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disserthais 1 - Repositórios Digitais da UFSC - Universidade ...

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Silva (1990 apud Thomaz & Monteiro, 1992) utiliza o termo restinga no sentido ecológico,<br />

indicando um conjunto de ecossistemas que mantém estreita relação com o oceano e que<br />

possui características próprias, relativas à composição florística e estrutura <strong>da</strong> vegetação,<br />

funcionamento e interações com o sistema solo-atmosfera.<br />

Suguio & Martin (1990) sugerem que, devido às controvérsias em torno <strong>da</strong> definição<br />

do termo restinga, esse deveria ser mu<strong>da</strong>do para outro mais preciso, quando nos referirmos a<br />

depósitos arenosos litorâneos, ao menos em trabalhos relacionados com a área de geologia.<br />

Para Souza et al. (1991/1992) a restinga pode ser defini<strong>da</strong> como sendo as diversas<br />

comuni<strong>da</strong>des biológicas presentes nas planícies arenosas costeiras de origem marinha,<br />

incluindo praias, cordões arenosos, depressões entre os cordões, dunas e margens de lagunas.<br />

Sugiyama (1998) refere-se às restingas como o conjunto de comuni<strong>da</strong>des presentes na região<br />

costeira do Brasil sob influência marinha e flúvio-marinha.<br />

Falkenberg (1999) comenta que o termo restinga vem sendo ca<strong>da</strong> vez mais utilizado<br />

no sentido de ecossistema, incluindo não só as comuni<strong>da</strong>des de plantas, mas também as de<br />

animais e o ambiente físico em que vivem. Esse autor define a restinga brasileira como um<br />

conjunto de ecossistemas costeiros, com comuni<strong>da</strong>des floristicamente e fisionomicamente<br />

distintas, as quais colonizam terrenos arenosos de origens muito varia<strong>da</strong>s, formam um<br />

complexo vegetacional edáfico e ocupam locais tão diversos como praias, dunas e depressões<br />

associa<strong>da</strong>s, cordões arenosos, terraços e planícies. No presente trabalho será esta a definição<br />

adota<strong>da</strong>.<br />

Segundo Suguio et al. (1985) alguns fatores contribuíram para a origem <strong>da</strong>s planícies<br />

litorâneas brasileiras, entre eles:<br />

- o suprimento de areia vindo de diversos locais (rios, serras e plataforma continental interna),<br />

- correntes de deriva litorânea (que transportaram as areias desloca<strong>da</strong>s pela arrebentação <strong>da</strong>s<br />

on<strong>da</strong>s),<br />

- variações do nível do mar, podendo provocar erosão e subseqüente depósito do material<br />

erodido na antepraia,<br />

- armadilhas para retenção de sedimentos (areias transporta<strong>da</strong>s pelas correntes de deriva<br />

litorânea são reti<strong>da</strong>s por um obstáculo).<br />

Suguio et al. (1985) enfatizam que as flutuações no nível do mar, associa<strong>da</strong>s a<br />

transformações climáticas ocorri<strong>da</strong>s durante o período Quaternário, foram as principais causas<br />

<strong>da</strong> formação <strong>da</strong>s planícies litorâneas brasileiras. Esses depósitos arenosos são cobertos, em<br />

geral, por comuni<strong>da</strong>des vegetais características e ao mesmo tempo diferencia<strong>da</strong>s (Araújo &<br />

Lacer<strong>da</strong>, 1987), que podem ser compostas por ervas, subarbustos, arbustos ou árvores.<br />

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