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O que é preciso para fazer boa prova
18/04/2005
Cíntia Koyama, de 17 anos, deixou a cidade de Barreiras (BA) para estudar em Brasília.
Apaixonada por desenhos, ficou dividida entre duas opções de curso: Desenho Industrial e Artes
Plásticas. Agora, perto das inscrições do vestibular, resolveu que arriscaria seguir a carreira de
designer. Mas sabe que terá outro desafio para enfrentar, além das provas de conhecimento.
Para fazer a graduação em Desenho Industrial, ela terá de passar por um teste de habilidades
específicas.
O teste escrito-prático avalia a capacidade dos alunos de transformar textos, situações do
cotidiano e até objetos em novas imagens; de expressar idéias, sentimentos e sensações por
meio de desenhos; de representar objetos conhecidos por meio de desenhos; de demonstrar
raciocínio espacial (saber desenhar objetos bidimensionais e tridimensionais) e criatividade.
Em princípio, tudo pode parecer bem complicado. Mas o professor Evandro Perotto, responsável
pela aplicação das avaliações do Desenho Industrial, garante que a intenção do teste é verificar
se os candidatos possuem as aptidões necessárias para conseguir levar bem o curso. Para ele,
os estudantes selecionados precisam estar antenados com o mundo, saber expressar
sentimentos com os desenhos, ter noção espacial (profundidade, formas, tamanhos) e ser
criativo.
Mas Evandro lembra que não há motivos para pânico. As provas são feitas de maneira que todos
os alunos (tenham eles feito algum tipo de curso de desenho ou não) possam dar conta de
resolver os exercícios propostos. Para garantir o sucesso no teste, Lui Veronese, 16 anos, decidiu
fazer um curso de desenho preparatório para a prova. Com a resolução de simulados, ele
percebeu que poderia resolver as questões sem o auxílio do curso. Lui e Cíntia continuarão
treinando da melhor maneira para o teste: desenhando.
Desenho Industrial
Prova: teste escrito-prático
Objetos de avaliação: as habilidades em analisar e propor, por escrito, conceitos e/ou situações
relacionados com o design, além de demonstrar capacidade de raciocínio espacial, de
observação e de expressão gráfica.
Data de aplicação: 15 de maio
Duração: quatro horas
Material indispensável no dia da prova: caneta azul ou preta (para as questões escritas), lápis
preto para desenho, lápis de cor, cola, tesoura, estilete ou apontador e borracha.
Validade da aprovação: dois anos
Saber desenhar
Os estudantes que desejam se tornar bons arquitetos precisam ser bons observadores e
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criativos. Além disso, têm de saber se expressar por meio dos desenhos, ter noção de equilíbrio e
proporção dos objetos em uma cena. As características consideradas básicas para que o aluno
dê conta de passar pelo curso com sucesso são aferidas logo na entrada, em uma prova de
habilidades específicas.
Não adianta alegar que já existem programas de computadores para fazer o desenho dos
profissionais formados. Para os professores do curso, o candidato deve saber desenhar por ele
mesmo. "Não estamos procurando artistas natos. Mas queremos selecionar candidatos que
tenham habilidades que facilitarão a vida deles no curso", garante a coordenadora da graduação,
Gabriela Tenório. Tais características essenciais são adquiridas ao longo do tempo, segundo ela.
Juliana Borges, de 17 anos, fará a prova de habilidades específicas da UnB em breve. Mesmo
desenhando desde criança, não confiou no que aprendeu sozinha. Procurou um curso
preparatório e se matriculou. Conheceu exemplos dos exercícios cobrados no teste da
universidade. Recebeu orientações preciosas. "Conheço pessoas que passaram sem curso
nenhum. Mas acho mais difícil", comenta.
A coordenadora não concorda com a necessidade de preparatórios. Para Gabriela, os jovens
interessados em se tornar arquitetos têm que desenhar muito. Com o treino, eles aprenderam o
principal: transmitir idéias por meio de imagens. Luiza de Lima, de 17 anos, está um pouco aflita,
porque nunca fez curso de desenho.
A jovem escolheu Arquitetura pela afinidade com a arte de desenhar. Até o dia da avaliação,
estudará sozinha. Além de exercitar os traços artísticos, ela pretende ler sobra a arquitetura da
cidade.
Arquitetura
Prova: gráfica e teste
Objetos de avaliação: capacidade de linguagem gráfica com base em um modelo (desenho de
observação), retenção da forma, das proporções e dos detalhes característicos dos objetos em
geral e/ou de situações urbanas e arquitetônicas (desenho de memória), capacidade de
composição do candidato a partir de elementos sugeridos, como formas abstratas, elementos
naturais e textos motivadores (desenho de criação) e raciocínio espacial.
Data de aplicação: 15 de maio
Duração: quatro horas
Material indispensável no dia da prova: caneta azul ou preta (para o preenchimento dos
cabeçalhos de identificação da prova), lápis preto para desenho e borracha. Não é permitido o
uso de réguas, esquadros e compassos.
Validade da aprovação: dois anos
Fonte: Correio Braziliense
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