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LÍNGUA PORTUGUESA

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UNIdERSITÁRIO<br />

<strong>LÍNGUA</strong><br />

<strong>PORTUGUESA</strong><br />

Texto para as questões de 1 a 5<br />

() e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta, e, a certos<br />

respeitos, verdadeira dona da casa<br />

Custou-lhe muito a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe<br />

o ofício; mas afinal cedeu Creio que chorava, a princípio: tinha nojo<br />

de si mesma Ao menos, é certo que não levantou os olhos para mim<br />

durante os primeiros dois meses; falava-me com eles baixos, séria,<br />

carrancuda, às vezes triste Eu queria angariá-la, e não me dava por<br />

ofendido, tratava-a com carinho e respeito; forcejava por obter-lhe a<br />

benevolência, depois a confiança Quando obtive a confiança, imaginei<br />

uma história patética dos meus amores com Virgília, um caso anterior<br />

ao casamento, a resistência do pai, a dureza do marido, e não sei que<br />

outros toques de novela Dona Plácida não rejeitou uma só página da<br />

novela; aceitou-as todas Era uma necessidade da consciência Ao<br />

cabo de seis meses quem nos visse a todos três juntos diria que Dona<br />

Plácida era minha sogra<br />

Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos, — os cinco<br />

contos achados em Botafogo, — como um pão para a velhice Dona<br />

Plácida agradeceu-me com lágrimas nos olhos, e nunca mais deixou<br />

de rezar por mim, todas as noites, diante de uma imagem da Virgem,<br />

que tinha no quarto Foi assim que lhe acabou o nojo<br />

(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas)<br />

1 Em relação a “Custou-lhe muito a aceitar a casa”, as formas<br />

verbais farejara e doía expressam, respectivamente,<br />

a) posterioridade e simultaneidade<br />

b) simultaneidade e anterioridade<br />

c) posterioridade e anterioridade<br />

d) anterioridade e simultaneidade<br />

e) simultaneidade e posterioridade<br />

R: Alternativa d<br />

farejara: pretérito mais-que-perfeito, indicando tempo<br />

anterior ao do pretérito perfeito custou-lhe<br />

doía: pretérito imperfeito, indicando fato simultâneo ao<br />

da aceitação da casa<br />

2 A expressão que retrata de modo mais depreciativo o comportamento<br />

de Dona Plácida é<br />

a) “farejara”<br />

b) “doía”<br />

c) “tinha nojo”<br />

d) “não levantou os olhos”<br />

e) “falava-me (), carrancuda”<br />

R: Alternativa a<br />

O narrador, Brás Cubas, atribui à Dona Plácida a ação de<br />

“farejar”, característica animalesca, depreciativa à natureza<br />

humana<br />

3 Para obter o que lhe convinha, a personagem Brás Cubas usou<br />

a estratégia de<br />

1<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

a) fingir que se ofendia com algumas reações de Dona Plácida<br />

b) sugerir a Dona Plácida que iria, no futuro, constituir-lhe um<br />

pecúlio<br />

c) simular que ignorava algumas reações de Dona Plácida<br />

d) dissimular a mágoa que Dona Plácida lhe causara<br />

e) expor a Dona Plácida seus sentimentos mais autênticos<br />

R: Alternativa c<br />

Segundo o texto, “Eu queria angariá-la, e não me dava por<br />

ofendido, tratava-a com carinho e respeito; forcejava por obterlhe<br />

a benevolência, depois a confiança<br />

4 O recurso da gradação, presente em “obter-lhe a benevolência,<br />

depois a confiança”, também ocorre em:<br />

a) “A ostentação da riqueza e da elegância se torna mais do que<br />

vulgar: obscena”<br />

b) “Sentindo a deslocação do ar e a crepitação dos gravetos,<br />

Baleia despertou”<br />

c) “() o passado de Rezende era só imitação do passado, uma<br />

espécie de carbono ()”<br />

d) “Um caso desses pode acontecer em qualquer ambiente de<br />

trabalho, num banco, numa repartição, numa igreja, num time<br />

de futebol”<br />

e) “Não admiro os envolvidos, nem os desdenho”<br />

R: Alternativa a<br />

A gradação se evidencia na relação sinonímica ascendente<br />

entre “vulgar” e “obscena”<br />

5 Considerado no contexto da obra a que pertence, este excerto<br />

revela que<br />

a) a dominação dos proprietários era abrandada por sua<br />

moralidade cristã, que os inclinava à caridade e à benevolência<br />

desinteressada<br />

b) a dependência da proteção dos ricos podia forçar os pobres<br />

a transigir com seus próprios princípios morais<br />

c) os brancos, mesmo quando pobres, na sociedade escravista<br />

do Império, demonstravam aversão ao trabalho, por considerálo<br />

próprio de escravos<br />

d) os senhores mais refinados, mesmo numa sociedade<br />

escravista, davam preferência a criados brancos, mas, dada<br />

a escassez destes, eram obrigados a grandes concessões<br />

para conservá-los<br />

e) os agregados, de que Dona Plácida é exemplo típico, consideravam-se<br />

membros da família proprietária e, por isso,<br />

tornavam-se indolentes, resistindo a aceitar os empregos<br />

que lhes eram oferecidos<br />

R: Alternativa b<br />

Evidencia-se no texto a perda dos princípios morais de Dona<br />

Plácida à medida que passa a aceitar os obséquios de Brás<br />

Cubas<br />

6 A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência<br />

(nominal e verbal) recomendada pela norma culta é:<br />

a) O governador insistia em afirmar que o assunto principal<br />

seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam<br />

líderes pefelistas<br />

b) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do<br />

qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros<br />

países passou despercebida


UNIdERSITÁRIO<br />

c) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a<br />

dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação<br />

social<br />

d) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um<br />

morador não muito consciente com a limpeza da cidade<br />

e) O roteiro do filme oferece uma versão de como conseguimos<br />

um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra,<br />

a aventura à repetição<br />

R: Alternativa e<br />

a) O verbo discordar rege preposição de, portanto “com o<br />

de que discordavam”<br />

b) O verbo integrar não rege preposição, portanto “de um<br />

clube, o qual pediu para integrar,<br />

c) escolhem a dedo “onde” (= em que lugar) trabalhar,<br />

priorizando as empresas<br />

d) não muito consciente da limpeza da cidade<br />

7 Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos<br />

dos provérbios adiante citados, o espaço pontilhado<br />

NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas,<br />

apenas em:<br />

a) Morre o homem, () fica a fama<br />

b) Reino com novo rei, () povo com nova lei<br />

c) Por fora bela viola, () por dentro pão bolorento<br />

d) Amigos, amigos! () negócios à parte<br />

e) A palavra é de prata, () o silêncio é de ouro<br />

R: Alternativa b<br />

Reino com novo rei, povo com nova lei<br />

Não há relação de oposição entre as orações, mas de adição<br />

Texto para as questões de 8 a 10<br />

Business Intercontinental da Iberia<br />

Mais espaço entre as poltronas<br />

Viajar virou sinônimo de relaxar Principalmente quando você tem<br />

à sua disposição uma poltrona de design ergonômico com maior<br />

capacidade para reclinar e 132 cm de espaço entre a sua poltrona e<br />

a da frente Além disso, você conta com mais de 300 salas VIP em<br />

aeroportos no mundo todo e pode acumular e utilizar pontos no seu<br />

programa de milhagens voando com qualquer linha aérea da aliança<br />

oneworld Business Intercontinental da Iberia Sorria<br />

8 Neste anúncio, a imagem fotográfica associa-se mais diretamente<br />

à palavra sorria e à expressão<br />

a) “mais de 300 salas VIP”<br />

b) “acumular e utilizar pontos”<br />

c) “Mais espaço entre as poltronas”<br />

d) “aeroportos no mundo todo”<br />

e) “programa de milhagens”<br />

2<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

R: Alternativa c<br />

O espaço entre as poltronas associa-se aos espaços entre os<br />

dentes, evidenciados na imagem fotográfica<br />

9 No mesmo anúncio, a relação entre o texto verbal e a imagem<br />

fotográfica caracteriza-se principalmente<br />

a) pelo sarcasmo<br />

b) pelo sentimentalismo<br />

c) pela incoerência<br />

d) pelo humor<br />

e) pelo sensacionalismo<br />

R: Alternativa d<br />

O humor caracteriza-se pela associação entre “Mais espaço<br />

entre as poltronas” com o espaçamento entre os dentes do<br />

garoto<br />

10 Entre os recursos de persuasão empregados no texto verbal do<br />

anúncio, só NÃO ocorre o uso de<br />

a) termos técnicos<br />

b) trocadilhos<br />

c) apelo direto ao leitor<br />

d) enumeração acumulativa de vantagens<br />

e) expressões em inglês<br />

R: Alternativa b<br />

Ocorrem todos os recursos citados com exceção de trocadilhos<br />

a) “design ergonômico”<br />

c) “quando você tem à sua disposição” “Sorria”<br />

d) A enumeração acumulativa de vantagens ocorre em todo<br />

o texto<br />

e) “oneworld” “Business”<br />

Texto para as questões 11 a 13<br />

Só os roçados da morte<br />

compensam aqui cultivar,<br />

e cultivá-los é fácil:<br />

simples questão de plantar;<br />

não se precisa de limpa,<br />

de adubar nem de regar;<br />

as estiagens e as pragas<br />

fazem-nos mais prosperar;<br />

e dão lucro imediato;<br />

nem é preciso esperar<br />

pela colheita: recebe-se<br />

na hora mesma de semear<br />

(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)<br />

11 O mesmo processo de formação da palavra sublinhada em “não<br />

se precisa de limpa” ocorre em:<br />

a) “no mesmo ventre crescido”<br />

b) “iguais em tudo e na sina”<br />

c) “jamais o cruzei a nado”<br />

d) “na minha longa descida”<br />

e) “todo o velho contagia”<br />

R: Alternativa c<br />

Em “a nado” ocorre o processo de derivação regressiva tal<br />

como em “limpa”


