer<br />

uma acção <strong>de</strong>strutiva dos mesmos.<br />

As substâncias e preparados não corrosivos que, <strong>em</strong> contacto imediato, prolongado<br />

ou repetido com a pele ou as mucosas po<strong>de</strong>m provocar uma reacção inflamatória.<br />

NOME DA SUBSTÂNCIA OU PREPARADO<br />

DADOS DO FABRICANTE OU DISTRIBUIDOR<br />

IDENTIFICAÇÃO DE<br />

PERIGOS<br />

DESCRIÇÃO DO RISCO (FRASES R)<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS (FRASES S)<br />

Fig. Partes <strong>de</strong> uma etiqueta<br />

9<br />

Nome da substância ou do preparado.<br />

Nome, direcção e telefone do fabricante ou importador.<br />

Símbolos e indicações <strong>de</strong> perigo, para <strong>de</strong>stacar os<br />

riscos principais (2 como máximo).<br />

Frases <strong>de</strong> risco (Frases R), que permit<strong>em</strong> compl<strong>em</strong>entar<br />

e i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>terminados riscos mediante a<br />

sua <strong>de</strong>scrição.<br />

Conselhos <strong>de</strong> prudência (Frases S), que estabelec<strong>em</strong><br />

medidas preventivas para a manipulação e utilização.<br />

FÓRMULA MOLECULAR<br />

E CARACTERÍSTICAS<br />

FÍSICO-QUÍMICAS DA<br />

SUBSTÂNCIA


3<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

Ficha <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> segurança: Esta ficha <strong>de</strong>ve ser proporcionada<br />

obrigatoriamente pelo fabricante quando<br />

se leve a cabo a primeira entrega do produto, para que<br />

se tom<strong>em</strong> as <strong>de</strong>vidas precauções na manipulação <strong>de</strong><br />

tais substâncias. Compõe-se <strong>de</strong> 16 apartados que<br />

inclu<strong>em</strong> a informação seguinte:<br />

01. I<strong>de</strong>ntificação da substância ou preparado e da<br />

socieda<strong>de</strong> ou <strong>em</strong>presa.<br />

02. Composição/informação sobre os componentes.<br />

03. I<strong>de</strong>ntificação dos perigos.<br />

04. Primeiros socorros.<br />

05. Medidas <strong>de</strong> luta contra incêndios.<br />

06. Medidas que se <strong>de</strong>v<strong>em</strong> tomar <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame<br />

aci<strong>de</strong>ntal.<br />

07. Manipulação e armazenamento.<br />

08. Controlo <strong>de</strong> exposição/ protecção individual.<br />

09. Proprieda<strong>de</strong>s físicas e químicas.<br />

10. Estabilida<strong>de</strong> e reactivida<strong>de</strong>.<br />

11. Informações toxicológicas.<br />

12. Informações ecológicas.<br />

13. Consi<strong>de</strong>rações relativas à eliminação.<br />

2. Manipulação <strong>de</strong> produtos químicos:<br />

Não coma, beba ou fume nas áreas <strong>de</strong> manipulação<br />

<strong>de</strong> produtos químicos.<br />

Nunca se <strong>de</strong>ve cheirar n<strong>em</strong> provar um produto químico.<br />

Em caso <strong>de</strong> trasfega para outro recipiente, i<strong>de</strong>ntifique<br />

o conteúdo e etiquete a nova <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>.<br />

10<br />

14. Informações relativas ao transporte.<br />

15. Informações regulamentares.<br />

16. Outras informações.<br />

Quando manipule produtos químicos perigosos, utilize<br />

as vitrinas <strong>de</strong> segurança.<br />

Utilize os equipamentos <strong>de</strong> protecção individual<br />

a<strong>de</strong>quados.<br />

É conveniente a redacção <strong>de</strong> procedimentos que cont<strong>em</strong>pl<strong>em</strong><br />

as normas <strong>de</strong> utilização e actuação para que<br />

o trabalho com produtos químicos se efectue <strong>de</strong><br />

maneira segura para o trabalhador e o meio ambiente.


3<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

3. Armazenamento <strong>de</strong> produtos químicos:<br />

Mantenha a quantida<strong>de</strong> armazenada no mínimo<br />

operativo tendo um registo actualizado <strong>de</strong> produtos<br />

<strong>em</strong> armazém.<br />

Organize o armazém <strong>de</strong> produtos químicos consi<strong>de</strong>rando<br />

as características <strong>de</strong> perigosida<strong>de</strong> dos produtos<br />

e as incompatibilida<strong>de</strong>s, e não aten<strong>de</strong>ndo à facilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> procura (or<strong>de</strong>m alfabética, agrupamento por<br />

famílias).<br />

- Agrupe os <strong>de</strong> características similares.<br />

- Separe os incompatíveis.<br />

- Isole ou confine os <strong>de</strong> características especiais<br />

(muito tóxicos, cancerígenos, explosivos, pestilentos,<br />

etc.).<br />

Utiliza armários <strong>de</strong> segurança para armazenar produtos<br />

agressivos, situando nas estantes inferiores as<br />

<strong>em</strong>balagens mais pesadas assim como os ácidos<br />

e bases fortes.<br />

Empregue frigoríficos anti<strong>de</strong>flagrantes<br />

ou <strong>de</strong> segurança ampliada para<br />

armazenar produtos inflamáveis<br />

muito voláteis.<br />

O armazém <strong>de</strong> produtos químicos<br />

é um lugar só para armazenar.<br />

Nunca se <strong>de</strong>ve trabalhar<br />

nesse local.<br />

As zonas <strong>de</strong> armazenamento<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar limpas e or<strong>de</strong>nadas<br />

e claramente sinalizadas.<br />

Deve-se dispor <strong>de</strong> duches <strong>de</strong><br />

segurança e fontes lava-olhos,<br />

b<strong>em</strong> como um lugar para lavar as<br />

mãos e a cara com sabão.<br />

11<br />

Comprove que todos os produtos estejam a<strong>de</strong>quadamente<br />

<strong>em</strong>balados e etiquetados.<br />

- Reveja o bom estado da <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> e a eficácia das<br />

tampas.<br />

- As <strong>em</strong>balagens apanhar-se-ão com segurança para<br />

impedir quedas ou <strong>de</strong>rrames.<br />

- S<strong>em</strong>pre que seja possível, os produtos inflamáveis,<br />

tóxicos ou muito tóxicos <strong>de</strong>verão armazenarse<br />

<strong>em</strong> <strong>em</strong>balagens <strong>de</strong> metal ou plástico, <strong>em</strong> vez <strong>de</strong><br />

vidro.


3<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

3.2 GASES ANESTÉSICOS<br />

São agentes químicos <strong>de</strong>pressores do sist<strong>em</strong>a nervoso<br />

central, que produz<strong>em</strong> perda <strong>de</strong> consciência, <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e da activida<strong>de</strong> reflexa,<br />

motivo pelo qual se utilizam na indução e manutenção<br />

da anestesia geral. Absorv<strong>em</strong>-se por inalação e os<br />

mais utilizados são o Óxido <strong>de</strong> dinitrogênio, o Isoflurane,<br />

o Enflurano, o Halotano, o Metoxiflurano e o<br />

Desflurano.<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> eliminação <strong>de</strong> gases residuais. Os procedimentos<br />

mais <strong>em</strong>pregues são:<br />

- Ligação directa a um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vácuo com um<br />

<strong>de</strong>pósito flexível regulador, tendo <strong>em</strong> conta a <strong>em</strong>issão<br />

<strong>de</strong> gases <strong>de</strong>scontínua que gera o ritmo respiratório.<br />

- Envio dos gases exalados pelo paciente a uma<br />

corrente <strong>de</strong> vácuo s<strong>em</strong> ligação directa.<br />

- Envio dos gases proce<strong>de</strong>ntes do paciente à volta do<br />

sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ventilação do bloco operatório.<br />

- Envio dos gases proce<strong>de</strong>ntes do paciente para o<br />

exterior do bloco operatório e do edifício.<br />

Estes sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong>v<strong>em</strong> potenciar-se com um controlo<br />

a<strong>de</strong>quado do sist<strong>em</strong>a geral <strong>de</strong> ventilação inclusive<br />

quando não se trabalha <strong>em</strong> blocos operatórios, para<br />

reduzir ao máximo as concentrações <strong>de</strong> fundo da área<br />

operatória.<br />

12<br />

RISCOS<br />

Pelo seu perigo, po<strong>de</strong>m produzir, entre outros, os<br />

seguintes efeitos sobre a saú<strong>de</strong>: infertilida<strong>de</strong>, probl<strong>em</strong>as<br />

hepáticos, renais e neurológicos, malformações,<br />

etc.<br />

No caso do paciente, ao ser a exposição muito breve,<br />

não costuma afectar, mas o pessoal <strong>de</strong> blocos operatórios,<br />

ao estar submetido a exposições prolongadas, po<strong>de</strong><br />

sofrer os efeitos tóxicos <strong>de</strong>stas substâncias, sendo maior<br />

o risco quanto maior seja o número <strong>de</strong> horas diárias <strong>de</strong><br />

exposição e quanto mais próximo ao aparelho <strong>de</strong> anestesia<br />

é a posição que se ocupe no bloco operatório.<br />

Revisões periódicas dos aparelhos <strong>de</strong> anestesia para<br />

localização <strong>de</strong> possíveis fugas e troca <strong>de</strong> filtros.<br />

Controles ambientais nos blocos operatórios para<br />

avaliar periodicamente a evolução das concentrações<br />

<strong>de</strong> anestésicos residuais e realizar as modificações<br />

necessárias para o seu melhoramento.


