Maio - Sesc
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SeScb<br />
r A S I L<br />
J O R N A L I N T E R N O M E N S A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O<br />
M A I O 2 0 0 9 - A N O 6 - N º 6 9 - D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L - I S S N 1 9 8 3 - 7 6 2 3<br />
10 anos de<br />
OdontoSeSc<br />
Unidades móveis distribuem sorrisos<br />
pelos quatro cantos do Brasil<br />
págs. 4, 5 e 6<br />
(Foto DR/SC)<br />
acontece<br />
Torneios esportivos<br />
movimentam regionais<br />
nossa gente<br />
Homenagem às mães<br />
SESC BRASIL n MAIO 2009 1
PONTO De VISTA<br />
esperança<br />
“Era uma senhora, que ao final da<br />
consulta falou: ‘Nunca vi um atendimento<br />
como esse, ninguém nunca me<br />
orientou como aqui, se eu tivesse tido<br />
essa oportunidade na minha juventude,<br />
certamente hoje teria mais dentes.’”<br />
A declaração de Maria Betânia Siqueira<br />
– odontóloga pioneira do OdontoSESC<br />
– que abre a matéria de capa<br />
(páginas 4, 5 e 6) resume o objetivo<br />
central do projeto que comemora seus<br />
primeiros 10 anos – a Educação para a<br />
Saúde. Como enfatiza Juvenal Ferreira em sua entrevista (página 6): “desde<br />
o começo queríamos enfocar a educação em saúde”.<br />
Ou como recomendam as nossas “Diretrizes”: “Ao eleger a Educação<br />
para a Saúde como atividade prioritária, estará o SESC contribuindo<br />
verdadeiramente para a criação de uma mudança cultural em que os<br />
indivíduos se qualifiquem para substituir um conhecimento por<br />
outro mais adequado, ajudando-os a se tornarem mais competentes no<br />
exercício daquilo que devem fazer por si mesmos, para realizar integralmente<br />
a condição de saúde, tornando-a um bem comunitário.”<br />
Em cumprimento ao disposto em nossa “constituição”, o Odonto-<br />
SESC, embora priorize o trabalho de viés educativo, não deixa de atender<br />
às necessidades de caráter curativo.<br />
A caminhada iniciada em 10 de maio de 1999, em pleno sertão paraibano,<br />
já passou por mais de 600 localidades mas carrega até hoje o<br />
simbolismo de sua estreia, em Esperança. Maria Betânia justifica a escolha:<br />
“Bem sugestivo para o lançamento de um projeto que chegava para<br />
dar esperança e ajudar o Brasil a sorrir mais e melhor”.<br />
Fique certa, Maria, sua profecia está se realizando.<br />
eXPeDIeNTe<br />
Antonio Oliveira Santos<br />
Presidente do<br />
Conselho Nacional<br />
Maron Emile Abi-Abib<br />
Diretor Geral<br />
Maron Emile Abi-Abib<br />
Diretor-Geral do Departamento Nacional<br />
Coordenação editorial<br />
SESC-DN/Assessoria de Divulgação e Promoção<br />
(Christiane Caetano, Marcella Marins, Denise Oliveira)<br />
Consultoria Editorial: Elysio Pires<br />
Jornal SESC Brasil é editado e produzido pela AG Rio<br />
Fotos - Banco de Imagem SESC Nacional<br />
Jornalista responsável - Arlete Gadelha (MTb 13.875/RJ)<br />
Colaboraram para esta edição:<br />
Francisco Reis da Silva Leite (AC), Janayna Ávila e Danielle Cândido (AL),<br />
AcONTece<br />
n Três dias explorando<br />
São Paulo (DN)<br />
Alunos do 2° ano da Escola SESC de Ensino Médio<br />
participaram de excursão, entre os dias 8 e 11 de<br />
abril, com destino à capital de São Paulo. O roteiro<br />
dos 45 jovens incluiu visita ao recém-inaugurado<br />
Museu Catavento Cultural, que oferece atrações<br />
interativas em áreas como artes, história, ciências e<br />
geografia; o Centro Histórico de São Paulo; o Museu<br />
da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, no Estádio<br />
do Pacaembu, entre outros pontos turísticos.<br />
Segundo os professores Gustavo de Paula (Ciências),<br />
Fabiana Albina (Educação Física) e Maria de Lurdes<br />
Andrade (Língua Portuguesa) que acompanharam<br />
os estudantes, a programação foi montada com<br />
base no conteúdo didático visto no primeiro e no<br />
início do segundo ano.<br />
“Durante o passeio cada um de nós ficou responsável<br />
por atender à área de conhecimento relativa à<br />
disciplina que ministra na Escola. Além disso, contamos<br />
com o apoio do SESC São Paulo, que contratou<br />
a historiadora Dolores Freichas para guiar o grupo”,<br />
contaram os mestres.<br />
O carioca João Antonio Gomes (RJ) e Gabriela<br />
Máximo, de Porto Velho (RO), participantes do passeio,<br />
tiveram interesses diferentes. João ficou impressionado<br />
