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4<br />

Através de uma nova modalidade de<br />

financiamento e apoio da Petrobras Cultural, o<br />

segun<strong>do</strong> disco solo de Mário Falcão não é físico,<br />

não é tátil. As músicas estão disponibilizadas<br />

gratuitamente para audição e até mesmo para<br />

baixar no site www.ama<strong>do</strong>r.mus.com. Segun<strong>do</strong><br />

o autor, por intermédio deste formato o retorno é<br />

muito melhor <strong>do</strong> que pelo mo<strong>do</strong> tradicional, dada a<br />

extrema dificuldade <strong>do</strong> músico independente obter<br />

uma boa distribuição da sua obra e a execução da<br />

mesma pelas emissoras de rádios.<br />

As 10 canções que fazem parte <strong>do</strong> trabalho<br />

são simples e sofisticadas. Mário é um compositor<br />

de ofício. Um excelente construtor de agradáveis<br />

melodias e harmonias, além de um hábil carpinteiro<br />

de letras inteligentes e muito bem sacadas. E isso<br />

não é de hoje. Após muito serviço presta<strong>do</strong> para<br />

a cultura musical da cidade – tanto em trabalhos<br />

solos, como em parcerias e participações de<br />

trabalhos de outros músicos, inclusive como um<br />

<strong>do</strong>s integrantes da ótima Orquestra de Mantra<br />

Rudraksha, Mário Falcão gravou seu primeiro<br />

disco em 2004, uma produção independente com<br />

financiamento <strong>do</strong> Fumproarte. Este CD lhe rendeu,<br />

muito merecidamente, os Prêmio Açorianos<br />

de Melhor Compositor e Melhor Disco de MPB<br />

daquele ano. Ainda nesta época (2004/2005)<br />

participou <strong>do</strong> Festival “Uma Canção Para <strong>Porto</strong><br />

Alegre”, gravan<strong>do</strong> a bossa-choro “Quan<strong>do</strong> Te Vi”<br />

(parceria com Carmem Nunes) e receben<strong>do</strong> uma<br />

grande votação popular.<br />

Agora Mário nos brinda com o excelente<br />

“Ama<strong>do</strong>r”. As músicas apresentam arranjos<br />

entre a MPB e o jazz. E para tanto se vale <strong>do</strong>s<br />

competentíssimos músicos Ricar<strong>do</strong> Arenhaldt<br />

(bateria), Clóvis Boca Freire (contrabaixo), Luis<br />

Mauro Filho (piano) e Zé Ramos (guitarra e<br />

produção musical); assim como as participações<br />

especiais <strong>do</strong> percussionista Fernan<strong>do</strong> Sessé, da<br />

cantora Ana Paula Lonardi e <strong>do</strong> violinista Karlo<br />

Kulpa. Todas as canções têm letra e música de<br />

Mário Falcão.<br />

Por Caetano Silveira - Compositor e Produtor Cultural<br />

O cantor e compositor Mário Falcão<br />

lança seu álbum virtual “Ama<strong>do</strong>r”<br />

A faixa título, que leva o instigante nome de<br />

“Ama<strong>do</strong>r”, é uma linda e romântica bossa-nova,<br />

e que pode ser conferida também em formato de<br />

vídeo clipe no site. A letra, como é de praxe em se<br />

tratan<strong>do</strong> deste compositor, é extremamente bem<br />

composta e inspirada: “acho que deu pra perceber<br />

o nosso amor dilata / o som no ar, a ideia no<br />

papel / a poesia chega sem complicação / deixa<br />

um sorriso de felicidade em mim (...) concede a<br />

dança <strong>do</strong> amor / a quem apenas é um ama<strong>do</strong>r”.<br />

“Sem Título” é uma interessante canção que se<br />

vale da anáfora pra dizer: “sem sorrir nem chorar<br />

/ sem ter nada pra dar / sem amor, sem perdão<br />

/ sem nenhuma ilusão”. E o álbum segue com<br />

Mário cantan<strong>do</strong> o amor com delicadeza e leveza<br />

como em “Dança <strong>do</strong>s Laços de Fita” – “o teu olhar<br />

/ descoberta de ouro, pepita / desentoca qualquer<br />

eremita / (...) / o teu olhar / arrepia a lembrança que<br />

fica”. O cronista aparece em “Junho”: “desenhan<strong>do</strong><br />

paraísos / absorven<strong>do</strong> absur<strong>do</strong>s / definin<strong>do</strong> a cena<br />

que não se vê / reparan<strong>do</strong> alegrias / desfazen<strong>do</strong><br />

preconceitos / traduzin<strong>do</strong> a vida que não se lê”.<br />

No gostoso samba “Quem Man<strong>do</strong>u”, faz uma<br />

homenagem ao Esta<strong>do</strong>: “o feitor da madrugada /<br />

avermelha o céu azul / quilombola bola samba /<br />

rebola Rio Grande <strong>do</strong> Sul”.<br />

Todas as canções são muito boas. “Nosso<br />

Abraço”, <strong>do</strong>ce e quase uma oração, e a meio<br />

interiorana “Vamos Chegar”, uma das minhas<br />

favoritas, são apresentadas apenas com voz e<br />

violão, mas não perdem nada em brilho para as<br />

outras, devidamente arranjadas com apura<strong>do</strong><br />

bom-gosto.<br />

Além das músicas estarem disponíveis para<br />

ouvir e baixar, o site ainda oferece as cifras de<br />

todas as canções para que os interessa<strong>do</strong>s<br />

possam tocá-las.<br />

Com o perdão <strong>do</strong> trocadilho: “Ama<strong>do</strong>r” é coisa<br />

de profissional.<br />

Foto Arquivo Pessoal<br />

Foto Leticia Nunes<br />

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