24.04.2013 Views

Grazielle Lima veste longo colorido de André Lima, para a Rhodia

Grazielle Lima veste longo colorido de André Lima, para a Rhodia

Grazielle Lima veste longo colorido de André Lima, para a Rhodia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Grazielle</strong> <strong>Lima</strong> <strong>veste</strong> <strong>longo</strong> <strong>colorido</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>André</strong> <strong>Lima</strong>, <strong>para</strong> a <strong>Rhodia</strong>


EDITORIAL |<br />

O MUNDO DA MODA<br />

ESTÁ BEM REPRESENTADO<br />

NO CENTRO EMPRESARIAL<br />

DE SÃO PAULO<br />

MODA, TECNOLOGIA,<br />

PASSEIO E ARQUITETURA<br />

O mundo da moda está bem representado no Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo. Temos aqui duas<br />

conceituadas empresas do setor, <strong>Rhodia</strong> – uma das pioneiras no Brasil, e Santista – outra gran<strong>de</strong><br />

empresa têxtil e uma referência no segmento <strong>de</strong>nim. Elas marcam presença nas mais badaladas<br />

feiras <strong>de</strong> moda, como Fenit, São Paulo Fashion Week e Fashion Rio. Abordamos nessa edição um<br />

pouco do trabalho que elas <strong>de</strong>senvolvem.<br />

Outro assunto que abordamos está relacionado à tecnologia da indústria da aviação. Mais uma<br />

vez encontramos no Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo uma empresa importante do setor, a<br />

Bombardier Aerospace.<br />

A novida<strong>de</strong> são as aeronaves com mais autonomia <strong>de</strong> vôo, que consomem menos combustíveis<br />

e reúnem maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageiros. Uma gran<strong>de</strong> vantagem no mundo<br />

contemporâneo em que o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio é racionalizar os recursos energéticos.<br />

A questão também está relacionada aos conceitos <strong>de</strong> segurança, tráfego aéreo e operacionalida<strong>de</strong>,<br />

muito importantes tendo-se em vista a limitação <strong>de</strong> alguns aeroportos brasileiros quanto ao<br />

tamanho <strong>de</strong> suas pistas <strong>de</strong> pouso e <strong>de</strong>colagem.<br />

E <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> você ler a reportagem a esse respeito que tal se informar sobre o próximo <strong>de</strong>stino <strong>de</strong><br />

suas férias. O momento é propício <strong>para</strong> viajar: baixa estação e real valorizado.<br />

A opção que oferecemos segue pelo mar. Cruzeiros marítimos são oferecidos por nossas agências<br />

<strong>de</strong> turismo a preços bem convidativos. Um cruzeiro hoje não custa mais do que um pacote turístico<br />

<strong>para</strong> o Nor<strong>de</strong>ste, segundo um <strong>de</strong> nossos entrevistados. Quer saber quanto?<br />

As agências do Shopping Panamby do Centro Empresarial apresentam algumas convidativas<br />

sugestões também <strong>para</strong> visitas a outros países. Basta consultá-las.<br />

For last but not lest escrevemos sobre um dos nossos maiores arquitetos e um especialista em<br />

projetos <strong>de</strong> shoppings, João Henrique Rocha, este que projetou o Condomínio Empresarial <strong>de</strong> São<br />

Paulo, pioneiro no Brasil no conceito <strong>de</strong> Intelligent Building, <strong>de</strong> que tanto falamos.<br />

Orestes Quércia,<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Panamby Administração e Participações Ltda.


SUMÁRIO<br />

06<br />

entrevista<br />

hobby<br />

<strong>de</strong>staque<br />

10 14<br />

EXPEDIENTE<br />

12 22<br />

capa<br />

| 03 EDITORIAL | 08 TECNOLOGIA | 20 ARQUITETURA |<br />

| 24 AVIAÇÃO | 26 SEGURANÇA | 27 RÁPIDAS | 30 SERVIÇOS<br />

viagem<br />

Panamby Administração e Participações Ltda.<br />

PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Marcos Antonio Biasi CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS: setembro / outubro /<br />

novembro /2007 EDIÇÃO E PRODUÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lucimar Franceschini (MTb. 889/5/137 DF)<br />

EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 14.492) REDAÇÃO: Fernando Caldas. Colaboradores: Davi Brandão, Fabiana Cabral, Rita Gallo e Cíntia Carvalho<br />

(estagiária). DIAGRAMAÇÃO: P8 Editora COMERCIALIZAÇÃO: Pentágono Publicida<strong>de</strong> FOTOS: Paulo Alexo e Paulo Bareta SUPERVISOR DE GESTÃO A<br />

CLIENTES: Alex Sandro Correia CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 – Bloco D ASSESSORIA DE ASSUNTOS<br />

INSTITUCIONAIS: Tel.: (11) 3741-6685 / Fax: (11) 3741-5152 CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS: é uma publicação do Centro Empresarial <strong>de</strong> São<br />

Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal <strong>para</strong> executivos, clientes, fornecedores e formadores <strong>de</strong> opinião. Todos os textos são <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> do Centro Empresarial, sendo que os assinados são <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus autores, não refletindo necessariamente a opinião<br />

da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo <strong>de</strong>sta publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão<br />

<strong>para</strong> a redação: revista@centroempresarialsp.com.br<br />

18<br />

cartões<br />

especial<br />

28


ENTREVISTA |<br />

Ser, transformar e motivar<br />

Leila Navarro, consi<strong>de</strong>rada uma das 20 melhores<br />

palestrantes do país, dá a dica <strong>de</strong> como ser feliz.<br />

Por: Fabiana Cabral<br />

Foto: Divulgação<br />

06 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

Top of Mind na categoria Palestrante do Ano, autora <strong>de</strong> nove livros,<br />

incluindo o best seller Talento <strong>para</strong> Ser Feliz, Leila Navarro começou a dar<br />

palestras <strong>de</strong> forma inusitada, <strong>para</strong> poucas pessoas. Já levou seus conhecimentos<br />

a públicos da Espanha, Chile, Peru, Portugal, Uruguai, Panamá<br />

e Japão, e atualmente, é consi<strong>de</strong>rada pela Revista Veja como uma das<br />

20 melhores palestrantes do país.<br />

Formada em fisioterapia, Leila transformou o ser humano em seu objeto<br />

<strong>de</strong> trabalho e estudo <strong>para</strong> enten<strong>de</strong>r as causas das dores e <strong>de</strong>sconfortos<br />

que se manifestam no corpo. “Fui conhecer outras abordagens terapêuticas,<br />

estu<strong>de</strong>i neurociência, aprendi sobre autoconhecimento e comecei a<br />

ver o ser humano como um todo que integra o físico, o mental, o emocional<br />

e o espiritual. Passei a enfocar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e isso evoluiu<br />

<strong>para</strong> o que abordo hoje nas palestras”, explica.<br />

Durante uma temporada na Espanha, Leila Navarro conversou com a<br />

reportagem da Revista Centro Empresarial SP News sobre motivação,<br />

autoconhecimento, resiliência (capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levar adiante projetos) e<br />

felicida<strong>de</strong>, seja na vida pessoal ou profissional.<br />

Revista - Você se formou em fisioterapia. Como e por que começou<br />

a dar palestras?<br />

Leila Navarro - Quando ainda trabalhava como fisioterapeuta, comecei<br />

a dar palestras <strong>para</strong> divulgar um método <strong>de</strong> terapia corporal pouco<br />

conhecido no Brasil. Eu juntava um pequeno grupo <strong>de</strong> pessoas e apresentava<br />

os benefícios do método, falava sobre bem-estar e como viver<br />

melhor. Para tornar as palestras mais agradáveis, levava comigo um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> coluna vertebral e bacia em tamanho natural, que eu chamava<br />

<strong>de</strong> Falecido, e fazia algumas brinca<strong>de</strong>iras. Quando <strong>de</strong>i por mim, estava<br />

falando sobre qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>para</strong> o público <strong>de</strong> empresas e aí não<br />

parei mais.<br />

Revista - Você tem uma forma muito peculiar <strong>de</strong> iniciar suas palestras,<br />

brincando com o público, dançando. Como isso foi criado?<br />

Leila Navarro - Em uma fase <strong>de</strong> minha vida <strong>de</strong>i aula <strong>para</strong> alunos <strong>de</strong><br />

uma faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fisioterapia. E não era nada fácil manter a atenção<br />

daquela moçada! Certa vez, um grupinho no fundo da sala ficava conversando<br />

o tempo todo e não atendia meus pedidos <strong>para</strong> fazer silêncio.<br />

Então fiz uma coisa radical: subi na mesa e comecei uma encenação <strong>de</strong><br />

strip-tease. Não precisei tirar a roupa, felizmente, porque em segundos<br />

toda a classe me olhava espantada e muda. O fato inesperado havia<br />

quebrado o padrão dos alunos. É com a mesma intenção <strong>de</strong> quebrar o<br />

padrão <strong>de</strong> pensamentos e comportamentos do público que eu já começo<br />

a palestra a mil por hora, dançando, brincando e mexendo com todos.<br />

Porque se o objetivo <strong>de</strong> minha palestra é provocar atitu<strong>de</strong>s nas pessoas,<br />

preciso primeiro tirá-las do padrão em que se encontram.


Revista - A motivação é uma das características mais buscadas<br />

nos profissionais. Quais são os elementos essenciais <strong>para</strong> se<br />

manter motivado?<br />

Leila Navarro - São três: autoconhecimento, autoconhecimento e<br />

autoconhecimento. Isso é a base <strong>de</strong> tudo! Quem tem autoconhecimento<br />

sabe o que tem a ver consigo, logo irá atrás daquilo que o realiza. E não<br />

há nada mais motivador do que nos guiar pelo que nos realiza. Quando<br />

nos apaixonamos por alguém, não nos sentimos supermotivados <strong>para</strong><br />

encontrar aquela pessoa? Driblamos dificulda<strong>de</strong>s, arrumamos tempo,<br />

viajamos milhares <strong>de</strong> quilômetros, fazemos qualquer coisa <strong>para</strong> realizar o<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> estar com ela. Pois com nossa meta profissional é a mesma<br />

coisa: ela nos direciona, nos move, nos enche <strong>de</strong> energia <strong>para</strong> superar o<br />

que quer que seja. Isso é motivação, aliás, automotivação, uma força<br />

que vem <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro e nos impulsiona.<br />

Revista - O conceito <strong>de</strong> resiliência está em alta no mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho. O que é ser um profissional resiliente e como<br />

tornar-se um?<br />

Leila Navarro - Resiliência é a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> levar adiante nossos sonhos ou projetos,<br />

aconteça o que acontecer. É realmente uma<br />

qualida<strong>de</strong> muito valorizada hoje, pois nesse<br />

mundo globalizado tudo é muito complexo e<br />

imprevisível, e a qualquer momento po<strong>de</strong>mos<br />

ter <strong>de</strong> enfrentar crises, mudanças ou turbulências.<br />

Para <strong>de</strong>senvolvê-la, penso que a<br />

chave está na maneira como interpretamos<br />

as pequenas e gran<strong>de</strong>s catástrofes da vida.<br />

Em vez <strong>de</strong> encarar essas situações com pessimismo,<br />

queixas ou revolta, precisamos<br />

entendê-las como fatos naturais da existência.<br />

Só assim po<strong>de</strong>remos enfrentá-las com<br />

algum equilíbrio e consciência, aproveitando<br />

da melhor maneira possível o aprendizado que proporcionam.<br />

Revista - Você afirma que o planejamento <strong>de</strong> carreira é muito<br />

importante, no livro “Carreira em Ascensão”. Qual a melhor<br />

maneira <strong>de</strong> planejar uma carreira?<br />

Leila Navarro - Acredito que o planejamento da carreira <strong>de</strong>ve basearse<br />

em uma trajetória <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento individual que in<strong>de</strong>penda do<br />

lugar em que trabalhamos. É muito comum o profissional vincular a<br />

carreira à estrutura <strong>de</strong> cargos <strong>de</strong> sua empresa e pensar assim: “Um dia<br />

vou assumir o cargo do chefe, <strong>de</strong>pois o do chefe do chefe, <strong>de</strong>pois o do<br />

chefe do chefe do chefe...” Então a estrutura da empresa muda, surge<br />

uma transferência <strong>de</strong> setor ou mesmo uma dispensa do trabalho e o<br />

plano vai <strong>para</strong> o espaço. Se, em vez disso, planejar a carreira com base na<br />

aquisição <strong>de</strong> competências e responsabilida<strong>de</strong>s cada vez maiores, o<br />

profissional terá melhores condições <strong>de</strong> se adaptar a mudanças. Po<strong>de</strong><br />

até <strong>de</strong>cidir fazer carreira fora das empresas, como autônomo ou empreen<strong>de</strong>dor<br />

do próprio negócio.<br />

Revista - O trabalho em equipe ainda é muito discutido no<br />

âmbito profissional. Existem segredos <strong>para</strong> isso?<br />

Leila Navarro - Tudo o que o trabalho em equipe tem <strong>de</strong> importante,<br />

tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>safiador. É muito comum a reunião servir <strong>de</strong> arena<br />

<strong>para</strong> disputas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, on<strong>de</strong> uns tentam impor sua opinião, outros<br />

resistem a aceitar as opiniões alheias e por aí vai. Para funcionar<br />

bem em equipe, acho que as pessoas precisam baixar o ego e<br />

compreen<strong>de</strong>r que o que se espera do trabalho <strong>de</strong> grupo são resultados<br />

<strong>de</strong> grupo – portanto, é do interesse <strong>de</strong> todos fazer as coisas<br />

acontecerem. Até porque hoje a avaliação do <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um<br />

profissional não leva só em conta o que ele produz individualmente,<br />

mas também em equipe.<br />

Revista - Você diz que não erramos, mas sim apren<strong>de</strong>mos.<br />

Qual a melhor forma <strong>para</strong> transformar erros em aprendizado?<br />