3<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

3.3 GASES ESTERILIZANTES<br />

A esterilização persegue a <strong>de</strong>struição completa <strong>de</strong><br />

todos os microorganismos (incluindo os esporos e<br />

outras formas resistentes a métodos <strong>de</strong> limpeza e <strong>de</strong>sinfecção).<br />

O mais <strong>em</strong>pregue é o óxido <strong>de</strong> etileno, um<br />

RISCOS<br />

O óxido <strong>de</strong> etileno é um gás irritante e altamente tóxico,<br />

po<strong>de</strong>ndo causar cancro e alterações genéticas hereditárias.<br />

Ao ser extr<strong>em</strong>amente reactivo e inflamável,<br />

po<strong>de</strong> reaccionar facilmente com outras substâncias e<br />

produzir explosões.<br />

3.4 COMPOSTOS CITOSTÁTICOS<br />

São substâncias químicas inibidoras do<br />

crescimento das células, tanto normais<br />

como doentes, que se <strong>em</strong>pregam para o<br />

tratamento <strong>de</strong> tumores.<br />

RISCOS<br />

Pelo seu carácter especialmente tóxico<br />

e a sua facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção por via<br />

dérmica, respiratória, digestiva ou parental,<br />

po<strong>de</strong>m provocar efeitos carcinogénicos,<br />

mutagénicos, e teratogénicos.<br />

Deste modo po<strong>de</strong>m produzir reacções<br />

alérgicas, pigmentações, <strong>de</strong>rmatose,<br />

mucosite, queimaduras, cefaleias, náuseas,<br />

vertigens, etc.<br />

13<br />

produto utilizado para esterilizar instrumentos médicos<br />

e cirúrgicos, sobretudo o material sensível ao calor<br />

(plástico, cauchu ou certos metais).<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Eliminação do risco s<strong>em</strong>pre que for possível (esterilização<br />

com autoclave <strong>de</strong> vapor, plasma ou peróxido<br />

<strong>de</strong> hidrogénio).<br />

Uso <strong>de</strong> aparelhos a<strong>de</strong>quados e manutenção periódica<br />

dos mesmos para evitar fugas. Estes aparelhos<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> dispor <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> segurança incorporados<br />

e estar isolados <strong>de</strong> outras áreas <strong>de</strong> trabalho.<br />

Arejamento a<strong>de</strong>quado do local, com instalação <strong>de</strong><br />

um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> extracção localizada <strong>de</strong> gases e <strong>de</strong>senho<br />

apropriado do local, que permita que o fluxo do<br />

ar seja correcto.<br />

Empregam-se equipamentos <strong>de</strong> protecção individual<br />

específicos para cada operação.<br />

Controlo ambiental, mediante um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção<br />

permanente e/ou periódica que indique as concentrações<br />

no ambiente.<br />

Garantir que o arejamento do material esterilizado<br />

seja suficiente.


3<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Recomenda-se trabalhar <strong>em</strong> vitrinas <strong>de</strong> segurança<br />

biológica da classe II com fluxo <strong>de</strong> ar laminar, utilizando<br />

s<strong>em</strong>pre luvas e roupa <strong>de</strong> protecção a<strong>de</strong>quadas<br />

ao composto manipulado. Quando isto não for possível<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong>-se extr<strong>em</strong>ar ao máximo as condições <strong>de</strong><br />

assepsia e preparar-se os citostáticos numa zona<br />

separada na qual estará expressamente proibido<br />

comer, beber, fumar ou aplicar qualquer cosmético<br />

quando se esteja a trabalhar.<br />

Antes <strong>de</strong> se colocar as luvas e também <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> as<br />

tirar, <strong>de</strong>verá lavar as mãos com água e sabão.<br />

Tenha especial cuidado <strong>de</strong> não perfurar as luvas a<br />

fim <strong>de</strong> evitar contaminações e auto inoculações.<br />

3.5 DESINFECTANTES<br />

São compostos cuja finalida<strong>de</strong> é a redução dos microorganismos<br />

potencialmente patogénicos. O mais utilizado<br />

é o Formal<strong>de</strong>ído, que é um el<strong>em</strong>ento inflamável,<br />

incolor, com cheiro penetrante e facilmente <strong>de</strong>tectável<br />

ao olfacto. Utiliza-se <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> gás, aerossol ou<br />

líquido. A dissolução <strong>de</strong>nomina-se Formol. Empregase<br />

para a esterilização <strong>de</strong> instrumentos endoscópicos,<br />

<strong>em</strong> h<strong>em</strong>odiálises e conservação <strong>de</strong> tecidos <strong>em</strong> laboratórios<br />

e anatomia patológica.<br />

RISCOS<br />

Pelo seu perigo, po<strong>de</strong>m causar os seguintes efeitos<br />

sobre a saú<strong>de</strong>:<br />

Toxicida<strong>de</strong> por inalação, por ingestão e <strong>em</strong> contacto<br />

com a pele.<br />

Provoca queimaduras.<br />

Possíveis efeitos cancerígenos.<br />

Possibilida<strong>de</strong> e sensibilização <strong>em</strong> contacto com a pele.<br />

14<br />

Não se manipulará nenhum tipo <strong>de</strong> pó citostático<br />

ou substância volátil e não se abrirá nenhuma cápsula<br />

s<strong>em</strong> se ter protegido antes com luvas, óculos,<br />

máscaras e uma bata especial <strong>de</strong>scartável.<br />

Na zona <strong>de</strong> preparação <strong>de</strong>ve existir a quantida<strong>de</strong><br />

mínima necessária <strong>de</strong>stes medicamentos com o<br />

objectivo <strong>de</strong> reduzir ao mínimo o risco <strong>em</strong> caso <strong>de</strong><br />

ruptura aci<strong>de</strong>ntal das <strong>em</strong>balagens.<br />

Dada a eliminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados citostáticos por<br />

urina e fezes recomenda-se tomar precauções para<br />

não entrar <strong>em</strong> contacto directo com peças <strong>de</strong> roupa<br />

que possam ter sido contaminadas por eles.<br />

A preparação e administração <strong>de</strong> citostáticos, assim<br />

como a gestão dos resíduos far-se-á seguindo protocolos<br />

específicos.


3<br />

4<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES QUÍMICOS<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Eliminação do risco s<strong>em</strong>pre que for possível (compostos<br />

fenólicos, diluições <strong>de</strong> lixívia ou glutaral<strong>de</strong>hido).<br />

Os postos <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ter uma óptima ventilação<br />

geral e exaustores localizados.<br />

Os recipientes com formal<strong>de</strong>hido <strong>de</strong>v<strong>em</strong> fechar-se<br />

hermeticamente.<br />

Deve-se reduzir ao mínimo os t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> exposição.<br />

Dev<strong>em</strong>-se realizar controles periódicos dos níveis <strong>de</strong><br />

poluição ambiental.<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES FÍSICOS<br />

4.1 RADIAÇÕES<br />

A radiação é uma forma <strong>de</strong> transmissão da energia que<br />

não necessita suporte material t<strong>em</strong> como orig<strong>em</strong> os el<strong>em</strong>entos<br />

constitutivos da matéria, isto é, as moléculas e<br />

os átomos. As radiações po<strong>de</strong>m-se classificar aten<strong>de</strong>ndo<br />

à sua orig<strong>em</strong> (atómicas ou moleculares) ou b<strong>em</strong> à<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ionizar (ionizantes ou não ionizantes).<br />

RADIAÇÕES IONIZANTES<br />

Uma radiação enten<strong>de</strong>-se como ionizante quando ao<br />

interaccionar com a matéria produz a ionização dos<br />

átomos da mesma, isto é, o seu nível <strong>de</strong> energia é<br />

suficiente para arrancar electrões dos átomos, originando<br />

partículas com carga (iões). Na matéria viva<br />

esta ionização po<strong>de</strong> afectar as células e <strong>de</strong>rivar <strong>em</strong><br />

efeitos biológicos nocivos para a saú<strong>de</strong>; a altos níveis<br />

é, portanto, perigosa, o que torna necessário um<br />

controlo estrito da sua exposição.<br />

Pele: Erit<strong>em</strong>a, <strong>de</strong>pilação, necrose do<br />

tecido celular e subcutâneo.<br />

Olho: Conjuntivite, queratite, cataratas.<br />

Sangue e sist<strong>em</strong>a h<strong>em</strong>atopoiético: an<strong>em</strong>ia,<br />

leucopenia, trombopenia, linfocitose.<br />

15<br />

Dev<strong>em</strong> ser <strong>em</strong>pregues equipamentos <strong>de</strong> protecção<br />

individual específicos para<br />

cada operação: máscaras,<br />

luvas apropriadas (Nitrilo,<br />

neopreno, PVC...), óculos<br />

ou máscaras protectoras.<br />

A roupa <strong>de</strong> trabalho<br />

contaminada com o <strong>de</strong>sinfectante<br />

<strong>de</strong>ve tirar-se e<br />

armazenar <strong>em</strong> contentores<br />

fechados até a sua eliminação<br />

ou lavag<strong>em</strong>.<br />

IMPORTANTE:<br />

Dev<strong>em</strong>-se conhecer a fundo as fontes <strong>de</strong> contaminação que exist<strong>em</strong> no seu meio <strong>de</strong> trabalho,<br />

b<strong>em</strong> como os riscos que geram e as medidas preventivas necessárias para os controlar.<br />

É fundamental a vigilância periódica da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os trabalhadores expostos aos riscos<br />

<strong>de</strong>rivados do trabalho com produtos químicos.<br />

RISCOS<br />

As radiações ionizantes, ao interaccionar<br />

com o organismo provocam<br />

diferentes alterações<br />

no mesmo,<br />

<strong>de</strong>vido à ionização<br />

levada a cabo nos el<strong>em</strong>entos<br />

constitutivos das<br />

suas células: Esta acção<br />

po<strong>de</strong> produzir fragmentações<br />

nas<br />

moléculas <strong>de</strong> ADN,<br />

que têm uma função<br />

importante na vida, po<strong>de</strong>ndo<br />

ocasionar:<br />

Morte celular. Em função do órgão ou tecido afectado,<br />

po<strong>de</strong>mos encontrar os seguintes efeitos sobre a<br />

saú<strong>de</strong>:<br />

Osso e cartilag<strong>em</strong>: <strong>de</strong>struição da<br />

cartilag<strong>em</strong> <strong>de</strong> crescimento.<br />

Gónadas: esterilida<strong>de</strong>.<br />

Aparelho digestivo: diarreia, h<strong>em</strong>orragia digestiva,<br />

<strong>de</strong>ficit nutricional, etc.<br />

(o intestino <strong>de</strong>lgado é o mais radiosensível).<br />

Sist<strong>em</strong>a respiratório: pneumonia. Sist<strong>em</strong>a urinário: nefrite.