com o laboratório do Museu Catavento<br />
Cultural, onde colocou em prática experiências<br />
no campo da mecânica e da ótica e Gabriela preferiu<br />
os momentos de descontração com a turma no<br />
Parque Ibirapuera. Em breve, a Biblioteca da Escola<br />
SESC de Ensino Médio abrigará uma exposição com<br />
textos e fotografias tiradas pelos alunos durante a<br />
viagem. Por enquanto, os comentários dos jovens<br />
podem ser apreciados no texto A saga paulistana,<br />
no blog http://www.esemlife.blogspot.com.<br />
Viviani C. de Freitas (AM), Juliana Coutinho (AP), Ivson Vivas (BA),<br />
Eugênia Cabral (CE), RS Comunicação (ES), Sandra Stefan (GO),<br />
Viviane Franco (MA), Miriam Braga (MG), Sueli Batista (MT),<br />
Virgínia Carromeu (MS), Lourdinha Bezerra (PA), Alex Marcio (PB),<br />
Ana C. Coelho (PI), Daniella Monteiro (PE), Karen Bortolini (PR), Keila<br />
Alves (RO), Catiúcia Ruas (RS), Roberta Sandreschi e<br />
Débora Murta Braga (SC), Aparecida Onias (SE) e Renato Pietro (TO).<br />
Impressão: Gráfica Minister<br />
Tiragem: 18 mil exemplares<br />
Foto: Rodrigo Portela<br />
n SeSc em movimento (MA/Pe/Pr/rS)<br />
Os torneios esportivos são uma tradição<br />
em todos os Regionais. No Maranhão,<br />
cerca de 1.200 estudantes de São Luís e<br />
moradores da periferia da capital participam<br />
das Olimpíadas SESC 2009, iniciadas<br />
em 4 de abril, nas modalidades karatê, taekwon-dô,<br />
futsal, natação, basquete, vôlei<br />
e futebol de campo. Os jogos acontecem<br />
todos os sábados, até 23 de maio, na unidade<br />
SESC Turismo. As partidas de futsal e<br />
vôlei, disputadas pela comunidade, serão<br />
realizadas em quadras esportivas nos próprios<br />
bairros, aos domingos, até novembro.<br />
Em Pernambuco, a sétima edição do Pedalando<br />
pela Paz movimentou cerca de 2<br />
mil ciclistas profissionais e amadores pelas<br />
ruas de Recife, em 26 de abril. No Paraná,<br />
estão abertas desde 27 de abril as inscrições<br />
para a 3ª Maratona Internacional das<br />
n reconhecimento (DN)<br />
Quando Vagner Amaro, Coordenador<br />
da Biblioteca da Escola SESC de Ensino<br />
Médio, convidou a cantora, compositora<br />
e escritora Adriana Calcanhoto para falar<br />
sobre seu livro infantil Saga lusa, em 4 de<br />
abril, no Teatro da Escola, não imaginava<br />
que, além de motivar os jovens estudantes,<br />
também obteria o reconhecimento<br />
do trabalho que vem sendo realizado pela<br />
instituição. O Jornal SESC Brasil transcreve<br />
a seguir a carta de Isabel Diegues, recebida<br />
pelo Coordenador. Isabel trabalha na Editora<br />
Cobogó e é representante da escritora<br />
Adriana Calcanhoto.<br />
“O projeto é incrível, a Escola é superbacana<br />
e todos nós que estivemos aí naquela<br />
tarde, passamos os próximos dias falando<br />
sem parar da experiência de ter conhecido<br />
esse espaço e esse projeto educacional.<br />
Vocês não saíram de nossas conversas por<br />
vários dias. A todos que encontrávamos<br />
contávamos ter descoberto uma escola<br />
como essa. Algo inimaginável e fabuloso.<br />
Parabéns pelo empreendimento, pela seriedade<br />
e pela leveza. Pois o mais bacana de<br />
tudo era perceber que, apesar de todos os<br />
pré-requisitos para entrar e permanecer na<br />
Escola do SESC de Ensino Médio, apesar das<br />
muitas horas de estudo e disciplina, os alu-<br />
Águas SESC PR, que acontecerá no dia 27<br />
de setembro, em Foz de Iguaçu, e reunirá<br />
cerca de 800 mil atletas. Mais informações<br />
no site www.sescpr.com.br. No Rio Grande<br />
do Sul, o Circuito SESC de Minimaratona<br />
recebe inscrições até 14 de maio, pelo<br />
site www.sesc-rs.com.br/minimaratona.<br />
A quarta etapa do evento está marcada<br />
para 17 de maio, em Erechim. O circuito,<br />
que é composto por nove etapas regionais<br />
e tem a participação de cerca de 4<br />
mil atletas, terá a final estadual em Porto<br />
Alegre, em 13 de dezembro. O mesmo Regional<br />
está com vagas abertas no Centro<br />
SESC de Iniciação Olímpica, para a prática<br />
de atletismo, basquete, handebol e vôlei.<br />
O Centro oferece iniciação esportiva gratuita<br />
a crianças e adolescentes entre 9 e<br />
16 anos.<br />
Foto: Leonardo Medeiros<br />
A escritora Adriana Calcanhoto e a equipe da<br />
Editora Cobogó visitam a Escola SESC<br />
nos eram tranquilos, alegres, adolescentes<br />
como devem ser. As crianças aqui de casa<br />