Leila Navarro - É sempre perguntar: “O<br />

que eu posso apren<strong>de</strong>r com isso?”. O projeto<br />

em que você tanto se empenhou não<br />

foi aceito? Levou um fora da namorada?<br />

Pensou que seria promovido, mas quem<br />

recebeu a promoção foi seu colega? Sofreu<br />

um revés? Então se pergunte: “O que<br />

eu posso apren<strong>de</strong>r com isso?”. Encararamse<br />

as perdas, os imprevistos e fracassos<br />

como oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizado, passamos<br />

a confiar mais na vida e percebemos<br />

que tudo que acontece é <strong>para</strong> o nosso<br />

bem, nosso crescimento. Nos acostumamos<br />

a ver o lado positivo <strong>de</strong> todas as<br />

coisas e nos tornamos mais gratos também. Isso faz toda diferença.<br />

SE ENCARAMOS AS PERDAS<br />

E FRACASSOS COMO OPORTUNIDADES<br />

DE APRENDIZADO, PASSAMOS<br />

A CONFIAR MAIS NA VIDA E PERCEBEMOS<br />

QUE TUDO ACONTECE PARA O NOSSO BEM<br />

E CRESCIMENTO. ISSO FAZ TODA DIFERENÇA.<br />

Revista - Você diz que o medo é positivo. Por quê?<br />

Leila Navarro - O medo a que me refiro é o frio na barriga, a “paúra”,<br />

aquela sensação que temos quando sentimos nossa estabilida<strong>de</strong> ou<br />

segurança ameaçadas. Nesse caso, o medo é positivo sim, pois nos<br />

obriga a tomar uma atitu<strong>de</strong>. Temos uma tendência natural à acomodação<br />

e, se não sentíssemos ameaçados <strong>de</strong> vez em quando, talvez jamais<br />

saíssemos do lugar. Se enfrentamos um concorrente muito forte nos<br />

negócios, por exemplo, o temor <strong>de</strong> ser engolidos por ele nos faz procurar<br />

alternativas <strong>para</strong> nos diferenciar. Outro aspecto positivo do medo é que<br />

ele nos coloca em estado <strong>de</strong> alerta e nos faz ser cuidadosos. Quando é<br />

preciso <strong>de</strong>cidir sobre um assunto que não conhecemos bem, por exemplo,<br />

o medo <strong>de</strong> errar nos faz buscar informação, pedir a opinião <strong>de</strong> alguém,<br />

ter cautela.<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 07


TECNOLOGIA |<br />

Equipamentos como o celular, o computador <strong>de</strong> mesa e o notebook têm curta vida útil<br />

Em linha com a revolução tecnológica<br />

CENTR CENTRO CENTR O EMPRESARIAL EMPRESARIAL DE DE SÃO SÃO PA PAUL PA PAUL<br />

UL ULO UL O INVESTE INVESTE EM EM NO NOVAS NO AS INST INSTALAÇÕES INST ALAÇÕES<br />

PARA PARA EXPANDIR EXPANDIR REDES REDES SEM SEM FIO<br />

FIO<br />

Por: Rita Gallo<br />

Fotos: Paulo Alexo<br />

Com aparelhos cada vez mais versáteis e sofisticados, a tecnologia provoca mudanças rápidas no dia-a-dia das empresas e das<br />

pessoas. Celulares e computadores são lançados como símbolos da revolução tecnológica <strong>para</strong>, pouco tempo <strong>de</strong>pois, se tornarem<br />

obsoletos em razão <strong>de</strong> novas <strong>de</strong>scobertas. Integração e acesso são as palavras <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sses aparelhos, o que significa que eles<br />

têm cada vez mais possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização, como acontece com o celular com máquina fotográfica e acesso à Internet.<br />

Esse mercado já é bilionário no País: <strong>de</strong> acordo com pesquisas do IDC Brasil (International Data Corporation), empresa especializada<br />

em levantamentos do setor, a tecnologia da informação vai movimentar até US$ 18,8 bilhões este ano, um crescimento <strong>de</strong> 13% em<br />

relação aos US$ 16,7 bilhões <strong>de</strong> 2006.<br />

Esse cenário é observado também no Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo. Gran<strong>de</strong> parte das empresas do condomínio trabalha<br />

conectada às inovações tecnológicas, o que exige um trabalho <strong>de</strong> constante aprimoramento. É cada vez mais comum ver pessoas<br />

nos jardins do Centro com seus notebooks e smartphones, que se tornaram aparelhos imprescindíveis nessa nova era <strong>de</strong> inovação<br />

tecnológica.<br />

“A <strong>de</strong>manda por nossos serviços cresce sem <strong>para</strong>r”, afirma Rogério Mayrink, supervisor <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s da Austacem,<br />

que gerencia toda a área <strong>de</strong> telecomunicações do Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo. “As empresas que atuam no Centro Empresarial<br />

precisam estar em linha com as mudanças tecnológicas, até <strong>para</strong> não per<strong>de</strong>r negócios. Por isso, procuram por apoio <strong>para</strong> soluções<br />

<strong>de</strong> situações que surgem com a revolução tecnológica, que cresce sem <strong>para</strong>r.”<br />

08 | | SET/OUT/NOV 2007


NOVAS NECESSIDADES<br />

A principal <strong>de</strong>manda das empresas do Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo<br />

está relacionada a re<strong>de</strong>s sem fio (wi-fi), que cria necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas<br />

instalações e equipamentos. “Além disso, muitos dos que trabalham no<br />

Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo têm notebooks e PDAs e precisam ter<br />

infra-estrutura <strong>para</strong> que os aparelhos funcionem a<strong>de</strong>quadamente”, lembra<br />

Mayrink. Ele afirma que é comum ver pessoas circulando pelo Centro<br />

com PDAs (sigla em inglês <strong>para</strong> Assistente Pessoal Digital, pequeno<br />

computador portátil usado como agenda, calendário e <strong>para</strong> anotações),<br />

e que é necessário aten<strong>de</strong>r tanto a esses usuários quanto às empresas<br />

em suas <strong>de</strong>mandas, que surgem a partir das constantes inovações<br />

tecnológicas.<br />

Tendo em vista essas crescentes necessida<strong>de</strong>s, a Austacem programou<br />

<strong>para</strong> o próximo ano a expansão da re<strong>de</strong> do Centro Empresarial <strong>de</strong> São<br />

Paulo. Haverá também mais cabeamento estruturado <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r às<br />

empresas, que precisam cada vez mais <strong>de</strong> novos pontos fixos em seus<br />

escritórios <strong>para</strong> a instalação <strong>de</strong> equipamentos. A maior procura é por<br />

re<strong>de</strong>s sem fio. “A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização do wi-fi é espantosa”, garante<br />

Rogério Mayrink. “Todos os notebooks, por exemplo, são agora produzidos<br />

com placas que permitem o funcionamento sem fio.”<br />

O projeto da Austacem prevê a colocação <strong>de</strong> mais 24 pontos <strong>de</strong> acesso<br />

(hot spots) à re<strong>de</strong> sem fio em 2008. A empresa planeja oferecer ao<br />

usuário a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chegar com um ramal IP (Internet Protocol, que<br />

permite a telefonia por computador) a qualquer ponto do Centro Empresarial.<br />

A convergência, outra palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m das mudanças tecnológicas,<br />

também está presente em número crescente no Centro Empresarial <strong>de</strong><br />

São Paulo. “É cada vez maior a integração <strong>de</strong> várias funções em um<br />

mesmo aparelho”, conta o especialista da Austacem. “Essa situação também<br />

cria novas necessida<strong>de</strong>s dos usuários, como no caso do smartphone<br />

(telefone celular com várias funções que po<strong>de</strong>m ser carregados <strong>para</strong><br />

rodar sistemas operacionais, como os computadores).”<br />

Também incluída na onda <strong>de</strong> inovação, a Austacem adota um PDA <strong>para</strong><br />

receber as or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> empresas do Centro Empresarial. “Não é<br />

preciso usar papel. Basta transmitir o pedido <strong>de</strong> serviço e <strong>de</strong> material<br />

pelo PDA, o que torna a operação mais rápida e eficiente. É uma das<br />

vantagens das inovações tecnológicas”, afirma Mayrink. “Para aten<strong>de</strong>r à<br />

solicitação, basta pegar o elevador e aten<strong>de</strong>r o usuário, que necessita<br />

<strong>de</strong>ssa velocida<strong>de</strong> <strong>para</strong> tocar seus negócios.”<br />

INOVAÇÕES NÃO TÊM LIMITE<br />

O Centro Empresarial conta com infra-estrutura <strong>de</strong> ponta <strong>para</strong> permitir o<br />

atendimento a essas necessida<strong>de</strong>s. Segundo o técnico da Austacem, o<br />

condomínio conta com uma central telefônica híbrida (que disponibiliza<br />

também o telefone IP), recursos <strong>para</strong> transmissão <strong>de</strong> voz, cabeamento,<br />

projeto <strong>de</strong> conexão e área <strong>de</strong> dados. Dessa forma, e com a programada<br />

ampliação da re<strong>de</strong> wi-fi, po<strong>de</strong>-se ter acesso sem problemas à Internet<br />

em banda larga, por exemplo.<br />

Para manter a qualida<strong>de</strong> dos serviços, a Austacem tem parceria com<br />

empresas como a Siemens, na área da serviços <strong>de</strong> voz. “Implantamos no<br />

Centro o que há <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno nesse segmento com o apoio da<br />

Siemens”, conta Mayrink. “E precisamos estar atentos porque o aperfeiçoamento<br />

não pára e as novas <strong>de</strong>mandas vão continuar.”<br />

O especialista da Austacem prevê que a revolução tecnológica está<br />

longe <strong>de</strong> dar sinais <strong>de</strong> exaustão: “Ao contrário, as inovações não têm<br />

limite. A cada semana, é lançada uma novida<strong>de</strong>, que aprimora o que<br />

existia e cria novas necessida<strong>de</strong>s. Os equipamentos atuais ficarão obsoletos<br />

cada vez com maior rapi<strong>de</strong>z. Daqui a dois anos, por exemplo, os<br />

notebooks não vão rodar alguns dos programas <strong>de</strong> computador que<br />

hoje são consi<strong>de</strong>rados como top <strong>de</strong> linha.”<br />

Estimativa da Frost & Sullivan, empresa especializada em monitoramento<br />

da área <strong>de</strong> tecnologia, confirma essa tendência. Segundo levantamento<br />

da companhia, os investimentos em telecomunicações serão <strong>de</strong>stinados<br />

à instalação, construção, operação e manutenção das re<strong>de</strong>s sem fio,<br />

com o aparecimento <strong>de</strong> novas tecnologias. A previsão da Frost & Sullivan<br />

é <strong>de</strong> que, com esse crescimento, o mercado <strong>de</strong> terceirização <strong>de</strong> infraestrutura<br />

<strong>de</strong> tecnologia da informação movimente US$ 3,3 bilhões em<br />

2012, um crescimento <strong>de</strong> 200% em seis anos.<br />

AS INOVAÇÕES NÃO TÊM LIMITE.<br />

A CADA SEMANA, É LANÇADA<br />

UMA NOVIDADE, QUE APRIMORA<br />

O QUE EXISTIA E CRIA<br />

NOVAS NECESSIDADES<br />

ROGÉRIO MAYRINK<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 09


HOBBY |<br />

Valorize seu tempo livre<br />

Márcia Correa, da Accor Hotels: aca<strong>de</strong>mia e clube <strong>para</strong> relaxar<br />

VIVER EM MEIO AO RITMO ESTRESSANTE QUE MOVE SÃO PAULO PODE SER MAIS FÁCIL<br />

SE OS PROFISSIONAIS SOUBEREM APROVEITAR O TEMPO VAGO<br />

Por: Cíntia Carvalho / Silvano Tarantelli<br />

Fotos: Paulo Alexo<br />

10 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

Empresários e executivos <strong>de</strong> todas as áreas <strong>de</strong>senvolvem gostos por esportes e hobbies diferentes,<br />

<strong>para</strong> fugir da rotina e carimbar o tempo ocioso com classe. Os momentos <strong>de</strong> folgas são <strong>de</strong>dicados às<br />

mais variadas ativida<strong>de</strong>s, que fazem da volta ao batente um momento mais relaxante. Depois <strong>de</strong><br />

um final <strong>de</strong> semana fazendo o que se gosta, a segunda-feira po<strong>de</strong> não ter a aparência <strong>de</strong>sanimadora<br />

<strong>de</strong> sempre, e o humor costuma estar mais empolgante.<br />

A executiva Sueli <strong>de</strong> Souza, diretora <strong>de</strong> operações da Soulan Recursos Humanos, empresa que está<br />

há 10 anos no Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo, <strong>de</strong>dica seu tempo livre a corridas e caminhadas em<br />

São Paulo. Coleciona medalhas dos percursos que já participou. “Corro por hobby mesmo, até porque,<br />

não tenho porte físico pra competir como atleta”, afirma Sueli.<br />

Entre os eventos, ela já esteve em maratonas em combate ao Câncer <strong>de</strong> Mama (2001 e 2004), na<br />

4a ºCorrida pela Paz (2005), Maratona (2004) e o Alphaville Running, em 18 <strong>de</strong> agosto último, uma<br />

competição <strong>de</strong> 5km. “É uma válvula <strong>de</strong> escape. Serve <strong>para</strong> acabar com o stress”, garante. Sueli<br />

também tem por hobby colecionar miniaturas <strong>de</strong> tartarugas. “Tenho mais <strong>de</strong> 100. Sempre presto<br />

atenção nos mo<strong>de</strong>los diferentes dos meus”.