UNIdERSITÁRIO<br />

12 Substituindo-se os dois-pontos por uma conjunção, em “()<br />

pela colheita: recebe-se ()”, mantém-se o sentido do texto<br />

APENAS em “() pela colheita,<br />

a) embora se receba ()”<br />

b) ou se recebe ()”<br />

c) ainda que se receba ()”<br />

d) já que se recebe ()”<br />

e) portanto se recebe ()”<br />

R: Alternativa d<br />

Os dois pontos introduzem uma relação de causa e efeito entre<br />

“nem é preciso esperar pela colheita” e “recebe-se na hora<br />

mesma de semear”<br />

Essa relação se estabelece pela locução conjuntiva<br />

subordinativa adverbial causal “já que”<br />

13 Nos versos acima, a personagem da “rezadora” fala das vantagens<br />

de sua profissão e de outras semelhantes A seqüência de<br />

imagens neles presente tem como pressuposto imediato a idéia<br />

de<br />

a) sepultamento dos mortos<br />

b) dificuldade de plantio na seca<br />

c) escassez de mão-de-obra no sertão<br />

d) necessidade de melhores contratos de trabalho<br />

e) técnicas agrícolas adequadas ao sertão<br />

R: Alternativa a<br />

Todo o texto se estrutura através de alegorias em relação à<br />

idéia da morte, bem como ao sepultamento dos mortos e das<br />

vantagens que ela traz<br />

14 A frase em que os vocábulos sublinhados pertencem à mesma<br />

classe gramatical, exercem a mesma função sintática e têm<br />

significado diferente é:<br />

a) Curta o curta: aproveite o feriado para assistir ao festival de<br />

curta-metragem<br />

b ) O novo novo: será que tudo já não foi feito antes?<br />

c) O carro popular a 12000 reais está longe de ser popular<br />

d) É trágico verificar que, na televisão brasileira, só o trágico é<br />

que faz sucesso<br />

e) O Brasil será um grande parceiro e não apenas um parceiro<br />

grande<br />

R: Alternativa e<br />

Apenas nesta alternativa os vocábulos pertencem à mesma<br />

classe gramatical e exercem a mesma função sintática, porém<br />

com significados diferentes:<br />

“será um grande parceiro” (adjetivo/adjunto adnominal)<br />

= importante<br />

“será um parceiro grande” (adjetivo/adjunto adnominal)<br />

= de grandes proporções<br />

Texto para as questões de 15 a 17<br />

Um dos traços marcantes do atual período histórico é () o papel<br />

verdadeiramente despótico da informação () As novas condições<br />

técnicas deveriam permitir a ampliação do conhecimento do planeta,<br />

dos objetos que o formam, das sociedades que o habitam e dos<br />

homens em sua realidade intrínseca Todavia, nas condições atuais,<br />

3<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

as técnicas da informação são principalmente utilizadas por um<br />

punhado de atores em função de seus objetivos particulares Essas<br />

técnicas da informação (por enquanto) são apropriadas por alguns<br />

Estados e por algumas empresas, aprofundando assim os processos<br />

de criação de desigualdades É desse modo que a periferia do sistema<br />

capitalista acaba se tornando ainda mais periférica, seja porque não<br />

dispõe totalmente dos novos meios de produção, seja porque lhe<br />

escapa a possibilidade de controle<br />

O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma<br />

informação manipulada que, em lugar de<br />

esclarecer, confunde<br />

(Milton Santos, Por uma outra globalização)<br />

15 Observe os sinônimos indicados entre parênteses:<br />

I “o papel verdadeiramente despótico (= tirânico) da informação”;<br />

II “dos homens em sua realidade intrínseca (= inerente)”;<br />

III “são apropriadas (= adequadas) por alguns Estados”<br />

Considerando-se o texto, a equivalência sinonímica está correta<br />

APENAS em:<br />

a) I<br />

b) II d) I e II<br />

c) III e) I e III<br />

R: Alternativa d<br />

apropriadas = tomar posse<br />

16 No contexto em que ocorrem, estão em relação de oposição os<br />

segmentos transcritos em:<br />

a) novas condições técnicas / técnicas da informação<br />

b) punhado de atores / objetivos particulares<br />

c) ampliação do conhecimento / informação manipulada<br />

d) apropriadas por alguns Estados / criação de desigualdades<br />

e) atual período histórico / periferia do sistema capitalista<br />

R: Alternativa c<br />

Embora haja uma ampliação do conhecimento, esta fica<br />

restrita a uma elite, que a transmite à maioria da população de<br />

forma manipulada<br />

17 Deduz-se corretamente do texto que<br />

a) a humanidade, por mais que avance tecnologicamente, não<br />

será capaz de superar o egoísmo<br />

b) o crescente avanço da técnica terminará por superar o atraso<br />

das relações políticas<br />

c) é da natureza do progresso que, a cada avanço tecnológico,<br />

corresponda um retrocesso político<br />

d) o alcance universal do progresso técnico está em oposição<br />

à sua utilização para fins particulares<br />

e) é próprio da informação atualizada que ela seja acessível<br />

somente às minorias mais ricas<br />

R: Alternativa d<br />

“As novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação<br />

do conhecimento do planeta”<br />

No entanto são utilizadas “por um punhado de atores em<br />

função de seus objetivos particulares”


UNIdERSITÁRIO<br />

18 A única frase em que as formas verbais estão corretamente<br />

empregadas é:<br />

a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies podem<br />

transmitir vírus perigosos<br />

b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajuste<br />

fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito longe de tornarse<br />

um participante ativo do jogo mundial<br />

c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mesmo<br />

partido, embora nenhum fará a sociedade em que eu acredito<br />

d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não<br />

causará problema se o suprir de carne e o manter na jaula<br />

e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, mas<br />

dizê-lo por completo equivalia a um sacrilégio, ao pecado de<br />

saber mais do que nos convinha<br />

R: Alternativa e<br />

a) que órgãos de outras espécies possam<br />

b) mesmo que seja adotado<br />

e) devem ser do mesmo partido, embora nenhum faça<br />

d) se o suprir de carne e o mantiver na jaula<br />

19 A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância<br />

verbal recomendada pela norma culta é:<br />

a) A lista brasileira de sítios arqueológicos, uma vez aceita pela<br />

Unesco, aumenta as chances de preservação e sustentação<br />

por meio do ecoturismo<br />

b) Nenhum dos parlamentares que vinham defendendo o colega<br />

nos últimos dias inscreveram-se para falar durante os<br />

trabalhos de ontem<br />

c) Segundo a assessoria, o problema do atraso foi resolvido em<br />

pouco mais de uma hora, e quem faria conexão para outros<br />

Estados foram alojados em hotéis de Campinas<br />

d) Eles aprendem a andar com a bengala longa, o equipamento<br />

que os auxilia a ir e vir de onde estiver para onde entender<br />

e) Mas foram nas montagens do Kirov que ele conquistou fama,<br />

especialmente na cena “Reino das Sombras”, o ponto alto<br />

desse trabalho<br />

R: Alternativa a<br />

b) Nenhum dos parlamentares que vinha () inscreveu-se<br />

c) e quem faria conexão para outros Estados foi alojado<br />

d) que os auxilia a irem e virem de onde estiverem para onde<br />

entenderem<br />

e) Mas foi nas montagens de Kiror que<br />

20 Assim, o amor se transformava tão completamente nessas<br />

organizações*, que apresentava três sentimentos bem distintos:<br />

um era uma loucura, o outro uma paixão, o último uma<br />

religião<br />

desejava; amava; adorava<br />

(*organizaÁıes = personalidades)<br />

(José de Alencar, O Guarani)<br />

Neste excerto de O Guarani, o narrador caracteriza os diferentes<br />

tipos de amor que três personagens masculinas do romance<br />

sentem por Ceci Mantida a seqüência, os trechos pontilhados<br />

serão preenchidos corretamente com os nomes de<br />

a) Álvaro / Peri / D Diogo<br />

b) Loredano / Álvaro / Peri<br />

c) Loredano / Peri / D Diogo<br />

d) Álvaro / D Diogo / Peri<br />

e) Loredano / D Diogo / Peri<br />

4<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

R: Alternativa b<br />

Loredano queria possuir Ceci carnalmente, por isso desejava-a<br />

Álvaro amava-a de acordo com as regras do amor cortês,<br />

respeitando a distância entre ambos<br />

A relação de Peri com Ceci era uma relação de vassalagem<br />

Peri queria apenas a felicidade de Ceci, sem esperar nada em<br />

troca Daí seu amor religioso, adorando-a<br />

21 Teu romantismo bebo, ó minha lua,<br />

A teus raios divinos me abandono,<br />

Torno-me vaporoso e só de ver-te<br />

Eu sinto os lábios meus se abrir de sono<br />

(Álvares de Azevedo, “Luar de verão”, Lira dos vinte anos)<br />

Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos<br />

temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio<br />

Essa atitude do eu-lírico manifesta a<br />

a) ironia romântica<br />

b) tendência romântica ao misticismo<br />

c) melancolia romântica<br />

d) aversão dos românticos à natureza<br />

e) fuga romântica para o sonho<br />

R: Alternativa a<br />

A enumeração de lugares-comuns da escola (a contemplação<br />

da natureza, o subjetivismo, o sonho) é subvertida quando o<br />

eu-lírico conclui que a lua provoca-lhe sono, criando, assim,<br />

uma ironia<br />

22 Um escritor classificou Vidas secas como “romance<br />

desmontável”, tendo em vista sua composição descontínua,<br />

feita de episódios relativamente independentes e seqüências<br />

parcialmente truncadas Essas características da composição do<br />

livro<br />

a) constituem um traço de estilo típico dos romances de<br />

Graciliano Ramos e do Regionalismo nordestino<br />

b) indicam que ele pertence à fase inicial de Graciliano Ramos,<br />

quando este ainda seguia os ditames do primeiro momento<br />

do Modernismo<br />

c) diminuem o seu alcance expressivo, na medida em que<br />

dificultam uma visão adequada da realidade sertaneja<br />

d) revelam, nele, a influência da prosa seca e lacônica de<br />

Euclides da Cunha, em Os sertões<br />

e) relacionam-se à visão limitada e fragmentária que as próprias<br />

personagens têm do mundo<br />

R: Alternativa e<br />

A composição do romance alude à comunicação precária das<br />

personagens, suas ações basicamente independentes, suas<br />

preocupações momentâneas e parciais que evidenciam uma<br />

vida de caráter fragmentado<br />

23 Chega!<br />

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos<br />

Minha boca procura a “Canção do Exílio”<br />

Como era mesmo a “Canção do Exílio”?<br />

Eu tão esquecido de minha terra <br />

Ai terra que tem palmeiras<br />

onde canta o sabiá!<br />

(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e<br />

Bahia”, Alguma poesia)


