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Edição integral - Adusp

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Março 2007<br />

54<br />

A Associação<br />

dos Auxiliares de Ensino<br />

e a Associação dos Professores<br />

do Ensino Superior (Apes) foram<br />

as predecessoras da <strong>Adusp</strong>, recordou<br />

Antonio Cândido: a primeira “conseguiu<br />

algo extraordinário: criou a carreira<br />

docente, a base do ensino<br />

príncipe,<br />

era um trabalhador”.<br />

Na<br />

opinião do professor,<br />

de 87 anos, a greve<br />

foi uma “contribuição muito poderosa<br />

para a criação de um espírito<br />

democrático na USP”, na medida<br />

em que não havia hierarquia nas<br />

assembléias da <strong>Adusp</strong>, a palavra de<br />

um MS-1 valendo tanto quanto a<br />

de um MS-5.<br />

O professor Pavan, de 86 anos,<br />

havia retornado de uma viagem de<br />

trabalho ao Vaticano na véspera da<br />

comemoração, de modo que não<br />

teve tempo, explicou, de preparar<br />

uma intervenção apropriada.<br />

Mas declarou-se contemplado pela<br />

explanação do professor Jeremias,<br />

fazendo questão, ainda, de ressaltar<br />

a importância da criação da<br />

<strong>Adusp</strong> e reiterar seu apoio à entidade.<br />

Pavan encabeçou a diretoria<br />

provisória (1976-77).<br />

O professor Miraglia, que presidiu<br />

a <strong>Adusp</strong> na primeira gestão<br />

do grupo “Participação” (1987-89),<br />

enfatizou a necessidade do debate<br />

político de qualidade e do trabalho<br />

coletivo. Para ele, as divergências<br />

políticas entre a “Participação”<br />

e o grupo anterior — represen-<br />

universitário regular”<br />

tado pelos<br />

p r o f e s s o -<br />

res Jeremias,<br />

Judith, Rocha<br />

Barros e outros — não<br />

impediam o diálogo em torno da<br />

defesa dos interesses da categoria:<br />

“Tínhamos visões distintas sobre<br />

como conduzir a entidade, mas o<br />

debate era enriquecedor e feito<br />

dentro de um determinado campo”.<br />

“Trabalhamos para manter a tradição<br />

da <strong>Adusp</strong> e enraizar sua atuação<br />

na universidade e no Fórum das<br />

Seis”, disse. Examinando o período<br />

mais recente, referiu-se aos esforços<br />

contra os contratos precários,<br />

a falta de democracia na USP e a<br />

ação das fundações dentro da universidade.<br />

“Não bastava ser contra<br />

as fundações, tivemos que descobrir<br />

direitinho como elas funcionavam,<br />

levantar informações, levar ao<br />

Ministério Público”.<br />

Miraglia afirmou que o 30º<br />

aniversário da <strong>Adusp</strong> é motivo<br />

de orgulho, mas advertiu que a<br />

situação atual “não recomenda<br />

ufanismo, mas sobriedade”, pois<br />

a situação no interior da universidade<br />

continua grave e há importantes<br />

temas a enfrentar agora e<br />

no futuro.<br />

Revista <strong>Adusp</strong><br />

Desaf<br />

sin<br />

As mudanças no mundo<br />

do trabalho, a<br />

situação do funcionalismo<br />

público no<br />

Brasil e o papel dos<br />

sindicatos no século<br />

XXI foram os temas centrais do<br />

debate organizado pela <strong>Adusp</strong> no<br />

dia 29 de novembro de 2006, como<br />

parte das comemorações de seu<br />

trigésimo aniversário. Realizado<br />

no Auditório Freitas Nobre (ECA-<br />

USP), o debate contou com a participação<br />

dos professores João Zanetic,<br />

Luiz Schuch, secretário-geral<br />

do Andes-SN, Arnaldo França<br />

Mazzei Nogueira, da FEA-USP e<br />

FEA-PUC, e Ricardo Antunes, do<br />

IFCH-Unicamp, além de Francisco<br />

Miraglia, que mediou o debate.<br />

Zanetic, que há quase 50 anos<br />

participa das lutas em defesa<br />

do ensino público, resgatou<br />

momentos históricos dos movimentos<br />

de docentes, estudantes<br />

e funcionários na USP, como o<br />

curso de auto-gestão organizado<br />

em pleno 1968. Ele destacou que<br />

as mortes de Vladimir Herzog,<br />

em 1975, de Manuel Fiel Filho,<br />

em 1976, e o Massacre da Lapa

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