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Dissertação Zimmermann, T.G. 2011 - UFSC

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1. Introdução<br />

A conservação dos ecossistemas com suas populações naturais (conservação in situ)<br />

é a melhor forma de preservar as espécies (Prance 2004). Mas quando o habitat foi<br />

destruído, um modo de tentar conservar e garantir a evolução das espécies na natureza é<br />

através da conservação inter situ, em que as populações são introduzidas em locais com<br />

características ambientais e físicas semelhantes ao ambiente original (Maunder et al.<br />

2004). Contudo, a introdução de plantas raras e ameaçadas como mitigação para impactos<br />

desenvolvimentistas é um dos temas mais complicados e controversos na conservação das<br />

espécies vegetais (Berg 1996), sendo geralmente uma opção de risco (Howald 1996).<br />

Coforme Howald (1996), experiências realizadas na Califórnia (EUA) mostraram<br />

que, apesar de existir benefícios potenciais, a maioria das tentativas de reintrodução de<br />

plantas ameaçadas apresentam problemas. Entre estes, estão a escassa informação sobre as<br />

espécies, a falta de métodos de translocação, as dificuldades em encontrar locais para a<br />

mitigação, os riscos intrínsecos dos experimentos biológicos, além de problemas com a<br />

regulamentação dos projetos e com o manejo à longo prazo dos locais de reintrodução<br />

(Howald 1996).<br />

A ciência da reintrodução com propósitos de conservação é jovem e muito tem que<br />

ser aprendido com essa prática (Guerrant & Kaye 2007). De acordo com Falk et al. (1996),<br />

as tentativas de translocação de espécies são melhores executadas quando planejadas como<br />

experimentos científicos, para testar hipóteses sobre as metodologias utilizadas. Assim, os<br />

programas de reintrodução podem testar diferentes fases de desenvolvimento como fonte<br />

de propágulos, micro-habitats favoráveis, estabelecimento de populações, taxas de<br />

crescimento e dinâmica de comunidades (Jusaitis et al. 2004). Mas caso o programa não<br />

tenha conseguido estabelecer novas ou aumentar as populações existentes, as metodologias<br />

e os protocolos podem ser aperfeiçoados a partir dos resultados obtidos, e serem utilizados<br />

nas futuras tentativas de reintrodução (Pavlik 1996; Falk et al. 1996).<br />

Cada projeto de reintrodução é único e depende da espécie envolvida, das perguntas<br />

a serem respondidas, dos objetivos e das circunstâncias externas em que o trabalho será<br />

conduzido. Contudo, um grande número de fatores ou elementos básicos são comuns na<br />

maioria, se não em todas, as tentativas de translocação de uma espécie, e acabam<br />

determinando o sucesso ou o fracasso do programa. Entre eles estão fatores biológicos,<br />

como os tipos de propágulos, características do local, número e localização das populações<br />

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