UNIdERSITÁRIO<br />

Neste excerto, a citação e a presença de trechos constituem<br />

um caso de <br />

Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser preenchidos,<br />

respectivamente, com o que está em:<br />

a) do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto<br />

b) da conhecida canção de Noel Rosa / paródia<br />

c) do célebre poema de Gonçalves Dias / intertextualidade<br />

d) da célebre composição de Villa-Lobos / ironia<br />

e) do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem<br />

R: Alternativa c<br />

Drummond cita o título do célebre poema de Gonçalves Dias<br />

“Canção do Exílio” e parafraseia alguns de seus versos,<br />

reiterando a temática do nacionalismo, valorizada tanto pelos<br />

românticos quanto pelos modernistas<br />

O diálogo de um texto já existente (“Canção do Exílio”) com<br />

outro texto cria uma relação a que se dá o nome de<br />

intertextualidade<br />

24 Decerto a gente daqui<br />

jamais envelhece aos trinta<br />

nem sabe da morte em vida,<br />

vida em morte, severina;<br />

(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)<br />

Neste excerto, a personagem do “retirante” exprime uma concepção<br />

da “morte e vida severina”, idéia central da obra, que aparece<br />

em seu próprio título Tal como foi expressa no excerto, essa<br />

concepção só NÃO encontra correspondência em:<br />

a) “morre gente que nem vivia”<br />

b) “meu próprio enterro eu seguia”<br />

c) “o enterro espera na porta:<br />

o morto ainda está com vida”<br />

d) “vêm é seguindo seu próprio enterro”<br />

e) “essa foi morte morrida<br />

ou foi matada?”<br />

R: Alternativa e<br />

A idéia central dos versos citados é um paradoxo: a morte em<br />

vida<br />

A alternativa e está errada porque nela a morte é retratada<br />

como um fato consumado, não havendo, portanto, paradoxo<br />

25 Em Os Lusíadas, as falas de Inês de Castro e do Velho do Restelo<br />

têm em comum<br />

a) a ausência de elementos de mitologia da Antigüidade clássica<br />

b) a presença de recursos expressivos de natureza oratória<br />

c) a manifestação de apego a Portugal, cujo território essas<br />

personagens se recusavam a abandonar<br />

d) a condenação enfática do heroísmo guerreiro e conquistador<br />

e) o emprego de uma linguagem simples e direta, que se contrapõe<br />

à solenidade do poema épico<br />

R: Alternativa b<br />

A oratória caracteriza-se pela presença de figuras de linguagem<br />

(hipérbatos, apóstrofes, prosopopéias), pelo tom elevado e<br />

pela correção gramatical Esses recursos estão presentes<br />

nos dois episódios citados, configurando o estilo épico<br />

predominante n'Os Lusíadas<br />

5<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

26 Apesar de muito diferentes entre si, as personagens Macunaíma<br />

(de Macunaíma) e Gonçalo Mendes Ramires (de A ilustre Casa<br />

de Ramires) apresentam como traço de semelhança o fato de que<br />

ambas<br />

a) personificam o desejo brasileiro e português de modernizarse,<br />

rompendo com as tradições e os costumes herdados<br />

b) são incorrigivelmente ociosas, recusando-se a vida toda a<br />

tomar parte em atividades produtivas<br />

c) simbolizam a indecisão típica do homem moderno, que as<br />

impede de levar adiante os empreendimentos começados<br />

d) representam a terra e a gente a que cada uma pertence, na<br />

medida em que a primeira é o “herói de nossa gente” e a<br />

segunda “lembra” Portugal<br />

e) encarnam o dilema próprio do homem do final do século XIX,<br />

dividido entre a vida rural e a vida urbana<br />

R: Alternativa d<br />

Macunaíma reflete as próprias características da estética<br />

literária em que está inserido<br />

A Primeira Fase do Modernismo volta-se prioritariamente para<br />

os temas folclóricos, lendas e mitos indígenas, buscando<br />

estabelecer uma identidade nacional Assim, Macunaíma<br />

torna-se o “herói de nossa gente”<br />

Gonçalo Ramires “lembra” Portugal na medida em que a<br />

história de sua família funde-se com a história lusitana: no<br />

passado, Portugal, assim como a família de Gonçalo, conheceu<br />

a glória; no presente (no final do séc XIX) Portugal é um país<br />

decadente, assim como Gonçalo enfrenta dificuldades<br />

financeiras<br />

INGLÊS<br />

Texto para as questões de 27 a 29<br />

Working women in Japan are more likely to be married than not<br />

these days, a sharp reversal of the traditional pattern But for most of<br />

them, continuing to work after the wedding is an easier choice than<br />

having children<br />

Despite some tentative attempts by government and business to<br />

make the working world and parenthood compatible, mothers say<br />

Japan’s business culture remains unfriendly to them Business<br />

meetings often begin at 6 pm or later, long hours of unpaid overtime<br />

are expected, and companies routinely transfer employees to different<br />

cities for years<br />

As a result, many women are choosing work over babies, causing<br />

the Japanese birthrate to fall to a record low in 1999 – an average 134<br />

babies per woman – an added woe for this aging nation<br />

(THE WASHINGTON POST NATIONAL WEEKLY<br />

EDITION August 21, 2000)<br />

27 According to the passage, the majority of working women in<br />

Japan<br />

a) expect to stop working after getting married<br />

b) do not like the idea of having children<br />

c) are choosing to remain single in order to keep their jobs<br />

d) have been afraid to fight against traditional roles<br />

e) would rather keep their jobs than have children


UNIdERSITÁRIO<br />

R: Alternativa e<br />

Lê-se no texto: " As a result, many women are choosing work<br />

over babies, ()" <br />

Traduz-se como: Como resultado, muitas mulheres estão<br />

escolhendo o trabalho aos bebês<br />

28 “attempts () to make the working world and parenthood<br />

compatible” (lines 5-6) means that<br />

a) married couples are expected to delay having children<br />

b) efforts have been made to improve the working conditions<br />

of workers with children<br />

c) working women have to fight hard in order to have children<br />

d) the government has proved that work and children are<br />

incompatible<br />

e) companies tend to think that people with children make better<br />

workers<br />

R: Alternativa b<br />

Lê-se no texto: "() Despite some tentative attempts by<br />

government and business to make the working world and<br />

parenthood compatible ()"<br />

Traduz-se como: Apesar de algumas tentativas tomadas pelo<br />

governo e empresários para tornar compatíveis o mundo do<br />

trabalho e a maternidade/paternidade<br />

O mesmo foi dito na alternativa b: "esforços têm sido feitos<br />

para aprimorar as condições de trabalho de trabalhadores<br />

com crianças<br />

29 Which of these statements is true according to the passage?<br />

a) The Japanese birthrate used to be much lower<br />

b) The percentage of marriages in Japan has fallen lately<br />

c) The Japanese population is getting older<br />

d) Japan’s population has stopped growing since 1999<br />

e) Working women do not have more than one child<br />

R: Alternativa c<br />

Lê-se no texto: "() an added woe for this aging nation"<br />

Traduz-se por: "um infortúnio adicionado a esta nação cada vez<br />

mais velha"<br />

Texto para as questões de 30 a 36<br />

It is a nice irony, given that scientific genetics started with the<br />

manipulation of a crop plant, the pea, that the most vehement public<br />

opposition to it in recent years has come from those who object to the<br />

genetic manipulation of crops<br />

At the moment, so-called genetically modified (GM) crops are in<br />

disgrace Consumers, particularly in Europe, are wary of buying food<br />

that may contain them Environmental activists are ripping up fields<br />

where they are being tested experimentally And companies that<br />

design them are selling off their GM subsidiaries, or even themselves,<br />

to anyone willing to take on the risk<br />

Yet the chances are that this is just a passing fad No trial has<br />

shown a health risk from a commercially approved GM crop (or, more<br />

correctly, a transgenic crop, as all crop plants have been genetically<br />

modified by selective breeding since time immemorial) And while the<br />

environmental risks, such as cross-pollination with wild species and<br />

the promotion of insecticide-resistant strains of pest, look more<br />

