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disserthais 1 - Repositórios Digitais da UFSC - Universidade ...

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3.2. Levantamento florístico<br />

A Tabela 2 contém as famílias e as espécies identifica<strong>da</strong>s, bem como a ocorrência e a<br />

abundância de ca<strong>da</strong> espécie no(s) tipo(s) de hábitat <strong>da</strong> área de estudo. Foram identifica<strong>da</strong>s<br />

326 espécies, que estão incluí<strong>da</strong>s em 213 gêneros e 84 famílias. Entre essas famílias, 6 são<br />

de pteridófitas, uma é de gimnosperma e 77 de angiospermas (58 dicotiledôneas e 19<br />

monocotiledôneas).<br />

Os resultados obtidos indicam uma riqueza expressiva de espécies, representando 1/3<br />

<strong>da</strong> obti<strong>da</strong> por Reitz (1961) em to<strong>da</strong> a zona marítima de Santa Catarina. A Tabela 1 mostra<br />

26 estudos em restingas brasileiras, sendo que apenas sete (27%) possuem riqueza superior<br />

à encontra<strong>da</strong> no presente trabalho. Estes sete estudos incluíram grandes áreas (3 eram<br />

levantamentos de estados) e diferentes tipos de vegetação de restinga, o que influenciou<br />

positivamente a riqueza de espécies. A riqueza observa<strong>da</strong> nos trabalhos <strong>da</strong> Tabela 1 é muito<br />

variável, fato que está relacionado aos objetivos diferenciados de ca<strong>da</strong> estudo e também aos<br />

tamanhos <strong>da</strong>s áreas abrangi<strong>da</strong>s.<br />

No presente estudo, as famílias mais ricas, em ordem decrescente (Figura 18), foram<br />

Asteraceae (58 espécies, representando 17,7% do total), Poaceae (40, 12,2%), Cyperaceae<br />

(29, 8,8%), Fabaceae sensu lato (21, 6,4%), Myrtaceae (10, 3%), Bromeliaceae (8, 2,4%),<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae (8, 2,4%), Convolvulaceae (7, 2,1%), Rubiaceae (7, 2,1%), Lentibulariaceae,<br />

Melastomataceae e Scrophulariaceae (6 espécies ca<strong>da</strong>, 1,8% do total). Essas 12 famílias<br />

possuem 63% do total de espécies. Quarenta e cinco famílias (53,5% <strong>da</strong>s famílias) são<br />

representa<strong>da</strong>s por apenas uma espécie.<br />

Dentre as famílias mais ricas nesse levantamento, Asteraceae, Cyperaceae, Fabaceae,<br />

Melastomataceae, Myrtaceae, Orchi<strong>da</strong>ceae, Poaceae e Rubiaceae estão entre as mais ricas em<br />

espécies do mundo, ou seja, as que possuem acima de 2.000 espécies (Araujo, 2000).<br />

As três famílias mais ricas nesse levantamento (Asteraceae, Poaceae e Cyperaceae)<br />

foram registra<strong>da</strong>s entre as mais ricas em 13 (87%) estudos realizados nas restingas do Rio<br />

Grande do Sul e de Santa Catarina (Tabela 1). Fabaceae e/ou Myrtaceae são registra<strong>da</strong>s entre<br />

as mais ricas em 15 (57,6%) trabalhos se incluirmos todos os estados, o que também ficou<br />

evidenciado nesse levantamento (Tabela 1).<br />

Asteraceae (com cerca de 25.000 espécies) e Poaceae (aproxima<strong>da</strong>mente 10.000<br />

espécies) possuem distribuição cosmopolita, sendo mais freqüentes em locais abertos do que<br />

no interior de florestas (Barroso et al., 1991; Souza & Lorenzi, 2005), características que<br />

explicariam a riqueza eleva<strong>da</strong> de espécies dessas famílias nesse trabalho e nos outros,<br />

principalmente em restingas herbáceo-subarbustivas <strong>da</strong>s planícies costeiras do sul do Brasil.<br />

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