Sueli <strong>de</strong> Souza, diretora <strong>de</strong> operações da Soulan Recursos Humanos<br />

O esporte é mesmo o meio mais cobiçado <strong>para</strong> fugir da rotina. A assistente<br />

contábil Márcia Correia, da Accor Hotels, também se <strong>de</strong>dica a prática<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s físicas quando está longe do escritório. “Freqüento<br />

aca<strong>de</strong>mia durante a semana, e aos finais <strong>de</strong> semana vou ao clube andar<br />

<strong>de</strong> bicicleta e jogar basquete”, diz ela.<br />

Além <strong>de</strong> auxiliar na saú<strong>de</strong> física, é per<strong>de</strong>ndo calorias e se movimentando<br />

que a maioria dos executivos e empresários consegue aliviar a tensão<br />

da vida paulistana. “Com certeza, o maior objetivo é <strong>de</strong>sestressar. Você<br />

passa a semana <strong>de</strong>ntro da empresa. Ir a outro lugar, conversar com<br />

outras pessoas relaxa”, afirma Márcia.<br />

Esporte e família são as receitas do empresário Fernando José Martins,<br />

diretor <strong>de</strong> Marketing e Vendas da Boehringer Ingelheim, <strong>para</strong> aproveitar o<br />

tempo livre. “Procuro aproveitar a família, pois tenho três filhas pequenas<br />

que acabam me enchendo <strong>de</strong> energia e felicida<strong>de</strong>. Para ter pique <strong>de</strong><br />

acompanhá-las, corro por 30 minutos, principalmente nos finais <strong>de</strong> semana.<br />

A corrida além <strong>de</strong> ser um esporte aeróbico que fornece resistência, acaba<br />

sendo uma gran<strong>de</strong> válvula <strong>de</strong> escape <strong>para</strong> <strong>de</strong>sopilar a tensão do dia-a-dia”.<br />

CONHECE-TE A TI PRÓPRIO<br />

A prática <strong>de</strong> um hobby é uma forma <strong>de</strong> se reencontrar consigo<br />

mesmo. A opinião é da psicóloga clínica e hospitalar, Mariângela<br />

Scagliusi. Além <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r em sua clínica particular, ela trabalha<br />

na unida<strong>de</strong> coronária <strong>de</strong> um hospital <strong>de</strong> São Paulo no atendimento<br />

<strong>de</strong> pacientes e <strong>de</strong> familiares.<br />

Executivos, em ida<strong>de</strong> que varia dos 40 aos 50 anos, que chegam<br />

ao hospital com suspeita <strong>de</strong> ataque cardíaco, compõem a<br />

maior parte dos atendimentos. A maioria dos casos não tem<br />

relação com coração, mas sim com uma crise <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> ou<br />

ataque <strong>de</strong> pânico. “Os sintomas são os mesmos <strong>de</strong> um ataque<br />

cardíaco: falta <strong>de</strong> ar, palpitações, dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> respirar”, afirma<br />

Mariângela.<br />

O risco <strong>para</strong> quem não tem uma válvula <strong>de</strong> escape acaba sendo<br />

a perda da individualida<strong>de</strong>. “Muitos executivos não dispõem <strong>de</strong><br />

tempo <strong>para</strong> a prática <strong>de</strong> outra ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tão modo que estão<br />

ocupados com seus trabalhos. Em conseqüência acabam se tornando<br />

mais i<strong>de</strong>ntificados com a empresa que consigo mesmos”,<br />

explica Mariângela.<br />

Para ela, essa situação po<strong>de</strong> acabar prejudicando o <strong>de</strong>sempenho<br />

ou levando a situações limites como as que ela vivencia<br />

cotidianamente no hospital. As causas geralmente estão ligadas<br />

a outros problemas internos que resultam na incapacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conviver com críticas, com a competitivida<strong>de</strong> existente no<br />

ambiente <strong>de</strong> trabalho ou com tarefas que naquele instante a<br />

pessoa não consegue <strong>de</strong>sempenhar.<br />

“A orientação, além <strong>de</strong> <strong>para</strong>r <strong>de</strong> fumar, controlar o consumo <strong>de</strong><br />

álcool, é procurar uma ativida<strong>de</strong> externa que dê prazer ao indivíduo,<br />

exercícios físicos, caminhada ou a prática <strong>de</strong> um hobby”,<br />

afirma Mariângela. Para ela, as empresas <strong>de</strong>veriam enten<strong>de</strong>r o<br />

valor <strong>de</strong> estimular os seus funcionários <strong>para</strong> procurarem ativida<strong>de</strong>s<br />

que lhes dêem prazer fora do ambiente <strong>de</strong> trabalho. “Não<br />

que o trabalho não dê prazer <strong>para</strong> as pessoas. Mas o hobby é<br />

uma forma <strong>de</strong> fazer com que a pessoa se encontre com ela<br />

mesma. E quando você tem uma boa relação consigo mesmo o<br />

rendimento é maior on<strong>de</strong> quer que você esteja”, completa<br />

Mariângela.<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 11


DESTAQUE |<br />

Somos tão jovens<br />

Os irmãos Nersessian: <strong>André</strong>, 21 anos, e Theodoro, 22 anos<br />

EMPREENDEDORES<br />

JOVENS ENCARAM OS<br />

DESAFIOS DO MUNDO<br />

DOS NEGÓCIOS<br />

Por: Fernando Caldas<br />

Fotos: Paulo Alexo<br />

12 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

Os irmãos Nersessian são atualmente os empresários mais jovens do Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Theodoro tem 22 anos e é formado em administração <strong>de</strong> empresas. <strong>André</strong>, 21, está concluindo o mesmo<br />

curso. Eles são sócios da Zatta Calçados e representam a nova geração <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores que aproveitam<br />

as oportunida<strong>de</strong>s com ousadia.<br />

Há dois anos atrás, Theodoro e <strong>André</strong> reuniram capital <strong>para</strong> iniciar seu primeiro negócio. Abriram uma<br />

mo<strong>de</strong>sta loja <strong>de</strong> calçados e bolsas femininos no bairro <strong>de</strong> Santana. O trabalho incessante rapidamente<br />

ren<strong>de</strong>u frutos. Seis meses <strong>de</strong>pois, já estavam instalando outra loja em Santo Amaro, na zona sul da cida<strong>de</strong>.<br />

A aposta na marca própria e nos mo<strong>de</strong>los exclusivos foi o diferencial perseguido pela dupla. A receita <strong>de</strong>u<br />

certo. Em setembro <strong>de</strong> 2006, eles <strong>de</strong>ram mais um passo <strong>de</strong>cisivo. Inauguraram nova loja no Centro Empresarial<br />

<strong>de</strong> São Paulo.<br />

O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>ste empreendimento foi aproveitado como aprendizado. Foi o momento da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um<br />

estilo próprio, <strong>de</strong> uma concepção arquitetônica do interior e das vitrines da loja e <strong>de</strong> afinar os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

calçados a um público-alvo específico, mulheres <strong>de</strong> 20 a 50 anos, das classes A e B.<br />

Todo o conceito construído na loja do Centro Empresarial tornou-se <strong>para</strong>digma <strong>para</strong> novos empreendimentos.<br />

No último mês <strong>de</strong> agosto, os irmãos inauguraram mais duas lojas, uma no West Plaza e outra no<br />

Shopping Tatuapé. Até o final do ano, serão seis ao todo, com a abertura <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> na Pompéia, no<br />

novíssimo Shooping Bourbon.


MUITO GÁS<br />

A expansão meteórica da Zatta Calçados <strong>de</strong>ve-se a uma fórmula simples:<br />

planejamento, pesquisa e presença permanente dos sócios nas<br />

lojas. “O foco no atendimento personalizado, o conhecimento das preferências<br />

dos clientes, a escolha certa dos produtos, a inovação e os preços<br />

atrativos são as combinações <strong>para</strong> o sucesso <strong>de</strong> nossas lojas”, diz<br />

Theodoro.<br />

A disposição <strong>para</strong> enfrentar o trabalho duro também conta muito. “É<br />

preciso fazer um pouco <strong>de</strong> tudo. Ser ven<strong>de</strong>dor, gerente, <strong>de</strong>corador e<br />

estoquista”, afirma <strong>André</strong>. Ele <strong>de</strong>staca que gerenciar um negócio exige,<br />

às vezes, abrir mão <strong>de</strong> baladas, <strong>de</strong> festas e encontros com amigos,<br />

renúncias difíceis <strong>para</strong> os jovens.<br />

Theodoro e <strong>André</strong> acreditam que os pequenos <strong>de</strong>talhes são fundamentais<br />

<strong>para</strong> os resultados finais do negócio. Embora novatos na vida empresarial,<br />

eles dizem que procuram apren<strong>de</strong>r com os erros e experiências dos<br />

comerciantes veteranos.<br />

“Trabalhamos com moda. Por isso, temos <strong>de</strong> obter informações sobre as<br />

novas tendências, estar em sintonia com as mudanças no mercado e<br />

não nos acomodar em conceitos estáticos”, diz Theodoro.<br />

“Os jovens empreen<strong>de</strong>dores precisam estar antenados. Demonstrar vonta<strong>de</strong><br />

e, sobretudo, ter muito gás”, diz <strong>André</strong>, anunciando que a meta dos<br />

irmãos é fazer a Zatta Calçados atingir 20 lojas em cinco anos.<br />

EMPREENDEDORISMO E ASSOCIATIVISMO<br />

Os irmãos Nersessian representam um caso <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong> iniciativa<br />

empresarial em um ambiente econômico que causa rusgas aos mais<br />

otimistas. O percentual <strong>de</strong> micro e pequenas empresas que encerram<br />

suas ativida<strong>de</strong>s nos dois primeiros anos <strong>de</strong> vida é <strong>de</strong> 52%.<br />

Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), estudo que me<strong>de</strong> as<br />

taxas do empreen<strong>de</strong>dorismo mundial, o Brasil ocupa o 5 o º lugar no<br />

ranking dos países com maior taxa <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores estabelecidos,<br />

12,1%, 14,3 milhões <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores. Entretanto, o país está na 10 a posição<br />

quando se trata <strong>de</strong> empreendimentos iniciais (até 42 meses). O estudo<br />

mostra ainda que <strong>para</strong> cada pessoa que empreen<strong>de</strong> por necessida<strong>de</strong>,<br />

uma o faz por oportunida<strong>de</strong>.<br />

“Há pouco tempos atrás, o empreen<strong>de</strong>dorismo por necessida<strong>de</strong> era maior<br />

em relação ao <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>. Hoje, essa situação está se invertendo,<br />

o que é bom <strong>para</strong> o Brasil”, avalia Nilson <strong>de</strong> Paiva, coor<strong>de</strong>nador do Fórum<br />

dos Jovens Empreen<strong>de</strong>dores, criado <strong>de</strong>ntro da Associação Comercial <strong>de</strong><br />

São Paulo em 1984.<br />

Para Paiva, isso reflete um salto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos empreen<strong>de</strong>dores em<br />

geral e, particularmente, do segmento jovem. “Além das características<br />

natas dos jovens empreen<strong>de</strong>dores, que são a competência, habilida<strong>de</strong><br />

e aptidão, existe hoje uma cultura associativista mais consolidada. A<br />

participação no ambiente associativo permite aos jovens trabalharem<br />

sobre três pilares: a capacitação, o relacionamento empresarial e a<br />

representativida<strong>de</strong>.”<br />

A participação nas associações <strong>de</strong> classe permite ao jovem empreen<strong>de</strong>dor<br />

estar “antenado” em relação a assuntos macroeconômicos e políticos<br />

que interferem no ambiente dos negócios e obter informações <strong>para</strong><br />

o planejamento e gestão. O relacionamento empresarial no âmbito<br />

associativista possibilita, também, o contato com outros jovens empresários<br />

e com segmentos que po<strong>de</strong>m ofertar e <strong>de</strong>mandar novos negócios.<br />

EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO<br />

O estudo do GEM Brasil revela ainda que 78,8% dos empreen<strong>de</strong>dores<br />

iniciais consi<strong>de</strong>ram possuir conhecimento, habilida<strong>de</strong> e experiência necessários<br />

<strong>para</strong> começar um novo negócio. Entretanto, aqueles que afirmaram<br />

estar pre<strong>para</strong>dos <strong>para</strong> iniciar um novo negócio possuem, em<br />

geral, um baixo nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. Entre eles, 6,0% não têm educação<br />

formal (ensino fundamental e médio), 39% possuem <strong>de</strong> um a quatro<br />

anos <strong>de</strong> educação, 41% têm <strong>de</strong> cinco a 11 anos e apenas 14% têm mais <strong>de</strong><br />

11 anos <strong>de</strong> educação formal.<br />

Tendo em vista os problemas <strong>de</strong> formação, o Sebrae <strong>de</strong> São Paulo<br />

<strong>de</strong>senvolve programas <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo dirigidos ao sistema <strong>de</strong><br />

ensino, nos níveis fundamental, médio e superior. Segundo o gerente<br />

<strong>de</strong> Educação, Emerson Morais Vieira, até junho 2007, o Programa Jovens<br />

Empreen<strong>de</strong>dores – Primeiros Passos foi realizado em cerca <strong>de</strong> 90 municípios<br />

do Estão <strong>de</strong> São Paulo. Partici<strong>para</strong>m cerca <strong>de</strong> 5 mil professores e<br />

155 mil alunos do ensino fundamental. O programa foi também adotado<br />

nos Estados do Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio <strong>de</strong> Janeiro e<br />

Minas Gerais.<br />

O programa específico <strong>para</strong> o nível médio, <strong>de</strong>nominado Formação <strong>de</strong><br />

Jovens Empreen<strong>de</strong>dores, no Estado <strong>de</strong> São Paulo, foi repassado <strong>para</strong><br />

850 professores das re<strong>de</strong>s pública e particular e ministrado a 7.598<br />

jovens. O programa está sendo estendido <strong>para</strong> os Estados <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina, Minas Gerais e Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Para o nível superior, existe o Sebrae no Campus, <strong>de</strong>senvolvido em parceria<br />

com a Unesp. Implantado em 2006, o programa envolve 200 docentes<br />

daquela universida<strong>de</strong>, que já incorporou a disciplina em seu currículo<br />

em diversas unida<strong>de</strong>s. Até o final <strong>de</strong> 2007, também serão capacitados<br />

mais 200 docentes <strong>de</strong> diversas instituições <strong>de</strong> ensino superior.<br />

OS JOVENS EMPREENDEDORES<br />

PRECISAM ESTAR ANTENADOS.<br />

DEMONSTRAR VONTADE E,<br />

SOBRETUDO, TER MUITO GÁS<br />

ANDRÉ NERSESSIAN<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 13


CAPA |<br />

Glamour e negócios<br />

CALENDÁRIO BRASILEIRO<br />

DE EVENTOS DA MODA<br />

INTEGRA CRIAÇÃO,<br />

CAPACIDADE PRODUTIVA<br />

E CONHECIMENTO<br />

Texto: Fernando Caldas<br />

Fotos: Paulo Bareta (<strong>Rhodia</strong>)<br />

Divulgação (Santista)<br />

Mo<strong>de</strong>lo: <strong>Grazielle</strong> <strong>Lima</strong><br />

Agra<strong>de</strong>cemos à <strong>Rhodia</strong> pela cessão da<br />

mo<strong>de</strong>lo e peças <strong>de</strong> roupa, e à Santista Têxtil<br />

14 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

Mo<strong>de</strong>lo do cast da <strong>Rhodia</strong> em ensaio especial <strong>para</strong> a revista Centro Empresarial SP News<br />

Os passos da moda contemporânea seguem um ritmo cada vez mais frenético. A valorização do estilo e da<br />

individualida<strong>de</strong> gera uma fugaz proliferação <strong>de</strong> informações. O fundamental é a inovação a todo instante, on<strong>de</strong><br />

nada é excluído, tudo é somado. A moda atual tem poucas restrições. Ela é livre e aberta. Não é mais uniforme.<br />

O eletrizante movimento do mundo da moda sustenta-se na gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> produtiva das indústrias<br />

têxtil e <strong>de</strong> confecção, cada vez mais integradas à economia criativa e do conhecimento. A longa história <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>de</strong>sse setor no país reflete uma po<strong>de</strong>rosa sinergia entre a base <strong>de</strong> produção, avanço tecnológico,<br />

criação e <strong>de</strong>sign, marketing e personalida<strong>de</strong>s que recriam diariamente o mundo da moda.<br />

A projeção internacional <strong>de</strong> estilistas e top mo<strong>de</strong>ls brasileiros associa-se a um importante calendário nacional<br />

<strong>de</strong> eventos relacionados à moda, estilo e <strong>de</strong>sign. A São Paulo Fashion Week e a Fashion Rio, por exemplo, são<br />

eventos voltados à passarela que agregam negócios envolvendo toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva da moda.<br />

“É importante que realizemos eventos <strong>de</strong> moda robustos e coerentes com toda a capacida<strong>de</strong> que têm os<br />

serviços <strong>de</strong> confecção no Brasil, a sexta maior do mundo. As nossas semanas <strong>de</strong> moda em São Paulo e no Rio<br />

estão inseridas no calendário internacional e geram mídia e repercussão mundial. É muito positivo termos em<br />

todo o país eventos que mesclam o glamour e a passarela com os negócios, porque um não vive sem o outro”,<br />

diz Fernando Pimentel, diretor superinten<strong>de</strong>nte da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).<br />

INDÚSTRIA E CRIAÇÃO<br />

A Santista Têxtil, lí<strong>de</strong>r mundial no segmento <strong>de</strong>nim, tem valorizado os caminhos da passarela ao participar<br />

dos principais eventos <strong>de</strong> moda. Fornecedora <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s marcas e ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> varejo, a empresa produz<br />

tecidos com alto valor agregado, além <strong>de</strong> produtos básicos <strong>para</strong> jeanswear e workwear.