ficaram loucas para conhecer o espaço. O<br />
meu menino de 11 anos me pediu mil vezes<br />
para estudar no SESC. Virou um sonho,<br />
algo a ser conquistado. Tomara que esta<br />
escola sirva de modelo para muitas outras<br />
no Brasil. Se eu sempre acreditei que o SESC<br />
fazia pelo Brasil muito mais do que o MinC<br />
não fazia, agora descobri que faz também<br />
muito do que o MEC não consegue fazer.<br />
Taí um investimento que vale mais que<br />
tudo. Obrigada por nos trazer para perto<br />
dessa Escola. Estaremos sempre abertos<br />
aos convites e se pudermos colaborar de algum<br />
modo, participando, levando pessoas,<br />
projetos, livros, filmes, artistas e o que mais<br />
vocês acharem importante e divertido, contem<br />
conosco.”<br />
errata<br />
Na edição do JSB, nº 67, páginas 4 e 5, o Ministério de Educação foi citado como Ministério de Educação<br />
e Cultura. A palavra cultura foi extraída do seu título – apesar de ter sido mantida na sigla que continua<br />
sendo MEC –, por ocasião da criação do Ministério da Cultura (MinC), em 1985.<br />
cUrTAS<br />
n Música Potiguar<br />
brasileira (rN)<br />
O projeto Terraço do Relógio, que desde<br />
fevereiro de 2002 revela os talentos da<br />
música potiguar, recebe em maio os cantores<br />
Jarbas Soares (8/5), Alexandre Carlos<br />
(15/5), Andrew Williams (22/5) e Ana Paschoal<br />
(29/5). O evento acontece às sextasfeiras,<br />
de 19h às 22h, no SESC Centro, em<br />
Natal. A entrada é gratuita.<br />
n estação SeSc na rádio<br />
cultura (Se)<br />
Os ouvintes da Rádio Cultura ganharam<br />
em 18 de abril mais um programa de<br />
rádio. O Estação SESC, veiculado aos sábados,<br />
às 7h, traz quadros como Dicas de Saúde,<br />
Papo de Cinema e Agenda SESC. O programa,<br />
produzido pelo DR/SE, promoverá<br />
também entrevistas com personalidades<br />
de diversos segmentos da sociedade.<br />
n encontros literários<br />
(eS/ce/Ac)<br />
A literatura está em alta no Espírito<br />
Santo, Ceará e Acre. Os mistérios da tradução<br />
foi o tema do segundo Café Literário<br />
de 2009, que aconteceu em 14 de abril no<br />
espaço do Centro Cultural Magestic. Erlon<br />
Paschoal e José Augusto de Carvalho, os<br />
dois palestrantes capixabas convidados,<br />
são escritores e especialistas em tradução<br />
de textos. As reuniões sobre literatura, organizadas<br />
pelo SESC Cultural do Espírito<br />
Santo, acontecem na segunda 3ª feira de<br />
cada mês, a partir das 19h.<br />
O Seminário Revelando a Literatura<br />
Cearense, realizado pelo DR/CE, discutiu<br />
o panorama atual da produção literária<br />
no estado, entre 1 e 3 de abril, na Escola<br />
Educar SESC, em Fortaleza. A programação<br />
do evento incluiu palestras, lançamento<br />
de CDs, concerto literário com canções de<br />
Belchior e lançamento de livros. No Acre, o<br />
projeto Fogueirinhas de Leitura leva oficinas<br />
permanentes de escrita e leitura para<br />
crianças e jovens. Idealizado pelo DR/AC<br />
e Fundação Municipal Garibaldi Brasil em<br />
parceria com a Fundação Elias Mansour<br />
e Centro de Multimeios, o Fogueirinhas<br />
acontece aos sábados, de 9h às 11h, no<br />
SESC Centro e na unidade móvel Biblio-<br />
SESC, em Rio Branco. Mais informações no<br />
setor de cultura da instituição.<br />
Esta publicação segue as novas regras de ortografia da Língua Portuguesa<br />
2 SESC BRASIL n MAIO 2009<br />
SESC BRASIL n MAIO 2009 3
MATÉrIA De cAPA<br />
O aniversariante do mês<br />
Foto: Pablo de Souza<br />
Desde a implantação<br />
foram feitos mais<br />
de 2,3 milhões de<br />
atendimentos, em cerca<br />
de 600 localidades<br />
Ações educativas para todas as idades são implementadas nas cidades que recebem as unidades móveis para uma<br />
estada de, em média, quatro meses (Gaspar - Rio Grande do Sul)<br />
Em maio, o projeto OdontoSESC<br />
completa 10 anos com 50 unidades<br />
móveis espalhadas por todo<br />
o país. Planejado para atender<br />
aos brasileiros mais carentes, ele<br />
foi desenhado para disseminar a necessidade<br />
de manutenção da saúde bucal visando<br />
a uma melhor qualidade de vida.<br />
Os primórdios<br />
Maria Betânia Lins Dantas Siqueira foi<br />
contratada em 3 de maio de 1999 pelo Departamento<br />
Regional na Paraíba como Coordenadora<br />
do Projeto OdontoSESC. Sua<br />
missão era colocar em prática o projeto na<br />