plausible, they also look no worse than the sorts of environmental<br />

havoc wreaked by more traditional sorts of agriculture<br />

(THE ECONOMIST JULY 1ST 2000)<br />

6<br />

30 According to the passage,<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

a) after peas started being manipulated, the public became<br />

strongly opposed to scientific genetics<br />

b) even the most vehement supporters of scientific genetics are<br />

opposed to the genetic manipulation of crops<br />

c) the latest experiments carried out by genetic engineers have<br />

been regarded with irony<br />

d) there has been strong opposition to the manipulation of peas<br />

to improve crops in recent years<br />

e) the strongest opponents of scientific genetics are the ones<br />

who disapprove of the genetic manipulation of crops<br />

R: Alternativa e<br />

Lê-se no texto: ", that the most vehement public opposition to<br />

it in recent years has come from those who object to the genetic<br />

manipulation of crops ()"<br />

Traduz-se por: a mais veemente oposição pública à genética<br />

científica em anos recentes tem vindo daqueles que se<br />

opuseram à manipulação genética de grãos<br />

31 Choose the correct active voice form for” fields where they are<br />

being tested experimentally” (lines 7-8)<br />

a) fields where scientists have been testing them experimentally<br />

b) fields where environmentalists are testing them<br />

experimentally<br />

c) fields where genetic engineers had been testing them<br />

experimentally<br />

d) fields where genetic engineers are testing them experimentally<br />

e) fields where one has been testing them experimentally<br />

R: Alternativa d<br />

O enunciado citava "fields where they are being tested<br />

experimentally"<br />

O enunciado pede a voz ativa As únicas alternativas que<br />

apresentavam o mesmo tempo verbal que as do enunciado<br />

eram a b e a d Cabia ao aluno observar quem realizava a ação,<br />

já que o agente da passiva foi omitido no enunciado<br />

Da leitura do texto apreendia-se que os agentes eram os<br />

engenheiros genéticos e não os ambientalistas<br />

32 The passage tells us that GM crops<br />

a) are the object of widespread disapproval now<br />

b) are not being sold in Europe at the moment<br />

c) can no longer be experimentally tested in European fields<br />

d) can only be sold by subsidized companies<br />

e) are being designed only by companies willing to run risks<br />

R: Alternativa a<br />

Lê-se no texto: " At the moment, so-called genetically modified<br />

(GM) crops are in disgrace"<br />

Traduz-se por: Atualmente, as sementes chamadas de<br />

geneticamente modificadas estão em desgraça<br />

Na alternativa a lemos que as sementes geneticamente<br />

modificadas são objetos de ampla desaprovação hoje em dia


UNIdERSITÁRIO<br />

33 Which of these statements is true according to the passage?<br />

a) Consumers will become more receptive to GM foods when<br />

trials show that they are not hazardous to health<br />

b) The hostility to GM crops is likely to be short-lived<br />

c) The environmentalists’ hostility to GM crops is unfounded,<br />

as they pose no danger to the environment<br />

d) GM foods are unlikely to be accepted even in the long run<br />

e) Even if environmentalists stop protesting, consumers will<br />

keep on regarding GM foods with suspicion<br />

R: Alternativa b<br />

Lê-se no texto: "yet the chances are that this is just a passing<br />

fad"<br />

Traduz-se por: "Ainda há chances de que isto seja somente<br />

uma mania passageira"<br />

34 According to the passage, the term GM crop (line 12)<br />

a) is totally incorrect unless selective breeding is involved<br />

b) has been used since time immemorial<br />

c) is not quite accurate<br />

d) applies only to commercially approved crops<br />

e) has never been used to mean the same as transgenic crop<br />

R: Alternativa c<br />

Lê-se no texto: "() or, more correctly, a transgenic crop, as all<br />

crop plants have been genetically modified by selective breeding<br />

since time immemorial ()"<br />

Traduz-se por: "ou, mais corretamente, uma semente<br />

transgênica, como todas as sementes têm sido geneticamente<br />

modificadas por criação seletiva desde tempos imemoriais"<br />

35 The passage tells us that<br />

a) tests have shown that only a few GM crops may be hazardous<br />

to health<br />

b) the environmental risks of GM crops are practically nonexistent<br />

c) only a few GM products consumed in Europe have been<br />

commercially approved<br />

d) it is highly improbable that GM crops promote pest varieties<br />

resistant to insecticides<br />

e) commercially approved GM crops are safe for consumption,<br />

although they may harm the environment<br />

R: Alternativa e<br />

Lê-se no texto: "No trial has shown as health risk from a<br />

commercially approved GM crop () And while the<br />

environmental risks, such as cross–pollination with wild<br />

species and the promotion of insecticide–resistant strains of<br />

pest, look more plausible, they also look no worse than the<br />

sorts of environmental havoc wreaked by more traditional sorts<br />

of agriculture"<br />

Traduz-se como: "Nenhum teste mostrou risco de saúde vindo<br />

das sementes geneticamente modificadas, aprovadas<br />

comercialmente E quanto aos riscos ambientais, tais como<br />

a polinização cruzada com espécies selvagens e a promoção<br />

de tipos de pestes resistentes a inseticidas, parecem mais<br />

plausíveis, elas também não parecem piores do que os tipos<br />

de estragos ambientais causados pelos tipos mais tradicionais<br />

de agricultura<br />

7<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

36 According to the passage, more traditional sorts of agriculture<br />

a) appear to be just as damaging to the environment as GM<br />

crops<br />

b) seem to cause less damage to the environment than GM<br />

crops<br />

c) may cause greater damage to the environment than GM<br />

crops<br />

d) have been proved to cause no damage to the environment<br />

e) are far less damaging to the environment than GM crops<br />

R: Alternativa a<br />

Lê-se no texto: " they also look no worse than the sorts of<br />

environmental havoc wreaked by more traditional sorts of<br />

agriculture"<br />

Traduz-se como: elas também não parecem piores do que os<br />

tipos de estragos ambientais causados pelos tipos mais<br />

tradicionais de agricultura<br />

Texto para as questões de 37 a 40<br />

MICHAEL D COE’S Breaking the Maya Code Revised paperback<br />

edition First published 1992 Thames & Hudson, New York, 1999<br />

($1895)<br />

The decipherment of the Maya script was, Coe states, “one of the<br />

most exciting intellectual adventures of our age, on a par with the<br />

exploration of space and the discovery of the genetic code” He<br />

presents the story eloquently and in detail, with many illustrations of<br />

the mysterious Maya inscriptions and the people who tried to decipher<br />

them Most of the credit, he says, goes to the late Yuri V Knorosov<br />

of the Russian Institute of Ethnography, but many others participated<br />

They did not always agree, and some of them went up blind alleys<br />

Coe–emeritus professor of<br />

anthropology at Yale University–<br />

vividly describes the battles,<br />

missteps and successes What<br />

is now established, he writes, is<br />

that “the Maya writing system is<br />

a mix of logograms and syllabic<br />

signs; with the latter, they could<br />

and often did write words purely<br />

phonetically”<br />

37 The passage tells us that Michael D Coe<br />

(SCIENTIFIC AMERICAN APRIL 2000)<br />

a) is the anthropologist responsible for the decipherment of<br />

Maya writing<br />

b) attributes great importance to the decipherment of the Maya<br />

script<br />

c) is also the author of books about the exploration of space<br />

d) has worked with Yuri V Knorosov recently<br />

e) has been interested in pursuing exciting intellectual<br />

adventures<br />

R: Alternativa b<br />

Lê-se no texto: ", one of the most exciting intellectual adventures<br />

of our age, on a par with the exploration of space and the<br />

discovery of the genetic code"<br />

Traduz-se por: "uma das mais excitantes aventuras intelectuais<br />

de nossa época, comparável à exploração espacial e à<br />

descoberta do código genético"