4<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES FÍSICOS<br />

Transformações na estrutura química das moléculas<br />

<strong>de</strong> ADN dando orig<strong>em</strong> a mutações, que produz<strong>em</strong><br />

uma expressão incorrecta da mensag<strong>em</strong> genética.<br />

O dano produzido pelas radiações ionizantes po<strong>de</strong> ter<br />

carácter somático (danos no próprio individuo a curto,<br />

médio ou longo prazo) ou genético (efeitos nas gerações<br />

posteriores).<br />

A natureza, a frequência e a gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes efeitos<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>:<br />

Consi<strong>de</strong>rando os distintos tipos <strong>de</strong> radiações existentes<br />

com os seus diferentes níveis <strong>de</strong> ionização e<br />

Descrição<br />

Radiações<br />

16<br />

Tipo <strong>de</strong> radiação e a sua energia: Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> penetração<br />

e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ionização.<br />

Dose recebida.<br />

T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposição.<br />

Superfície corporal irradiada.<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação do tecido.<br />

Susceptibilida<strong>de</strong> individual.<br />

penetração, po<strong>de</strong>mos falar <strong>de</strong> dois tipos <strong>de</strong> riscos<br />

para o organismo:<br />

RADIAÇÃO EXTERNA<br />

O indivíduo está exposto a uma fonte <strong>de</strong> radiação não dispersa, externa ao mesmo e<br />

s<strong>em</strong> um contacto directo com a fonte. Po<strong>de</strong> ser global ou parcial.<br />

X ou gamma (γ): radiações electromagnéticas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ionização baixa mas<br />

com alto po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> penetração.<br />

Serviços sanitários implicados Radiodiagnóstico, radioterapia, medicina nuclear, radiofarmácia e laboratórios.<br />

Factores <strong>de</strong> risco:<br />

Activida<strong>de</strong> da fonte.<br />

Distância à fonte.<br />

T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposição.<br />

Natureza e espessura da cobertura.<br />

Descrição<br />

Radiações que implica<br />

Serviços sanitários implicados<br />

Factores <strong>de</strong> risco:<br />

Contacto directo com a fonte, por ingestão, inalação<br />

ou através da pele.<br />

Normas básicas <strong>de</strong> protecção radiológica:<br />

Aumento da distância à fonte.<br />

Limitação do t<strong>em</strong>o <strong>de</strong> exposição.<br />

cobertura a<strong>de</strong>quada.<br />

CONTAMINAÇÃO RADIOACTIVA (INTERNA OU EXTERNA)<br />

O organismo entra <strong>em</strong> contacto directo com a fonte radioactiva, a qual po<strong>de</strong> estar dispersa no<br />

ambiente (gases, vapores ou aerossóis) ou b<strong>em</strong> <strong>de</strong>positada numa superfície.<br />

Beta (ß) e sobretudo alfa (α): partículas corpusculares pouco penetrantes mas com alto po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> ionização. São muito perigosas por ingestão.<br />

Medicina nuclear, radiofarmácia e laboratórios.<br />

Normas básicas <strong>de</strong> proteccão radiológica:<br />

Protecção das instalações e zonas <strong>de</strong> trabalho.<br />

Plano <strong>de</strong> trabalho a<strong>de</strong>quado.<br />

Protecções pessoais.<br />

Completa formação e informação do pessoal.


4<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES FÍSICOS<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Avaliação das condições <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>terminação<br />

das zonas e do risco <strong>de</strong> exposição.<br />

CLASSIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES EXPOSTOS<br />

Categoria Limite <strong>de</strong> dose Exigências<br />

A<br />

B<br />

Condições <strong>de</strong> trabalho nas quais<br />

po<strong>de</strong>m receber uma dose efectiva<br />

superior a 6mSv por ano oficial ou<br />

uma dose equivalente superior a 3/10<br />

dos limites <strong>de</strong> dose equivalente para o<br />

cristalino, a pele e as extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s<br />

fixadas para os trabalhadores expostos.<br />

Condições <strong>de</strong> trabalho nas quais é muito<br />

improvável receber uma dose efectiva<br />

superior a 6mSv por ano oficial ou<br />

uma dose equivalente superior a 3/10<br />

dos limites <strong>de</strong> dose equivalente para o<br />

cristalino, a pele e as extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s<br />

fixadas para os trabalhadores expostos.<br />

- Classificação dos locais <strong>de</strong> trabalho <strong>em</strong> zonas e sinalização das mesmas.<br />

17<br />

- Classificação dos trabalhadores <strong>em</strong> função do risco<br />

<strong>de</strong> exposição e limites da dose.<br />

Superar o reconhecimento médico <strong>de</strong> ingresso e os reconhecimentos<br />

periódicos.<br />

Ter recebido formação <strong>em</strong> protecção radiológica a<strong>de</strong>quada à sua<br />

responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Utilizar obrigatoriamente dosímetros individuais que meçam a<br />

dose externa, representativa da totalida<strong>de</strong> do organismo.<br />

Submeter-se aos controles dosimétricos pertinentes, <strong>em</strong> caso <strong>de</strong><br />

existir risco <strong>de</strong> contaminação interna.<br />

Utilizar dosímetros a<strong>de</strong>quados <strong>em</strong> partes potencialmente expostas<br />

e que possam receber doses superiores à totalida<strong>de</strong> do organismo.<br />

Ter recebido formação <strong>em</strong> protecção radiológica a<strong>de</strong>quada à sua<br />

responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Estar submetido a um nível <strong>de</strong> vigilância dosimétrica que garante<br />

que as doses que recebe são compatíveis com a sua classificação <strong>de</strong><br />

categoria B.<br />

SINALIZAÇÃO DE ZONAS<br />

Denominação da zona Cor Descrição<br />

Vigiada<br />

Controlada<br />

Permanência limitada<br />

Permanência<br />

regulamentada<br />

Acesso proibido<br />

Trevo cinzento-azulado É provável receber doses efectivas entre 1-6 mSv por ano oficial.<br />

Trevo ver<strong>de</strong> É provável receber doses efectivas superiores 6-6 mSv por ano oficial.<br />

Trevo amarelo É provável receber mais do 100% do limite anual <strong>de</strong> doses<br />

Trevo cor-<strong>de</strong>-laranja<br />

É provável receber mais do 100% do limite anual <strong>de</strong> doses <strong>em</strong> curtos<br />

períodos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po.<br />

Trevo vermelho<br />

É provável receber mais do 100% do limite anual <strong>de</strong> doses dos trabalhadores<br />

expostos a uma só exposição.


4<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES FÍSICOS<br />

Procedimentos <strong>de</strong> trabalho e medidas técnicas e<br />

organizativas. É um documento, elaborado pelo<br />

Serviço <strong>de</strong> Protecção Radiológica do Centro, no<br />

T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposição.<br />

Cobertura, blindag<strong>em</strong>, etc.<br />

Protecção <strong>de</strong> instalações e zonas <strong>de</strong> trabalho<br />

(filtros, ventilação, etc.).<br />

Detectores, controlo <strong>de</strong> isótopos.<br />

18<br />

qual se recolh<strong>em</strong> as instruções e protocolos <strong>de</strong><br />

actuação, junto com medidas preventivas e <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>ergência:<br />

Distância respeito da fonte.<br />

Sinalização.<br />

Gestão <strong>de</strong> resíduos. Medidas <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência.<br />

Formação e Informação. Deve ser a<strong>de</strong>quado às tarefas<br />

a realizar, ao nível <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e ao risco<br />

<strong>de</strong> exposição. Deve incluir os seguintes aspectos:<br />

- Os riscos radiológicos.<br />

- A importância <strong>de</strong> cumprir os requisitos técnicos,<br />

médicos e administrativos.<br />

- As normas, procedimentos e precauções <strong>de</strong> protecção<br />

radiológica.<br />

Vigilância do ambiente <strong>de</strong> trabalho: Dev<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>tectar-se os níveis <strong>de</strong> radiação nos locais <strong>de</strong> trabalho,<br />

e, caso necessário, estimar as doses recebi-<br />

Procedimento para evitar o contacto<br />

com fontes <strong>de</strong> contaminação.<br />

Equipamentos e peças <strong>de</strong> roupa <strong>de</strong> protecção<br />

individual (nalguns casos é necessária a utilização<br />

<strong>de</strong> EPIs com chumbo como aventais, protectores<br />

<strong>de</strong> pescoço, luvas e/ou óculos ou outras medidas<br />

compl<strong>em</strong>entarias como máscaras móveis ou biombos).<br />

das pelos trabalhadores, através <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectores ou<br />

dosímetros para controlar que os níveis <strong>de</strong> exposição<br />

se mantenham <strong>de</strong>ntro dos limites estabelecidos.<br />

Vigilância da saú<strong>de</strong>: Deve-se <strong>de</strong>terminar o total dos<br />

trabalhadores expostos valorizando a sua aptidão<br />

frente à exposição a radiações ionizantes, assim<br />

como levar um controlo e seguimento médico periódico,<br />

avaliando a adaptação do trabalhador ao seu<br />

posto <strong>de</strong> trabalho e a existência <strong>de</strong> possíveis susceptibilida<strong>de</strong>s<br />

individuais, pondo especial atenção a<br />

aspectos relativos à gravi<strong>de</strong>z e à lactância.


4<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES FÍSICOS<br />

RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES<br />

As radiações não ionizantes (infra-vermelhos, ultravioletas,<br />

laser, radiofrequências, microondas e campos<br />

magnéticos estáticos) não têm a energia necessária<br />

para arrancar electrões do átomo e portanto não<br />

po<strong>de</strong>m ionizar a matéria. No entanto, são factores <strong>de</strong><br />

riscos que po<strong>de</strong>m produzir efeitos para a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> tipo<br />

térmico, fisiológico ou inclusive genético.<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS GERAIS<br />

S<strong>em</strong>pre que for possível, há que tentar reduzir a<br />

exposição dos trabalhadores e pacientes ao mínimo<br />

necessário, impedindo qualquer exposição <strong>de</strong>snecessária.<br />

Dev<strong>em</strong>-se controlar as diferentes sessões que se<br />

realiz<strong>em</strong>, assim como as medidas <strong>de</strong> protecção adoptadas<br />

e a duração das mesmas.<br />

É necessário uma formação específica sobre os riscos<br />

e medidas preventivas presentes durante a manipulação<br />

dos equipamentos que ger<strong>em</strong> este tipo <strong>de</strong><br />

radiações.<br />

Factores <strong>de</strong> risco:<br />

MICROONDAS E RADIOFREQUÊNCIAS<br />

Medidas Preventivas:<br />

Efeitos térmicos.<br />

Aumento da distância entre o <strong>em</strong>issor e o receptor.<br />

Interferências com m<strong>em</strong>branas biológicas, a nível celu- Protecção colectiva (encerramentos, malhas metálicas,<br />

lar ou molecular.<br />

painéis perfurados).<br />

Alterações na transmissão da informação genética. Sinalização.<br />

“Afeição” a pessoas que usam marca passos.<br />

Formação do pessoal e <strong>de</strong>senho seguro dos equipamentos.<br />

Factores <strong>de</strong> risco:<br />

Efeitos térmicos.<br />

Produz<strong>em</strong> aquecimento com lesões nos capilares sanguíneos,<br />

terminações nervosas e olhos on<strong>de</strong>, a longo<br />

prazo, se po<strong>de</strong>m produzir cataratas.<br />

RADIAÇÕES INFRA-VERMELHAS<br />

19<br />

Medidas Preventivas:<br />

Sinalizar as zonas perigosas.<br />

Instrução do pessoal que trabalhe com elas.<br />

Explorações periódicas da saú<strong>de</strong>.