Longo <strong>colorido</strong> <strong>de</strong> <strong>André</strong> <strong>Lima</strong>, com tecido <strong>Rhodia</strong><br />

Na última edição da São Paulo Fashion Week, os produtos da Santista<br />

foram apresentados em dois <strong>de</strong>sfiles. O estilista Jefferson <strong>de</strong> Assis <strong>de</strong>u<br />

ao jeans Santista babados, recortes e zíperes, que mo<strong>de</strong>laram suas<br />

peças. Já o consagrado Alexandre Herchcovitch apresentou sua coleção<br />

feminina, mostrando toda a tecnologia dos tingimentos da Santista.<br />

Processos <strong>de</strong> lavan<strong>de</strong>ria avançados que possibilitam efeitos multi<strong>colorido</strong>s,<br />

além <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgastes e maiores contrastes das costuras. Também a linha<br />

masculina adotou um look black confeccionado com o tecido Isis. Para<br />

consagrar essa parceria, foi <strong>de</strong>senvolvida uma etiqueta especial <strong>para</strong><br />

todas as peças da linha Herchcovitch Jeans, que, pela primeira vez, introduz<br />

um tag <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação da Santista Têxtil/Tavex, criado exclusivamente<br />

<strong>para</strong> o estilista.<br />

Neste ano, a empresa participou pela primeira vez da Fashion Rio. Apoiou<br />

dois novos talentos, Adriana Pacheco e o quarteto No Hay Banda, e<br />

duas das principais marcas que <strong>de</strong>sfilaram na temporada carioca, Totem<br />

e Cantão. As quatro marcas contaram com a tecnologia dos produtos<br />

Santista em suas coleções.<br />

Na coleção <strong>de</strong> Adriana Pacheco, que <strong>de</strong>sfilou no Rio Moda Hype, as sarjas<br />

Rally e Otoman foram misturadas com material reciclado nos acessórios e<br />

em bermudas volumosas. O quarteto paulista No Hay Banda, que estreou<br />

no Rio Moda Hype, utilizou referências urbanas <strong>para</strong> criar diversas<br />

peças que valorizam as texturas e os efeitos <strong>de</strong> lavan<strong>de</strong>ria.<br />

A Santista Têxtil participou <strong>de</strong> vários eventos <strong>de</strong> moda este ano<br />

COMPORTAMENTO<br />

Moda sempre esteve ligada a comportamento. Durante o SPFW, a<br />

Santista Têxtil/Tavex se uniu ao canal GNT e criou uma bolsa <strong>para</strong><br />

simbolizar a preocupação com a situação ambiental. Confeccionadas<br />

em um <strong>de</strong>nim inédito da coleção Verão 2008 da Santista, as bolsas<br />

personalizadas <strong>de</strong>sfilaram pelos corredores da Bienal mostrando o<br />

engajamento dos fashionistas na causa ecológica.<br />

A Santista Têxtil/Tavex participa do projeto Selo Pure Brasil Cotton. A<br />

iniciativa pioneira tem o objetivo <strong>de</strong> viabilizar a criação <strong>de</strong> um algodão<br />

certificado como ambientalmente sustentável, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o plantio das<br />

sementes até a venda do produto final ao consumidor.<br />

Os tecidos da Santista são produzidos em sete fábricas – cinco no<br />

Brasil, uma no Chile e uma na Argentina – que empregam cerca <strong>de</strong><br />

4.700 pessoas. Em 2005, foi criada a Universida<strong>de</strong> Corporativa da<br />

Santista Têxtil, com o objetivo <strong>de</strong> promover a difusão do conhecimento<br />

acumulado nas mais diferentes ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção da ca<strong>de</strong>ia<br />

têxtil. A universida<strong>de</strong> aten<strong>de</strong> os públicos interno e externo, ligando o<br />

conhecimento às necessida<strong>de</strong>s da organização e à responsabilida<strong>de</strong><br />

social e ambiental.<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 15


CAPA |<br />

OLHAR APURADO<br />

A <strong>Rhodia</strong>, produtora <strong>de</strong> fios têxteis em poliamida, é outro exemplo <strong>de</strong> articulação<br />

do setor produtivo com o calendário da moda, cada vez mais importante<br />

<strong>para</strong> organizar o fluxo <strong>de</strong> informações sobre as estações e temporadas.<br />

A empresa está envolvida numa ampla agenda dos segmentos <strong>de</strong> fashion,<br />

esportivo e lingerie. A presença da imprensa e <strong>de</strong> compradores internacionais<br />

nesses eventos aumenta a visibilida<strong>de</strong> da indústria e dos seus produtos.<br />

Nas edições da São Paulo Fashion Week, po<strong>de</strong>m ser conhecidas as ações<br />

da <strong>Rhodia</strong> junto a vários estilistas. Já contaram com o suporte da empresa<br />

os criadores Alexandre Herchcovitch, <strong>André</strong> <strong>Lima</strong>, Érika Ikezili, Fábia Bercsek,<br />

Gloria Coelho, Mario Queiroz, Pedro Lourenço, Samuel Cirnansck e V-ROM.<br />

Nos <strong>de</strong>sfiles dos estilistas patrocinados pela <strong>Rhodia</strong> são vistos os <strong>de</strong>senvolvimentos<br />

têxteis feitos a partir dos fios em poliamida (náilon), que<br />

incluem microfibras, supermicrofibras e fios inteligentes, da marca Amni,<br />

já consolidada no cenário têxtil do país.<br />

“Os <strong>de</strong>sfiles são sempre uma boa maneira <strong>de</strong> divulgar novos produtos. O<br />

fio têxtil <strong>de</strong> poliamida é i<strong>de</strong>al <strong>para</strong> um país com o clima como o nosso: é<br />

leve, fresco e confortável. O povo brasileiro adora novida<strong>de</strong>s. Mais do que<br />

isso, adora ‘vestir’ novida<strong>de</strong>s”, afirma Francisco Ferraroli, diretor da área <strong>de</strong><br />

Fios Têxteis da <strong>Rhodia</strong>.<br />

Segundo Ferraroli, a empresa procura se posicionar sempre na vanguarda,<br />

antecipando as informações das próximas estações. “Com um mercado<br />

cada vez mais profissional, não existe mais a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

pessoa viajar, a passeio ou mesmo a trabalho, e sair por aí dizendo o<br />

que está na moda. Por isso, contamos com profissionais pre<strong>para</strong>dos <strong>para</strong><br />

<strong>de</strong>tectar tendências <strong>de</strong> moda e <strong>de</strong> mercado. Hoje, a moda é universal. É<br />

preciso ter um olhar apurado <strong>para</strong> tudo o que acontece, e não só na<br />

moda. Comportamento, artes, <strong>de</strong>sign e tecnologia estão super ligados.<br />

As tendências partem disso tudo, da busca do novo e dos avanços das<br />

tecnologias têxteis.”<br />

16 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

É IMPORTANTE QUE REALIZEMOS EVENTOS<br />

DE MODA ROBUSTOS E COERENTES COM<br />

TODA A CAPACIDADE QUE TÊM OS<br />

SERVIÇOS DE CONFECÇÃO NO BRASIL,<br />

A SEXTA MAIOR DO MUNDO.”<br />

FERNANDO PIMENTEL, DA ABIT<br />

VALORIZAÇÃO DA TECNOLOGIA<br />

Investimentos altos são inevitáveis <strong>para</strong> as indústrias que querem continuar<br />

ativas. Avaliar o mercado nacional, as características culturais, climáticas<br />

e históricas do país, é fundamental <strong>para</strong> adaptar algumas informações,<br />

como o peso dos tecidos e malhas. Como explica Ferraroli, a<br />

<strong>Rhodia</strong> pesquisa e divulga <strong>para</strong> o mercado informações da moda que<br />

perpassam toda a ca<strong>de</strong>ia têxtil: tecelagens, malharias, confecções e<br />

varejo. A estratégia da empresa é valorizar produtos com maior<br />

tecnologia, qualida<strong>de</strong> e conforto, aten<strong>de</strong>ndo as <strong>de</strong>mandas dos consumidores<br />

e a inspiração dos criadores da moda brasileira.<br />

A empresa também tem feito esforços <strong>para</strong> aumentar suas exportações.<br />

Atualmente, cerca <strong>de</strong> 10% da sua produção <strong>de</strong> fios têxteis é exportada<br />

<strong>para</strong> países da América do Sul, notadamente Argentina e Colômbia. A<br />

perspectiva, agora, é fazer exportações <strong>para</strong> o mercado mexicano.<br />

A <strong>Rhodia</strong> Poliamida, do grupo <strong>Rhodia</strong>, é a única empresa da região<br />

totalmente integrada na ca<strong>de</strong>ia do náilon, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as matérias-primas<br />

até o produto final. A empresa fabrica 60 mil toneladas <strong>de</strong> poliamida por<br />

ano, das quais 40%, aproximadamente, são fios têxteis <strong>para</strong> diversas<br />

aplicações nos segmentos <strong>de</strong> fashion, esportivo e lingerie.<br />

SET SETOR SET SETOR<br />

OR TÊXTIL TÊXTIL BRASILEIR BRASILEIRO BRASILEIR O ENFRENT ENFRENT ENFRENTA ENFRENT ENFRENT<br />

CONCORRÊNCIA CONCORRÊNCIA ASIÁTICA ASIÁTICA<br />

ASIÁTICA<br />

Nos últimos 16 anos, o setor investiu mais <strong>de</strong> US$ 11 bilhões em<br />

máquinas, equipamentos, instalações e pesquisas. De 1999 a<br />

2005, as vendas externas do setor dobraram. Entretanto, segundo<br />

Fernando Pimentel, da Abit, a indústria têxtil e <strong>de</strong> confecção<br />

brasileira atravessa um período adverso em razão das condições<br />

macroeconômicas (dólar baixo, alta taxas <strong>de</strong> juros, elevada carga<br />

tributária), o que reduz sua competitivida<strong>de</strong> e estimula a importação.<br />

O setor sofre principalmente com as importações asiáticas,<br />

sobre as quais há indícios <strong>de</strong> subfaturamento e outras ilegalida<strong>de</strong>s.<br />

A Abit <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a entrada em vigor do aumento da Tarifa Externa<br />

Comum (TEC), <strong>para</strong> frear as importações asiáticas, [a realização <strong>de</strong><br />

acordos internacionais com os principais mercados mundiais (Japão,<br />

União Européia e Estados Unidos) <strong>para</strong> combater as importações<br />

ilegais e a <strong>de</strong>soneração tributária.<br />

Nos últimos seis meses, a indústria <strong>de</strong> transformação cresceu<br />

4,8%, e o setor têxtil apresentou um resultado que representa a<br />

meta<strong>de</strong>. “Bom, que existe um sinal positivo <strong>de</strong> crescimento. Porém,<br />

muito aquém da sua potencialida<strong>de</strong>, caso existissem equilíbrios<br />

na concorrência entre o setor produtivo brasileiro e o setor<br />

produtivo internacional”, diz Pimentel.


SET/OUT/NOV 2007 | | 17


ESTILO CARTÕES DE | VIDA |<br />

O talão <strong>de</strong> cheques e o dinheiro vivo estão praticamente em <strong>de</strong>suso no comércio<br />

O uso bilionário<br />

do dinheiro <strong>de</strong> plástico<br />

Por: Rita Gallo<br />

Foto: Paulo Bareta<br />

18 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

O uso <strong>de</strong> cartões <strong>de</strong> débito e crédito <strong>para</strong> compras no comércio continua a crescer em velocida<strong>de</strong> vertiginosa. Essas<br />

transações estão aposentando o pagamento em dinheiro e em cheque, e a cada dia aumenta o número <strong>de</strong> lojas que<br />

operam quase exclusivamente com cartões. Até <strong>de</strong>zembro, estarão circulando no Brasil mais <strong>de</strong> 400 milhões <strong>de</strong><br />

plásticos, incluindo os oferecidos pelas lojas e os <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, o que equivale a mais <strong>de</strong> dois cartões por habitante. Serão<br />

feitos 4,9 bilhões <strong>de</strong> transações utilizando o plástico, com volume estimado <strong>de</strong> R$ 291 bilhões, ou 18% acima do <strong>de</strong><br />

2006, pela previsão da Associação Brasileira <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> Cartão <strong>de</strong> Crédito e Serviços (Abecs).<br />

Essa realida<strong>de</strong> é confirmada nas lojas do Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo. Arlete Barbosa da Silva, gerente da<br />

Barred’s, afirma que o pagamento com cartão predomina na loja: “Essa modalida<strong>de</strong> é mais prática e segura tanto<br />

<strong>para</strong> o cliente quanto <strong>para</strong> o estabelecimento”, garante Arlete. Ela lembra que há anos a Barred’s, especializada em<br />

moda feminina, recebe a maioria dos pagamentos por meio do plástico. Essa realida<strong>de</strong> se reproduz nas mais <strong>de</strong> 60<br />

lojas da re<strong>de</strong> no País. “É mais racional utilizar o cartão”, assegura a gerente.<br />

Na loja O Boticário do Centro Empresarial os cartões são ainda mais aceitos. “Aqui só aceitamos cartão”, afirma Maria<br />

Cristina dos Santos, gerente da loja. “É uma escolha baseada em comodida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o cliente. O cartão é um meio <strong>de</strong><br />

pagamento mais prático, além <strong>de</strong> oferecer segurança”, garante. A prática é disseminada por toda a re<strong>de</strong> O Boticário,<br />

um dos maiores fabricantes <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> beleza do País e a maior re<strong>de</strong> <strong>de</strong> franquias do setor no mundo.