cidade de Esperança, a partir do dia 10 de<br />
maio de 1999. Até hoje ela lembra da primeira<br />
paciente: “Era uma senhora, que ao<br />
final da consulta falou: ‘Nunca vi um atendimento<br />
como esse, ninguém nunca me<br />
orientou como aqui, se eu tivesse tido essa<br />
oportunidade na minha juventude, certamente<br />
hoje teria mais dentes.’”<br />
Maria Betânia, que desde 27 de fevereiro<br />
de 2009 é a Gerente do Centro de<br />
Atividades em Campina Grande, diz que<br />
Esperança foi escolhida em parte por ter as<br />
características desejáveis (cidade pequena<br />
e carente na área de saúde odontológica),<br />
mas também pelo seu nome: “Bem sugestivo<br />
para o lançamento de um projeto que<br />
chegava para dar esperança e ajudar o Brasil<br />
a sorrir mais e melhor”, diz ela.<br />
Durante o tempo em que ficou à frente<br />
do projeto na Paraíba, a odontóloga afirma<br />
que o aprendizado foi enriquecedor: “Atra-<br />
A primeira equipe em Esperança (foto DN)<br />
vés dele coloquei em prática uma filosofia de<br />
trabalho norteada por pilares que buscam a<br />
qualidade de vida, como a biossegurança (rotinas<br />
de trabalho e equipamentos que asseguram<br />
tanto a saúde da clientela como a da<br />
equipe) e a promoção de saúde. O mais gratificante<br />
foi poder multiplicar esses conhecimentos<br />
por todas as comunidades onde<br />
passamos. Esse projeto foi a minha primeira<br />
pós-graduação e é referência de uma verdadeira<br />
odontologia.” Atualmente, o Coordenador<br />
no DR/PB é Fábio Abrantes.<br />
Muitos profissionais do SESC envolvidos<br />
direta ou indiretamente com o OdontoSESC<br />
dizem sempre a mesma coisa: esse<br />
é um projeto que emociona. Primeiro porque<br />
ele oferece um tratamento ao qual<br />
muitos brasileiros não têm acesso; segundo<br />
porque através do trabalho desenvolvido<br />
em parceria com os servidores da instituição,<br />
possibilita a capacitação de profissionais<br />
de saúde pública dos recantos mais<br />
longínquos do país; e terceiro porque em<br />
qualquer lugar que se estabeleça promove<br />
ações de educação em saúde, direcionadas<br />
para crianças, adultos e idosos.<br />
“A distribuição geográfica da nossa população,<br />
muitas vezes, compromete a realização<br />
de um serviço de saúde pública de<br />
qualidade. A gente chega a cidadezinhas<br />
onde grande parte das pessoas nunca esteve<br />
diante de um dentista ou, se esteve,<br />
recebeu uma assistência meramente pontual,<br />
mais mutiladora do que reabilitadora”,<br />
explica Anderson Furtado Dalbone, um dos<br />
integrantes da equipe técnica da Atividade<br />
Assistência Odontológica do Departamento<br />
Nacional. “Trabalhamos com saúde bucal,<br />
mas como não podemos desvincular a boca<br />
do resto do corpo, acabamos trabalhando a<br />
saúde como um todo”, complementa.<br />
Historicamente o OdontoSESC já passou<br />
por quatro etapas, relacionadas a partir<br />
da produção das unidades móveis. Na primeira<br />
fase, foram produzidas as seis primeiras,<br />
com cinco consultórios odontológicos<br />
cada. Na segunda, um consultório foi suprimido<br />
para dar maior espaço aos setores de<br />
Esterilização e Raios X e mais 24 unidades<br />
foram distribuídas para os Regionais. Na<br />
terceira fase o projeto contou com mais 14<br />
unidades e, por último, na quarta, com mais<br />
seis, chegando ao total atual de 50.<br />
A missão da Gerência de Saúde do Departamento<br />
Nacional é a de estabelecer<br />
as diretrizes do projeto para todo o país.<br />
Contudo, o DN também conta com duas<br />
unidades móveis que vêm servindo para<br />
experimentações de novos procedimentos<br />
e tecnologias, e atendem comunidades<br />
localizadas no entorno da sede da instituição,<br />
na Barra da Tijuca (RJ), como: Cidade<br />
de Deus, Gardênia Azul, Anil, Araticum, Rio<br />
das Pedras e Vila Sapê.<br />
Parcerias<br />
Tendo como prática a assinatura de<br />
convênios com os governos municipais e/<br />
ou estaduais, que fornecem toda infraestrutura<br />
necessária, além de profissionais<br />
para trabalharem em parceria com os servidores<br />
do SESC e serem capacitados de<br />
acordo com as boas práticas do projeto, o<br />
OdontoSESC é sempre muito bem recebido<br />
onde quer que chegue.<br />
Em abril de 2009, por exemplo, o DR/RO<br />
assinou um novo convênio com a prefeitura<br />