4<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES FÍSICOS<br />

Factores <strong>de</strong> risco:<br />

Produz<strong>em</strong>-se mudanças no ADN das células da pele<br />

“in vivo”.<br />

Quando inci<strong>de</strong> sobre o organismo po<strong>de</strong> ser reflectida,<br />

transmitida ou absorvida e po<strong>de</strong> produzir reacções<br />

fotoquímicas: vermelhidão da pele, inflamação da córnea.<br />

A longo prazo inclui-se o envelhecimento pr<strong>em</strong>aturo,<br />

formação <strong>de</strong> cataratas e cancro <strong>de</strong> pele.<br />

Produz-se um efeito biológico <strong>de</strong> tipo térmico.<br />

Produz ozono, tóxico para o hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong>s<br />

elevadas.<br />

As mais energéticas têm uma certa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ionização.<br />

Factores <strong>de</strong> risco:<br />

Po<strong>de</strong>m produzir uma lesão da córnea, <strong>de</strong>spigmentação<br />

da pele e t<strong>em</strong> “afeição” aos órgãos mais superficiais.<br />

Riscos principais: Electrocussão, queimaduras, lesões<br />

na córnea, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da classe <strong>de</strong> laser.<br />

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA<br />

RADIAÇÃO LASER<br />

20<br />

Medidas Preventivas:<br />

Sobre a fonte: sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> cerramento.<br />

Sobre o ambiente: revestimento anti-reflectante das<br />

pare<strong>de</strong>s, sinalização, limitação <strong>de</strong> acesso e ventilação<br />

a<strong>de</strong>quada.<br />

Sobre as pessoas: Protectores oculares, cr<strong>em</strong>es barreira,<br />

informação e formação.<br />

Medidas Preventivas:<br />

Sinalização <strong>de</strong> locais.<br />

Evitar-se-á a reflexão nas pare<strong>de</strong>s mediante revestimento<br />

escuro e a iluminação <strong>de</strong>ve ser potente para<br />

contrair a pupila.<br />

Dev<strong>em</strong>-se usar óculos especiais e luvas.<br />

As máquinas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar protegidas.<br />

O pessoal contará com formação a<strong>de</strong>quada.<br />

IMPORTANTE:<br />

O trabalho quotidiano com radiações não exime o trabalhador dos riscos <strong>de</strong>rivados do<br />

mesmo. A rotina nos procedimentos <strong>de</strong> trabalho é um dos focos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes mais importantes,<br />

já que se t<strong>em</strong> pouca consciência do risco que se corre, tanto para a própria saú<strong>de</strong> do<br />

trabalhador como para a dos companheiros e pacientes b<strong>em</strong> como para o meio ambiente.


4<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES FÍSICOS<br />

4.2 RUÍDO<br />

No meio sanitário não costuma existir<br />

exposição a níveis elevados <strong>de</strong> ruído<br />

(excepto <strong>em</strong> lugares <strong>de</strong>finidos, como<br />

lavandaria ou pessoal <strong>de</strong> manutenção, ao<br />

estar expostos durante períodos prolongados<br />

<strong>de</strong> t<strong>em</strong>po) e o que geralmente se produz<br />

é uma sensação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto.<br />

Os efeitos produzidos pelo ruído são irritabilida<strong>de</strong>,<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> concentração,<br />

stress, fadiga, falta <strong>de</strong> m<strong>em</strong>ória imediata,<br />

insónia e sobretudo hipoacusia.<br />

Existe norma específica que<br />

regula a protecção dos trabalhos<br />

frente aos riscos <strong>de</strong>rivados do<br />

Ruído.<br />

No caso <strong>de</strong> exposição a níveis<br />

elevados <strong>de</strong> ruído, <strong>de</strong>ve-se<br />

actuar primeiro sobre a fonte<br />

que o produz, <strong>em</strong> segundo lugar<br />

sobre o meio, e <strong>em</strong> último lugar<br />

sobre o próprio trabalhador.<br />

4.3 CALOR AMBIENTAL<br />

É o resultante da combinação <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura, humida<strong>de</strong>,<br />

velocida<strong>de</strong> do ar e activida<strong>de</strong> física à qual está<br />

submetido um indivíduo no seu ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

RISCOS<br />

Os riscos principais relacionados com o calor ambiental<br />

são: Golpe <strong>de</strong> calor, síncope (<strong>de</strong>ficiência circulatória),<br />

queimaduras, <strong>de</strong>sidratação, anhidrosis (diminuição<br />

ou ausência <strong>de</strong> transpiração com a conseguinte perda <strong>de</strong><br />

sal) e <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> sal.<br />

21<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Condições <strong>de</strong> trabalho:<br />

- Avaliação e eliminação do risco, s<strong>em</strong>pre que for possível.<br />

- Disposição <strong>de</strong> barreiras para isolar a fonte <strong>de</strong> calor.<br />

- Estabelecimento <strong>de</strong> pausas durante a jornada <strong>de</strong> trabalho.<br />

- Uso <strong>de</strong> roupa a<strong>de</strong>quada e calçado que permita a perda<br />

<strong>de</strong> calor.<br />

- Hidratação para repor a perda <strong>de</strong> líquidos e sais.<br />

- Informação e formação do pessoal exposto: Dev<strong>em</strong>se<br />

conhecer a fundo as fontes <strong>de</strong> calor ambiental,<br />

que exist<strong>em</strong> no local <strong>de</strong> trabalho, assim como os principais<br />

riscos e medidas preventivas.<br />

- Vigilância da saú<strong>de</strong>: Deve-se <strong>de</strong>terminar o total dos<br />

trabalhadores expostos ao risco e levar um controlo<br />

e seguimento médico periódico dos mesmos.


5<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES BIOLÓGICOS<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES BIOLÓGICOS<br />

Para a prevenção e o controlo dos riscos <strong>de</strong>rivados da<br />

exposição a agentes biológicos, existe uma norma<br />

específica constituída pelo Real Decreto 664/1997,<br />

<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Maio, sobre protecção dos trabalhadores<br />

contra os riscos relacionados com a exposição dos<br />

agentes biológicos durante o trabalho. Essa normativa<br />

<strong>de</strong>fine os agentes biológicos como os microorga-<br />

GRUPO<br />

DE RISCO<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

22<br />

nismos (incluindo os geneticamente modificados,<br />

culturas celulares e endoparasitas humanos) capazes<br />

<strong>de</strong> originar qualquer tipo <strong>de</strong> infecção, alergia ou toxicida<strong>de</strong>.<br />

Na tabela 1 reflecte-se a classificação dos<br />

agentes biológicos <strong>em</strong> função do risco <strong>de</strong> infecção <strong>em</strong><br />

trabalhadores sãos, e da existência <strong>de</strong> medidas preventivas<br />

e/ou tratamentos eficazes.<br />

TABELA 1<br />

Classificação <strong>de</strong> agentes biológicos (Em função do risco <strong>de</strong> infecção) R.D. 664/1997<br />

RISCOS<br />

INFECCIOSO<br />

Pouco provável que cause doença.<br />

Po<strong>de</strong>m causar uma doença e constituir<br />

um perigo para os trabalhadores.<br />

Po<strong>de</strong> provocar uma doença grave e constituir<br />

um perigo sério para os trabalhadores.<br />

Po<strong>de</strong> provocar uma doença grave e constitu<strong>em</strong><br />

um perigo sério para os trabalhadores<br />

RISCOS<br />

Os riscos mais frequentes, consequência das exposições<br />

a agentes biológicos, são as doenças infecciosas.<br />

Uma infecção é o resultado do estabelecimento e<br />

interacção <strong>de</strong> um parasita num organismo que actua<br />

como hóspe<strong>de</strong> do mesmo.<br />

As principias fontes <strong>de</strong> agentes infecciosos <strong>em</strong> activida<strong>de</strong><br />

sanitária po<strong>de</strong>m ser:<br />

RISCO DE<br />

PROPAGAÇÃO<br />

À COLECTIVIDADE<br />

Não<br />

Pouco provável<br />

Provável<br />

Elevado<br />

PROFILAXE OU<br />

TRATAMENTO EFICAZ<br />

Desnecessário<br />

Existe<br />

geralmente<br />

Existe<br />

geralmente<br />

Não existe<br />

geralmente<br />

Os pacientes, assim como os materiais biológicos<br />

proce<strong>de</strong>ntes das mesmas.<br />

Os equipamentos e instrumentação contaminados.<br />

Os resíduos gerados.<br />

As diversas instalações do hospital nas quais po<strong>de</strong>m<br />

existir reservatórios <strong>de</strong> agentes biológicos (instalações<br />

<strong>de</strong> ar condicionado, etc.).


5<br />

Tipo infecção<br />

Infecções Víricas<br />

Infecções Bacterianas<br />

Infecções por Fungos<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES BIOLÓGICOS<br />

Agente biológico Grupo 2<br />

Hepatite A<br />

Sarampo<br />

Rubéola<br />

Herpes<br />

Varicela<br />

Gripe<br />

Parotidite<br />

Citomegalovírus (CMV)<br />

Vírus Epstein-Barr (VEB)<br />

As vias e mecanismos que ditos agentes po<strong>de</strong>m utilizar<br />

são as seguintes:<br />

Parental, a través <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s na barreira<br />

que constitui a pele <strong>de</strong>vido a cortes, pica<strong>de</strong>las ou<br />

contacto com feridas s<strong>em</strong> protecção.<br />

Aérea, por inalação, através da boca ou nariz,<br />

daqueles agentes que se po<strong>de</strong>m apresentar <strong>em</strong> suspensão<br />

no ar formado aerossóis contaminados.<br />

Principais doenças produzidas por agentes biológicos<br />

infecciosos presentes nos centros hospitalares<br />

Legionelose<br />

Meningite meningocócica<br />

Salmonelose<br />

Tosse convulsa<br />

Shigelose<br />

Tétano<br />

Candidíase<br />

Aspergilose<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Precauções universais:<br />

As precauções universais têm como finalida<strong>de</strong> a prevenção<br />

dos riscos que <strong>de</strong>rivam da exposição aos patógenos<br />

transmissíveis através do sangue ou outro fluído<br />

biológico.<br />

O sangue e outros fluidos corporais <strong>de</strong>v<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar-<br />

23<br />

Agente biológico Grupo 3<br />

Hepatite (B, C, D, E, G)<br />

HIV /SIDA<br />

Tuberculose<br />

Shigellosis<br />

Salmonellosis<br />

Dérmica, por contacto <strong>de</strong> pele ou mucosas com os<br />

agentes implicados.<br />

Digestiva, por ingestão, associada a maus hábitos<br />

higiénicos (comer ou fumar no posto <strong>de</strong> trabalho,<br />

não lavar as mãos uma vez finalizada a tarefa…).<br />

Cada agente <strong>de</strong> acordo com as suas características, utiliza<br />

uma ou várias das sinalizadas para a sua transmissão.<br />

se potencialmente infecciosos, aceitando que não exist<strong>em</strong><br />

pacientes <strong>de</strong> risco mas sim tarefas ou procedimentos<br />

<strong>de</strong> risco, pelo que se <strong>de</strong>v<strong>em</strong> adoptar precauções nos<br />

quais exista a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contacto com o sangue<br />

e/ou fluidos corporais através da pele ou mucosas.