A expansão do cartão chegou a novas modalida<strong>de</strong>s, como o e-commerce<br />

(venda <strong>de</strong> produtos pela Internet). Neste segmento, as transações são<br />

feitas exclusivamente com cartão. “As vendas estão crescendo à or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> 40% ao ano neste segmento”, informa Mário Firmino, especialista em<br />

Tecnologia da Informação e responsável pelo site Busque Fácil, da Associação<br />

Comercial <strong>de</strong> São Paulo. O giro do e-commerce já é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$<br />

2,5 bilhões anuais. “O Brasil já tem mais <strong>de</strong> 30 milhões <strong>de</strong> usuários da<br />

Internet e pelo menos 60% <strong>de</strong>ste total tem acesso à banda larga”,<br />

recorda Firmino. “Esse ambiente favorece a venda <strong>de</strong> produtos pela<br />

Internet e a utilização ainda maior dos cartões.”<br />

A incógnita <strong>para</strong> o consumidor é em relação à segurança que esse meio<br />

<strong>de</strong> pagamento proporciona, tanto nas transações por computador quanto<br />

nas lojas. No entanto, Mário Firmino afirma que essa dúvida está sendo<br />

superada: “As empresas estão aperfeiçoando cada vez mais ferramentas<br />

<strong>de</strong> proteção às transações com cartão. O número <strong>de</strong> frau<strong>de</strong>s é reduzido,<br />

pela crescente proteção ao comprador com garantia <strong>de</strong> que seus<br />

dados não serão acessados. Também há mecanismos que permitem<br />

<strong>de</strong>tectar operações suspeitas em segundos.”<br />

Com mais segurança, o consumidor sente-se confiante em fazer compras<br />

utilizando cartões <strong>de</strong> crédito e débito. Como contraponto, dá-se o recuo<br />

no uso do cheque <strong>para</strong> fazer compras. Dados do Instituto <strong>de</strong> Economia<br />

Gastão Vidigal, da Associação Comercial <strong>de</strong> São Paulo, mostram que o<br />

número <strong>de</strong> consultas ao Usecheque, serviço utilizado nas vendas à vista<br />

<strong>para</strong> verificar se o cheque tem fundos, cresceu apenas 5,9% em julho<br />

<strong>de</strong>ste ano (<strong>para</strong> 2,202 milhões <strong>de</strong> consultas) na com<strong>para</strong>ção com o mesmo<br />

mês <strong>de</strong> 2006. O aumento é mo<strong>de</strong>sto com<strong>para</strong>do ao crescimento <strong>de</strong><br />

dois dígitos que os pagamentos com cartões apresentam há anos.<br />

CUIDADO COM AS CONTAS<br />

Para Antonio Rios, diretor <strong>de</strong> Marketing da associação do setor <strong>de</strong> cartões<br />

<strong>de</strong> crédito (Abiecs), a expansão <strong>de</strong>ve se manter pelos próximos<br />

anos, puxada principalmente pelos cartões. A previsão da entida<strong>de</strong> é <strong>de</strong><br />

que esses plásticos somem transações no total <strong>de</strong> R$ 181,4 bilhões no<br />

final do ano, com 91 milhões <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s. Os cartões <strong>de</strong> débito fecharão<br />

o ano com número bem maior <strong>de</strong> plásticos (198 milhões), mas o volume<br />

financeiro será menor (R$ 79,8 bilhões), nas previsões da Abiecs. Já os<br />

cartões <strong>de</strong> loja e <strong>de</strong> re<strong>de</strong> somarão 127 milhões <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, com volume<br />

<strong>de</strong> R$ 29,6 bilhões na estimativa da entida<strong>de</strong>.<br />

Os números são mo<strong>de</strong>stos em com<strong>para</strong>ção aos do mercado dos Estados<br />

Unidos, on<strong>de</strong> já há mais <strong>de</strong> 1,5 bilhão <strong>de</strong> cartões. Mas o mercado americano<br />

representa também um alerta importante <strong>para</strong> os usuários <strong>de</strong><br />

cartão no Brasil: lá, o nível <strong>de</strong> endividamento é elevado e o uso <strong>de</strong><br />

cartões sem os necessários cuidados ajuda a aumentar os débitos do<br />

consumidor. Especialistas em finanças pessoais consi<strong>de</strong>ram que os cartões<br />

são meios <strong>de</strong> pagamento com várias vantagens, mas alertam os<br />

usuários <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter cuidado com as contas <strong>para</strong> assim<br />

fugir das dívidas elevadas.<br />

Em relação ao cartão <strong>de</strong> crédito, a principal recomendação é pagar o valor<br />

total da fatura. No parcelamento os juros são elevados. Outra<br />

alternativa,lembram os especialistas, é pagar <strong>de</strong> acordo com o parcelamento<br />

oferecido por administradoras <strong>de</strong> cartões, mas neste caso convém reduzir o<br />

uso do plástico no período <strong>de</strong> pagamento das parcelas.<br />

Nos cartões <strong>de</strong> débito, a principal atenção do consumidor <strong>de</strong>ve ser anotar<br />

o valor <strong>de</strong> todas as compras que ele faz utilizando esse meio <strong>de</strong><br />

pagamento. Deve-se lembrar que o comprador recebe uma via <strong>de</strong> cada<br />

compra que realiza com cartão <strong>de</strong> débito. Esse papel <strong>de</strong>ve ser utilizado<br />

no controle das <strong>de</strong>spesas, <strong>para</strong> evitar surpresas no momento <strong>de</strong> checar<br />

o extrato bancário.<br />

O USO DE CARTÕES DE DÉBITO E<br />

CRÉDITO PARA COMPRAS NO<br />

COMÉRCIO CONTINUA A CRESCER EM<br />

VELOCIDADE VERTIGINOSA<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 19


ARQUITETURA |<br />

Criadores <strong>de</strong><br />

emoções<br />

Linhas arquitetônicas do Centro Empresarial vieram da prancheta do arquiteto João Henrique Rocha<br />

CONHEÇA OS CRUZAMENTOS<br />

HISTÓRICOS DA ARQUITETURA<br />

BRASILEIRA NO CENTRO<br />

EMPRESARIAL DE SÃO PAULO<br />

Por: Fernando Caldas<br />

Fotos: Paulo Bareta<br />

e Paulo Alexo<br />

20 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

João Henrique Rocha i<strong>de</strong>alizou o primeiro empreendimento no Brasil construído com o conceito <strong>de</strong><br />

Intelligent Building. Concebido no início dos anos 70 pelo arquiteto carioca, o projeto do Centro Empresarial<br />

<strong>de</strong> São Paulo representa ainda hoje uma concepção arrojada e inovadora <strong>de</strong> condomínio corporativo.<br />

O pioneirismo <strong>de</strong> João Henrique Rocha, nascido em 1923, também marca a história dos shoppings centers<br />

no país. É <strong>de</strong>le o projeto do Shopping do Méier, localizado no tradicional bairro do Rio <strong>de</strong> Janeiro e que<br />

disputa com o Shopping Iguatemi o título <strong>de</strong> ser o primeiro empreendimento do gênero inaugurado no<br />

Brasil. O edifício foi aberto ao público em 1963, três anos antes do seu congênere paulistano.<br />

Mas a notorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rocha foi ganha muito antes disso. Em 1957, junto com Bouruch Milmann e Ney<br />

Fontes, participou do concurso nacional <strong>para</strong> a escolha do plano urbanístico <strong>de</strong> Brasília, promovido pela<br />

Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, a Novacap.<br />

A CIDADE MODERNISTA<br />

O chamado Plano Piloto <strong>de</strong>veria abranger o traçado básico da cida<strong>de</strong>, indicando a disposição dos<br />

principais elementos da estrutura urbana, a localização e interligação dos diversos setores, centros,<br />

instalações e serviços, distribuição dos espaços livres e vias <strong>de</strong> comunicação.<br />

Em 16 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1957, o plano <strong>de</strong> Lúcio Costa foi <strong>de</strong>clarado vencedor do concurso, que teve 26 equipes<br />

concorrendo. O segundo lugar ficou com a equipe Arquitetos Associados, formada por João Henrique<br />

Rocha, Boruch Milmann e Ney Fontes Gonçalves. A cida<strong>de</strong> governamental imaginada pelo trio teria um<br />

crescimento limitado até o máximo <strong>de</strong> 768 mil habitantes. O cálculo era <strong>de</strong> que, em 2050, a cida<strong>de</strong><br />

atingiria 673 mil habitantes. O projeto também previa satélites urbanos, estes com flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expansão ilimitada.


SOLUÇÃO DOS GRANDES PROBLEMAS<br />

João Henrique Rocha, anos <strong>de</strong>pois, diria que não acreditava em uma<br />

arquitetura nacional. “O gótico não foi só francês, como as artes<br />

renascentista e barroca não foram só italianas. Certas características<br />

climáticas, psicológicas e <strong>de</strong>mais transparecem em obras que sempre<br />

pertencem à cultura universal.” Para ele, o que <strong>de</strong>veria ser enfatizado era<br />

a importância dos arquitetos na solução dos gran<strong>de</strong>s problemas: a urbanização<br />

e a habitação.<br />

O i<strong>de</strong>alizador do projeto do Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo <strong>de</strong>fendia a<br />

tese <strong>de</strong> que a criação é essencialmente íntima, não <strong>de</strong> equipe. Embora<br />

dissesse que o ato arquitetônico é infenso a qualquer forma <strong>de</strong> organização<br />

racional <strong>de</strong> trabalho, Rocha <strong>de</strong>finia a arquitetura como a arte menos<br />

livre, pois, segundo ele, é a mais contida por fatores <strong>de</strong> toda or<strong>de</strong>m,<br />

entre os quais o tecnológico. “O arquiteto <strong>de</strong>ve ser um homem universal,<br />

por cultura, se possível, por intuição, necessariamente. O fenômeno<br />

arquitetônico é o mesmo num edifício <strong>de</strong> 150 pavimentos, num aeroporto<br />

ou hospital, numa casa mínima. É a maestria sobre os materiais, as<br />

técnicas e as necessida<strong>de</strong>s, capaz <strong>de</strong> criar emoções.”<br />

CEM ANOS DO ESCRITÓRIO TÉCNICO<br />

RAMOS DE AZEVEDO<br />

Há cem anos, um dos mais célebres arquitetos paulistas associou-se<br />

ao engenheiro português Ricardo Severo e fundou o Escritório Técnico<br />

Ramos <strong>de</strong> Azevedo, responsável por obras que integram o patrimônio<br />

histórico da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Engenheiro, arquiteto, administrador, empreen<strong>de</strong>dor e professor, Francisco<br />

<strong>de</strong> Paula Ramos <strong>de</strong> Azevedo nasceu em São Paulo em 1851. Após<br />

trabalhar na Companhia Paulista <strong>de</strong> Vias Férreas, formou-se engenheiro-arquiteto,<br />

em 1878, na École Speciale du Génie Civil et <strong>de</strong>s Arts et<br />

Manufactures da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gand, na Bélgica.<br />

Ramos <strong>de</strong> Azevedo graduou-se com excelentes recomendações e<br />

retornou ao Brasil no ano seguinte, <strong>para</strong> estabelecer seu primeiro escritório<br />

profissional, em Campinas. Sua primeira obra importante foi a<br />

conclusão da Igreja Matriz <strong>de</strong> Campinas, ocasião em que conheceu o<br />

viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Indaiatuba, que, em 1886, o convidou <strong>para</strong> construir em<br />

São Paulo os edifícios<br />

da Tesouraria da Fazenda,<br />

da Secretaria da<br />

Agricultura e da Secretaria<br />

<strong>de</strong> Polícia, no pátio<br />

do Colégio. Com essa<br />

obra, estabeleceu na capital<br />

paulista o maior escritório<br />

<strong>de</strong> projetos do<br />

século XIX e início do século<br />

XX: a F. P. Ramos <strong>de</strong><br />

Edgard Diaféria Borges, do escritório Ramos <strong>de</strong><br />

Azevedo, próximo à mesa que pertenceu ao arquiteto<br />

Azevedo e Cia.<br />

JOÃO HENRIQUE ROCHA<br />

Nasceu em 1923, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Formado em 1949 pela<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arquitetura e urbanismo da universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> também foi professor das ca<strong>de</strong>iras<br />

<strong>de</strong> Arquitetura no Brasil e Planejamento Arquitetônico, <strong>de</strong><br />

1952 a 1974. Foi vencedor do Concurso do projeto da Escola<br />

<strong>de</strong> Aeronáutica <strong>de</strong> Pirassununga (SP) e menção honrosa no<br />

Concurso Internacional <strong>para</strong> o projeto da Prefeitura <strong>de</strong> Toronto,<br />

no Canadá. Realizou projetos da Quadra <strong>de</strong> habitações<br />

do Banco do Brasil, em Brasília, e <strong>de</strong> shoppings centers e<br />

centros empresariais em São Paulo, Salvador e Campinas,<br />

além <strong>de</strong> vários outros <strong>de</strong> habitações, comércio e indústria.<br />

Participou dos planos <strong>de</strong> reurbanização <strong>de</strong> São Bento, em<br />

Belo Horizonte e <strong>de</strong> conjuntos resi<strong>de</strong>nciais em Taboão da<br />

Serra (SP), Ilha do Governador, Belford Roxo e Nova Iguaçu (RJ).<br />

O ESCRITÓRIO HOJE<br />

Em julho <strong>de</strong> 1.995, o Escritório Técnico Ramos Azevedo foi adquirido por<br />

Orestes Quércia, retomando assim um histórico <strong>de</strong> realizações e experiências<br />

adquiridas há mais <strong>de</strong> 100 anos. Atualmente, o Escritório Técnico<br />

Ramos Azevedo, sediado no Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo, é uma<br />

empresa voltada <strong>para</strong> o gerenciamento, coor<strong>de</strong>nação, planejamento,<br />

fiscalização e consultoria <strong>de</strong> obras comerciais, resi<strong>de</strong>nciais e industriais<br />

do grupo Sol Invest Empreendimentos.<br />

Entre os recentes trabalhos realizados estão a reforma e ampliação do<br />

Novohotel Jaraguá, situado na região da Bela Vista, a ampliação da<br />

área administrativa do Parque Gráfico do Jornal Diário Popular em<br />

Osasco, o gerenciamento e fiscalização da construção do Shopping<br />

Jaraguá Araraquara, a<br />

ampliação do Shopping<br />

Jaraguá Indaiatuba;<br />

construção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong><br />

industrial <strong>para</strong> Beneficiamento,<br />

Armazenamento<br />

e Seleção De Cafés Especiais<br />

– Café Octavio, na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pedregulho; a<br />

reforma e a<strong>de</strong>quação<br />

dos espaços da área<br />

administrativa e redação<br />

do Jornal Diário <strong>de</strong><br />

São Paulo situado à<br />

Rua Major Quedinho,<br />

entre outros.<br />

Orestes Quércia, atual proprietário do<br />

Escritório Ramos <strong>de</strong> Azevedo.<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 21