de Porto Velho. Esta é a segunda vez que a<br />
unidade móvel do Departamento Regional<br />
em Rondônia beneficia os alunos de escolas<br />
públicas da periferia da capital.<br />
O OdontoSESC devolve a autoestima às<br />
pessoas (foto DR/BA)<br />
Já no Departamento Regional em Alagoas,<br />
Edneide de Oliveira Nunes, Coordenadora<br />
do projeto, lembra que na primeira vez que<br />
o OdontoSESC esteve em Arapiraca os dentistas<br />
da prefeitura local apresentaram uma<br />
certa resistência quanto à metodologia utilizada<br />
(meia hora para o atendimento com a<br />
otimização de procedimentos, seis horas de<br />
trabalho corridas e realização de anamnese<br />
– verificação do estado geral do paciente e<br />
levantamento de hábitos). Mas, atualmente,<br />
várias das práticas foram adotadas pelos<br />
consultórios municipais do estado.<br />
É o trabalho conjunto do SESC com os<br />
organismos públicos locais que viabiliza a<br />
continuidade do projeto após a saída da<br />
unidade móvel.<br />
Nos Regionais<br />
Para Fabiana Negri Lebram, Coordenadora<br />
do OdontoSESC do Departamento Regional<br />
na Bahia, o projeto é uma experiência<br />
única: “Aqui na Bahia podemos afirmar que<br />
mais do que saúde bucal, o OdontoSESC possibilita<br />
uma mudança significativa na vida<br />
das pessoas, levando autoestima, dignidade<br />
e cidadania às comunidades assistidas e capacitadas,<br />
que passam a adotar bons hábitos<br />
de saúde. Com uma excelente infraestrutura<br />
física e tendo como essência a humanização<br />
do atendimento, ele promove histórias de superação,<br />
acolhimento e amizade.”<br />
Em Goiás, o Regional também possui<br />
duas unidades móveis, que já estiveram<br />
em 30 municípios do estado. Kênia Machado,<br />
Coordenadora de Saúde, destaca<br />
outra vantagem do projeto: “A visão mais<br />
ampliada de saúde que é proporcionada<br />
à equipe e o princípio do trabalho intersetorial<br />
e interdisciplinar são diferenciais<br />
que possibilitam o aprimoramento da formação<br />
do odontólogo.”<br />
Para colocar no mercado profissionais<br />
habilitados em odontologia coletiva, o<br />
DR/GO contrata 11 estagiários do último<br />
ano da Universidade Federal de Goiás (UFG)<br />
para 10 meses de trabalho contínuo na<br />
unidade móvel que atende aos municípios<br />
vizinhos de Goiânia: “Ao todo, já tivemos<br />
115 estagiários trabalhando sob nossa supervisão.<br />
Anualmente, colaboramos para o<br />
aprimoramento da formação de 17,5% dos<br />
graduados da UFG.”<br />
O Departamento Regional em Santa<br />
Catarina tem três unidades móveis que já<br />
estiveram em 55 municípios do estado. O<br />
primeiro atendimento foi feito na capital<br />
Florianópolis, direcionado às crianças do<br />
projeto social Florir Floripa, da comunidade<br />
do bairro Agronômica. Em parceria, a<br />
prefeitura cedeu o lugar e a infraestrutura<br />
para instalação e operação durante 45 dias,<br />
quando foram atendidas 300 crianças.<br />
Para Eduardo Makowiecki Júnior, da Divisão<br />
de Programação Social do DR/SC, o<br />
projeto é apaixonante: “Ele mobiliza e conquista<br />
os lugares por onde passa, deixando<br />
não apenas sorrisos, mas a esperança na<br />
mudança da atitude dos profissionais de<br />
saúde e autoridades locais.”<br />
Promoção da saúde através da educação<br />
(foto DR/AL)<br />
O Regional no Rio Grande do Sul com<br />
suas quatro unidades móveis já esteve presente<br />
em 102 municípios, dos 496 do estado.<br />
Desde a primeira visita à cidade de Guaíba,<br />
em 1999, foram realizados mais de 98 mil<br />
procedimentos odontológicos. Entre avaliações<br />
e tratamentos dentários, foram mais de<br />
123 mil consultas. Nesse Regional o projeto é<br />
certificado pela Bureau Veritas com ISO 9001:<br />
2000 no quesito biossegurança.<br />
É bom ressaltar também que o projeto<br />
foi consagrado em Santa Catarina com o Prêmio<br />
ADVB Empresa Cidadã e no Pará com o<br />
Prêmio Top Social, ambos outorgados pelas<br />
associações estaduais dos Dirigentes de Vendas<br />
e Marketing do Brasil.<br />
Quando se diz que o OdontoSESC vai<br />
onde o cliente está é a mais pura verdade,<br />
principalmente quando o caso é a região<br />
4 SESC BRASIL n MAIO 2009<br />
SESC BRASIL n MAIO 2009 5
Norte, a maior do país, tomada<br />
pela floresta amazônica,<br />
