Maio - Sesc
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Norte, a maior do país, tomada<br />
pela floresta amazônica,<br />
cortada por caudalosos<br />
rios, servida por<br />
estradas precárias.<br />
Para chegar ao município<br />
de Laranjal do Jarí,<br />
distante 212 km da capital<br />
Macapá, foi preciso cinco<br />
horas de balsa. Foi por lá que o trabalho<br />
começou no Departamento Regional no<br />
Amapá, que atualmente tem duas unidades<br />
móveis que já estiveram em seis cidades.<br />
Em Laranjal do Jarí foram realizados 3.499<br />
No norte do país o projeto vence vários obstáculos para chegar a quem<br />
precisa (foto DR/PA)<br />
O<br />
Consultor Técnico da Direção-Geral do Departamento<br />
Nacional, Juvenal Ferreira Fortes Filho, 42<br />
anos no SESC, coordenou a equipe que desenvolveu,<br />
lançou e implantou o OdontoSESC, em 1999.<br />
Para ele, de certa forma, é pejorativo que se refiram<br />
ao projeto utilizando as palavras caminhão ou carreta. Afirma que<br />
o OdontoSESC é constituído por unidades móveis que transportam<br />
equipamentos de última geração: “Caminhões e carretas levam<br />
cargas inanimadas, nossas unidades levam o sorriso de muita gente,<br />
como disse o motorista que guiou do Rio de Janeiro a Esperança a<br />
primeira unidade utilizada.” Em entrevista Juvenal conta como foi o<br />
desenvolvimento do projeto, quais foram as bases, os grandes desbravadores<br />
e as primeiras vitórias.<br />
JSB – Como você foi escolhido para participar do desenvolvimento<br />
do OdontoSESC?<br />
Juvenal Ferreira Fortes Filho – Através do Diretor-Geral do DN,<br />
na época Oswaldo Kilzer da Rocha, recebi uma determinação do Presidente<br />
do Conselho Nacional, Antonio Oliveira Santos, de que, tendo<br />
como base as unidades móveis de formação profissional do Senac,<br />
seria oportuno que o SESC criasse também unidades móveis de atendimento<br />
à sua clientela. A primeira ideia foi a de odontologia.<br />
JSB – Qual a sua função na época?<br />
JFFF – Eu era Diretor da então Divisão de Assistência em Saúde e<br />
Educação (DASE) do Departamento Nacional e tinha uma equipe, na<br />
área odontológica, que se constituía principalmente do Irlando Moreira,<br />
Valéria Roças e Maria Silvia Nacao. Juntaram-se a eles, Wanda<br />
Medeiros, que na época era Chefe da Seção de Projetos Arquitetônicos,<br />
e o Flavio Pinheiro, economista, mas um excelente engenheiro<br />
prático. Este último é o único que não está mais na instituição.<br />
JSB – Por que odontologia?<br />
JFFF – Por ser uma área de saúde muito mal atendida pelos governos<br />
federal, estadual e municipal, principalmente nos pequenos municípios.<br />
JSB – Desde o primeiro momento o OdontoSESC teve a forma<br />
que tem hoje?<br />
JFFF – Não, inicialmente pensamos que podia ser uma grande<br />
lona, sob a qual colocaríamos todo o aparato odontológico.<br />
Quando fomos para o papel, vimos que seria quase impossível<br />
movimentar tudo de um lado para outro. Foi aí que partimos para<br />
a concepção de um veículo automotor. Contratamos a Fundação<br />
da Escola Técnica Federal, que tinha desenvolvido as unidades<br />
móveis do Senac. Fizemos uma licitação para aquisição das car-<br />
atendimentos a 851 pessoas.<br />
De norte a sul do país o OdontoSESC<br />
caminha há 10 anos sobre rodas. Presente<br />
em praticamente todos os estados da<br />
Federação, ele já tem uma grande história<br />
Ajudando o brasil a sorrir<br />
para contar, que começou<br />
antes mesmo da primeira<br />
unidade móvel chegar a Esperança.<br />
Quem viu o desfile<br />
das três unidades móveis em<br />
fila pelo Rio de Janeiro até<br />
chegar ao Maracanã, onde<br />
aconteceu o lançamento<br />
nacional, jamais esqueceu.<br />
É como disse o repentista que fez a trilha<br />
sonora do vídeo que registrou a abertura<br />
dos trabalhos na Paraíba: “A gente gosta<br />
de ver todo esse povo sorrir.”<br />
Parabéns ao aniversariante do mês.<br />
retas e quem ganhou<br />
foi a empresa Randon. A<br />
partir daí, foram muitos<br />
sábados, domingos e feriados,<br />
pesquisando no<br />
mercado todos os materiais<br />
que pudessem<br />
servir ao nosso propósito.<br />
A unidade tinha que<br />
guardar tudo: desde as<br />
cadeiras odontológicas<br />
até a antena parabólica,<br />
que serviria para captar<br />
as imagens das TVs educativas<br />
brasileiras, pois “Nossas unidades móveis levam o sorriso de<br />