ESPECIAL |<br />

Mercado <strong>de</strong> trabalho no caminho da inclusão<br />

Por: Fernando Caldas<br />

Fotos: Paulo Alexo<br />

O mercado <strong>de</strong> trabalho enfrenta o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> superar uma <strong>de</strong> suas<br />

gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ficiências: a <strong>de</strong> promover a inclusão <strong>de</strong> pessoas com necessida<strong>de</strong>s<br />

especiais. No Brasil, segundo o Censo <strong>de</strong> 2000, do IBGE, existem<br />

mais <strong>de</strong> 24,5 milhões <strong>de</strong> pessoas (14,5% da população) que apresentam<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> enxergar, <strong>de</strong> ouvir, <strong>de</strong> falar, <strong>de</strong><br />

se locomover ou mentais. Quase um terço <strong>de</strong>sse<br />

segmento está em ida<strong>de</strong> economicamen-<br />

te ativa, mas gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>le não empregada.<br />

Des<strong>de</strong> 1991, vigora lei fe<strong>de</strong>ral (Lei 8.219/91) que<br />

obriga as empresas com mais <strong>de</strong> 100 funcionários<br />

a preencher <strong>de</strong> 2% a 5% <strong>de</strong> seus cargos<br />

com pessoas com <strong>de</strong>ficiência ou<br />

beneficiários da Previdência Social reabilitados.<br />

Entretanto, ainda existem várias barreiras a<br />

serem quebradas <strong>para</strong> o efetivo cumprimento<br />

da lei <strong>de</strong> cotas.<br />

Especialistas, autorida<strong>de</strong>s públicas e militantes <strong>de</strong> organizações nãogovernamentais<br />

apontam muitas resistências e discriminação tanto no<br />

universo corporativo, como nos âmbitos da família, do sistema <strong>de</strong> ensino<br />

e da socieda<strong>de</strong> em geral.<br />

22 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

LEI DE COTAS OBRIGA EMPRESAS A CONTRATAREM<br />

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA; E A SUPERAREM A DISCRIMINAÇÃO<br />

AS EMPRESAS DEVEM SE PREOCUPAR<br />

NÃO SÓ EM CUMPRIR A LEI, MAS<br />

TAMBÉM EM PROMOVER A<br />

CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO<br />

DE SEUS QUADROS<br />

O DESAFIO DA INSERÇÃO<br />

Segundo a <strong>de</strong>legada do trabalho Lucíola Rodrigues Jaime, o <strong>de</strong>safio da<br />

inserção <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência no mercado <strong>de</strong> trabalho implica o<br />

acesso à educação, à cultura e ao lazer, a capacitação das pessoas que<br />

nunca tiveram oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emprego e o nível <strong>de</strong><br />

exigência das empresas <strong>para</strong> contratar.<br />

ROGÉRIO BARBOSA<br />

O Ministério do Trabalho e Emprego, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004, fiscaliza<br />

empresas dos mais diversos ramos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>.<br />

Em São Paulo, a Delegacia Regional do Trabalho <strong>de</strong>senvolve<br />

o Programa <strong>de</strong> Inclusão <strong>de</strong> Pessoas com Deficiência,<br />

no qual grupos <strong>de</strong> empregadores são convocados<br />

a comparecer à se<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong> e a assistir a palestras<br />

médicas e <strong>de</strong> sensibilização. Depois <strong>de</strong> três convocações,<br />

em intervalos <strong>de</strong> dois meses cada, as contratantes<br />

<strong>de</strong>vem apresentar medidas <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>stinadas a reabilitados e pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />

A DRT-SP tem conquistado bons resultados. De 2001 a 2006, foram<br />

inseridas 60.506 pessoas com <strong>de</strong>ficiência no mercado <strong>de</strong> trabalho do<br />

Estado. Segundo dados do ministério, em São Paulo, cerca <strong>de</strong> 60% das<br />

empresas com mais <strong>de</strong> 100 funcionários cumprem a lei <strong>de</strong> cotas.


CENTRO EMPRESARIAL<br />

O Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo tem em seus quadros cerca <strong>de</strong> 350<br />

funcionários, 12 <strong>de</strong>les enquadram-se na lei <strong>de</strong> cotas (empresas que têm<br />

<strong>de</strong> 200 a 500 empregados <strong>de</strong>vem cumprir a cota <strong>de</strong> 3%). Sete têm<br />

alguma <strong>de</strong>ficiência física, um, <strong>de</strong>ficiência auditiva, e um, <strong>de</strong>ficiência visual.<br />

Três são funcionários reabilitados, transferidos <strong>de</strong> função em razão <strong>de</strong><br />

seqüelas físicas <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> doenças ou aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho.<br />

Esses trabalhadores <strong>de</strong>sempenham diferentes funções no condomínio,<br />

alguns em postos <strong>de</strong> trabalho consi<strong>de</strong>rados estratégicos, como a área<br />

<strong>de</strong> segurança, monitoramento <strong>de</strong> câmeras, atendimento <strong>de</strong> chamadas<br />

<strong>de</strong> emergência e correspondência.<br />

O supervisor <strong>de</strong> Recursos Humanos do Centro Empresarial, Rogério Faria<br />

Barbosa, explica que o recrutamento <strong>de</strong>ssa mão-<strong>de</strong>-obra procura se a<strong>de</strong>quar<br />

estrategicamente às necessida<strong>de</strong>s da empresa. “As pessoas com<br />

<strong>de</strong>ficiência são cobradas como qualquer outro profissional. Pois, senão,<br />

po<strong>de</strong>mos voltar a discriminar essas pessoas. E esse não é o objetivo da lei.”<br />

CAPACITAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO<br />

As oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emprego <strong>para</strong> as pessoas com <strong>de</strong>ficiência crescem<br />

principalmente <strong>para</strong> aquelas com qualificação profissional. Uma das situações<br />

criadas pela lei <strong>de</strong> cotas, observa Rogério Barbosa, é a disputa<br />

entre as empresas <strong>para</strong> contratar, nesse segmento, trabalhadores<br />

especializados. O problema atinge particularmente as gran<strong>de</strong>s empresas,<br />

obrigadas a maior número <strong>de</strong> contratações. Por isso, avalia Rogério<br />

Barbosa, treinamento e capacitação são fundamentais. “As empresas<br />

<strong>de</strong>vem se preocupar não só em cumprir a lei, mas também em promover<br />

a capacitação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seus quadros”, diz ele.<br />

Um outro aspecto da inclusão <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho são as condições <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>. Por exemplo,<br />

o Centro Empresarial, on<strong>de</strong> funcionam várias empresas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte,<br />

promoveu uma série <strong>de</strong> alterações no empreendimento dirigidas às<br />

pessoas com <strong>de</strong>ficiência: criação <strong>de</strong> vagas privativas nos estacionamentos,<br />

serviço <strong>de</strong> apoio dos bombeiros na locomoção interna por meio <strong>de</strong><br />

veículo adaptado com elevador hidráulico, rampas <strong>de</strong> acesso, corrimões,<br />

banheiros e outras adaptações arquitetônicas apropriadas a esse público.<br />

“A reestruturação do espaço físico tornou-se uma preocupação geral. O<br />

Centro Empresarial investiu alto na mo<strong>de</strong>rnização. Vivemos uma mudança<br />

<strong>de</strong> conceitos. Toda a socieda<strong>de</strong> apren<strong>de</strong> com o processo <strong>de</strong> inclusão<br />

das pessoas com <strong>de</strong>ficiência”, diz Barbosa.<br />

Rogério Barbosa João Ribas<br />

PROGRAMA DE EMPREGABILIDADE VIRA REFERÊNCIA<br />

A Serasa, empresa <strong>de</strong> análises e informações <strong>de</strong> crédito e apoio a negócios,<br />

<strong>de</strong>senvolve um programa <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas com<br />

<strong>de</strong>ficiência que se tornou referência no país. Trata-se <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

treinamento e qualificação <strong>de</strong> 480 horas <strong>para</strong> que as pessoas sejam<br />

efetivadas na própria empresa ou ganhem competitivida<strong>de</strong> no mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho.<br />

Os selecionados passam por um período <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong> qualificação<br />

profissional. Durante os primeiros dois meses, eles ficam em sala <strong>de</strong> aula<br />

acompanhando cursos <strong>de</strong> aprimoramento profissional. Nos outros quatro<br />

meses, são treinados no próprio lugar <strong>de</strong> trabalho, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão vir<br />

a ser efetivados. Mediante duas avaliações, os estagiários po<strong>de</strong>m ser<br />

efetivados na Serasa ou encaminhados <strong>para</strong> seleção em outras empresas.<br />

O coor<strong>de</strong>nador do programa, João Ribas, diz que tudo o que é oferecido<br />

<strong>para</strong> as pessoas com <strong>de</strong>ficiência significa investimento, não gasto. “Para<br />

nós, não há diferenciação entre comprar um software <strong>de</strong> edição <strong>de</strong> textos<br />

comum e um leitor <strong>de</strong> tela <strong>para</strong> cegos. Ambos são ferramentas <strong>de</strong><br />

trabalho necessárias. A empresa oferece recursos e cobra resultados”,<br />

explica.<br />

Segundo Ribas, a empresa enfrenta o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> ter pessoas com <strong>de</strong>ficiências<br />

mais severas. Os seus quadros são integrados por ca<strong>de</strong>irantes,<br />

pessoas com zero <strong>de</strong> visão, zero <strong>de</strong> audição, além <strong>de</strong> pessoas amputadas,<br />

com distrofia muscular e com síndrome <strong>de</strong> down. “Esperamos que<br />

todas elas cresçam <strong>de</strong>ntro da empresa, se qualifiquem, se <strong>de</strong>senvolvam<br />

e alcancem os melhores resultados.”<br />

Além da contratação pelas empresas, é preciso observar também se as<br />

pessoas com <strong>de</strong>ficiência empregadas estão se <strong>de</strong>senvolvendo <strong>de</strong>ntro<br />

das empresas. “Se as pessoas contratadas não crescerem, não forem<br />

promovidas, então temos um outro problema. Não basta contratar. O<br />

que a gente quer é <strong>de</strong>senvolver”, afirma o coor<strong>de</strong>nador.<br />

Uma vez por semana, às quintas-feiras <strong>de</strong> manhã, a Serasa recebe representantes<br />

<strong>de</strong> corporações, <strong>de</strong> ONGs e estudantes universitários <strong>para</strong><br />

conhecer o programa. A cada três meses, também é realizado o Fórum<br />

Serasa <strong>de</strong> Empregabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pessoas com Deficiência, quando são<br />

feitas palestrar sobre assuntos relacionados à inclusão social e profissional<br />

<strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência. Bárbara Murray, maior especialista da OIT<br />

em inclusão profissional <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência, foi convidada <strong>para</strong><br />

ser a palestrante do fórum no dia 26 <strong>de</strong> setembro.<br />

SE AS PESSOAS CONTRATADAS NÃO<br />

CRESCEREM, NÃO FOREM PROMOVIDAS,<br />

ENTÃO TEMOS UM OUTRO PROBLEMA.<br />

NÃO BASTA CONTRATAR. O QUE A<br />

GENTE QUER É DESENVOLVER.<br />

JOÃO RIBAS<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 23


AVIAÇÃO SEM CRISE |<br />

Aviões seguem rota da sustentabilida<strong>de</strong><br />

Challenger, da Bombardier, em tendência com as exigências da aviação<br />

Por: Rita Gallo<br />

Fotos: Divulgação<br />

A aviação entrou com <strong>de</strong>terminação na onda da sustentabilida<strong>de</strong> que<br />

predomina no mundo corporativo. Mo<strong>de</strong>los como o Airbus A380 e o<br />

Boeing 474-8 transportam mais passageiros com menos ruído e gastam<br />

menos combustível. Frotas <strong>de</strong> empresas como a Bombardier e a<br />

Lufthansa utilizam aviões cada vez mais econômicos. Em 2006, por exemplo,<br />

a média dos gastos <strong>de</strong> combustível em toda a frota do grupo<br />

alemão Lufthansa foi <strong>de</strong> 4,4 litros por passageiro em vôos <strong>de</strong> 100 quilômetros,<br />

o que representa uma redução <strong>de</strong> 30% em relação ao início dos<br />

anos 1990. A meta é economizar mais 12 pontos porcentuais, chegando<br />

a uma redução <strong>de</strong> 18% em 2012.<br />

A Bombardier Aerospace, cuja se<strong>de</strong> no Brasil fica no Centro Empresarial<br />

<strong>de</strong> São Paulo, opera na mesma linha. A empresa cana<strong>de</strong>nse apresentou<br />

em agosto, em São Paulo, três <strong>de</strong> seus inovadores jatos executivos. O<br />

Learjet 45 XR, por exemplo, voa mais rápido, mais longe e com mais<br />

passageiros que qualquer outro jato executivo superleve. Outro mo<strong>de</strong>lo<br />

apresentado pela companhia, “o Challenger 300”, voa <strong>de</strong> São Paulo a<br />

San Juan sem <strong>para</strong>r <strong>para</strong> abastecer, com carga útil máxima. Já o Challenger<br />

605, também apresentado em agosto, transporta passageiros <strong>de</strong> São<br />

Paulo a Miami sem escalas.<br />

24 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

A atual tendência é a construção <strong>de</strong><br />

aeronaves mais econômicas e seguras.<br />

O vice-presi<strong>de</strong>nte regional <strong>de</strong> vendas da Bombardier Business Aircraft,<br />

Fábio Rebello, afirma que esses mo<strong>de</strong>los estão em linha com a tendência<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização da aeronáutica mundial: “São jatos inovadores, que<br />

se aplicam tanto às diversas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> viagens executivas quanto<br />

às condições <strong>de</strong> operações na região”.<br />

Nessa linha, a Bombardier consi<strong>de</strong>ra importante também oferecer serviços<br />

<strong>de</strong> manutenção que permitam às aeronaves mo<strong>de</strong>rnas manter seu<br />

<strong>de</strong>sempenho e aten<strong>de</strong>r às crescentes <strong>de</strong>mandas do consumidor. Por<br />

isso, fechou acordo com a Ocean Air Táxi Aéreo, que foi cre<strong>de</strong>nciada como<br />

centro <strong>de</strong> serviços autorizado da companhia na América Latina. “Com 320<br />

jatos executivos da Bombardier operando na região, dos quais 90 no<br />

Brasil, é preciso ter centros como esse, que proporcionam atendimento<br />

<strong>para</strong> nossa crescente base <strong>de</strong> clientes”, afirma James Hoblyn, presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> Satisfação ao Cliente da Bombardier. A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção da<br />

Bombardier conta com 42 unida<strong>de</strong>s no mundo, com 36 centros <strong>de</strong> manutenção<br />

autorizados e seis centros <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> equipamentos originais.<br />

