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INFRA-ESTRUTURA E CRESCIMENTO - UMA AVALIAÇÃO DO CASO BRA ...

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comprometido o desempenho macroeconômico do país, mesmo porque as instalações atuais e<br />

as obras de expansão do setor não estão sendo suficientes. Entretanto, a situação do setor<br />

portuário brasileiro só não é caótica em função do perfil da carga transportada e dos terminais<br />

privativos, entre os quais podem-se destacar os terminais de exportação de minério de ferro da<br />

Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), os terminais dos produtos siderúrgicos da COSIPA e<br />

os terminais de granéis líquidos da Petrobrás.<br />

Este cenário levou o governo a entender a infra-estrutura de transportes como um dos<br />

entraves a serem superados pelos investimentos do PAC. Rodovias, ferrovias, portos,<br />

aeroportos, hidrovias, além da marinha mercante, são alvos do Programa e vão consumir<br />

juntos 58,3 bilhões de reais nos quatro anos, 23% desse valor em 2007. Embora significante,<br />

esse volume de recursos parece insuficiente para garantir o crescimento da economia, uma<br />

vez que, segundo ABDIB (2006), seriam necessários investimentos da ordem de 16,8 bilhões<br />

anuais em infra-estrutura de transportes para assegurar o crescimento sustentável da economia<br />

do país.<br />

Além disso, não se pode dizer que os investimentos programados pelo PAC irão causar<br />

transformações consideráveis na matriz de transportes do país. Pode ser que a dominância<br />

extrema do modal rodoviário seja mantida, pelos menos no médio prazo, já que as inversões<br />

em rodovias (recuperação, adequação/duplicação e construção) vão representar cerca de 57%<br />

(33,4 bilhões de reais) dos recursos destinados ao eixo de transportes, enquanto que os<br />

investimentos em hidrovias não ultrapassarão os 700 milhões de reais.<br />

3.2 – Infra-estrutura de Telecomunicações<br />

O setor de telecomunicações no Brasil passou por enormes transformações nas<br />

décadas passadas, principalmente nos anos 1990 com o processo de privatização, que trouxe<br />

conseqüências que podem ser sentidas atualmente.<br />

Na década de 70, com a criação da estatal Telebrás, o setor de telecomunicações do<br />

país passou por uma fase de vultosos investimentos, como parte dos esforços do setor público<br />

no sentido de melhorar a infra-estrutura nacional. No entanto, foi a partir de meados da<br />

década de 1990, com o início a Reforma Estrutural do Setor de Telecomunicações, que<br />

culminou na privatização do sistema Telebrás no ano de 1998, que o setor passou por uma<br />

verdadeira reestruturação, conduzindo-o a uma nova realidade.<br />

As inversões do setor privado, aliadas à criação da Agência Nacional de<br />

Telecomunicações (ANATEL), ao estímulo à competição na exploração dos serviços e as<br />

políticas de universalização do acesso aos serviços básicos, preencheram as lacunas deixadas<br />

no setor, produzindo efeitos significativos para toda população (NOVAES, 2002).<br />

Os níveis de acesso aos serviços de telecomunicações apresentaram consideráveis<br />

aumentos a partir de meados da década passada, saindo de uma situação em que o país tinha<br />

cerca de 10 milhões de acessos fixos instalados em 1990 para 22 milhões em 1998. No<br />

entanto, é a partir de 1998, com a realização da privatização do sistema Telebrás, que este<br />

crescimento se acelera. Pela Figura 1, é possível observar o crescimento significativo do<br />

número de acessos fixos instalados. A partir de 2001, quando a até então existente demanda<br />

reprimida parece ter sido saciada, há uma desaceleração do crescimento.<br />

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