UNIdERSITÁRIO<br />

38 In the passage, “some of them went up blind alleys” (line 8)<br />

means that some scientists engaged in the decipherment of the<br />

Maya script<br />

a) gave up participating in the project<br />

b) failed to be on a par with the other scientists<br />

c) were the last to be convinced of their success<br />

d) failed to come up with useful results<br />

e) followed in Knorosov’s footsteps blindly<br />

R: Alternativa d<br />

Lê-se no texto: " some of them went up blind alleys"<br />

Traduz-se por " alguns deles seguiram pistas falsas"<br />

Bem como na alternativa: "falharam em conseguir resultados<br />

úteis"<br />

39 According to the passage, Michael D Coe’s book<br />

a) includes details of the disagreements among scientists in the<br />

decipherment project<br />

b) is co-authored by the Russian ethnographer Yuri V Knorosov<br />

c) revises the author’s previous interpretation of Maya<br />

inscriptions<br />

d) is to be followed by a book about the Mayas’ misfortunes and<br />

achievements<br />

e) has been highly successful among anthropologists and<br />

other academics<br />

R: Alternativa a<br />

Lê-se no texto: " vividly describes the battles, missteps and<br />

successes"<br />

Traduz-se por: "descreve vividamente as brigas, os passos<br />

errados e os sucessos"<br />

40 Which of these statements is true according to the passage?<br />

a) There is still uncertainty as to whether the Mayas used<br />

syllabic signs<br />

b) The Mayas invented a purely phonetic writing system<br />

c) Syllabic signs are evidence that the Mayas could match<br />

words and sounds<br />

d) Scientists disagree about the major characteristics of the<br />

Maya writing system<br />

e) Logograms were used by the Mayas to write phonetically<br />

R: Alternativa c<br />

Lê-se no texto: "The Maya writing system is a mix of logograms<br />

and syllabic signs; "<br />

Traduz-se por: o sistema de escrita Maia é um misto de<br />

logogramas e sinais silábicos; "<br />

FÍSICA<br />

OBSERVAÇÃO (para todas as questões de Física): o valor da<br />

aceleração da gravidade na superfície da Terra é representado<br />

por g Quando necessário adote: para g, o valor de 10m/s 2 ; para<br />

a massa específica (densidade) da água, o valor 1000 kg/m 3 =<br />

= 1 g/cm 3 ; para o calor específico da água, o valor 1,0 cal/(g o C)<br />

(1 caloria @ 4 joules) Lembre-se de que sen 30 o = cos 60 o = 0,5<br />

e sen 45 o = cos 45 o = /2<br />

8<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

41 Dois espelhos planos, sendo um deles mantido na horizontal,<br />

formam entre si um ângulo  Uma pessoa observa-se através do<br />

espelho inclinado, mantendo seu olhar na direção horizontal<br />

Para que ela veja a imagem de seus olhos, e os raios retornem pela<br />

mesma trajetória que incidiram, após reflexões nos dois espelhos<br />

(com apenas uma reflexão no espelho horizontal), é necessário<br />

que o ângulo  seja de<br />

a) 15 o<br />

b ) 30 o<br />

c) 45 o<br />

R: Alternativa c<br />

d) 60 o<br />

e) 75 o<br />

Para que os raios de luz retornem pela mesma trajetória que<br />

incidiram Observando a figura, temos que os ângulos y e A são<br />

iguais, assim A = 45 o <br />

42 Uma pessoa segura uma lente delgada junto a um livro, mantendo<br />

seus olhos aproximadamente a 40 cm da página, obtendo a<br />

imagem indicada na figura<br />

Em seguida, sem mover a cabeça ou o livro, vai aproximando a<br />

lente de seus olhos A imagem, formada pela lente, passará a ser<br />

a) sempre direita, cada vez menor<br />

b) sempre direita, cada vez maior<br />

c) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez<br />

menor<br />

d) direita cada vez maior, passando a invertida e cada vez menor<br />

e) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez maior


UNIdERSITÁRIO<br />

R: Alternativa a<br />

Observando a imagem da figura direita e menor que o objeto,<br />

podemos concluir que o instrumento óptico é uma lente<br />

divergente<br />

Aproximando a lente dos olhos, equivale a afastar o objeto da<br />

lente, conjugando imagens cada vez menores<br />

43 Uma peça, com a forma indicada, gira em torno de um eixo horizontal<br />

P, com velocidade angular constante e igual a p rad/s Uma mola<br />

mantém uma haste apoiada sobre a peça, podendo a haste moverse<br />

apenas na vertical A forma da peça é tal que, enquanto ela gira,<br />

a extremidade da haste sobe e desce, descrevendo, com o passar<br />

do tempo, um movimento harmônico simples Y(t) como indicado<br />

no gráfico<br />

Assim, a freqüência do movimento da extremidade da haste será<br />

de<br />

a) 3,0 Hz<br />

b) 1,5 Hz<br />

c) 1,0 Hz<br />

d) 0,75 Hz<br />

e) 0,5 Hz<br />

R: Alternativa b<br />

Observamos pela figura que a freqüência da mola (f m ) deve ser<br />

três vezes maior do que a freqüência de giro da peça (f p ):<br />

w p = 2pf p<br />

p = 2p f p<br />

f p = 0,5 Hz<br />

f M = 3 f p<br />

f n = 3 0,5<br />

f n = 1,5 Hz<br />

9<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

44 Considerando o fenômeno de ressonância, o ouvido humano<br />

deveria ser mais sensível a ondas sonoras com comprimentos de<br />

onda cerca de quatro vezes o comprimento do canal auditivo<br />

externo, que mede, em média, 2,5 cm Segundo esse modelo, no<br />

ar, onde a velocidade de propagação do som é 340 m/s, o ouvido<br />

humano seria mais sensível a sons com freqüências em torno de<br />

a) 34 Hz<br />

b) 1320 Hz<br />

c) 1700 Hz<br />

d) 3400 Hz<br />

e) 6800 Hz<br />

R: Alternativa d<br />

Comprimento de onda de maior sensibilidade ao ouvido<br />

humano:<br />

l = 4 2,5<br />

l = 10 cm = 0,1 m<br />

v = l f<br />

340 = 0,1 f<br />

f = 3400 Hz<br />

45 Na pesagem de um caminhão, no posto fiscal de uma estrada, são<br />

utilizadas três balanças Sobre cada balança, são posicionadas<br />

todas as rodas de um mesmo eixo As balanças indicaram 30000 N,<br />

20000 N e 10000 N A partir desse procedimento, é possível<br />

concluir que o peso do caminhão é de<br />

a) 20000 N<br />

b) 25000 N<br />

c) 30000 N<br />

d) 50000 N<br />

e) 60000 N<br />

R: Alternativa e<br />

A indicação da balança corresponde à força de contato (normal)<br />

entre o caminhão e a balança Como o caminhão está em<br />

repouso, o peso será equilibrado por estas forças normais<br />

Daí:<br />

P = 30000 + 20000 + 10000<br />

P = 60000 N


UNIdERSITÁRIO<br />

46 Um mesmo pacote pode ser carregado com cordas amarradas de<br />

várias maneiras A situação, dentre as apresentadas, em que as<br />

cordas estão sujeitas a maior tensão é<br />

a) A<br />

b) B d) D<br />

c) C e) E<br />

R: Alternativa a<br />

As forças aplicadas no pacote serão:<br />

Como o sistema está em equilíbrio, teremos:<br />

Observe que à medida que o ângulo a aumenta na figura, o<br />

ângulo b irá diminuir<br />

Desta forma teremos:<br />

sen b = P 2<br />

T<br />

P<br />

→ T =<br />

2 sen β<br />

Como P é constante, a tração será máxima quando o ângulo<br />

b for mínimo<br />

Se b é mínimo, o ângulo a deve ser o maior de todos indicados<br />

47 Uma granada foi lançada verticalmente, a partir do chão, em uma<br />

região plana Ao atingir sua altura máxima, 10 s após o lançamento,<br />

a granada explodiu, produzindo dois fragmentos com massa<br />

total igual a 5 kg, lançados horizontalmente Um dos fragmentos,<br />

com massa igual a 2 kg, caiu a 300 m, ao Sul do ponto de<br />

lançamento, 10 s depois da explosão Pode-se afirmar que a parte<br />

da energia liberada na explosão, e transformada em energia<br />

cinética dos fragmentos, é aproximadamente de<br />

10<br />

a) 900 J<br />

b) 1500 J<br />

c) 3000 J<br />

d) 6000 J<br />

e) 9000 J<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

R: Alternativa b<br />

No momento da explosão, a granada está na sua altura<br />

máxima (v = 0)<br />

Após a explosão, temos:<br />

A componente horizontal da velocidade mantém-se constante,<br />

daí:<br />

S = S 0 + v 1 t<br />

300 = v 1 10<br />

v 1 = 30 m/s<br />

Aplicando a conservação da quantidade de movimento:<br />

Q A = Q d<br />

0 = 2 30 + 3 v 2 \ v 2 = –20 m/s<br />

A energia cinética dos fragmentos é dada por:<br />

mv 1 1 m v<br />

−<br />

Ec = Ec + Ec<br />

= + = +<br />

1 2<br />

2 2 2<br />

2<br />

2 2 2 . (30) 3 . ( 20)<br />

2 2 2 2<br />

E c = 900 + 600 \ E c = 1500 J<br />

48 Uma prancha rígida, de 8 m de comprimento, está apoiada no chão<br />

(em A) e em um suporte P, como na figura Uma pessoa, que pesa<br />

metade do peso da prancha, começa a caminhar lentamente sobre<br />

ela, a partir de A Pode-se afirmar que a prancha desencostará do<br />

chão (em A), quando os pés dessa pessoa estiverem à direita de<br />

P, e a uma distância desse ponto aproximadamente igual a<br />

a) 1,0 m<br />

b) 1,5 m d) 2,5 m<br />

c) 2,0 m e) 3,0 m<br />

R: Alternativa c<br />

Desenhando as forças que atuam na prancha, temos:<br />

P : peso da prancha<br />

P<br />

: peso da pessoa<br />

2


UNIdERSITÁRIO<br />

Adotando o pólo em P e sentido anti-horário como positivo:<br />

SM = 0 \ P 1 – P<br />

2<br />

P = P<br />

2<br />

x = 2 m<br />

x<br />

x = 0<br />

49 Para pesar materiais pouco densos, deve ser levado em conta o<br />

empuxo do ar Define-se, nesse caso, o erro relativo como<br />

Em determinados testes de controle de qualidade, é exigido um<br />

erro nas medidas não superior a 2% Com essa exigência, a mínima<br />

densidade de um material, para o qual é possível desprezar o<br />

empuxo do ar, é de<br />

a) 2 vezes a densidade do ar<br />

b) 10 vezes a densidade do ar<br />

c) 20 vezes a densidade do ar<br />

d) 50 vezes a densidade do ar<br />

e) 100 vezes a densidade do ar<br />

R: Alternativa d<br />

Erro relativo = 0,02, então:<br />

0,02 =<br />

Peso real − Peso medido<br />

Peso real<br />

Colocando-se um determinado corpo sobre uma balança,<br />

teremos as seguintes forças atuando sobre ele:<br />

P = E + N<br />

N = P – E (2)<br />

Substituindo (2) em (1), temos:<br />

0,02 =<br />

0,02 P = E<br />

P− P+ E<br />

P<br />

0,02 d c V g = d ar V g<br />

\ d c = 50 d ar<br />

(1)<br />

onde:<br />

P = Peso real<br />

E = Empuxo<br />

N = Peso medido<br />

50 A Estação Espacial Internacional, que está sendo construída<br />

num esforço conjunto de diversos países, deverá orbitar a uma<br />

distância do centro da Terra igual a 1,05 do raio médio da Terra<br />

A razão R = F e /F, entre a força F e com que a Terra atrai um corpo<br />

nessa Estação e a força F com que a Terra atrai o mesmo corpo<br />

na superfície da Terra, é aproximadamente de<br />

11<br />

a) 0,02<br />

b) 0,05 d) 0,50<br />

c) 0,10 e) 0,90<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

R: Alternativa e<br />

A figura abaixo mostra um corpo de massa m na superfície da<br />

Terra e a uma distância do centro da Terra igual a 1,05 do raio<br />

médio da Terra (R T )<br />

G . M . m G . M . m<br />

Fe<br />

= =<br />

2 2<br />

(1,05 . RT)<br />

1,1025 . (RT)<br />