Dentro da política <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização do setor aeronáutico, a Bombardier<br />

inaugurou também em agosto um <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição,<br />

localizado entre os aeroportos <strong>de</strong> Congonhas e <strong>de</strong> Guarulhos, em São


AERONAVES COM MAIOR CAPACIDADE DE VÔO E DE TRANSPORTE DIMINUEM O TRÁFEGO AÉREO E<br />

CONTRIBUEM PARA AUMENTAR A SEGURANÇA NOS AEROPORTOS<br />

O Lear Jet leva mais passageiros e tem mais autonomia <strong>de</strong> vôo<br />

Paulo. A companhia vai aproveitar as centenas <strong>de</strong> vôos diretos diários<br />

<strong>para</strong> <strong>de</strong>spachar rapidamente serviços e peças <strong>para</strong> clientes na América<br />

do Sul, a partir do Brasil. “Nossos operadores po<strong>de</strong>m agora se beneficiar<br />

dos mais altos padrões da indústria aeronáutica em relação a serviços<br />

<strong>de</strong> peças e componentes”, garante Udo Rei<strong>de</strong>r, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> componentes,<br />

logística e serviços da Bombardier.<br />

Iniciativas como essa mostram que a companhia, como todo o setor<br />

aeronáutico, está voltada <strong>para</strong> o aperfeiçoamento tecnológico <strong>de</strong> olho<br />

na sustentabilida<strong>de</strong>. Os fabricantes <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>tectaram essa<br />

necessida<strong>de</strong>. A Indústrias Romi, por exemplo, lí<strong>de</strong>r na fabricação <strong>de</strong> máquinas<br />

como injetoras <strong>de</strong> plástico, está lançando a Série Primax, voltada<br />

<strong>para</strong> o setor, que permite economia <strong>de</strong> até 40% <strong>de</strong> energia.<br />

Esse movimento em direção ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável parte <strong>de</strong><br />

um setor <strong>de</strong> peso da economia. A indústria aeronáutica brasileira é a<br />

maior do Hemisfério Sul. Em 2004, movimentou US$ 4,2 bilhões, contra<br />

US$ 3 bilhões em 2002. Somente em exportações foram US$ 3,5 bilhões,<br />

contra US$ 2,7 bilhões em 2002. O setor gera 18 mil empregos diretos -<br />

eram 16,8 mil em 2002. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias<br />

Aeroespaciais do Brasil (AIAB).<br />

O mercado <strong>de</strong> aviação é um dos que mais in<strong>veste</strong> em inovação, com<br />

aportes que oscilam entre 5% e 20% do faturamento total. Com isso, o<br />

setor gera tecnologia e <strong>de</strong>senvolvimento que se irradiam <strong>para</strong> outros<br />

segmentos da economia, como telecomunicações, energia, segurança e<br />

saú<strong>de</strong>. A indústria aeroespacial brasileira é o único segmento <strong>de</strong> alta<br />

tecnologia do País a possuir<br />

marcas nacionais reconhecidas<br />

mundialmente,<br />

como a Embraer, que atua<br />

no ramo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

vagões ferroviários (on<strong>de</strong> é<br />

consi<strong>de</strong>rada por alguns<br />

como a lí<strong>de</strong>r mundial), aviões<br />

regionais, e outros serviços<br />

comerciais. Ela emprega<br />

aproximadamente 64 mil<br />

pessoas, e sua receita bruta<br />

em 2004 foi <strong>de</strong> US$ 15,5<br />

bilhões.<br />

Fábio Rabello, vice-presi<strong>de</strong>nte regional<br />

<strong>de</strong> vendas da Bombardier Business Aircraft<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 25


SEGURANÇA |<br />

A organização da vida das pessoas e das empresas é cada vez mais<br />

pautada em aspectos que envolvem a segurança. Este passou a ser um<br />

fator <strong>de</strong>cisivo nas escolhas dos <strong>de</strong>slocamentos e <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> moradia, <strong>de</strong><br />

trabalho, <strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong> lazer.<br />

Em São Paulo, a sensação <strong>de</strong> insegurança reflete os elevados índices <strong>de</strong><br />

violência na cida<strong>de</strong>. Segundo as estatísticas policiais da Secretaria da<br />

Segurança Pública do Estado, apenas no primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano,<br />

ocorreram na capital mais <strong>de</strong> 200 mil crimes contra o patrimônio. Aproximadamente<br />

43 mil roubos e furtos <strong>de</strong> veículos foram registrados no mesmo<br />

período. Isto é, cerca <strong>de</strong> 240 automóveis são roubados ou furtados diariamente,<br />

um a cada seis minutos. Roubos a bancos chegaram a 102.<br />

No mapa da violência, observa-se, grosso modo, que os crimes contra a<br />

vida (homicídios) são mais numerosos nas regiões periféricas, enquanto<br />

os crimes contra o patrimônio concentram-se nas regiões centrais, on<strong>de</strong><br />

há maior concentração e circulação <strong>de</strong> riquezas.<br />

ACESSO PÚBLICO E SEGURANÇA<br />

O Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo é um local diferenciado no contexto<br />

da cida<strong>de</strong>, pois combina gran<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> empresas e <strong>de</strong> serviços,<br />

livre acesso público e níveis elevados <strong>de</strong> segurança. Longe <strong>de</strong> ser um<br />

bunker urbano, o condomínio é um espaço aberto aos moradores <strong>de</strong><br />

toda a cida<strong>de</strong>. Ele abriga <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> corporações, bancos, lojas comerciais<br />

e prestadores <strong>de</strong> serviços, on<strong>de</strong> trabalham 12 mil pessoas e circulam<br />

cerca <strong>de</strong> 6 mil visitantes por dia.<br />

Para dar suporte a todo esse fluxo, existe um sofisticado a<strong>para</strong>to <strong>de</strong><br />

segurança. São 161 pessoas voltadas <strong>para</strong> os serviços <strong>de</strong> proteção do<br />

condomínio: vigilantes, distribuídos em pontos fixos, agentes <strong>de</strong> segurança,<br />

que circulam pelos corredores, operadores dos circuitos internos e<br />

uma equipe <strong>de</strong> bombeiros.<br />

26 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

Um espaço<br />

seguro e<br />

aberto a toda<br />

a cida<strong>de</strong><br />

PLANEJAMENTO E INFORMAÇÃO GARANTEM<br />

NÍVEIS ELEVADOS DE SEGURANÇA NO CENTRO<br />

EMPRESARIAL DE SÃO PAULO<br />

Por: Fernando Caldas<br />

Fotos: Paulo Alexo<br />

TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO<br />

A eficiência do sistema <strong>de</strong> segurança ancora-se numa mo<strong>de</strong>rna plataforma<br />

tecnológica. Todos os locais do condomínio são controlados por circuito interno<br />

<strong>de</strong> televisão. São 128 câmeras distribuídas em pontos estratégicos e<br />

monitoradas por operadores em tempo integral. Um sistema <strong>de</strong> rádio permite<br />

a comunicação permanente entre todos os integrantes do sistema.<br />

O gerente <strong>de</strong> segurança do Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo, Adauto<br />

Luiz Silva, explica que o planejamento das ações ajusta-se à dinâmica<br />

do condomínio. “Montamos esquemas especiais <strong>de</strong> acompanhamento<br />

do fluxo <strong>de</strong> pessoas que transitam pelo condomínio nos períodos <strong>de</strong><br />

pico, como os horários <strong>de</strong> almoço e <strong>de</strong> saída das empresas. Também<br />

reforçamos o aporte <strong>de</strong> pessoal nos dias <strong>de</strong> pagamento, quando um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> moradores da região utiliza as agência bancárias do<br />

Centro Empresarial.”<br />

ARQUITETURA E INFORMAÇÃO<br />

Outros dois fortes aliados do esquema <strong>de</strong> segurança são a própria<br />

arquitetura do condomínio e o uso das informações. Para a<strong>de</strong>ntrar os<br />

blocos do condomínio, é necessário passar por áreas <strong>de</strong> controle, como<br />

as portarias, estacionamentos e corredores, barreiras arquitetônicas que<br />

inibem ações criminosas na área interna. Na área externa contígua ao<br />

condomínio, existe um eficiente policiamento das forças públicas. Por<br />

meio <strong>de</strong> viaturas e <strong>de</strong> rondas a pé, a presença ostensiva das polícias Civil<br />

e Militar inibe ações <strong>de</strong> criminosos nas redon<strong>de</strong>zas. “O relacionamento e<br />

a troca <strong>de</strong> informações com as direções da segurança pública na região<br />

geram bons resultados e soluções tópicas <strong>para</strong> os problemas i<strong>de</strong>ntificados<br />

na área”, diz Adauto Luiz Silva.<br />

Esses resultados po<strong>de</strong>m ser avaliados pelos números. Em um ano, foram<br />

notificadas apenas 10 ocorrências na área externa do condomínio. Isto<br />

representa menos <strong>de</strong> uma por mês. Com capacida<strong>de</strong> <strong>para</strong> 4.500 carros,<br />

o condomínio não registrou um único roubo ou furto <strong>de</strong> veículos. Em toda<br />

a história do Centro Empresarial, nunca ocorreu roubo a banco. “A qualida<strong>de</strong><br />

da segurança é resultado da agregação <strong>de</strong> esforços, <strong>de</strong> planejamento,<br />

linguagem única e padrão dos esquemas <strong>de</strong> proteção”, avalia o<br />

gerente Adauto Luiz Silva.


RÁPIDAS |<br />

Que tal uma boa leitura?<br />

Como dizia o escritor argentino Jorge Luis Borges, o livro é uma arma carregada <strong>de</strong> sonhos.<br />

Um mundo silencioso que dorme sossegado numa estante. Dorme e espera.<br />

Que tal aproveitar o tempo com a leitura <strong>de</strong> um bom livro? Quem quiser uma dica po<strong>de</strong> visitar a<br />

livraria News & Cia <strong>para</strong> saber quais são os lançamentos editoriais mais procurados pelo público.<br />

A gerente Cristina Muronaga <strong>de</strong>staca entre os lançamentos que mais atraíram o interesse dos<br />

clientes no último mês o livro “Menina que roubava livros”, <strong>de</strong> Markus Zusak, publicado pela<br />

Editora Intrínseca (R$ 39,90). Trata-se da história <strong>de</strong> uma menina chamada Liesel Meminger,<br />

abandonada pela mãe morta nas mãos dos nazistas, que acaba sendo entregue a um casal<br />

alemão numa cida<strong>de</strong>zinha perto <strong>de</strong> Munique. Entre 1939 e 1943, Liesel encontrou a morte por<br />

três vezes, e por três vezes a venceu.<br />

Um outro sucesso <strong>de</strong> vendas é o livro “A Cida<strong>de</strong> do Sol”, <strong>de</strong> Khaled Hosseini, autor do bestseller<br />

“O caçador <strong>de</strong> pipas”. Publicado no<br />

Brasil pela editora Nova Fronteira, o<br />

novo livro <strong>de</strong> Hosseini conta a história<br />

<strong>de</strong> duas mulheres durante a ocupação<br />

do Afeganistão. Lançado em<br />

maio nos Estados Unidos, “A cida<strong>de</strong><br />

e o Sol” atingiu em apenas três semanas<br />

a marca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> exemplares<br />

vendidos. Na News & Cia, o<br />

livro custa R$ 39,90.<br />

A livraria News e Cia, localizada no Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo<br />

ERRA ERRATA ERRA<br />

Casa Nova<br />

A Editora Banas está <strong>de</strong> casa nova <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

final <strong>de</strong> agosto. O Centro Empresarial <strong>de</strong> São<br />

Paulo é seu novo en<strong>de</strong>reço. A Banas é uma<br />

das mais importantes editoras técnicas do país.<br />

A editora é pioneira no jornalismo econômico<br />

e técnico no Brasil. Sua história começou há<br />

58 anos atrás, quando ingressou no mercado<br />

editorial brasileiro com a publicação <strong>de</strong><br />

boletins econômicos.<br />

A Banas publica as revistas “P&S” – voltada a<br />

produtos e serviços, “P&S Agroindústria”, “Pack”<br />

– lí<strong>de</strong>r no segmento <strong>de</strong> embalagens. Todas<br />

com circulação nacional. As publicações da editora<br />

alcançam mais <strong>de</strong> 400 mil profissionais<br />

dos mais diferentes setores produtivos.<br />

DE OLHO NO PAN (jun-ago/2007) – Robert<br />

Scheidt, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os seus 9 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, freqüentava<br />

a Escola <strong>de</strong> Vela do YCSA - Yacht<br />

Clube Santo Amaro. Nos clubes mencionados<br />

praticava diversos outros esportes.<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 27


VIAJE |<br />

Pacotes marítimos <strong>de</strong>spontam<br />

como as ve<strong>de</strong>tes do próximo verão<br />

ACONTECIMENTOS DO SETOR AÉREO CONTRIBUÍRAM<br />

Por: Davi Brandão<br />

Fotos: Divulgação<br />

Crise aérea tem levado as pessoas a se interessarem pelos cruzeiros<br />

Diante dos últimos acontecimentos que envolveram o setor aéreo, o<br />

segmento marítimo <strong>de</strong>sponta <strong>para</strong> mais uma temporada <strong>de</strong> sucesso no<br />

País, assim como vem sendo observado nos últimos anos. “Estamos com<br />

cerca <strong>de</strong> 25% <strong>de</strong> nossas vendas representadas pelas negociações <strong>de</strong><br />

cruzeiros”, diz Camilla Rezen<strong>de</strong>, da Idoil Tours.<br />

Para Samir El Ain, da Royale Tour, o sucesso dos passeios marítimos<br />

certamente se repetirá na próxima temporada. “Hoje, é mais barato que<br />

fechar um pacote <strong>para</strong> um <strong>de</strong>stino do Nor<strong>de</strong>ste”, ressalta. Segundo<br />

Samir, diversos navios já estão totalmente negociados e, <strong>para</strong> este ano,<br />

a coqueluche será o suntuoso navio Splendour of the Seas, que após 12<br />

anos retorna à costa brasileira.<br />

De olho neste filão <strong>de</strong> vendas, a MSC Cruzeiros terá no próximo verão<br />

cinco diferentes opções <strong>de</strong> viagens. Os roteiros serão realizados nos dois<br />

navios que estarão no Brasil: MSC Opera, pela primeira vez no País, e MSC<br />

Armonia, que terá saídas do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

O Costa Clássica, navio da Costa Cruzeiros, percorrerá roteiros mais que<br />

especiais durante o Verão Diamante, resgatando o prazer <strong>de</strong> navegar<br />

em gran<strong>de</strong> estilo. Uma agradável surpresa espera pelos amantes da<br />

gastronomia e da enologia que, durante a temporada 2007/2008, terão<br />

o prazer <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar do 1° Prata Gourmet, um cruzeiro exclusivo <strong>para</strong><br />

finos paladares durante um roteiro especial rumo à Bacia do Prata.<br />

28 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

Siena, região <strong>de</strong> Toscana, Itália: ficou mais fácil viajar <strong>para</strong> fora