cortada por caudalosos<br />
rios, servida por<br />
estradas precárias.<br />
Para chegar ao município<br />
de Laranjal do Jarí,<br />
distante 212 km da capital<br />
Macapá, foi preciso cinco<br />
horas de balsa. Foi por lá que o trabalho<br />
começou no Departamento Regional no<br />
Amapá, que atualmente tem duas unidades<br />
móveis que já estiveram em seis cidades.<br />
Em Laranjal do Jarí foram realizados 3.499<br />
No norte do país o projeto vence vários obstáculos para chegar a quem<br />
precisa (foto DR/PA)<br />
O<br />
Consultor Técnico da Direção-Geral do Departamento<br />
Nacional, Juvenal Ferreira Fortes Filho, 42<br />
anos no SESC, coordenou a equipe que desenvolveu,<br />
lançou e implantou o OdontoSESC, em 1999.<br />
Para ele, de certa forma, é pejorativo que se refiram<br />
ao projeto utilizando as palavras caminhão ou carreta. Afirma que<br />
o OdontoSESC é constituído por unidades móveis que transportam<br />
equipamentos de última geração: “Caminhões e carretas levam<br />
cargas inanimadas, nossas unidades levam o sorriso de muita gente,<br />
como disse o motorista que guiou do Rio de Janeiro a Esperança a<br />
primeira unidade utilizada.” Em entrevista Juvenal conta como foi o<br />
desenvolvimento do projeto, quais foram as bases, os grandes desbravadores<br />
e as primeiras vitórias.<br />
JSB – Como você foi escolhido para participar do desenvolvimento<br />
do OdontoSESC?<br />
Juvenal Ferreira Fortes Filho – Através do Diretor-Geral do DN,<br />
na época Oswaldo Kilzer da Rocha, recebi uma determinação do Presidente<br />
do Conselho Nacional, Antonio Oliveira Santos, de que, tendo<br />
como base as unidades móveis de formação profissional do Senac,<br />
seria oportuno que o SESC criasse também unidades móveis de atendimento<br />
à sua clientela. A primeira ideia foi a de odontologia.<br />
JSB – Qual a sua função na época?<br />
JFFF – Eu era Diretor da então Divisão de Assistência em Saúde e<br />
Educação (DASE) do Departamento Nacional e tinha uma equipe, na<br />
área odontológica, que se constituía principalmente do Irlando Moreira,<br />
Valéria Roças e Maria Silvia Nacao. Juntaram-se a eles, Wanda<br />
Medeiros, que na época era Chefe da Seção de Projetos Arquitetônicos,<br />
e o Flavio Pinheiro, economista, mas um excelente engenheiro<br />
prático. Este último é o único que não está mais na instituição.<br />
JSB – Por que odontologia?<br />
JFFF – Por ser uma área de saúde muito mal atendida pelos governos<br />
federal, estadual e municipal, principalmente nos pequenos municípios.<br />
JSB – Desde o primeiro momento o OdontoSESC teve a forma<br />
que tem hoje?<br />
JFFF – Não, inicialmente pensamos que podia ser uma grande<br />
lona, sob a qual colocaríamos todo o aparato odontológico.<br />
Quando fomos para o papel, vimos que seria quase impossível<br />
movimentar tudo de um lado para outro. Foi aí que partimos para<br />
a concepção de um veículo automotor. Contratamos a Fundação<br />
da Escola Técnica Federal, que tinha desenvolvido as unidades<br />
móveis do Senac. Fizemos uma licitação para aquisição das car-<br />
atendimentos a 851 pessoas.<br />
De norte a sul do país o OdontoSESC<br />
caminha há 10 anos sobre rodas. Presente<br />
em praticamente todos os estados da<br />
Federação, ele já tem uma grande história<br />
Ajudando o brasil a sorrir<br />
para contar, que começou<br />
antes mesmo da primeira<br />
unidade móvel chegar a Esperança.<br />
Quem viu o desfile<br />
das três unidades móveis em<br />
fila pelo Rio de Janeiro até<br />
chegar ao Maracanã, onde<br />
aconteceu o lançamento<br />
nacional, jamais esqueceu.<br />
É como disse o repentista que fez a trilha<br />
sonora do vídeo que registrou a abertura<br />
dos trabalhos na Paraíba: “A gente gosta<br />
de ver todo esse povo sorrir.”<br />
Parabéns ao aniversariante do mês.<br />
retas e quem ganhou<br />
foi a empresa Randon. A<br />
partir daí, foram muitos<br />
sábados, domingos e feriados,<br />
pesquisando no<br />
mercado todos os materiais<br />
que pudessem<br />
servir ao nosso propósito.<br />
A unidade tinha que<br />
guardar tudo: desde as<br />
cadeiras odontológicas<br />
até a antena parabólica,<br />
que serviria para captar<br />
as imagens das TVs educativas<br />
brasileiras, pois “Nossas unidades móveis levam o sorriso de<br />
muita gente”, diz o Consultor Técnico<br />
desde o começo queríamos<br />