5<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES BIOLÓGICOS<br />

É <strong>de</strong> especial importância que:<br />

todo o pessoal esteja informado <strong>de</strong>ssas precauções.<br />

todo o pessoal conheça as razões pelas quais <strong>de</strong>ve<br />

proce<strong>de</strong>r da maneira indicada e<br />

promover o conhecimento e a utilização a<strong>de</strong>quados.<br />

Po<strong>de</strong>m-se distinguir as seguintes precauções universais:<br />

Normas <strong>de</strong> Higiene Pessoal:<br />

A seguir resum<strong>em</strong>-se um conjunto <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> higiene<br />

pessoal a seguir pelos trabalhadores:<br />

Cobrir feridas e lesões das mãos com compressa<br />

impermeável, ao iniciar a activida<strong>de</strong> laboral.<br />

Quando existam lesões que não se po<strong>de</strong>m cobrir,<br />

<strong>de</strong>verá evitar o tratamento directo dos pacientes.<br />

A lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> mãos <strong>de</strong>ve realizar-se ao começar e<br />

terminar a jornada e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> realizar qualquer técnica<br />

que po<strong>de</strong> implicar o contacto com material<br />

infeccioso. Dita lavag<strong>em</strong> realizar-se-á com água e<br />

sabão líquido.<br />

El<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> barreira:<br />

Os trabalhadores da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> utilizar rotineiramente<br />

os el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> barreira apropriados s<strong>em</strong>pre<br />

que exista a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrar <strong>em</strong> contacto<br />

directo com o sangue ou os fluidos corporais dos pacientes.<br />

O contacto po<strong>de</strong> produzir-se tanto <strong>de</strong> forma directa como<br />

durante a manipulação <strong>de</strong> instrumentos ou <strong>de</strong> materiais<br />

extraídos para fins diagnósticos como é o caso da realização<br />

<strong>de</strong> processos invasivos.<br />

Dentro dos el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> barreira po<strong>de</strong>mos<br />

distinguir os seguintes:<br />

1. Luvas.<br />

2. Máscaras.<br />

3. Batas.<br />

1. Luvas:<br />

O uso <strong>de</strong> luvas será obrigatório:<br />

Quando o trabalhador sanitário apresente feridas não<br />

cicatrizadas ou lesões dérmicas exsudativas ou transpiráveis,<br />

cortes, lesões cutâneas, etc.<br />

Se manipular sangue, fluidos corporais contaminados<br />

com sangue, tecidos, etc.<br />

Ao entrar <strong>em</strong> contacto com a pele não intacta ou<br />

mucosas.<br />

Ao manipular objectos, materiais ou superfícies contaminados<br />

com sangue… Ao realizar processos invasivos.<br />

24<br />

Em situações especiais <strong>em</strong>pregar-se-ão substâncias<br />

anti microbianas. Após a lavag<strong>em</strong> das mãos estas<br />

secar-se-ão com toalhas <strong>de</strong> papel <strong>de</strong>scartáveis ou<br />

corrente <strong>de</strong> ar.<br />

Não fumar, comer ou beber na área <strong>de</strong> trabalho.<br />

Não se <strong>de</strong>ve realizar o pipeteo com a boca.<br />

2. Máscaras e protecção ocular:<br />

Empregar-se-ão naqueles casos nos quais, pela índole do<br />

procedimento a realizar, se preveja a produção <strong>de</strong> salpicos<br />

<strong>de</strong> sangue ou outros fluidos corporais que afect<strong>em</strong> as<br />

mucosas <strong>de</strong> olhos, boca ou nariz.<br />

3. Batas:<br />

As batas <strong>de</strong>veriam utilizar-se nas situações nas quais se<br />

po<strong>de</strong> dar um contacto com o sangue ou outros fluidos<br />

orgânicos, que possam afectar as próprias roupas do trabalhador.


5<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES BIOLÓGICOS<br />

Cuidado com os objectos cortantes e pontiagudos:<br />

Dev<strong>em</strong> tomar-se todas as precauções necessárias para<br />

reduzir ao mínimo as lesões produzidas no pessoal por<br />

pica<strong>de</strong>las e cortes.<br />

Para isso é necessário:<br />

Tomar precauções na utilização do material <strong>de</strong> corte,<br />

das agulhas e das seringas durante e <strong>de</strong>pois da sua<br />

utilização, assim como nos procedimentos <strong>de</strong> limpeza<br />

e <strong>de</strong> eliminação.<br />

S<strong>em</strong>pre que for possível <strong>de</strong>v<strong>em</strong> substituir-se os dispositivos<br />

convencionais por dispositivos <strong>de</strong> segurança.<br />

Desinfecção e esterilização correcta <strong>de</strong> instrumentais e superfícies<br />

Vacinação:<br />

A vacinação activa frente a doenças infecciosas,<br />

<strong>de</strong>monstrou ser, junto com as medidas gerais <strong>de</strong> prevenção,<br />

uma das principais formas <strong>de</strong> proteger os<br />

trabalhadores.<br />

O <strong>em</strong>presário <strong>de</strong>ve oferecer dita vacinação aos trabalhadores.<br />

Deste modo, <strong>de</strong>ve informar-se sobre<br />

vantagens e inconvenientes das mesmas, <strong>de</strong> acordo<br />

com o indicado no Anexo IX do R. D. 664/1997.<br />

Elaboração <strong>de</strong> Normas e Procedimentos <strong>de</strong> <strong>Segurança</strong>.<br />

Especialmente aqueles procedimentos relacionados<br />

com a obtenção, manipulação e processamento <strong>de</strong><br />

amostras <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> humana e com as operações <strong>de</strong><br />

limpeza e <strong>de</strong>scontaminação.<br />

Gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> acordo com a norma vigente.<br />

Dev<strong>em</strong>-se proporcionar meios seguros para a recolha,<br />

armazenamento e evacuação <strong>de</strong> resíduos pelos<br />

trabalhadores, incluído o uso <strong>de</strong> recipientes específicos<br />

sinalizados. As diferentes Comunida<strong>de</strong> Autôno-<br />

25<br />

Não encapsular agulhas n<strong>em</strong> objectos <strong>de</strong> corte n<strong>em</strong><br />

pontiagudos n<strong>em</strong> submete-los a nenhuma manipulação.<br />

Os objectos pontiagudos e cortantes (agulhas, seringas<br />

e outros instrumentos afiados) <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>positados<br />

<strong>em</strong> contentores apropriados com tampa <strong>de</strong><br />

segurança, para impedir a sua perda durante o transporte,<br />

estando estes contentores próximo do lugar<br />

<strong>de</strong> trabalho e evitando o seu enchimento excessivo.<br />

O pessoal sanitário que manipule objectos cortantes<br />

responsabilizar-se-á da sua eliminação.<br />

mas dispõ<strong>em</strong> <strong>de</strong> norma específica para a gestão dos<br />

resíduos bio sanitários.<br />

Formação e Informação aos trabalhadores.<br />

É importante que inclua informação sobre a forma <strong>de</strong><br />

actuar dos trabalhadores <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> exposição aci<strong>de</strong>ntal<br />

(cortes e pica<strong>de</strong>las com material potencialmente<br />

contaminado, salpicos para as mucosas <strong>de</strong> fluidos biológicos…).<br />

Vigilância Sanitária Específica.<br />

Deve procurar-se uma vigilância sanitária <strong>de</strong> acordo<br />

com o Protocolo <strong>de</strong> Vigilância Sanitária Específico<br />

para Agentes Biológicos. (Comissão <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública<br />

Conselho Interterritorial do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Dez<strong>em</strong>bro/2001).<br />

Medidas <strong>de</strong> contenção.<br />

Nos serviços <strong>de</strong> isolamento on<strong>de</strong> se encontram<br />

pacientes que se sabe ou se suspeita que pa<strong>de</strong>c<strong>em</strong><br />

doenças causadas por agentes dos grupos 3 ou 4 seleccionar-se-ão<br />

medidas <strong>de</strong> isolamento <strong>de</strong> acordo com o<br />

anexo III do R. D. 664.


5<br />

RISCOS ASSOCIADOS A AGENTES BIOLÓGICOS<br />

TABELA 3<br />

QUADRO DE MEDIDAS DE CONTENÇÃO EXPLICADO<br />

Medidas <strong>de</strong> contenção<br />

O lugar <strong>de</strong> trabalho encontrar-se-á separado <strong>de</strong> toda activida<strong>de</strong><br />

que se <strong>de</strong>senvolva no mesmo edifício.<br />

O ar introduzido e extraído do local <strong>de</strong> trabalho filtrar-se-á<br />

mediante a utilização <strong>de</strong> filtros <strong>de</strong> ar para partículas <strong>de</strong> elevada eficácia<br />

(HEPA) ou <strong>de</strong> forma similar.<br />

26<br />

2<br />

Níveis <strong>de</strong> contenção<br />

3 4<br />

Não Aconselhável Sim<br />

Não<br />

Sim, para a<br />

saída <strong>de</strong> ar<br />

Somente se permite o acesso ao pessoal <strong>de</strong>signado Aconselhável Sim<br />

O local <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>verá po<strong>de</strong>r-se selar para permitir a <strong>de</strong>sinfecção.<br />

Sim, para<br />

a entrada e<br />

saída <strong>de</strong> ar<br />

Sim, com uma<br />

câmara-<strong>de</strong>-ar<br />

Não Aconselhável Sim<br />

Procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção especificados. Sim Sim Sim<br />

O local <strong>de</strong> trabalho manter-se-á com uma pressão negativa <strong>em</strong><br />

relação à pressão atmosférica.<br />

Controlo eficiente <strong>de</strong> vectores, por ex<strong>em</strong>plo, <strong>de</strong> roedores e insectos.<br />

Superfícies impermeáveis à água e <strong>de</strong> limpeza fácil.<br />

Superfícies resistentes a ácidos, alcalinos, dissolventes, <strong>de</strong>sinfectantes.<br />

Não Aconselhável Sim<br />

Aconselhável Sim Sim<br />

Sim, para<br />

o banco <strong>de</strong><br />

provas<br />

Sim, para<br />

o banco <strong>de</strong><br />

provas e piso<br />

Sim, para<br />

o banco <strong>de</strong><br />

provas, piso<br />

e tectos<br />

Aconselhável Sim Sim<br />

Armazenamento <strong>de</strong> segurança para agentes biológicos. Sim Sim<br />

Instalar-se-á uma janelinha <strong>de</strong> observação ou um dispositivo alternativo<br />

nas zonas <strong>de</strong> maneira que se possa ver os ocupantes.<br />

O material infectado, animais incluídos, <strong>de</strong>verá manipular-se num<br />

armário <strong>de</strong> segurança ou num isolador ou outra contenção apropriada.<br />