AÉREAS FOCAM NO EXTERIOR<br />

“Mesmo com a crise aérea, os turistas programam suas viagens, tendo<br />

em vista que a situação envolve as rotas nacionais, não as internacionais”,<br />

afirma Camilla Rezen<strong>de</strong>, consultora <strong>de</strong> viagens da Idoil Tours, localizada<br />

em uma das alamedas do Shopping Panamby Jaraguá <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1999. Segundo a consultora, as viagens <strong>para</strong> a Europa e <strong>para</strong> a Disney<br />

continuam sendo as campeãs. Hoje, os pacotes oferecidos <strong>para</strong> o continente<br />

europeu po<strong>de</strong>m ser realizados com duração <strong>de</strong> no mínimo uma<br />

semana e no máximo 50 dias. “A segunda opção é muito favorecida<br />

pelas condições <strong>de</strong> pagamento facilitado”, diz. “A cotação da moeda no<br />

contrato, mesmo se o valor for parcelado, é a da registrada no dia do<br />

fechamento da viagem”, completa.<br />

Outros <strong>de</strong>stinos pelo mundo também <strong>de</strong>spertam interesse do público<br />

brasileiro. Segundo a consultora, cresceu a procura pela Costa Leste dos<br />

Estados Unidos, Cancun, Ilhas Maurício, República Dominicana, Lagos<br />

Andinos (Chile), Punta Del Este e Buenos Aires.<br />

Os pacotes chamados <strong>de</strong> exóticos também ganham a atenção do público.<br />

Dentre as opções oferecidas pela agência, estão: Jerusalém, Turquia, Marrocos<br />

e Índia. Ainda no Oriente um dos <strong>de</strong>stinos procurados é a China. “No<br />

próximo mês acreditamos que este <strong>de</strong>stino terá uma atenção redobrada,<br />

tendo em vista que começam a ser negociados pacotes <strong>para</strong> os Jogos<br />

Olímpicos <strong>de</strong> Pequim”, completa. Também em ascensão está a região <strong>de</strong><br />

Cape Town (Cida<strong>de</strong> do Cabo), na África do Sul. “Estamos confiantes e acreditamos<br />

que o turismo manterá essa crescente procura”, completa.<br />

VÔO PARA RECUPERAÇÃO<br />

Há 10 anos no mercado — dos quais cinco nas <strong>de</strong>pendências do Shopping<br />

Panamby Jaraguá —, a Royale Tur oferece pacotes que envolvem, além<br />

<strong>de</strong> opções temáticas, como a Semana do Elvis, outras que aten<strong>de</strong>m ao<br />

mercado corporativo. Entre os <strong>de</strong>stinos mais solicitados nos últimos meses,<br />

estiveram a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Buenos Aires, os Estados Unidos —Chicago,<br />

Los Angeles e Miami— e a Alemanha.<br />

“A crise aérea acabou atrapalhando as vendas, em especial <strong>para</strong> os<br />

pacotes corporativos”, afirma Samir El Ain, gerente da empresa. “O aci<strong>de</strong>nte<br />

da TAM também colaborou <strong>para</strong> a queda nas negociações”, confirma.<br />

“Sabemos que foi uma fatalida<strong>de</strong>, mas <strong>para</strong> aqueles que tinham o<br />

sonho <strong>de</strong> viajar <strong>de</strong> avião o aci<strong>de</strong>nte acabou se tornando um pesa<strong>de</strong>lo”,<br />

explica. “Mas o mercado continua”, <strong>de</strong>sabafa.<br />

Segundo o gerente da empresa, os <strong>de</strong>stinos que ainda possuem uma<br />

procura elevada, em especial quando os turistas vão a lazer, permanecem<br />

sendo os europeus, em especial cida<strong>de</strong>s como Paris, Madri, Lisboa,<br />

Bruxelas e Atenas.<br />

VIAGENS ATIVAS<br />

Atuando no segmento turístico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano 2000, a AuroraEco, que<br />

mantém atendimento aos públicos das classes A e B, é focada na realização<br />

<strong>de</strong> viagens ativas, mais procuradas por pessoas na faixa dos 40 e<br />

65 anos, praticantes <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física. “Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

viagem propõe uma <strong>para</strong>da em uma estação na qual o caos, a correria e<br />

os hábitos robóticos inexistem. Essa a<strong>de</strong>rência aos costumes saudáveis<br />

<strong>de</strong>ve-se a uma procura incessante pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e pelo prazer<br />

verda<strong>de</strong>iro”, explica Guilherme Padilha, sócio diretor da empresa.<br />

Segundo Padilha, o público atendido pela empresa não está muito<br />

preocupado com a cotação da moeda, mas sim com os bons prazeres<br />

que a vida oferece. “Estamos preocupados em manter nosso atendimento<br />

<strong>de</strong> primeira classe”, diz. Hoje, os <strong>de</strong>stinos internacionais mais<br />

procurados pela clientela da AuroraEco são a bela região da Toscana<br />

(Itália), a região <strong>de</strong> Sete Lagos e a Argentina. Os pacotes sugeridos pela<br />

empresa custam em média US$ 2.600 por pessoa, não sendo inclusa a<br />

parte aérea.<br />

SERVIÇO:<br />

Idoil Tours — (11) 3741-1820 | Royale Tour — (11) 3741-9999<br />

AuroraEco — (11) 3086-1731 | MSC Cruzeiros — (11) 5083-8510<br />

Costa Cruzeiros — (11) 2123-3655 | SanCaTur Turismo — (11) 4223-5300<br />

Florença, Itália: a Europa é um dos <strong>de</strong>stinos preferidos<br />

SET/OUT/NOV 2007 | | 29


SERVIÇOS |<br />

Guia <strong>de</strong> restaurantes<br />

Ter várias opções <strong>de</strong> alimentação saudável e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> é fundamental <strong>para</strong> quem gosta <strong>de</strong> comer bem.<br />

Os freqüentadores do Centro Empresarial <strong>de</strong> São Paulo têm diversas alternativas <strong>de</strong> boa cozinha.<br />

Aquarius – o forte são os grelhados: picanha, alcatra,<br />

maminha, baby beef, filet <strong>de</strong> frango e queijo coalho.<br />

Sistema <strong>de</strong> self service por quilo (24,90). 10 opções<br />

<strong>de</strong> pratos quentes e 22 tipos <strong>de</strong> salada. Quem consumir<br />

mais <strong>de</strong> 400g ganha um suco <strong>de</strong> cortesia.<br />

(Localização: Bloco F/ Térreo – 96C1/C2/C3)<br />

Arak – quibe cru ou frito, esfiha, kafta, homus e o<br />

popular beirute. A criativida<strong>de</strong> da cozinha árabe é a<br />

especialida<strong>de</strong>. Confira o Combinado Arak 2: 2 esfihas<br />

fechadas, 2 abertas, 1 quibe frito e suco <strong>de</strong> laranja<br />

(R$12,90). (Localização: Corredor G-F/Térreo – 94DE)<br />

Daissuki – os apreciadores da cozinha japonesa<br />

po<strong>de</strong>m escolher o serviço <strong>de</strong> buffet (21,50), com 6<br />

opções <strong>de</strong> pratos quentes e 6 ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> sushis<br />

com variações diárias, ou as alternativas do à la<br />

carte. Preços entre R$ 13 e R$ 16,90. (Localização:<br />

Corredor G-A/ Térreo – 6Q2)<br />

Finestre – cozinha contemporânea variada. Buffet<br />

com 15 pratos quentes, 25 tipos <strong>de</strong> salada, sopas e<br />

sobremesa. Self service a preço único (R$ 15,90),<br />

incluindo sobremesa. Às quartas-feiras, feijoada. (Localização:<br />

Corredor G-B/Térreo – 6A)<br />

Giorgio – serviço <strong>de</strong> buffet com receitas <strong>de</strong> estilos<br />

variados. Grelhados e peixes são o forte da casa. Os<br />

clientes po<strong>de</strong>m escolher na hora como preferem os<br />

grelhados, bem ou mal passados ou ao ponto. Preço<br />

do buffet: R$ 15,90, com sobremesa. Sem sobremesa,<br />

R$ 13,90. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 6Q4)<br />

Gostinho Brasileiro – Culinária brasileira. Diariamente<br />

14 tipos <strong>de</strong> pratos quentes e entre 15 e 20 tipos<br />

<strong>de</strong> saladas. Na segunda-feira, salmão, na terça, costela<br />

assada, na quarta, feijoada, na quinta, massas, na<br />

sexta, camarão à paulista e paella. Desconto <strong>de</strong> 5O%<br />

no buffet <strong>de</strong> acepipes do happy hour, às sextas. Buffet:<br />

16,50. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 86AB)<br />

Joe The Chicken – a especialida<strong>de</strong> são os pratos<br />

com frango. Filé à parmegiana, polpetone, panqueca,<br />

strogonoff e o filé a Ellen são os fortes do cardápio.<br />

Todos os pratos com guarnições à vonta<strong>de</strong>. A<br />

sugestão da casa é o Virado a Joe, servido na sexta.<br />

Preços entre R$ 10,90 a R$ 13,90. (Localização: Corredor<br />

G-A/Térreo – 6E)<br />

30 | | SET/OUT/NOV 2007<br />

Le Point – Comida caseira, no sistema self service,<br />

por quilo (R$ 26,00). O cardápio segue a tradição:<br />

virado à paulista, na segunda-feira, a feijoada, na<br />

quarta, massas, na quinta, e peixes, na sexta-feira.<br />

Sobremesa ou um refrigerante grátis <strong>para</strong> pratos<br />

com mais <strong>de</strong> 500 gramas. (Localização: Corredor<br />

A-B/Térreo – 86FG)<br />

Liverpool – serviço à la carte, com pratos variados. As<br />

feijoadas às quartas-feiras são certeza <strong>de</strong> satisfação. O<br />

bacalhau às sextas-feiras é outra opção. Preços: R$ 19,90,<br />

em média. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 6Q3)<br />

Maanain – alimentação balanceada, com baixas<br />

calorias. Peixes, aves e carnes grelhados, carne <strong>de</strong><br />

soja e sopas. O sistema à la carte permite escolher os<br />

pratos pre<strong>para</strong>dos sob orientação <strong>de</strong> nutricionistas,<br />

além do buffet <strong>de</strong> saladas, sempre variadas. Há também<br />

pratos tradicionais. Preço: R$ 12,00, em média.<br />

(Localização: Bloco F/ Térreo – 96C7B/C8/C9)<br />

Montana Grill Express – grelhados <strong>de</strong> cortes<br />

especiais, guarnições sortidas e saladas com composições<br />

criativas são o forte da churrascaria. Molhos <strong>de</strong><br />

sabores variados dão o toque aos grelhados do<br />

Montana. Há também massas com várias opções <strong>de</strong><br />

molhos. (Localização: Bloco F/Térreo – 95A2/A3/A4)<br />

Panda Inn – Comida chinesa. Além dos tradicionais<br />

Yakissoba ou Frango Xadrez (R$13,90), tem o<br />

serviço <strong>de</strong> buffet (R$ 16,90) com 20 pratos variados.<br />

A sugestão da proprietária, Lúcia Donaire, é o Camarão<br />

Apimentado (R$ 25,00). (Localização: Corredor A-<br />

B/Térreo – 86C)<br />

Phila<strong>de</strong>lphia – a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receitas é uma<br />

das características do serviço <strong>de</strong> buffet da casa. 18<br />

opções <strong>de</strong> pratos quentes e 25 variações <strong>de</strong> saladas.<br />

Preço único por pessoa: R$ 14,90. (Localização: Corredor<br />

A-B/Térreo – 6Q3)<br />

Piazza – sistema self seervice, por quilo (23,90). Os<br />

pesos que exce<strong>de</strong>m 500g não são cobrados. 14 pratos<br />

quentes diferentes, 25 tipos <strong>de</strong> salada e sopas.<br />

Sempre há opções <strong>de</strong> 4 tipos <strong>de</strong> massa, 4 tipos <strong>de</strong><br />

carne, feijões e risotos variados. Sobremesa e suco<br />

por R$ 2,50. (Localização: Corredor G-A/Térreo – 6A)<br />

Saborini – especializado em pratos prontos, o restaurante<br />

oferece café da manhã, almoço e faz entregas<br />

<strong>para</strong> eventos (coffee break e work lunch).<br />

Diversas opções <strong>de</strong> lanches, <strong>de</strong> saladas e <strong>de</strong> pratos<br />

quentes, que variam <strong>de</strong> R$ 9,50 a R$ 14,90. Pratos<br />

acompanhados por refresco, e lanches, por um refresco<br />

ou refrigerante. (Localização: Corredor G-A/<br />

Térreo – 601)<br />

Saborini Express – funciona das 11 às 15 horas,<br />

com serviço à la carte. Diariamente, 6 opções <strong>de</strong><br />

pratos quentes, mais buffet <strong>de</strong> saladas e sobremesa.<br />

Os pratos custam em média R$ 11,90. Um prato,<br />

acompanhado por salada e sobremesa sai a R$ 13,90.<br />

(Localização: Corredor G-A/Térreo – 602)<br />

Sante – sistema self service, por quilo. A cozinha é<br />

variada. No cardápio, pratos quentes, saladas e opções<br />

<strong>de</strong> churrasco. A sugestão da gerente Ana Luiza Gomes<br />

é a feijoada, às quartas-feiras. O preço máximo é<br />

<strong>de</strong> R$ 12,50. (Localização: Corredor G-B/Térreo – 6D)<br />

Via Pasta – cozinha italiana, com massas frescas<br />

<strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> molhos. Pizzas, carnes e tortas<br />

salgadas compõem também o cardápio do restaurante.<br />

No dia 29 <strong>de</strong> cada mês, os clientes que<br />

comem o nhoque da fortuna ganham um dólar.<br />

Preços <strong>de</strong> R$ 9,00 a R$ 18,00. (Localização: Bloco F<br />

Térreo – 96C3B/C4/C5/C6A)<br />

Zarapeusta – um restaurante cuidado a quatro<br />

mãos. Um sócio caprichando na cozinha e outro na<br />

acolhida dos freqüentadores. Saladas, carne, frango<br />

e peixe sempre. Experimente o salmão servido às<br />

quartas. Disponibiliza também um cantinho com<br />

comidas light. Self-service. (Localização: Bloco F/<br />

Térreo – 96C3b/C4/C5/C6A)


SET/OUT/NOV 2007 | | 31

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!