focar a educação em saúde.<br />
JSB – Como a primeira unidade foi parar em Esperança, na<br />
Paraíba?<br />
JFFF – O Regional na Paraíba foi o primeiro a solicitar, coincidiu<br />
que poderíamos implantar e instalar a primeira unidade no mesmo<br />
dia da inauguração do Centro de Atividades em Campina Grande.<br />
Lembro que toda a equipe de desenvolvimento foi recebê-la na estrada.<br />
Ficamos apreensivos, porque atrasou e partimos atrás da unidade.<br />
O motorista tinha se perdido.<br />
JSB – Como a cidade recebeu o projeto?<br />
JFFF – A cidade toda se enfeitou. Quando abrimos para funcionar,<br />
tinha uma fila gigantesca. Duas pessoas foram de grande<br />
importância para esse primeiro sucesso: Maria Betânia, a primeira<br />
Coordenadora do OdontoSESC do DR/PB, e Eliane Coutinho, na época<br />
Coordenadora Odontológica e atualmente Diretora da Divisão<br />
de Programas Sociais do Regional na Paraíba. Além, é claro, de toda<br />
a equipe do Departamento Nacional que não mediu esforços para<br />
que tudo fosse realizado da melhor forma possível. Na turma de<br />
odontologia e educação em saúde cabe destacar também Bernadete<br />
Lobato e Cláudia Barros. Todos foram incansáveis.<br />
JSB – E depois de Esperança?<br />
JFFF – Depois colocamos o projeto na estrada e fomos rodar<br />
o Brasil. No Ceará, a primeira cidade foi Quixelô – acho bonito esse<br />
nome –; depois Piripiri, no Piauí; Arapiraca, em Alagoas; daí para<br />
frente não paramos mais, foi só crescimento.<br />
PreMIADO<br />
6 SESC BRASIL n MAIO 2009<br />
SESC BRASIL n MAIO 2009 7<br />
LeITOr<br />
Flores no agreste<br />
pernambucano<br />
Leitora premiada dá dicas do que curtir em Garanhuns (Pe)<br />
A<br />
paulista Bruna Zarnoviec Daniel ganhou<br />
em março de 2007 uma viagem ao Centro<br />
de Turismo e Lazer SESC Garanhuns, em<br />
Pernambuco, próximo destino do Leitor<br />
Premiado. Conheça as dicas da leitora<br />
e, caso seja o próximo vencedor da enquete, saiba por<br />
onde começar a planejar o roteiro de sua viagem para o município,<br />
localizado a 896 metros de altitude e distante 229 km de Recife.<br />
Bruna, Auxiliar Administrativo do Regional<br />
São Paulo, conta que ficou encantada com a<br />
beleza natural da região serrana.<br />
“Eu e meu namorado, Rafael Dalva, viajamos<br />
durante o verão, mas mesmo na estação mais<br />
quente do ano, encontramos um oásis em pleno<br />
agreste pernambucano. De dia fazia um sol<br />
gostoso, ideal para encarar os passeios e caminhadas<br />
realizadas, e à noite a temperatura ficava<br />
Bruna Zarnoviec Daniel em torno de 20°. É por isso que a região também<br />
é conhecida como a Suíça brasileira.”<br />
O Centro de Lazer<br />
A servidora destaca a excelente infraestrutura da área de lazer do<br />
hotel e a comida típica servida<br />
no restaurante.<br />
“O cardápio é diversificado.<br />
Tem desde queijo<br />
coalho com mel, no café<br />
da manhã, até tapiocas recheadas<br />
e a típica buchada<br />
de bode, prato à base das<br />
vísceras do animal, lavadas,<br />
cozidas e temperadas”, des- A antiga estação ferroviária abriga o Centro<br />
creve Bruna.<br />
Cultural Alfredo Leite Cavalcanti<br />
VeNceDOr DA eNQUeTe<br />
Ivanilde Farias Pereira, Assistente<br />
Administrativo do DR/PA,<br />
foi sorteada na enquete da edição<br />
67, que foi respondida por<br />
754 leitores. Ela ganhou uma viagem<br />
com destino ao SESC Cacupé,<br />
em Florianópolis (SC).<br />
Dicas de passeios:<br />
“Durante o city-tour<br />
organizado pelo SESC conhecemos<br />
o famoso relógio<br />
das flores; o Monte<br />
O relógio das flores<br />
Magano, de onde se tem<br />
uma bela vista da cidade; o castelo do João Capão, construído<br />
por um trabalhador que desejava morar em um castelo<br />
medieval; o Santuário Mãe Rainha, situado na Colina do<br />
Triunfo; o Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, na antiga<br />
estação ferroviária; e a Casa do Artesão, onde pudemos<br />
apreciar o artesanato e ter contato com a cultura regional e<br />
a história do município. Aproveitamos a proximidade para<br />
esticar a viagem em mais alguns dias e conhecer Recife,<br />
onde visitamos diversas praias e a cidade de Olinda.”<br />
Nota da Redação: A pedido dos leitores, o Jornal SESC Brasil<br />
estendeu o prazo de sorteio do Leitor Premiado, que agora acontece<br />
no último dia útil do mês.