Sim,<br />

armazenamento<br />

seguro<br />

Aconselhável Aconselhável Sim<br />

Quando<br />

proceda<br />

Sim, quando<br />

a infecção se<br />

propague pelo ar<br />

Incinerador para <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> animais mortos. Aconselhável Sim (disponível) Sim<br />

Sim


6<br />

RISCOS ASSOCIADOS A ASPECTOS ERGONÓMICOS E PSICOSSOCIAIS<br />

RISCOS ERGONÓMICOS<br />

A este grupo pertenc<strong>em</strong> todos os factores <strong>de</strong> risco que<br />

se produz<strong>em</strong> por um esforço físico excessivo, seja por<br />

uma incorrecta postura no local <strong>de</strong> trabalho, um incorrecto<br />

<strong>de</strong>senho do mesmo ou <strong>em</strong> activida<strong>de</strong>s que<br />

supõ<strong>em</strong> o <strong>de</strong>slocamento e manipulação <strong>de</strong> doentes.<br />

Estas acções constitu<strong>em</strong> uma das principias causas <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> centros sanitários pela frequente aparição<br />

<strong>de</strong> lesões lombares. Outros transtornos po<strong>de</strong>m<br />

ser: Microtraumatismos <strong>em</strong> <strong>de</strong>dos e/ou pulsos, fadiga<br />

visual, física e mental.<br />

Condições <strong>de</strong> trabalho:<br />

- Dev<strong>em</strong> incluir-se critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho das activida<strong>de</strong>s<br />

que impliqu<strong>em</strong> sobrecarga estática e que permitam<br />

alternar a activida<strong>de</strong> estática com a dinâmica.<br />

- S<strong>em</strong>pre que for possível, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> corrigir-se os instrumentos<br />

<strong>de</strong> trabalho que possam originar sobrecarga<br />

estática.<br />

Hábitos pessoais:<br />

- Realize pausas, curtas e frequentes, e não mantenha<br />

a mesma postura durante um t<strong>em</strong>po prolongado.<br />

- Efectue exercícios musculares para estirar os músculos,<br />

aliviar a tensão e incr<strong>em</strong>entar a circulação.<br />

Vigilância da saú<strong>de</strong>: Deve-se <strong>de</strong>terminar o total dos<br />

trabalhadores expostos ao risco e levar um controlo e<br />

seguimento médico periódico dos mesmos.<br />

27<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Posturas estáticas<br />

Formação e Informação: O pessoal <strong>de</strong>ve estar formado<br />

para conhecer o risco e as pautas para a<strong>de</strong>quar<br />

a activida<strong>de</strong> laboral, o possível, a uma postura<br />

correcta.


6<br />

Medidas gerais:<br />

RISCOS ASSOCIADOS A ASPECTOS ERGONÓMICOS E PSICOSSOCIAIS<br />

Ecrãs <strong>de</strong> visualização <strong>de</strong> dados (EVD)<br />

- O espaço <strong>de</strong>stinado ao posto <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>verá ter<br />

dimensões a<strong>de</strong>quadas e facilitar a mobilida<strong>de</strong> do<br />

utilizador.<br />

- O ambiente físico (t<strong>em</strong>peratura, ruído e iluminação),<br />

não <strong>de</strong>ve gerar situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto.<br />

- As ca<strong>de</strong>iras terão base estável e regulação <strong>em</strong> altura.<br />

O resguardo lombar será ajustável <strong>em</strong> inclinação<br />

e, se a utilização do ecrã é prolongada, também<br />

<strong>em</strong> altura.<br />

Deslumbramentos<br />

- O ambiente situado <strong>de</strong>trás do ecrã <strong>de</strong>ve ter a<br />

menor intensida<strong>de</strong> luminosa possível (evitar colocar<br />

o ecrã à frente das janelas).<br />

- A colocação do ecrã <strong>de</strong>ve evitar reflexos <strong>de</strong> focos<br />

luminosos.<br />

28<br />

- O monitor, o teclado e os documentos escritos<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> encontrar-se a uma distância similar dos<br />

olhos (entre 45 e 55 cm), para evitar a fadiga visual.<br />

- O ecrã <strong>de</strong>ve estar entre 10° e 60° por baixo da<br />

horizontal dos olhos do operador.<br />

- De utilizar porta-cópias, estes não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ocasionar<br />

posturas incorrectas. A sua localização à altura do<br />

ecrã evita movimentos prejudiciais do pescoço <strong>em</strong><br />

sentido vertical.<br />

- Na figura dão-se orientações sobre a melhor localização<br />

dos ecrãs com objecto <strong>de</strong> reduzir encan<strong>de</strong>amentos.


6<br />

Normas específicas:<br />

- Ao iniciar o Trabalho.<br />

RISCOS ASSOCIADOS A ASPECTOS ERGONÓMICOS E PSICOSSOCIAIS<br />

. A<strong>de</strong>qúe o posto às características pessoais (ca<strong>de</strong>ira,<br />

mesa, teclado, etc.). Se é necessário utilize repousapés.<br />

. Ajuste o apoio lombar e a inclinação do encosto<br />

que <strong>de</strong>verá ser inferior a 115°.<br />

. Localize, oriente e gradue correctamente o monitor.<br />

. Evite o contraste entre a luz da janela e a do ecrã.<br />

. Elimine qualquer tipo <strong>de</strong> reflexo sobre o ecrã.<br />

. Situe o rebordo superior do ecrã ligeiramente por<br />

<strong>de</strong>baixo da linha horizontal da visão.<br />

. Para introduzir dados, coloque o ecrã ligeiramente<br />

para um lado.<br />

- Durante o trabalho:<br />

. Distribua racionalmente os meios a <strong>em</strong>pregar.<br />

. Disponha <strong>de</strong> espaço para o “rato”, o teclado e os<br />

documentos.<br />

. Mantenha or<strong>de</strong>nados os documentos, evitando<br />

que se acumul<strong>em</strong> na mesa <strong>de</strong> trabalho.<br />

. Retire da mesa tudo aquilo que não for necessário.<br />

. Evite os giros bruscos do tronco e da cabeça.<br />

. Evite os giros mantidos e forçados do tronco e da<br />

cabeça.<br />

. O antebraço e a mão <strong>de</strong>v<strong>em</strong> permanecer alinhados.<br />

29<br />

. Evite oscilações das letras, os caracteres e/ou o fundo<br />

do ecrã.<br />

. Controle o contraste e brilho do ecrã.<br />

. Mantenha o ângulo do braço e antebraço por<br />

cima <strong>de</strong> 90°.<br />

. Não copie documentos introduzidos <strong>em</strong> bolsas <strong>de</strong><br />

plástico.<br />

. Limpe periodicamente a superfície <strong>de</strong> visão (ecrã<br />

ou filtro).<br />

. Realize breves paragens ou alterne as tarefas, se<br />

mantém uma activida<strong>de</strong> permanente com o<br />

ecrã.<br />

Realize com suavida<strong>de</strong> os seguintes exercícios <strong>de</strong><br />

relaxação, <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> fatiga muscular, ou durante<br />

as pausas.


6<br />

RISCOS ASSOCIADOS A ASPECTOS ERGONÓMICOS E PSICOSSOCIAIS<br />

Primeiro: Mover lentamente a cabeça<br />

Segundo: Voltar lateralmente a cabeça.<br />

início direita esquerda<br />

Direita Esquerda<br />

Terceiro: Voltar lateralmente a cabeça com o queixo levantado.<br />

Outras normas:<br />

- Obtenha informação/formação sobre os programas<br />

informáticos com os quais vai trabalhar.<br />

- Organize as tarefas <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada e lógica.<br />

- Mantenha os cabos fora das zonas <strong>de</strong> passag<strong>em</strong> ou<br />

protegidos com calhas.<br />

- Desligue os equipamentos s<strong>em</strong> puxar pelos cabos.<br />

- Para evitar contactos eléctricos, não manipule no<br />

interior dos equipamentos n<strong>em</strong> os <strong>de</strong>smonte.<br />

- Não sobrecarregue as tomadas utilizando triplas ou<br />

placas <strong>de</strong> forma abusiva.<br />

- Vigie periodicamente o estado da sua saú<strong>de</strong>.<br />

- Realize as revisões médicas periódicas para levar um<br />

controlo a<strong>de</strong>quado do seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

à direita à esquerda<br />

30


6<br />

RISCOS ASSOCIADOS A ASPECTOS ERGONÓMICOS E PSICOSSOCIAIS<br />

Mobilização <strong>de</strong> Pacientes<br />

Formação e Informação:<br />

- Conheça a doença ou lesão que pa<strong>de</strong>ce o doente e<br />

valorize o espaço e os utensílios disponíveis.<br />

- Deve levar a cabo formação prática do pessoal<br />

sobre os diferentes movimentos para a mobilização<br />

<strong>de</strong> pacientes incapacitados: voltas, levantamentos,<br />

<strong>de</strong>scidas, endireitar ou <strong>de</strong>slocamentos.<br />

Hábitos pessoais:<br />

- Utilize uma roupa a<strong>de</strong>quada, não leve objectos<br />

pontiagudos nos bolsos n<strong>em</strong> adornos.<br />

- Realize exercícios musculares para aliviar a sobrecarga<br />

física que supõe a mobilização <strong>de</strong> pacientes.<br />

31<br />

Procedimento <strong>de</strong> mobilização <strong>de</strong> pacientes:<br />

- Explique ao doente os movimentos que vão realizar<br />

e peça a sua colaboração.<br />

- Adopte uma postura correcta: carga próxima do<br />

corpo, costas direitas, pernas flexionadas, pés separados,<br />

utilização <strong>de</strong> apoios, contrapeso do corpo.<br />

- S<strong>em</strong>pre que for possível, realize a mobilização<br />

entre duas pessoas e preferent<strong>em</strong>ente com os meios<br />

mecânicos disponíveis.<br />

- Dê uma or<strong>de</strong>m única, clara e precisa para o movimento.<br />

Vigilância da saú<strong>de</strong>: Deve-se <strong>de</strong>terminar o total dos<br />

trabalhadores expostos ao risco e levar um controlo<br />

e seguimento médico periódico dos mesmos.