G . M . m<br />

F =<br />

(RT ) 2<br />

A razão entre as forças será:<br />

G . M . m<br />

2<br />

1,1025 . (R<br />

R = T)<br />

G . M . m<br />

1<br />

= ≅ 090 ,<br />

11025 ,<br />

(R<br />

2<br />

)<br />

T<br />

51 Um motociclista de motocross move-se com velocidade v = 10 m/s,<br />

sobre uma superfície plana, até atingir uma rampa (em A),<br />

inclinada de 45 o com a horizontal, como indicado na figura<br />

A trajetória do motociclista deverá atingir novamente a rampa a<br />

uma distância horizontal D (D = H), do ponto A, aproximadamente<br />

igual a<br />

a) 20 m<br />

b) 15 m d) 7,5 m<br />

c) 10 m e) 5 m<br />

R: Alternativa a


UNIdERSITÁRIO<br />

l movimento horizontal:<br />

S = S 0 + v x t H = 10t t = H<br />

10<br />

l movimento vertical:<br />

S = S 0 + v 0 t + a<br />

2 t2<br />

H = 10<br />

2 t2 de H = 10<br />

2<br />

2<br />

H = 10/<br />

H<br />

2 100/<br />

\ H = 20 m<br />

H<br />

10<br />

52 Dois caixotes de mesma altura e mesma massa, A e B, podem<br />

movimentar-se sobre uma superfície plana, sem atrito Estando<br />

inicialmente A parado, próximo a uma parede, o caixote B aproxima-se<br />

perpendicularmente à parede, com velocidade V 0 , provocando<br />

uma sucessão de colisões elásticas no plano da figura<br />

Após todas as colisões, é possível afirmar que os módulos das<br />

velocidades dos dois blocos serão aproximadamente<br />

a) V A = V 0 e V B = 0<br />

b ) V A = V 0 /2 e V B = 2 V 0<br />

c) V A = 0 e V B = 2 V 0<br />

d) V A = V 0 / e V B = V 0 /<br />

e) V A = 0 e V B = V 0<br />

R: Alternativa e<br />

No choque elástico, quando os corpos têm massas iguais,<br />

ocorre troca de velocidade dos corpos<br />

Na parede, sendo o choque elástico, não ocorre perda da<br />

energia mecânica, logo, o corpo volta com mesma velocidade<br />

em módulo<br />

V A = 0 V B = V 0<br />

53 O processo de pasteurização do leite consiste em aquecê-lo a<br />

altas temperaturas, por alguns segundos, e resfriá-lo em seguida<br />

Para isso, o leite percorre um sistema, em fluxo constante,<br />

passando por três etapas:<br />

2<br />

12<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

I) O leite entra no sistema (através de A), a 5 o C, sendo aquecido<br />

(no trocador de calor B) pelo leite que já foi pasteurizado e<br />

está saindo do sistema<br />

II) Em seguida, completa-se o aquecimento do leite, através da<br />

resistência R, até que ele atinja 80ºC Com essa temperatura,<br />

o leite retorna a B<br />

III) Novamente em B, o leite quente é resfriado pelo leite frio que<br />

entra por A, saindo do sistema (através de C), a 20ºC<br />

Em condições de funcionamento estáveis, e supondo que o<br />

sistema seja bem isolado termicamente, pode-se afirmar que a<br />

temperatura indicada pelo termômetro T, que monitora a temperatura<br />

do leite na saída de B, é aproximadamente de<br />

a) 20 o C<br />

b ) 25 o C d) 65 o C<br />

c) 60 o C e) 75 o C<br />

R: Alternativa d<br />

Suponhamos que a perda de calor para o meio externo seja<br />

desprezível<br />

Q 1 : quantidade de calor trocada pelo leite frio<br />

Q 2 : quantidade de calor trocada pelo leite quente<br />

Q 1 + Q 2 = 0<br />

m c Dq + m c Dq = 0<br />

1 2<br />

Dq = – Dq 1 2<br />

Dq1 = –(–60)<br />

Dq = 60 1 o C<br />

Portanto, a temperatura de saída é 65 o C<br />

54 Em uma panela aberta, aquece-se água, observando-se uma<br />

variação da temperatura da água com o tempo, como indica o<br />

gráfico Desprezando-se a evaporação antes da fervura, em<br />

quanto tempo, a partir do começo da ebulição, toda a água terá<br />

se esgotado? (Considere que o calor de vaporização da água é<br />

cerca de 540 cal/g)<br />

a) 18 minutos<br />

b) 27 minutos d) 45 minutos<br />

c) 36 minutos e) 54 minutos


UNIdERSITÁRIO<br />

R: Alternativa e<br />

A partir do gráfico, podemos concluir que a quantidade de calor<br />

utilizada em 4 min para aquecer a água de 30 o C até 70 o C foi<br />

de:<br />

Q = m 1 40 = 40 m<br />

A quantidade de calor necessária para vaporizar a água a 100 o C<br />

é:<br />

Q = m 540 = 540 m<br />

Portanto, 40 m 4 min<br />

540 m t<br />

t = 54 min<br />

55 Um gás, contido em um cilindro, à pressão atmosférica, ocupa um<br />

volume V 0 , à temperatura ambiente T 0 (em kelvin) O cilindro<br />

contém um pistão, de massa desprezível, que pode mover-se sem<br />

atrito e que pode até, em seu limite máximo, duplicar o volume<br />

inicial do gás Esse gás é aquecido, fazendo com que o pistão seja<br />

empurrado ao máximo e também com que a temperatura do gás<br />

atinja quatro vezes T 0 Na situação final, a pressão do gás no<br />

cilindro deverá ser<br />

a) metade da pressão atmosférica<br />

b) igual à pressão atmosférica<br />

c) duas vezes a pressão atmosférica<br />

d) três vezes a pressão atmosférica<br />

e) quatro vezes a pressão atmosférica<br />

R: Alternativa c<br />

Estado inicial: p 0 , V 0 , T 0<br />

Estado final: p 1 , 2 V 0 , 4 T 0<br />

Aplicando a Lei Geral dos Gases Perfeitos temos:<br />

p1. 2 V0<br />

p0<br />

. V<br />

=<br />

4 T T<br />

0<br />

p 1 = 2 p 0<br />

0<br />

0<br />

56 Duas pequenas esferas, com cargas elétricas iguais, ligadas por<br />

uma barra isolante, são inicialmente colocadas como descrito na<br />

situação I Em seguida, aproxima-se uma das esferas de P,<br />

reduzindo-se à metade sua distância até esse ponto, ao mesmo<br />

tempo em que se duplica a distância entre a outra esfera e P, como<br />

na situação II O campo elétrico em P, no plano que contém o<br />

centro das duas esferas, possui, nas duas situações indicadas,<br />

13<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

a) mesma direção e intensidade<br />

b) direções diferentes e mesma intensidade<br />

c) mesma direção e maior intensidade em I<br />

d) direções diferentes e maior intensidade em I<br />

e) direções diferentes e maior intensidade em II<br />

R: Alternativa b<br />

Comparando as duas situações teremos: |E 2 | = |E 3 | e |E 1 | =<br />

= |E 4 |<br />

Portanto, ( R = (<br />

1 R2<br />

com direções diferentes<br />

57 Dispondo de pedaços de fios e 3 resistores de mesma resistência,<br />

foram montadas as conexões apresentadas abaixo Dentre essas,<br />

aquela que apresenta a maior resistência elétrica entre seus<br />

terminais é<br />

a)<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

e)<br />

R: Alternativa c<br />

As associações das alternativas B e E estão em curto-circuito,<br />

portanto a resistência equivalente é nula<br />

Na alternativa A, as três resistências estão em paralelo, portanto<br />

a resistência equivalente é R<br />

3


UNIdERSITÁRIO<br />

A alternativa C tem uma resistência em série com duas em<br />

paralelo<br />

R 3R<br />

RT = R+ =<br />

2 2<br />

A alternativa D tem uma resistência em paralelo com duas em<br />

série<br />

R . R R<br />

RT<br />

R R<br />

=<br />

2<br />

2 R 2 2<br />

= =<br />

2R + 3 3<br />

58 Um ímã cilíndrico A, com um pequeno orifício ao longo de seu<br />

eixo, pode deslocar-se sem atrito sobre uma fina barra de plástico<br />

horizontal Próximo à barra e fixo verticalmente, encontra-se um<br />

longo ímã B, cujo pólo S encontra-se muito longe e não está<br />

representado na figura Inicialmente o ímã A está longe do B e<br />

move-se com velocidade V, da esquerda para a direita<br />

Desprezando efeitos dissipativos, o conjunto de todos os gráficos<br />

que podem representar a velocidade V do ímã A, em função<br />

da posição x de seu centro P, é constituído por<br />

a) II<br />

b) I e II<br />

c) II e III<br />

d) I e III<br />

e) I, II e III<br />

R: Alternativa d<br />

Quando o ímã A se aproxima do pólo norte do ímã B, é freado<br />

pela força de repulsão, podendo parar antes da vertical que<br />

contém o ímã B, a partir daí é acelerado e a velocidade aumenta<br />

em sentido contrário<br />

O exposto acima corresponde ao gráfico I<br />

A força magnética varia com a distância, portanto a aceleração<br />

também varia, logo o gráfico II não é possível<br />

Dependendo da velocidade do ímã A, ele pode passar pelo<br />

ímã B<br />

Inicialmente o ímã A é freado pelo ímã B, até o norte do A passar<br />

pelo B<br />

Quando o norte do A passar B, o ímã A é acelerado até o sul<br />

do ímã A passar pelo B<br />

Depois que o sul do A passar pelo B há uma atração e a<br />

velocidade diminui, portanto o gráfico III é possível<br />

14<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

59 Um circuito doméstico simples, ligado à rede de 110 V e protegido<br />

por um fusível F de 15 A, está esquematizado abaixo<br />

A potência máxima de um ferro de passar roupa que pode ser<br />

ligado, simultaneamente, a uma lâmpada de 150 W, sem que o<br />

fusível interrompa o circuito, é aproximadamente de<br />

a) 1100 W<br />

b) 1500 W d) 2250 W<br />

c) 1650 W e) 2500 W<br />

R: Alternativa b<br />

A potência máxima do ferro de passar pode ser encontrada<br />

calculando-se a potência máxima suportada pelo fusível e<br />

subtraindo-se dela a potência da lâmpada<br />

® Potência máxima suportada pelo fusível: Pot máx<br />

Pot máx = U i<br />

Pot máx = 110 15<br />

Pot máx = 1650 W<br />

® Potência máxima do ferro: Pot FP<br />

Pot FP = Pot máx – Pot lâmpada<br />

Pot FP = 1650 – 150<br />

Pot FP = 1500 W<br />

60 Três fios verticais e muito longos atravessam uma superfície<br />

plana e horizontal, nos vértices de um triângulo isósceles, como<br />

na figura abaixo desenhada no plano<br />

Por dois deles ( • ), passa uma mesma corrente que sai do plano<br />

do papel e pelo terceiro ( X ), uma corrente que entra nesse plano<br />

Desprezando-se os efeitos do campo magnético terrestre, a<br />

direção da agulha de uma bússola, colocada eqüidistante deles,<br />

seria melhor representada pela reta<br />

a) A A’<br />

b ) B B’ d) D D’<br />

c) C C’ e) perpendicular ao plano do papel


UNIdERSITÁRIO<br />

R: Alternativa a<br />

Para determinarmos a direção do ímã temos que determinar<br />

primeiro a direção do campo magnético B, gerado pelas três<br />

correntes<br />

Como o campo resultante tem direção AA’, o ímã se posicionará<br />

na mesma direção AA’<br />

QUÍMICA<br />

61 Em seu livro de contos, O Sistema Periódico, o escritor italiano<br />

Primo Levi descreve características de elementos químicos e as<br />

relaciona a fatos de sua vida Dois trechos desse livro são<br />

destacados a seguir:<br />

(I) “[Este metal] é mole como a cera; reage com a água onde<br />

flutua (um metal que flutua!), dançando freneticamente e<br />

produzindo hidrogênio”<br />

(II) “[Este outro] é um elemento singular: é o único capaz de ligarse<br />

a si mesmo em longas cadeias estáveis, sem grande<br />

desperdício de energia, e para a vida sobre a Terra (a única<br />

que conhecemos até o momento) são necessárias exatamente<br />

as longas cadeias Por isso, é o elemento-chave da<br />

substância viva”<br />

O metal e o elemento referidos nos trechos (I) e (II) são, respectivamente,<br />

