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a corte portuguesa eo escravismo no brasil sob o olhar de ... - História

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figura do príncipe julgam-<strong>no</strong> uma fuga covar<strong>de</strong>; outros, como os áulicos que narram<br />

aqueles momentos a quente, procuram elevar a figura real, concebendo a fuga como<br />

uma <strong>de</strong>cisão acertada; há ainda aqueles que voltam os olhos há séculos atrás e pensam<br />

na vinda para o Brasil como um “alvitre amadurecido”, que alimentaram outros<br />

estadistas lusos (2000, p. 198).<br />

Decisão acertada ou fuga, o fato é que partiram para o Brasil com o<br />

príncipe regente toda a sua <strong>corte</strong> e mais um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> funcionários<br />

públicos que compunham a máquina administrativa, todos com uma esperança em<br />

comum, a <strong>de</strong> salvar o império português das ameaças francesas.<br />

Apesar das opiniões que con<strong>de</strong>nam a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> D. João VI como sendo<br />

uma atitu<strong>de</strong> covar<strong>de</strong> optar pela transferência, fica evi<strong>de</strong>nciado <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr da<br />

história que o posicionamento do príncipe regente quanto a transladação da <strong>corte</strong><br />

para o Brasil garantiu a <strong>sob</strong>revivência da dinastia dos Bragança e fez com que seu<br />

reinado perdurasse até a data <strong>de</strong> seu falecimento, como <strong>de</strong>staca Malerba:<br />

Acusado por uns e outros <strong>de</strong> in<strong>de</strong>ciso e indolente, reconhecido pela maioria, ao mesmo<br />

tempo, como perspicaz diante das turbulências políticas e domésticas – essas não me<strong>no</strong>s<br />

graves e constantes que aquelas -, a verda<strong>de</strong> é que, apesar do período <strong>de</strong> convulsões<br />

sem paralelo em que rei<strong>no</strong>u, dom João viveu e morreu como rei, enquanto a maioria das<br />

cabeças coroadas da Europa sucumbiu <strong>sob</strong> Napoleão (2000, p. 204).<br />

3.2 A CORTE NO BRASIL<br />

Aportava a quatorze <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1808 <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro o<br />

primeiro veleiro brigue português. Pouco a pouco chegavam outros navios<br />

com parte da família real. O príncipe regente arribava à Bahia <strong>no</strong> dia vinte<br />

e três <strong>de</strong> janeiro, só chegando ao Rio aproximadamente um mês <strong>de</strong>pois,<br />

o que fez com que o <strong>de</strong>sembarque <strong>no</strong> Rio dos navios já arribados na

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