6<br />

RISCOS ASSOCIADOS A ASPECTOS ERGONÓMICOS E PSICOSSOCIAIS<br />

RISCOS PSICOSSOCIAIS<br />

Os factores psicossociais do trabalho <strong>de</strong>fin<strong>em</strong>-se como<br />

aquelas condições presentes na situação laboral relativas<br />

à organização e ao conteúdo do trabalho com<br />

capacida<strong>de</strong> para afectar tanto a saú<strong>de</strong> e o b<strong>em</strong>-estar<br />

dos trabalhadores como ao <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho<br />

(absentismo, baixa produtivida<strong>de</strong>, etc.).<br />

Em ocasiões, estes factores po<strong>de</strong>m ocasionar fadiga<br />

<strong>de</strong>vida a:<br />

A tensão gerada por movimentos <strong>de</strong> diverso tipo,<br />

como pressas, prazos estritos, implicação <strong>em</strong>ocional<br />

32<br />

com pacientes, trabalho isolado, trabalho <strong>de</strong> noite,<br />

etc.<br />

Falta <strong>de</strong> clareza dos pedidos realizados, dos objectivos,<br />

das priorida<strong>de</strong>s do trabalho, da autonomia na<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, etc. Isso po<strong>de</strong> produzir incerteza<br />

sobre as consequências das <strong>de</strong>cisões tomadas, especialmente,<br />

no que diz respeito ao nível <strong>de</strong> satisfação<br />

dos clientes ou ao cumprimento dos objectivos.<br />

Po<strong>de</strong>m-se produzir, igualmente, sobrecargas ou<br />

saturações mentais <strong>em</strong> casos <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> várias<br />

tarefas ao mesmo t<strong>em</strong>po.<br />

IMPORTANTE:<br />

Se uma pessoa está submetida a tensões no seu trabalho costuma respon<strong>de</strong>r a estas, realizando<br />

um esforço. Se esta situação se prolonga <strong>de</strong>masiado po<strong>de</strong> incidir no trabalhador.<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

Normas específicas:<br />

- Mantenha <strong>em</strong> dia e disponíveis as ajudas e procedimentos<br />

<strong>de</strong> trabalho (documentação, chaves,<br />

acessos, códigos, etc.).<br />

- Mantenha localizáveis as alternativas <strong>de</strong> consulta e<br />

assistências para os casos <strong>de</strong> falha do sist<strong>em</strong>a principal.<br />

- Conheça as ajudas da organização e <strong>de</strong> consulta<br />

para cada procura ou situação especial que saia do<br />

âmbito <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

- Peça esclarecimentos sobre as normas <strong>de</strong> comportamento<br />

a seguir nas situações diferentes potencialmente<br />

conflictivas e exija informação sobre os<br />

resultados aos quais não tenha acesso.<br />

- Crie um grau <strong>de</strong> autonomia a<strong>de</strong>quado no ritmo e<br />

organização básica do trabalho. Faça normas para<br />

as mudanças posturais, a redução da fadiga física e<br />

mental e a tensão ou saturação psicológica.


6<br />

RISCOS ASSOCIADOS A ASPECTOS ERGONÓMICOS E PSICOSSOCIAIS<br />

Dez conselhos para manipular o stress pessoal<br />

(Adaptado da fundação Europeia para o<br />

1 Aprenda a reconhecer as suas reacções ao stress.<br />

Veja-as como um aviso.<br />

2 Precise as causas imediatas do seu stress. Trabalho,<br />

família, dinheiro? Está talvez, a exigir <strong>de</strong> si <strong>de</strong>masiado?<br />

3 Se calhar stressa-se por coisas que <strong>de</strong>pressa se esquec<strong>em</strong>.<br />

Não se <strong>de</strong>ixe “acelerar” por pequenas preocupações.<br />

Só são preocupações, não <strong>de</strong>sastres.<br />

16 Procure compensações. Se o está a passar mal no<br />

trabalho procure apoio na família, e no trabalho se<br />

falhar a vida familiar.<br />

17 Dê e aceite apoio social. Compartilhe as cargas.<br />

18 Seja realista e evite lutar contra fantasmas.<br />

33<br />

Melhoramento das Condições <strong>de</strong> Vida e <strong>de</strong><br />

Trabalho (FEMCVT))<br />

4 Não se atormente pelos “e se...”. Como alguém disse:<br />

“A minha vida esteve cheia <strong>de</strong> preocupações. A<br />

maioria por coisas que nunca suce<strong>de</strong>ram”.<br />

5 Não perca a cabeça sobre o que não t<strong>em</strong> r<strong>em</strong>édio.<br />

Respire fundo (eÉ difícil <strong>de</strong> crer, se não se experimentou,<br />

o que po<strong>de</strong>m fazer alguns exercícios respiratórios).<br />

19 Faça exercício físico para <strong>de</strong>scarregar a energia contida<br />

pelo stress. Evite as bebidas alcoólicas e o tabaco.<br />

10 Mu<strong>de</strong> o que po<strong>de</strong> mudar. Aceite o que não po<strong>de</strong>, e<br />

tente uma compensação se a situação é séria ou<br />

duradoura.<br />

IMPORTANTE:<br />

• Respeite todos os trabalhadores do seu ambiente laboral.<br />

• Promova as relações correctas. Seja cortês no tratamento.<br />

• Trabalhe <strong>em</strong> equipa.<br />

• Favoreça a comunicação no seu ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

• Participe na incorporação <strong>de</strong> melhoramentos.<br />

• Desenvolva as suas habilida<strong>de</strong>s: vá à formação que t<strong>em</strong> ao seu alcance.


7<br />

GESTÃO DE RESÍDUOS SANITÁRIOS<br />

GESTÃO DE RESÍDUOS SANITÁRIOS<br />

Segundo o R. D. 22/1990 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1990, sobre<br />

a Gestão dos Resíduos Hospitalares no seu capítulo II<br />

enten<strong>de</strong>-se por resíduos hospitalares todos os materiais<br />

residuais <strong>em</strong> estado sólido que tendo sido gerados <strong>em</strong><br />

Manipulação:<br />

O centro <strong>de</strong>verá contar com manuais ou protocolos<br />

<strong>de</strong> gestão para cada tipo <strong>de</strong> resíduos. Ditos documentos<br />

<strong>de</strong>verão contar com normas específicas <strong>de</strong><br />

actuação <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e estabelecer um plano<br />

<strong>de</strong> formação do pessoal.<br />

Os locais on<strong>de</strong> se mantenham os recipientes<br />

enquanto se estejam a encher <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser preferivelmente<br />

zonas <strong>de</strong> pouco transito, b<strong>em</strong> ventiladas e<br />

distantes <strong>de</strong> toda fonte <strong>de</strong> calor ou da incidência da<br />

luz directa do Sol.<br />

34<br />

centros hospitalares, sanitários, clínicos, assistenciais e<br />

similares, apresent<strong>em</strong> pela sua orig<strong>em</strong>, natureza ou<br />

composição, riscos <strong>de</strong> infecção para a saú<strong>de</strong> pública,<br />

ou que afect<strong>em</strong> o meio ambiente.<br />

Todos os recipientes <strong>de</strong>verão estar perfeitamente<br />

i<strong>de</strong>ntificados com uma etiqueta on<strong>de</strong> se reflect<strong>em</strong><br />

todos os constituintes que faz<strong>em</strong> parte do resíduo. A<br />

i<strong>de</strong>ntificação do recipiente <strong>de</strong>ve reflectir a maior<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados possíveis, evitando os nomes<br />

genéricos ou ambíguos.<br />

É imprescindível que as <strong>em</strong>balagens estejam hermeticamente<br />

fechadas, não se encontr<strong>em</strong> manchadas<br />

exteriormente, <strong>de</strong>terioradas ou que apresent<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>rrames ou fugas.


7<br />

GESTÃO DE RESÍDUOS SANITÁRIOS<br />

Transporte <strong>de</strong>ntro do centro:<br />

É recomendável que os resíduos sanitários recolhidos<br />

nas diferentes zonas do centro sejam transportados<br />

para o armazém <strong>de</strong> resíduos sanitários com uma<br />

periodicida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 12 horas.<br />

Deverá evitar-se originar aerossóis durante o transporte<br />

dos resíduos muito <strong>em</strong> especial daqueles que<br />

contenham patógenos cuja via <strong>de</strong> transmissão seja a<br />

aérea. Os recipientes que os contenham manipularse-ão<br />

s<strong>em</strong> fazer movimentos bruscos.<br />

Para evitar a ruptura dos sacos:<br />

- Utilize sacos a<strong>de</strong>quados (nunca inferior a 220<br />

mg/cm2).<br />

Armazenamento:<br />

Os resíduos sanitários po<strong>de</strong>m armazenar no mesmo<br />

edifício durante os períodos máximos que estabeleça<br />

a norma <strong>em</strong> cada caso.<br />

35<br />

- Não armazene os sacos uns <strong>em</strong> cima dos outros; os<br />

sacos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> colocar-se uns ao lado dos outros<br />

sobre uma superfície horizontal.<br />

- Dentro da estrutura ou carrinho <strong>de</strong> transporte não<br />

comprima os resíduos para po<strong>de</strong>r transportar maior<br />

quantida<strong>de</strong> num só trajecto, n<strong>em</strong> ultrapasse o nível<br />

que permita o fecho da tampa do carrinho.<br />

- Nunca arraste os sacos pelo chão, utilize s<strong>em</strong>pre<br />

que for possível os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> transporte.<br />

O armazém terá que estar ventilado, b<strong>em</strong> iluminado,<br />

<strong>de</strong>vidamente sinalizado, acondicionado para po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>sinfectá-lo e limpá-lo, protegido da int<strong>em</strong>périe, das<br />

t<strong>em</strong>peraturas elevadas, dos animais e o acesso ao mesmo<br />

só se permitirá ao pessoal autorizado.<br />

IMPORTANTE:<br />

Peça informação sobre o sist<strong>em</strong>a específico <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos sanitários <strong>de</strong>senvolvido<br />

no seu centro.


8<br />

ACTUAÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIAS<br />

8.1 PLANO DE EMERGÊNCIA.<br />

Todos os trabalhadores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> conhecer e participar<br />

no plano <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência do centro sanitário, o qual se<br />

<strong>de</strong>fine como o conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e meios <strong>de</strong>stinados<br />

a que as pessoas que possam ser afectadas por<br />

um sinistro ou <strong>em</strong>ergência saibam coor<strong>de</strong>nar os seus<br />

8.2 PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIOS.<br />

O fogo produz-se quando coinci<strong>de</strong>m ao mesmo t<strong>em</strong>po<br />

e lugar três el<strong>em</strong>entos:<br />

1 Material combustível: É toda a substância capaz <strong>de</strong><br />

ar<strong>de</strong>r. Po<strong>de</strong> ser sólida, líquida ou gasosa.<br />

2 Comburente ou agente oxidante: Costuma ser o oxigénio<br />

do ar.<br />

Instalações e aparelhos eléctricos <strong>em</strong> mau estado, infra<br />

dimensionados ou com <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> manutenção.<br />

Líquidos e gases inflamáveis e/ou resíduos mal armazenados<br />

ou eliminados.<br />

Causas <strong>de</strong> incêndios <strong>em</strong> hospitais<br />

36<br />

esforços com o fim <strong>de</strong> minimizar as consequências do<br />

mesmo. As funções e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada trabalhador<br />

<strong>em</strong> caso <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência <strong>de</strong>terminam-se nas<br />

Equipas <strong>de</strong> Emergências ou <strong>de</strong> Intervenção.<br />

3 Foco <strong>de</strong> ignição: É a fonte provocadora <strong>de</strong> energia.<br />

Os focos <strong>de</strong> ignição mais comuns são: Cigarros, faíscas,<br />

falhas eléctricas, fogos mal apagados, etc.<br />

Para evitar o início <strong>de</strong> um fogo bastará com eliminar<br />

algum dos factores anteriores.<br />

Acumulação <strong>de</strong> lixo <strong>em</strong> zonas inapropriadas.<br />

Trabalhos <strong>de</strong> reparação e manutenção realizados s<strong>em</strong> precaução.<br />

Equipamentos e produtos utilizados <strong>em</strong> cozinhas.<br />

Fogos intencionais.