a) mercúrio e oxigênio<br />

b) cobre e carbono<br />

c) alumínio e silício<br />

d) sódio e carbono<br />

e) potássio e oxigênio<br />

R: Alternativa d<br />

A partir da informação (I) identifica-se que o metal é o sódio:<br />

l metal mole<br />

l flutua na água, por apresentar menor densidade<br />

l reage com água, produzindo hidrogênio<br />

2 Na(s) + 2 H – OH (l) ® 2 NaOH (aq) + H 2 (g)<br />

A informação (II) identifica o elemento carbono:<br />

l capaz de ligar-se a si mesmo em longas cadeias estáveis:<br />

isso ocorre no grafite, no diamante, no fulereno<br />

l elemento-chave da substância viva: elemento presente<br />

em todas as substâncias orgânicas<br />

62 Três variedades alotrópicas do carbono são diamante, grafita e<br />

fulereno As densidades dessas substâncias, não necessariamente<br />

na ordem apresentada, são: 3,5; 1,7 e 2,3 g/cm 3 Com base<br />

nas distâncias médias entre os átomos de carbono, escolha a<br />

densidade adequada e calcule o volume ocupado por um diamante<br />

de 0,175 quilate Esse volume, em cm 3 , é igual a<br />

15<br />

a) 0,50 × 10 –2<br />

b) 1,0 × 10 –2<br />

c) 1,5 × 10 –2<br />

d) 2,0 × 10 –2<br />

e) 2,5 × 10 –2<br />

123<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

Dados:<br />

Distância média entre os átomos de<br />

carbono, em nanômetro (10 –9 m)<br />

diamante 0,178<br />

fulereno 0,226<br />

grafita 0,207<br />

1 quilate = 0,20 g<br />

R: Alternativa b<br />

A partir da distância média entre os átomos de carbono, podese<br />

conhecer as densidades Quanto menor a distância média,<br />

maior é a densidade da variedade alotrópica Dessa forma, a<br />

densidade do diamante é 3,5 g/cm 3 <br />

1 quilate ––––– 0,20 g<br />

0,175 quilate ––– m \<br />

\ m = 0,20 0,175 = 0,035 g<br />

d m m 0, 035<br />

-2<br />

= \ V = = = 001 , cm = 10 , . 10 cm<br />

V d 35 ,<br />

3 3<br />

63 Numa mesma temperatura, foram medidas as pressões de vapor<br />

dos três sistemas abaixo<br />

x<br />

y<br />

z<br />

Os resultados, para esses três sistemas, foram: 105,0, 106,4 e<br />

108,2 mmHg, não necessariamente nessa ordem Tais valores<br />

são, respectivamente, as pressões de vapor dos sistemas<br />

a)<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

e)<br />

100 g de benzeno<br />

5,00 g de naftaleno dissolvidos em 100 g de benzeno<br />

(massa molar do naftaleno = 128 g/mol)<br />

5,00 g de naftaceno dissolvidos em 100 g de benzeno<br />

(massa molar do naftaceno = 228 g/mol)<br />

105,0<br />

x<br />

y<br />

y<br />

x<br />

z<br />

106,4<br />

y<br />

x<br />

z<br />

z<br />

y<br />

108,2<br />

R: Alternativa c<br />

O benzeno, por se tratar de um líquido puro, possui a maior<br />

pressão de vapor<br />

A adição de naftaleno ou do naftaceno diminui a pressão de<br />

vapor O naftaleno, que possui a menor massa molar, possuirá<br />

a maior quantidade de partículas, e a menor pressão de vapor<br />

Portanto:<br />

x = 108,2 mm Hg y = 105,0 mm Hg z = 106,4 mm Hg<br />

z<br />

z<br />

x<br />

y<br />

x


UNIdERSITÁRIO<br />

64 Deseja-se preparar e recolher os gases metano, amônia e cloro<br />

As figuras I, II e III mostram dispositivos de recolhimento de<br />

gases em tubos de ensaio<br />

Considerando os dados da tabela abaixo,<br />

metano<br />

amônia<br />

cloro<br />

ar<br />

massa molar<br />

g/mol<br />

16<br />

17<br />

71<br />

29 (valor médio)<br />

escolha, dentre os dispositivos apresentados, os mais adequados<br />

para recolher, nas condições ambiente, metano, amônia e<br />

cloro Esses dispositivos são, respectivamente,<br />

a) II, II e III<br />

b) III, I e II d) II, I e III<br />

c) II, III e I e) III, III e I<br />

R: Alternativa b<br />

Os gases amônia (NH 3 ) e metano (CH 4 ) são menos densos<br />

que o ar, pois possuem massas molares menores que o ar<br />

O gás cloro (Cl 2 ) é mais denso que o ar, pois possui massa<br />

molar maior que o ar<br />

O dispositivo III é usado para coletar o metano, que não é<br />

solúvel em água e é menos denso que o ar<br />

O dispositivo I é usado para coletar a amônia, que é menos<br />

densa que o ar, mas é solúvel em água<br />

O dispositivo II é usado para o Cl 2 , que é mais denso que o ar<br />

65 Examinando-se as estruturas moleculares do álcool benzílico e<br />

do tolueno,<br />

pode-se afirmar corretamente que<br />

solubilidade em<br />

água<br />

desprezível<br />

alta<br />

alta<br />

baixa<br />

a) o álcool benzílico deve ter ponto de ebulição maior do que o<br />

tolueno, ambos sob mesma pressão<br />

b) o álcool benzílico deve ser menos solúvel em água do que o<br />

tolueno, ambos à mesma temperatura<br />

16<br />

CH 3<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

c) o álcool benzílico e o tolueno, ambos à mesma temperatura,<br />

têm a mesma pressão de vapor<br />

d) o álcool benzílico e o tolueno possuem moléculas associadas<br />

por ligações de hidrogênio<br />

e) o álcool benzílico apresenta atividade óptica, enquanto o<br />

tolueno não<br />

R: Alternativa a<br />

CH 2 OH<br />

O álcool benzílico, , deve ter ponto de ebulição maior<br />

do que o tolueno, , pois apresenta forças intermoleculares<br />

maiores, devido ao seu grupo funcional (– CH 2 – OH) Há a<br />

formação de pontes de hidrogênio, o que não ocorre com o<br />

tolueno<br />

66 Entre as figuras abaixo, a que melhor representa a distribuição<br />

das partículas de soluto e de solvente, numa solução aquosa<br />

diluída de cloreto de sódio, é:<br />

a) d)<br />

b ) e)<br />

c) Legenda:<br />

Na +<br />

Cl –<br />

H 2 O<br />

R: Alternativa c<br />

O cloreto de sódio dissocia-se em íons NaCl (s) ® Na 1+ (aq) +<br />

+ Cl 1– (aq) O cátion Na 1+ é envolto por moléculas de água sob<br />

a forma:<br />

O oxigênio (pólo negativo da molécula de água) direciona-se<br />

ao cátion<br />

O ânion Cl 1– é envolto por moléculas de água sob a forma:<br />

+<br />

–<br />

Os átomos de hidrogênio (pólo positivo da molécula) direcionam-se<br />

ao ânion


UNIdERSITÁRIO<br />

67 Deseja-se estudar três gases incolores, recolhidos em diferentes<br />

tubos de ensaio Cada tubo contém apenas um gás Em um<br />

laboratório, foram feitos dois testes com cada um dos três gases:<br />

(I) colocação de um palito de fósforo aceso no interior do tubo<br />

de ensaio;<br />

(II) colocação de uma tira de papel de tornassol azul, umedecida<br />

com água, no interior do outro tubo, contendo o mesmo gás,<br />

tampando-se em seguida<br />

Os resultados obtidos foram:<br />

gás<br />

X<br />

Y<br />

Z<br />

teste com o palito<br />

de fósforo<br />

extinção da chama<br />

explosão e condensação de<br />

água nas paredes do tubo<br />

extinção da chama<br />

Com base nesses dados, os gases X, Y e Z poderiam ser,<br />

respectivamente,<br />

a)<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

e)<br />

X<br />

SO 2<br />

CO 2<br />

He<br />

N 2<br />

O 2<br />

Y<br />

O 2<br />

H 2<br />

O 2<br />

H 2<br />

He<br />

R: Alternativa a<br />

O combustível que forma água é o hidrogênio A substância<br />

que torna vermelho o papel de tornassol azul é o CO 2 que é um<br />

óxido ácido O nitrogênio é um gás praticamente inerte e por<br />

isso extinguiu a chama do palito<br />

68 Azeite e vinagre, quando misturados, separam-se logo em duas<br />

camadas Porém, adicionando-se gema de ovo e agitando-se a<br />

mistura, obtém-se a maionese, que é uma dispersão coloidal<br />

Nesse caso, a gema de ovo atua como um agente<br />

a) emulsificador<br />

b) hidrolisante d) redutor<br />

c) oxidante e) catalisador<br />

teste com o papel de<br />

tornassol azul<br />

continuou azul<br />

continuou azul<br />

ficou vermelho<br />

R: Alternativa d<br />

O vinagre é uma substância polar e o azeite é apolar A gema<br />

de ovo age como um emulsificador, ligando-se ao vinagre e ao<br />

azeite Obtém-se uma dispersão coloidal<br />

69 Considere duas latas do mesmo refrigerante, uma na versão<br />

“diet” e outra na versão comum Ambas contêm o mesmo volume<br />

de líquido (300 mL) e têm a mesma massa quando vazias A<br />

composição do refrigerante é a mesma em ambas, exceto por uma<br />

diferença: a versão comum contém certa quantidade de açúcar,<br />

Z<br />

N 2<br />

NH 3<br />

N 2<br />

CO 2<br />

SO 2<br />

17<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

enquanto a versão “diet” não contém açúcar (apenas massa<br />

desprezível de um adoçante artificial) Pesando-se duas latas<br />

fechadas do refrigerante, foram obtidos os seguintes resultados:<br />

amostra massa (g)<br />

lata com refrigerante comum 331,2<br />

lata com refrigerante “diet” 316,2<br />

Por esses dados, pode-se concluir que a concentração, em g/L,<br />

de açúcar no refrigerante comum é de, aproximadamente,<br />

a) 0,020<br />

b) 0,050 d) 20<br />

c) 1,1 e) 50<br />

R: Alternativa e<br />

A diferença de massa deve-se praticamente ao açúcar que o<br />

refrigerante diet não contém:<br />

Massa de açúcar = Dm = 331,2 – 316,2 = 15,0 g<br />

Concentração = 15 g<br />

= 50 g/L<br />

0,3 L<br />

70 Um químico leu a seguinte instrução num procedimento descrito<br />

no seu guia de laboratório: “Dissolva 5,0 g do cloreto em 100 mL<br />

de água, à temperatura ambiente”<br />

Dentre as substâncias abaixo, qual pode ser a mencionada no<br />

texto?<br />

a) Cl<br />

2<br />

b) CCl d) NH Cl<br />

4<br />

4<br />

c) NaClO e) AgCl<br />

R: Alternativa d<br />

Dentre as fórmulas citadas, possuem o ânion cloreto, Cl 1– ,<br />

somente NH 4 Cl e AgCl Ocorre, porém, que o AgCl é insolúvel,<br />

restando apenas o cloreto de amônio, NH 4 Cl<br />

71 A auto-ionização da água é uma reação endotérmica Um estudante<br />

mediu o pH da água recém-destilada, isenta de CO 2 e<br />

a 50º C, encontrando o valor 6,6 Desconfiado de que o aparelho<br />

de medida estivesse com defeito, pois esperava o valor 7,0,<br />

consultou um colega que fez as seguintes afirmações:<br />

I O seu valor (6,6) pode estar correto, pois 7,0 é o pH da água<br />

pura, porém a 25º C<br />

II A aplicação do Princípio de Le Chatelier ao equilíbrio da<br />

ionização da água justifica que, com o aumento da temperatura,<br />

aumente a concentração de H + <br />

III Na água, o pH é tanto menor quanto maior a concentração de<br />

H + <br />

Está correto o que se afirma<br />

a) somente em I<br />

b) somente em II d) somente em I e II<br />

c) somente em III e) em I, II e III


UNIdERSITÁRIO<br />

R: Alternativa e<br />

H2O H + (aq) + OH – (aq)<br />

Como a auto-ionização da água é um processo endotérmico,<br />

a 50o C o equilíbrio está deslocado para a direita Portanto, se<br />

a concentração de H + ‘ ££ £<br />

exot.<br />

aumenta o pH diminui, o que está de<br />

acordo com o princípio de Le Chatelier Portanto, as afirmações<br />

II e III também estão corretas<br />

endot.<br />

£ £ £ “<br />

72 No equilíbrio A = B , a transformação de A em B é endotérmica<br />

Esse equilíbrio foi estudado, realizando-se três experimentos<br />

Experimento Condições<br />

X a 20º C, sem catalisador<br />

Y a 100º C, sem catalisador<br />

Z a 20º C, com catalisador<br />

O gráfico ao lado mostra corretamente<br />

as concentrações de A e de<br />

B, em função do tempo, para o<br />

experimento X<br />

Examine os gráficos abaixo<br />

Aqueles que mostram corretamente as concentrações de A e de<br />

B, em função do tempo, nos experimentos Y e Z são, respectivamente,<br />

a) I e II<br />

b) I e III d) II e III<br />

c) II e I e) III e I<br />

R: Alternativa c<br />

Sabe-se que a adição de catalisador não desloca o equilíbrio<br />

e que apenas acelera a velocidade da reação direta e indireta,<br />

fazendo o equilíbrio ser atingido em menor tempo Se a<br />

temperatura de 20 o C for mantida, poderemos expressar esse<br />

comportamento através do gráfico I para o experimento Z Além<br />

disso, sabendo-se que a 100 o C a reação direta por ser<br />

endotérmica, é favorecida com o aumento da temperatura,<br />

teremos uma situação onde a concentração de A irá baixar<br />

mais que no experimento feito a 20 o C e que a concentração<br />

de B irá aumentar mais que no experimento feito a 20 o C Esse<br />

comportamento é expresso através do gráfico II para o<br />

experimento Y<br />

73 A 100 mL de solução aquosa de nitrato de bário, adicionaram-se,<br />

gota a gota, 200 mL de solução aquosa de ácido sulfúrico As<br />

soluções de nitrato de bário e de ácido sulfúrico têm, inicialmente,<br />

a mesma concentração, em mol/L Entre os gráficos abaixo, um<br />

deles mostra corretamente o que acontece com as concentrações<br />

dos íons Ba 2+ -<br />

e 3 durante o experimento Esse gráfico é<br />

18<br />

a) d)<br />

b) e)<br />

c)<br />

R: Alternativa a<br />

Ba(NO 3 ) 2 + H 2 SO 4 ® BaSO 4 + 2 HNO 3<br />

100 mL 200 mL 300 mL<br />

1-2+ Início à NO 3 = 2 Ba (100 mL)<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

