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Dissertação Zimmermann, T.G. 2011 - UFSC

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2. Materiais e Métodos<br />

2.1. Espécie de estudo<br />

Dyckia distachya é uma espécie rupestre, reófita e heliófita. As folhas são rijas,<br />

medem entre 12 e 20 cm de comprimento, e estão dispostas em forma de roseta. Apresenta<br />

crescimento clonal, resultando na formação de touceiras, sendo encontrada em densos<br />

agrupamentos no seu habitat natural (Reitz 1983; Wiesbauer 2008). Uma touceira consiste<br />

na agregação espacial de vários indivíduos, que são provenientes de recrutamento via<br />

sementes ou de propragação vegetativa.<br />

É uma bromélia policárpica, isto é, a roseta não morre depois de um evento<br />

reprodutivo (Wiesbauer 2008), sendo que o mesmo indivíduo pode produzir uma ou mais<br />

inflorescências (Reitz 1983), que apresentam comprimento médio de 84 cm (31 a 177 cm),<br />

podendo ter até sete ramificações (Wiesbauer 2008). A coloração das pétalas varia entre o<br />

amarelo e o alaranjado, o período de floração ocorre entre os meses de setembro e janeiro,<br />

e a deiscência dos frutos de outubro a fevereiro (Wiesbauer 2008).<br />

Essa bromélia apresenta auto-incompatibilidade, sendo polinizada principalmente<br />

por abelhas de grande porte (Bombus atratus e Xilocopa spp.) e beija-flores (Chlorostilbon<br />

lucidus) (Wiesbauer 2008). O fruto é do tipo cápsula, e produz em média 100 sementes,<br />

que são aladas (Wiesbauer 2008), podendo ser dispesas pelo vento e pela água (Wiesbauer<br />

et al. 2007). A semente é flotoblástica positiva, e em condições de luz e umidade<br />

favoráveis, a germinação ocorre em uma semana (Wiesbauer et al. 2007). É utilizada como<br />

planta ornamental (Reitz 1983), sendo esta uma das principais formas de conservação ex<br />

situ da espécie (Wiesbauer 2008).<br />

2.2. Recrutamento em ambiente ex situ<br />

2.2.1. Emergência em meio aquoso e vermiculita<br />

Sementes de D. distachya foram coletadas em 15 matrizes na coleção ex situ de<br />

Marcelino Ramos (Marcelino Ramos, RS), em fevereiro de 2009. Essa coleção foi formada<br />

a partir do resgate de indivíduos da população do Estreito do Rio Uruguai, que foi alagada<br />

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