muita gente”, diz o Consultor Técnico<br />
desde o começo queríamos<br />
focar a educação em saúde.<br />
JSB – Como a primeira unidade foi parar em Esperança, na<br />
Paraíba?<br />
JFFF – O Regional na Paraíba foi o primeiro a solicitar, coincidiu<br />
que poderíamos implantar e instalar a primeira unidade no mesmo<br />
dia da inauguração do Centro de Atividades em Campina Grande.<br />
Lembro que toda a equipe de desenvolvimento foi recebê-la na estrada.<br />
Ficamos apreensivos, porque atrasou e partimos atrás da unidade.<br />
O motorista tinha se perdido.<br />
JSB – Como a cidade recebeu o projeto?<br />
JFFF – A cidade toda se enfeitou. Quando abrimos para funcionar,<br />
tinha uma fila gigantesca. Duas pessoas foram de grande<br />
importância para esse primeiro sucesso: Maria Betânia, a primeira<br />
Coordenadora do OdontoSESC do DR/PB, e Eliane Coutinho, na época<br />
Coordenadora Odontológica e atualmente Diretora da Divisão<br />
de Programas Sociais do Regional na Paraíba. Além, é claro, de toda<br />
a equipe do Departamento Nacional que não mediu esforços para<br />
que tudo fosse realizado da melhor forma possível. Na turma de<br />
odontologia e educação em saúde cabe destacar também Bernadete<br />
Lobato e Cláudia Barros. Todos foram incansáveis.<br />
JSB – E depois de Esperança?<br />
JFFF – Depois colocamos o projeto na estrada e fomos rodar<br />
o Brasil. No Ceará, a primeira cidade foi Quixelô – acho bonito esse<br />
nome –; depois Piripiri, no Piauí; Arapiraca, em Alagoas; daí para<br />
frente não paramos mais, foi só crescimento.<br />
PreMIADO<br />
6 SESC BRASIL n MAIO 2009<br />
SESC BRASIL n MAIO 2009 7<br />
LeITOr<br />
Flores no agreste<br />
pernambucano<br />
Leitora premiada dá dicas do que curtir em Garanhuns (Pe)<br />
A<br />
paulista Bruna Zarnoviec Daniel ganhou<br />
em março de 2007 uma viagem ao Centro<br />
de Turismo e Lazer SESC Garanhuns, em<br />
Pernambuco, próximo destino do Leitor<br />
Premiado. Conheça as dicas da leitora<br />
e, caso seja o próximo vencedor da enquete, saiba por<br />
onde começar a planejar o roteiro de sua viagem para o município,<br />
localizado a 896 metros de altitude e distante 229 km de Recife.<br />
Bruna, Auxiliar Administrativo do Regional<br />
São Paulo, conta que ficou encantada com a<br />
beleza natural da região serrana.<br />
“Eu e meu namorado, Rafael Dalva, viajamos<br />
durante o verão, mas mesmo na estação mais<br />
quente do ano, encontramos um oásis em pleno<br />
agreste pernambucano. De dia fazia um sol<br />
gostoso, ideal para encarar os passeios e caminhadas<br />
realizadas, e à noite a temperatura ficava<br />
Bruna Zarnoviec Daniel em torno de 20°. É por isso que a região também<br />
é conhecida como a Suíça brasileira.”<br />
O Centro de Lazer<br />
A servidora destaca a excelente infraestrutura da área de lazer do<br />
hotel e a comida típica servida<br />
no restaurante.<br />
“O cardápio é diversificado.<br />
Tem desde queijo<br />
coalho com mel, no café<br />
da manhã, até tapiocas recheadas<br />
e a típica buchada<br />
de bode, prato à base das<br />
vísceras do animal, lavadas,<br />
cozidas e temperadas”, des- A antiga estação ferroviária abriga o Centro<br />
creve Bruna.<br />
Cultural Alfredo Leite Cavalcanti<br />
VeNceDOr DA eNQUeTe<br />
Ivanilde Farias Pereira, Assistente<br />
Administrativo do DR/PA,<br />
foi sorteada na enquete da edição<br />
67, que foi respondida por<br />
754 leitores. Ela ganhou uma viagem<br />
com destino ao SESC Cacupé,<br />
em Florianópolis (SC).<br />
Dicas de passeios:<br />
“Durante o city-tour<br />
organizado pelo SESC conhecemos<br />
o famoso relógio<br />
das flores; o Monte<br />
O relógio das flores<br />
Magano, de onde se tem<br />
uma bela vista da cidade; o castelo do João Capão, construído<br />
por um trabalhador que desejava morar em um castelo<br />
medieval; o Santuário Mãe Rainha, situado na Colina do<br />
Triunfo; o Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, na antiga<br />
estação ferroviária; e a Casa do Artesão, onde pudemos<br />
apreciar o artesanato e ter contato com a cultura regional e<br />
a história do município. Aproveitamos a proximidade para<br />
esticar a viagem em mais alguns dias e conhecer Recife,<br />
onde visitamos diversas praias e a cidade de Olinda.”<br />
Nota da Redação: A pedido dos leitores, o Jornal SESC Brasil<br />
estendeu o prazo de sorteio do Leitor Premiado, que agora acontece<br />
no último dia útil do mês.