Final Þ (300 mL) \ diminuição na concentração dos íons<br />

com precipitação dos íons Ba 2+ <br />

74 Para se determinar o conteúdo de ácido acetilsalicílico (C 9 H 8 O 4 )<br />

num comprimido analgésico, isento de outras substâncias ácidas,<br />

1,0 g do comprimido foi dissolvido numa mistura de etanol<br />

e água Essa solução consumiu 20 mL de solução aquosa de<br />

NaOH, de concentração 0,10 mol/L, para reação completa Ocorreu<br />

a seguinte transformação química:<br />

C 9 H 8 O 4 (aq) + NaOH (aq) ® NaC 9 H 7 O 4 (aq)+ H 2 O (l)<br />

Logo, a porcentagem em massa de ácido acetilsalicílico no<br />

comprimido é de, aproximadamente,<br />

a) 0,20%<br />

b) 2,0% Dado:<br />

c) 18% massa molar do C 9 H 8 O 4 = 180 g/mol<br />

d) 36%<br />

e) 55%<br />

R: Alternativa d<br />

C 9 H 8 O 4 (aq) + NaOH (aq) ® NaC 9 H 7 O 4 (aq)+ H 2 O (l)<br />

1 mol 1 mol<br />

20 mL<br />

0,10 mol<br />

L<br />

1442443<br />

n1<br />

à Mr = à n = Mr .<br />

V<br />

n = 0,10 0,02<br />

1<br />

n 1 = 2 10 –3 mol<br />

NaOH<br />

1 V


UNIdERSITÁRIO<br />

-3<br />

nNaOH= nC<br />

H O = 2 . 10 mol<br />

9 8 4<br />

-3<br />

n= Ã m = 2 Ã C H O = 036<br />

9 8 4<br />

m<br />

. 10 . 180 m , g<br />

M<br />

1 g –––––– 100%<br />

0,36 g –––– %<br />

à % C H O = 36%<br />

9 8 4<br />

75 O alumínio é produzido a partir do minério bauxita, do qual é<br />

separado o óxido de alumínio que, em seguida, junto a um<br />

fundente, é submetido à eletrólise A bauxita contém cerca de<br />

50%, em massa, de óxido de alumínio De modo geral, desde que<br />

o custo da energia elétrica seja o mesmo, as indústrias de<br />

alumínio procuram se estabelecer próximas a<br />

a) zonas litorâneas, pela necessidade de grandes quantidades<br />

de salmoura para a eletrólise<br />

b) centros consumidores de alumínio, para evitar o transporte<br />

de material muito dúctil e maleável e, portanto, facilmente<br />

deformável<br />

c) grandes reservatórios de água, necessária para separar o<br />

óxido de alumínio da bauxita<br />

d) zonas rurais, onde a chuva ácida, que corrói o alumínio, é<br />

menos freqüente<br />

e) jazidas de bauxita, para não se ter de transportar a parte do<br />

minério (mais de 50%) que não resulta em alumínio<br />

R: Alternativa e<br />

Como a bauxita contém cerca de 50% em massa de óxido de<br />

alumínio, é mais conveniente realizar a eletrólise ígnea do<br />

óxido de alumínio e transportar o alumínio obtido ao invés de<br />

transportar o minério e em seguida realizar a eletrólise ígnea<br />

76 A reação do propano com cloro gasoso, em presença de luz,<br />

produz dois compostos monoclorados<br />

Na reação do cloro gasoso com 2,2-dimetilbutano, em presença<br />

de luz, o número de compostos monoclorados que podem ser<br />

formados e que não possuem, em sua molécula, carbono<br />

assimétrico é:<br />

a) 1<br />

b) 2 d) 4<br />

c) 3 e) 5<br />

R: Alternativa b<br />

19<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

Como o 2-cloro-3,3-dimetilbutano, H 3 C - C(CH 3 ) 2 - CHCl - CH 3<br />

tem carbono assimétrico, o número de compostos<br />

monoclorados formados é igual a 2<br />

77 Os três compostos abaixo têm uso farmacológico<br />

Considere as afirmações:<br />

I Nas moléculas dos três compostos, há ligações peptídicas<br />

II A porcentagem em massa de oxigênio na dropropizina é<br />

praticamente o dobro da porcentagem do mesmo elemento na<br />

lidocaína<br />

III A procaína é um isômero da dropropizina<br />

Está correto somente o que se afirma em<br />

a) I<br />

b) II d) I e II<br />

c) III e) II e III<br />

R: Alternativa e<br />

I Falsa, porque as ligações peptídicas, que se caracterizam<br />

pela presença do grupo , ocorrem apenas<br />

na cadeia carbônica da lidocaína<br />

II Verdadeira, porque as fórmulas moleculares dos<br />

compostos citados são praticamente iguais; entretanto, a<br />

massa de oxigênio na dropropizina é o dobro, em relação<br />

à de oxigênio na lidocaína<br />

III Verdadeira, porque os compostos procaína e dropropizina<br />

possuem iguais fórmulas moleculares e diferentes<br />

fórmulas estruturais<br />

78 Dois hidrocarbonetos insaturados, que são isômeros, foram<br />

submetidos, separadamente, à hidrogenação catalítica Cada um<br />

deles reagiu com H 2 na proporção, em mols, de 1:1, obtendo-se,<br />

em cada caso, um hidrocarboneto de fórmula C 4 H 10 Os<br />

hidrocarbonetos que foram hidrogenados poderiam ser<br />

a) 1-butino e 1-buteno<br />

b) 1,3-butadieno e ciclobutano<br />

c) 2-buteno e 2-metilpropeno<br />

d) 2-butino e 1-buteno<br />

e) 2-buteno e 2-metilpropano


UNIdERSITÁRIO<br />

R: Alternativa c<br />

Considerando que nos alcenos a hidrogenação segue a<br />

proporção, em mols, de 1 : 1, conclui-se que os hidrocarbonetos<br />

insaturados que foram hidrogenados poderiam ser o 2-buteno<br />

e o 2-metil propeno<br />

79 Considere a reação representada abaixo:<br />

Se, em outra reação, semelhante à primeira, a mistura de ácido<br />

acético e metanol for substituída pelo ácido 4-hidroxibutanóico,<br />

os produtos da reação serão água e um<br />

a) ácido carboxílico insaturado com 4 átomos de carbono por<br />

molécula<br />

b) éster cíclico com 4 átomos de carbono por molécula<br />

c) álcool com 4 átomos de carbono por molécula<br />

d) éster cíclico com 5 átomos de carbono por molécula<br />

e) álcool com 3 átomos de carbono por molécula<br />

R: Alternativa b<br />

Justifica-se a resposta através do conceito de esterificação<br />

intramolecular<br />

O grupo carboxila e o grupo hidroxila formam água e fecham<br />

o ciclo, formando éster cíclico<br />

Língua Portuguesa<br />

20<br />

FUVEST 2001 - 1 a FASE - PARTE 1<br />

80 O monômero utilizado na preparação do poliestireno é o estireno:<br />

O poliestireno expandido, conhecido como isopor, é fabricado,<br />

polimerizando-se o monômero misturado com pequena quantidade<br />

de um outro líquido Formam-se pequenas esferas de poliestireno<br />

que aprisionam esse outro líquido O posterior aquecimento das<br />

esferas a 90º C, sob pressão ambiente, provoca o amolecimento do<br />

poliestireno e a vaporização total do líquido aprisionado, formando-se,<br />

então, uma espuma de poliestireno (isopor)<br />

Considerando que o líquido de expansão não deve ser<br />

polimerizável e deve ter ponto de ebulição adequado, dentre as<br />

substâncias abaixo,<br />

Substância Temperatura de ebulição (ºC), à<br />

pressão ambiente<br />

I CH 3 (CH 2 ) 3 CH 3<br />

II NC–CH = CH 2<br />

III H 3 C – –CH 3<br />

36<br />

77<br />

138<br />

é correto utilizar, como líquido de expansão, apenas<br />

a) I<br />

b) II d) I ou II<br />

c) III e) I ou III<br />

COMENTÁRIO GERAL<br />

Gramática<br />

Embora apresentasse questões relativas à interpretação<br />

de texto, a prova baseou-se em aspectos gramaticais, sobretudo<br />

aqueles relativos a sintaxe de regência e concordância e<br />

emprego dos modos e tempos verbais<br />

Literatura<br />

As questões abrangeram as quatro estéticas a que pertencem<br />

as obras de leitura obrigatória (Classicismo, Romantismo,<br />

Realismo e Modernismo), abordando aspectos essenciais<br />

de forma clara e inteligente<br />

Inglês<br />

Todas as questões foram de nível médio<br />

A prova da FUVEST/2001 seguiu o mesmo perfil dos<br />

últimos anos Apresentou três textos atuais, extraídos de um<br />

jornal e de duas revistas americanas, que apresentaram grau<br />

de dificuldade variável<br />

R: Alternativa a<br />

O composto I pentano não apresenta ligação pi, portanto não<br />

é polimerizável e apresenta baixo ponto de ebulição<br />

No geral, a prova foi difícil por apresentar vocabulário específico<br />

que exigia que o aluno possuísse bom conhecimento<br />

da língua<br />

Parabéns à FUVEST, que mais uma vez conseguiu elaborar<br />

uma boa prova<br />

Física<br />

A prova de Física da FUVEST/2001 foi abrangente, sem dificuldades<br />

em cálculos algébricos, exigindo conceitos importantes<br />

de praticamente todos os assuntos<br />

A banca exminadora da FUVEST está de parabéns pela<br />

prova bem elaborada<br />

Química<br />

Prova que não seguiu o estilo dos últimos anos da<br />

FUVEST Exigiu conhecimentos específicos de Química Geral<br />

e Inorgânica, não sendo abrangente em sua totalidade<br />

Algumas questões exigiram análise de gráficos com relativo<br />

grau de complexidade<br />

De modo geral, a prova foi considerada difícil para uma<br />

avaliação de primeira fase

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