Grazielle Lima veste longo colorido de André Lima, para a Rhodia
Grazielle Lima veste longo colorido de André Lima, para a Rhodia
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CAPA |<br />
OLHAR APURADO<br />
A <strong>Rhodia</strong>, produtora <strong>de</strong> fios têxteis em poliamida, é outro exemplo <strong>de</strong> articulação<br />
do setor produtivo com o calendário da moda, cada vez mais importante<br />
<strong>para</strong> organizar o fluxo <strong>de</strong> informações sobre as estações e temporadas.<br />
A empresa está envolvida numa ampla agenda dos segmentos <strong>de</strong> fashion,<br />
esportivo e lingerie. A presença da imprensa e <strong>de</strong> compradores internacionais<br />
nesses eventos aumenta a visibilida<strong>de</strong> da indústria e dos seus produtos.<br />
Nas edições da São Paulo Fashion Week, po<strong>de</strong>m ser conhecidas as ações<br />
da <strong>Rhodia</strong> junto a vários estilistas. Já contaram com o suporte da empresa<br />
os criadores Alexandre Herchcovitch, <strong>André</strong> <strong>Lima</strong>, Érika Ikezili, Fábia Bercsek,<br />
Gloria Coelho, Mario Queiroz, Pedro Lourenço, Samuel Cirnansck e V-ROM.<br />
Nos <strong>de</strong>sfiles dos estilistas patrocinados pela <strong>Rhodia</strong> são vistos os <strong>de</strong>senvolvimentos<br />
têxteis feitos a partir dos fios em poliamida (náilon), que<br />
incluem microfibras, supermicrofibras e fios inteligentes, da marca Amni,<br />
já consolidada no cenário têxtil do país.<br />
“Os <strong>de</strong>sfiles são sempre uma boa maneira <strong>de</strong> divulgar novos produtos. O<br />
fio têxtil <strong>de</strong> poliamida é i<strong>de</strong>al <strong>para</strong> um país com o clima como o nosso: é<br />
leve, fresco e confortável. O povo brasileiro adora novida<strong>de</strong>s. Mais do que<br />
isso, adora ‘vestir’ novida<strong>de</strong>s”, afirma Francisco Ferraroli, diretor da área <strong>de</strong><br />
Fios Têxteis da <strong>Rhodia</strong>.<br />
Segundo Ferraroli, a empresa procura se posicionar sempre na vanguarda,<br />
antecipando as informações das próximas estações. “Com um mercado<br />
cada vez mais profissional, não existe mais a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />
pessoa viajar, a passeio ou mesmo a trabalho, e sair por aí dizendo o<br />
que está na moda. Por isso, contamos com profissionais pre<strong>para</strong>dos <strong>para</strong><br />
<strong>de</strong>tectar tendências <strong>de</strong> moda e <strong>de</strong> mercado. Hoje, a moda é universal. É<br />
preciso ter um olhar apurado <strong>para</strong> tudo o que acontece, e não só na<br />
moda. Comportamento, artes, <strong>de</strong>sign e tecnologia estão super ligados.<br />
As tendências partem disso tudo, da busca do novo e dos avanços das<br />
tecnologias têxteis.”<br />
16 | | SET/OUT/NOV 2007<br />
É IMPORTANTE QUE REALIZEMOS EVENTOS<br />
DE MODA ROBUSTOS E COERENTES COM<br />
TODA A CAPACIDADE QUE TÊM OS<br />
SERVIÇOS DE CONFECÇÃO NO BRASIL,<br />
A SEXTA MAIOR DO MUNDO.”<br />
FERNANDO PIMENTEL, DA ABIT<br />
VALORIZAÇÃO DA TECNOLOGIA<br />
Investimentos altos são inevitáveis <strong>para</strong> as indústrias que querem continuar<br />
ativas. Avaliar o mercado nacional, as características culturais, climáticas<br />
e históricas do país, é fundamental <strong>para</strong> adaptar algumas informações,<br />
como o peso dos tecidos e malhas. Como explica Ferraroli, a<br />
<strong>Rhodia</strong> pesquisa e divulga <strong>para</strong> o mercado informações da moda que<br />
perpassam toda a ca<strong>de</strong>ia têxtil: tecelagens, malharias, confecções e<br />
varejo. A estratégia da empresa é valorizar produtos com maior<br />
tecnologia, qualida<strong>de</strong> e conforto, aten<strong>de</strong>ndo as <strong>de</strong>mandas dos consumidores<br />
e a inspiração dos criadores da moda brasileira.<br />
A empresa também tem feito esforços <strong>para</strong> aumentar suas exportações.<br />
Atualmente, cerca <strong>de</strong> 10% da sua produção <strong>de</strong> fios têxteis é exportada<br />
<strong>para</strong> países da América do Sul, notadamente Argentina e Colômbia. A<br />
perspectiva, agora, é fazer exportações <strong>para</strong> o mercado mexicano.<br />
A <strong>Rhodia</strong> Poliamida, do grupo <strong>Rhodia</strong>, é a única empresa da região<br />
totalmente integrada na ca<strong>de</strong>ia do náilon, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as matérias-primas<br />
até o produto final. A empresa fabrica 60 mil toneladas <strong>de</strong> poliamida por<br />
ano, das quais 40%, aproximadamente, são fios têxteis <strong>para</strong> diversas<br />
aplicações nos segmentos <strong>de</strong> fashion, esportivo e lingerie.<br />
SET SETOR SET SETOR<br />
OR TÊXTIL TÊXTIL BRASILEIR BRASILEIRO BRASILEIR O ENFRENT ENFRENT ENFRENTA ENFRENT ENFRENT<br />
CONCORRÊNCIA CONCORRÊNCIA ASIÁTICA ASIÁTICA<br />
ASIÁTICA<br />
Nos últimos 16 anos, o setor investiu mais <strong>de</strong> US$ 11 bilhões em<br />
máquinas, equipamentos, instalações e pesquisas. De 1999 a<br />
2005, as vendas externas do setor dobraram. Entretanto, segundo<br />
Fernando Pimentel, da Abit, a indústria têxtil e <strong>de</strong> confecção<br />
brasileira atravessa um período adverso em razão das condições<br />
macroeconômicas (dólar baixo, alta taxas <strong>de</strong> juros, elevada carga<br />
tributária), o que reduz sua competitivida<strong>de</strong> e estimula a importação.<br />
O setor sofre principalmente com as importações asiáticas,<br />
sobre as quais há indícios <strong>de</strong> subfaturamento e outras ilegalida<strong>de</strong>s.<br />
A Abit <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a entrada em vigor do aumento da Tarifa Externa<br />
Comum (TEC), <strong>para</strong> frear as importações asiáticas, [a realização <strong>de</strong><br />
acordos internacionais com os principais mercados mundiais (Japão,<br />
União Européia e Estados Unidos) <strong>para</strong> combater as importações<br />
ilegais e a <strong>de</strong>soneração tributária.<br />
Nos últimos seis meses, a indústria <strong>de</strong> transformação cresceu<br />
4,8%, e o setor têxtil apresentou um resultado que representa a<br />
meta<strong>de</strong>. “Bom, que existe um sinal positivo <strong>de</strong> crescimento. Porém,<br />
muito aquém da sua potencialida<strong>de</strong>, caso existissem equilíbrios<br />
na concorrência entre o setor produtivo brasileiro e o setor<br />
produtivo internacional”, diz Pimentel.