NOSSA GeNTe<br />
O SESC, que na década de 40 abriu no Rio de Janeiro a Maternidade Carmela Dutra, hoje administrada pelo município, homenageia<br />
todas as mães da entidade através de depoimentos de filhas de antigas servidoras, que atualmente fazem parte da família SESC.<br />
Um lugar ao sol para mãe e filha<br />
Francy Mary B. de Melo, Auxiliar Administrativo<br />
do DR/RN, não imaginava que as aulas<br />
de balé feitas no SESC seriam o pontapé inicial<br />
de uma relação longa com a instituição. Enquanto<br />
Francy dançava, sua mãe Marli S. Bar-<br />
De mãe pra filha<br />
A história de Clarisse Boaes Lima e<br />
sua filha Giovana também tem tudo a<br />
ver com o SESC. Clarisse entrou em 1989<br />
para fazer serviços temporários no DR/<br />
MA mas, em 15 anos, acabou assumindo<br />
vários cargos na instituição, como o de<br />
Assessor Técnico da Tesouraria, por exemplo.<br />
Nesse período matriculou a filha na<br />
então Recreação Infantil.<br />
Hoje, aos 22 anos, a estudante de Administração<br />
Giovana Carina segue os passos da<br />
mãe e se sente realizada: “Como minha mãe,<br />
passei por diversos setores, o que foi muito<br />
importante para meu crescimento profissional”,<br />
afirma Giovana, que começou no Setor<br />
de Transportes e atualmente é Agente de<br />
Atividades Sociais Administrativo.<br />
8<br />
SESC BRASIL n MAIO 2009<br />
ros frequentava os cursos de Corte e Costura e<br />
Artesanato da instituição. Marli se especializou<br />
e acabou adquirindo uma nova profissão: Instrutor<br />
dos Cursos de Corte e Costura e de Artesanato,<br />
do SESC Centro. Assim como a mãe,<br />
Francy teve oportunidade de fazer parte da<br />
equipe do Serviço Social do Comércio.<br />
“Na verdade, tive duas oportunidades.<br />
Na primeira delas precisei recusar o convite,<br />
pois minha mãe ainda trabalhava no SESC,<br />
que não contrata familiares de servidores.<br />
Em 2003, quando ela parou de trabalhar,<br />
apareceu outra chance e fui admitida na<br />
Central de Atendimento”, afirma Mary, atualmente<br />
no Setor de Marketing.<br />
Laços duradouros<br />
A relação do Técnico de Turismo Liliane<br />
Cascaes com o SESC começou antes da sua<br />
contratação pelo DR/AP em abril de 2009. A<br />
mãe dela, Maria Irene Cascaes, foi Animador<br />
Cultural da Biblioteca Nunes Pereira durante<br />
13 anos. Nesse tempo, Liliane aprofundou os<br />
laços com a entidade: fez o pré-escolar na<br />
Escola SESC e outros cursos. A volta à instituição,<br />
conta a servidora, também teve a influência<br />
da mãe:<br />
“Depois de formada, atuei como Supervisora<br />
Técnica dos pontos turísticos de Macapá,<br />
pela Secretaria de Estado do Turismo<br />
do Amapá, fui Coordenadora da área de Turismo<br />
e Hospitalidade do Senac no Acre, até<br />
voltar ao Amapá. Um dia, minha mãe visitava<br />
os antigos colegas quando soube da existência<br />
de uma vaga temporária para Técnico de<br />
Turismo. Fiz um período de experiência, participei<br />
do processo seletivo e aqui estou.”<br />
Amor entre gerações<br />
Keila Alves ao lado da mãe Alairce Oliveira<br />
Keila Alves, Técnico Especializado<br />
em Comunicação do DR/RO, viu plantar<br />
os pés de jambo que hoje dão sombra<br />
à sala onde trabalha. Mesma sala<br />
em que há 20 anos ela fazia os deveres<br />
da Escola SESC, onde havia sido matriculada<br />
pela mãe Alairce A. de Oliveira,<br />
servidora da então Delegacia Regional<br />
em Rondônia.<br />
“Hoje sou eu que levo meu filho ao SESC”,<br />
afirma Keila<br />
“Durante 28 anos minha mãe dedicou-se<br />
à instituição. Foi Cozinheira, Assistente<br />
de Escola e Técnico em Higiene<br />
Bucal, função que ocupava quando faleceu<br />
em 2005. Hoje, repito o exemplo<br />
dela: matriculei meu fiho Diego na Escola<br />
SESC.”