Aumenta o jorro de inovações nas embAlAgens ... - Editora Definição
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produção brasileira não ser suficiente<br />
para suprir toda a <strong>de</strong>manda interna.<br />
Se a tarifa sobre PE em 2014 não<br />
acabar, será um tiro no pé na indústria<br />
em médio e longo prazo. Transformadores<br />
vão procurar regiões fora do<br />
Brasil, ou mesmo Manaus, para ter<br />
acesso à matéria-prima mais barata.<br />
Com relação aos artefatos terminados<br />
para os quais foi pedida proteção,<br />
o volume do mercado não chega a<br />
180.000 toneladas anuais, enquanto<br />
em polietilenos o consumo se acerca<br />
pE: O futurO dOs impOrtadOrEs.<br />
sENsOR VISOR<br />
RORIz<br />
PE é a resina mais consumida. Com 20% <strong>de</strong> alíquota <strong>de</strong> importação extra zona do Mercosul, como fica a sobrevida<br />
<strong>de</strong> quem ven<strong>de</strong> resina internacional?<br />
EnxugamEntO dE OpOrtunistas<br />
solange stumpf, sócia<br />
da consultoria MaxiQuim<br />
As importações extra zona representam cerca <strong>de</strong> 70% dos volumes <strong>de</strong>sembarcados <strong>de</strong> PE e <strong>de</strong> 15%<br />
a 20% do mercado interno da resina. Aparentemente, o resultado será uma enxugada no mercado <strong>de</strong><br />
oportunistas nessas importações, tal como ocorreu em PP. As empresas importadoras há muito tempo<br />
na praça e operadas por profissionais do ramo <strong>de</strong>vem continuar, mas em outras bases <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />
e volume. De qualquer maneira haverá, a longo prazo, espaço para importações – ao menos até<br />
a partida do Comperj.<br />
rEcuO já E rEaçãO a médiO prazO<br />
“<br />
“<br />
das 2,5 milhões <strong>de</strong> toneladas. Além<br />
do mais, para os artefatos em questão<br />
existe concorrência doméstica.<br />
PR – Qual futuro antevê para<br />
os polos via nafta no Brasil? Haverá<br />
espaço para o Comperj?<br />
Roriz – É bem melhor fazer PE com<br />
gás barato, porém há subprodutos da<br />
nafta muito valorizados no mercado, como<br />
butadieno e estireno. O Brasil terá gás e<br />
nafta. Eu não tenho a menor dúvida que o<br />
país será um dos 10 maiores produtores<br />
<strong>de</strong> petróleo do mundo e ainda contará<br />
A importação sofre há tempos com um bombar<strong>de</strong>io <strong>de</strong> medidas protecionistas que soariam absurdas na<br />
maioria dos países, em se tratando <strong>de</strong> um mercado com ape<strong>nas</strong> um produtor nacional <strong>de</strong> PE. Outros pontos mais<br />
importantes que a taxa <strong>de</strong> crescimento ou representativida<strong>de</strong> do material importado não são consi<strong>de</strong>rados como<br />
<strong>de</strong>veriam, a exemplo do alto peso dos impostos, gargalos produtivos e estruturais e o elevado custo <strong>de</strong> produção<br />
da única petroquímica local <strong>de</strong> poliolefi<strong>nas</strong>. O histórico mostra que, infelizmente, a única maneira <strong>de</strong> se resolver<br />
certos problemas no Brasil é via aumento da arrecadação e quase nunca abrindo mão <strong>de</strong>la. No fim, quem pagará<br />
a conta serão os transformadores ou, se bem sucedidos no repasse da nova estruturação <strong>de</strong> custos, os seus<br />
clientes. Seria bem mais lógico criar mecanismos para <strong>de</strong>sonerar o produtor nacional, inclusive para competir <strong>de</strong><br />
forma lucrativa no exterior. Assim, os preços internos seriam mais realistas frente aos internacionais, protegendo<br />
os transformadores da importação crescente <strong>de</strong> artefatos e animando a exportação. Em suma, a importação <strong>de</strong><br />
PE po<strong>de</strong> recuar num primeiro momento mas, em razão da forma que o mercado se move, <strong>de</strong>ve se reequilibrar a<br />
médio prazo, mesmo com impostos mais altos e outros possíveis entraves, num patamar <strong>de</strong> início reduzido, mas<br />
com potencial <strong>de</strong> crescimento.<br />
”<br />
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22<br />
plásticos em revista<br />
Outubro / 2012<br />
com gás associado. Até 2020, estaremos<br />
produzindo cerca <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> barris/<br />
dia e uma parte consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> gás. Eu<br />
acredito e não vejo qualquer problema<br />
com o pré-sal. Pelo contrário, os poços<br />
do pré-sal em testes ou em produção<br />
comercial, como Tupi, estão gerando<br />
produtivida<strong>de</strong> maior do que se imaginava.<br />
Os poços do pré-sal dão quatro vezes<br />
mais vazão do que o previsto inicialmente.<br />
Haverá, inclusive, gás suficiente para três<br />
ou quatro plantas <strong>de</strong> PE como a da extinta<br />
Rio Polímeros (N.R.- hoje Braskem).<br />
Marcelo forsini Martins,<br />
sócio e diretor da importadora<br />
Polydist