8<br />

MEDIDAS PREVENTIVAS<br />

ACTUAÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIAS<br />

Sobre os combustíveis<br />

I<strong>de</strong>ntifique e manipule correctamente as garrafas <strong>de</strong> gases<br />

comprimidos, liquefeitos e dissolvidos a pressão, segundo<br />

a norma referente.<br />

Armazene os líquidos inflamáveis num recinto in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

e específico e manipule-os <strong>em</strong> locais ventilados<br />

mantendo a organização e limpeza.<br />

Tenha um controlo sobre a eliminação <strong>de</strong> lixo e resíduos<br />

inflamáveis.<br />

Se <strong>de</strong>scobre um incêndio, não há que se <strong>de</strong>ixar levar<br />

pelo pânico, actue com calma mas com <strong>de</strong>cisão. Dê<br />

imediatamente o alarme.<br />

Em caso <strong>de</strong> se encontrar sozinho, saia do local<br />

incendiado e feche a porta s<strong>em</strong> chave. Não ponha<br />

<strong>em</strong> perigo a sua integrida<strong>de</strong> física.<br />

Comunique a <strong>em</strong>ergência conforme as normas estabelecidas<br />

no Centro.<br />

Não abra uma porta que esteja quente, o fogo está<br />

próximo; se tiver que o fazer, proceda lentamente.<br />

No caso <strong>de</strong> se pren<strong>de</strong>r às roupas, não corra, estendase<br />

no chão e comece a rolar.<br />

Se tiver que atravessar uma zona ampla com muito<br />

fumo, procure ir agachado; a atmosfera é mais respirável<br />

e a t<strong>em</strong>peratura mais baixa. Ponha um lenço<br />

húmido cobrindo o nariz e a boca.<br />

Em caso <strong>de</strong> se encontrar encurralado num recinto<br />

feche todas as portas, tape com trapos húmidos todas<br />

37<br />

Sobre os focos <strong>de</strong> ignição<br />

É proibido fumar <strong>em</strong> todo o hospital excepto nas zonas<br />

<strong>de</strong>stinadas para tal.<br />

As fontes caloríficas (cal<strong>de</strong>iras, aquecedores, etc.) estarão<br />

distantes e isoladas.<br />

A instalação eléctrica geral do hospital a<strong>de</strong>quar-se-á à<br />

norma vigente.<br />

Correcta manutenção e lubrificação dos órgãos móveis<br />

das máquinas.<br />

Armazenamento seguro <strong>de</strong> reactivos químicos.<br />

MEDIDAS DE PROTECÇÃO E NORMAS DE ACTUAÇÃO EM CASO DE INCÊNDIO<br />

as grelhas por on<strong>de</strong> penetre o fume e faça saber da<br />

sua presença.<br />

Se acha possível apagar o fogo mediante extintores,<br />

situe-se entre a porta <strong>de</strong> saída e as chamas, utilizando<br />

o agente extintor mais apropriado à classe <strong>de</strong><br />

fogo. Como meio alternativo po<strong>de</strong> fazer uso <strong>de</strong> areia<br />

ou mantas ignífugas.


8<br />

ACTUAÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIAS<br />

INSTRUÇÕES DE USO DE EXTINTORES<br />

Apanhe o extintor fazendo-o pela alça fixa e <strong>de</strong>ixe-o sobre o chão <strong>em</strong> posição vertical.<br />

Apanhe a boquilha da mangueira do extintor e comprove, <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> que exista, que a válvula ou<br />

disco <strong>de</strong> segurança está <strong>em</strong> posição s<strong>em</strong> risco. Tire o passador <strong>de</strong> segurança puxando pela argola.<br />

Pressione a alavanca da cabeça do extintor e <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> que exista, aperte a alavanca da boquilha<br />

realizando uma pequena <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> comprovação.<br />

Dirija o jorro à base das chamas com movimento <strong>de</strong> varrimento. Em caso <strong>de</strong> incêndios <strong>de</strong> líquidos,<br />

projecte superficialmente o agente extintor efectuando um varrimento, evitando que a própria pressão<br />

<strong>de</strong> impulsão provoque <strong>de</strong>rrame do líquido incendiado. Aproxime-se lentamente do fogo até ao<br />

máximo <strong>de</strong> um metro.<br />

IMPORTANTE:<br />

O incêndio é um dos principias riscos num centro sanitário pelo que é fundamental conhecer<br />

como preveni-lo e como controlá-lo e proteger-se <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> que se produza.<br />

38


8<br />

ACTUAÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIAS<br />

8.3 EVACUAÇÃO<br />

Ao ouvir o sinal <strong>de</strong> evacuação segundo o estabelecido<br />

no Plano <strong>de</strong> Emergência, prepare-se para abandonar<br />

o centro.<br />

A partir do momento no qual se dê a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> evacuação,<br />

não <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>sligar o telefone e, se está a falar<br />

há que o <strong>de</strong>ixar imediatamente.<br />

Desligue os aparelhos eléctricos a seu cargo.<br />

Não utilize os elevadores.<br />

Evacue o edifício com rapi<strong>de</strong>z, mas não corra.<br />

Não volte a apanhar objectos pessoais.<br />

Durante a evacuação, siga as instruções seguintes:<br />

39<br />

- Realize a evacuação <strong>de</strong> forma rápida e or<strong>de</strong>nada.<br />

- Utilize as vias <strong>de</strong> evacuação estabelecidas para isso.<br />

- Atenda às instruções do pessoal atribuído para <strong>em</strong>ergências.<br />

- Tranquilize as pessoas que possam ter perdido a calma.<br />

- Aju<strong>de</strong> as pessoas impedidas ou com <strong>de</strong>ficiência.<br />

- Não permita o regresso ao centro a nenhuma pessoa.<br />

Abandone o centro, dirija-se ao ponto <strong>de</strong> reunião estabelecido<br />

no Plano <strong>de</strong> Emergência e não se <strong>de</strong>tenha<br />

junto à porta <strong>de</strong> saída.<br />

Permaneça no ponto <strong>de</strong> reunião e siga as instruções<br />

das equipas responsáveis <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergências.<br />

IMPORTANTE:<br />

É fundamental realizar simulações <strong>de</strong> evacuações pelo menos uma vez por ano e participar<br />

activamente nelas, para verificar a sua eficácia, <strong>de</strong>tectar erros, etc.<br />

IMPORTANTE:<br />

Uma situação <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência que requeira a aplicação <strong>de</strong> primeiros socorros po<strong>de</strong><br />

apresentar-se <strong>em</strong> qualquer momento e lugar, portanto, TODOS OS TRABALHADORES <strong>de</strong><br />

um centro sanitário <strong>de</strong>v<strong>em</strong> conhecer estes procedimentos, tanto se o seu trabalho se<br />

<strong>de</strong>senvolve num serviço especificamente sanitário como se não (lavandaria, cozinha,<br />

limpeza, administração, manutenção, etc.).


Obrigações dos Trabalhadores <strong>em</strong><br />

Prevenção <strong>de</strong> Riscos<br />

40<br />

<br />

O artigo 29 da Lei <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Riscos Laborais (Lei 31/1995 do 8 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro) asígnalle ao<br />

trabalhador a obriga <strong>de</strong> velar pola súa propia segurida<strong>de</strong> e saú<strong>de</strong> no trabalho e pola daqueloutras<br />

persoas ás que poida afectar a súa activida<strong>de</strong> profesional.<br />

En particular, os trabalhadores, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> coa súa formación e seguindo as instrucións do <strong>em</strong>presario,<br />

<strong>de</strong>berán:<br />

Empregar <strong>de</strong> forma axeitada as máquinas, aparellos, ferramentas, substancias perigosas, equipos <strong>de</strong><br />

transporte e, en xeral, calquera outros medios cos que <strong>de</strong>senvolva a súa activida<strong>de</strong>.<br />

Empregar e manter correctamente os medios e equipos <strong>de</strong> protección facilitados polo <strong>em</strong>presario,<br />

solicitando a súa reposición en caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioro.<br />

Non pór fóra <strong>de</strong> funcionamento e <strong>em</strong>pregar correctamente os dispositivos <strong>de</strong> segurida<strong>de</strong> existentes.<br />

Informar <strong>de</strong> inmediato ao seu superior xerárquico directo acerca <strong>de</strong> calquera situación, que ao seu<br />

xuízo entrañe un risco para a segurida<strong>de</strong> e a saú<strong>de</strong> dos trabalhadores.<br />

Cooperar co <strong>em</strong>presario para que este poida garantir unhas condicións <strong>de</strong> traballo que sexan seguras<br />

e non entrañen riscos para a segurida<strong>de</strong> e a saú<strong>de</strong> dos trabalhadores.<br />

O incumprimento das obrigas en materia <strong>de</strong> prevención <strong>de</strong> riscos aos que se refiren os apartados<br />

anteriores terán a consi<strong>de</strong>ración <strong>de</strong> incumprimento laboral aos efectos previstos no artigo 58.1 da lei<br />

espanhola do Estatuto dos Trabalhadores.


Recebi o <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Segurança</strong> e Saú<strong>de</strong> que inclui os<br />

Riscos e as Medidas Preventivas Básicas do Trabalho<br />

<strong>em</strong> <strong>Hospitais</strong> e um resumo das obrigações dos trabalhadores<br />

contidas no Artigo 29 da Lei <strong>de</strong><br />

Prevenção <strong>de</strong> Riscos Laborais (Lei 31/1995 do 8 <strong>de</strong><br />

Nov<strong>em</strong>bro).<br />

B.I.:<br />

Data:<br />

MANUAL DE SEGURANÇA E<br />

SAÚDE NOS HOSPITAIS<br />

Nome e assinatura do trabalhador.<br />

41


Riesgos<br />

<br />

Riesgos<br />

Medidas Preventivas<br />

Edita:<br />

FREMAP<br />

Mútua <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho e Doenças<br />

Profissionais da <strong>Segurança</strong> Social Nº 61.<br />

Desenha:<br />

Imagen Artes Gráficas, S. A.<br />

42

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