Concedo a palavra ao cerimonialista, Senhor Sérgio Sarkis Filho ...

PMDB. É uma honra realizar uma sessão solene
nesta Assembleia Legislativa e ter um deputado
federal, em plena campanha eleitoral, em um
momento tão importante como este; ao Presidente
da nossa Faculdade de Música do Estado do
Espírito Santo, Senhor Edilson Barbosa; a Senhora
Marly Leal Cordeiro, Presidente da Ordem dos
Músicos do Estado do Espírito Santo; ao Senhor
Tião Oliveira, filho do inesquecível e saudoso
Maurício de Oliveira, que está presente representando
sua família. Maurício de Oliveira é referência da
nossa música no Espírito Santo, uma pessoa por
quem todos nutrimos uma saudade imensa. Sabemos
que ele está tocando no céu. Portanto, pedimos a
todos que se levantem e deem uma salva de palmas
para a família desse grande artista. (Palmas!)
Agradecemos ao Maestro e representante da
Orquestra Filarmônica do Estado do Espírito Santo,
Senhor Helder Trefzger, a presença. Sentimos uma
grande alegria, um júbilo por ser amiga deste maestro
nestes longos anos; ao Capitão Luiz Gonçalves da
Silva, responsável por esta banda fantástica, a Banda
Júnior da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo;
ao Presidente da Associação dos Músicos do Espírito
Santo, Senhor Jorge Weytingh; ao maestro Adolfo
Alves, representando a ArcelorMittal.
Agradecemos também de uma maneira muito
especial, ela que não vai a muitos eventos, trabalha
mais do que frequenta qualquer festa, qualquer
evento, a presença da nossa querida Alzira Maria de
Araújo, regente do Coral A Arvore que Canta, da
Primeira Igreja Batista de Vitória. Agradecemos,
mais uma vez, a presença de todos.
Com o coração transbordando de alegria
começamos falando do que sinto hoje. Pela manhã,
fizemos uma pequena reflexão sobre a importância
da música em nossas vidas. Perguntamo-nos: qual a
trilha sonora da vida? Descobrimos que são muitas.
No berço somos confortados com as canções de
ninar sussurradas por nossas mães: de abóbora faz
melão, nesta rua tem um bosque, nana nenê. São
muitas e boas lembranças que esses acalantos nos
trazem. Na infância são as cantigas de roda: peixe
vivo, ciranda cirandinha, se esta rua fosse minha. Por
meio da música vamos aprendendo a socialização, o
coleguismo, o convívio com os amigos.
Ah, a adolescência, esta sim é marcada por
várias músicas. O primeiro beijo, a festinha na casa
dos amigos, o filme, os passeios. Essa fase da
nossa vida é repleta de sons, tudo palpita, tudo
vibra, tudo é vida. A música nos acompanha em
todos os momentos, cria moda, transporta-nos para
lugares e épocas diferentes, emociona-nos, anima-nos
e humaniza-nos. E por aí vamos, de música em
música, de experiência em experiência, construindo
um ser humano melhor.
Acreditamos na força e na energia da música.
Acreditamos tanto que encaminhamos uma Indicação
ao querido Senhor Governador Paulo Hartung
solicitando a inclusão da disciplina música na grade
curricular das escolas da rede pública estadual. E
aproveitamos a oportunidade para solicitar ao
Senhor Deputado Federal Lelo Coimbra que nos
ajude nesse ponto, porque música une, diminui a
violência e é muito importante em nossas vidas.
O principal objetivo da implantação da
disciplina música nas escolas é facilitar e ampliar o
processo de aprendizagem. O aluno que estuda
música tem maior concentração, maior preparo
psicológico e maiores condições de socialização.
Em Mimoso do Sul, minha terra natal,
apoio a realização do Festival da Sanfona e da
Viola, conhecido em praticamente todo o Estado do
Espírito Santo. E estão presentes nesta sessão solene
os dois professores dessa orquestra, Senhores
Roberto Ramiro, professor de acordeão, e Silvio
Barbieri, professor de Viola. Gostaria que V.S. as se
levantassem e recebessem uma salva de palmas.
(Palmas)
Agradeço em nome deles e informo que no
Município de Mimoso do Sul temos também a
Orquestra da Sanfona e da Viola mirim. Mas a
Orquestra da Sanfona e da Viola de Mimoso do Sul é
a primeira do Estado, formada principalmente por
trabalhadores rurais, de mãos calejadas. Os
professores Roberto Ramiro e Silvio Barbieri
modificaram o horário dos ensaios - após o
trabalho nas lavouras - para que os trabalhadores
pudessem participar. Hoje é uma orquestra
consagrada no Espírito Santo e foi aplaudida, de pé,
por Gilberto Gil, no Rio de Janeiro. Tenho muito
orgulho desses dois professores e da Orquestra da
Sanfona e da Viola.
Também apoio a Banda da Associação
Pestalozzi e a fanfarra da Associação dos ex-alunos
do Colégio de Muqui. Percorro nosso Estado e
conheço a alegria das concertinas, das bandas
escolares e a sonoridade emocionante dos violinos
produzidos no Município de João Neiva. A alegria
da música italiana que embala os moradores do
Município de Santa Teresa, nos acordes do Círcolo
Trentino.
Em Itaguaçu todos os anos os alunos das
escolas da rede municipal escolhem um autor
nacional e durante todo o primeiro semestre leem e
discutem a obra desse autor escolhido. E, passando
por esse Município, fui surpreendida com a
realização da V Feira Literária, que acontece
anualmente, quando um artista é escolhido para
interagir com os alunos das escolas municipais.
Para minha surpresa deparei-me com ela, a nossa
poetisa, Elisa Lucinda, que, totalmente à vontade em
uma quadra lotada de crianças, interpretava. Mas não
acaba aí. O que os pequeninos pediam, em coro, é
que Elisa Lucinda cantasse. Cantasse, cantasse e
cantasse. E ela cantou e encantou a todos com sua
voz suave, que trouxe um misto de paz e alegria. Por
isso a música na escola é importante. Abençoados
sejam aqueles que têm o dom divino da música,
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