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Livro: Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado - ceapp

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Pedrinho sabe que matar é errado, mas justifica seus atos como algo que vem de<br />

família: pais e avós também foram matadores. Para "Pedrinho Matador", tirar a vida de<br />

alguém é somente mais um trabalho bem-sucedido. E para que ninguém se esqueça do<br />

que é capaz, tatuou no braço a frase "Mato por prazer".<br />

Fontes: Revista Época, ed. 259, Ed. Globo, 5/5/2003; Revista Ciência Criminal,<br />

Especial <strong>Mentes</strong> Criminosas, Ed. Segmento, 2007.<br />

Ausência de empatia<br />

Empatia é a capacidade de considerar e respeitar os sentimentos alheios. É a habilidade<br />

de se colocar no lugar do outro, ou seja, vivenciar o que a outra pessoa sentiria caso<br />

estivéssemos na situação e circunstância experimentadas por ela. Somente pela<br />

definição do que é empatia, já fica claro que esse não é um sentimento capaz de ser<br />

experimentado por um psicopata. Para os psicopatas, as outras pessoas são meros<br />

objetos ou coisas, que<br />

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devem ser usados sempre que necessários para a satisfação do seu bel-prazer. Os<br />

psicopatas zombam dos mais sensíveis e generosos. Para eles, essas pessoas não passam<br />

de uma gente fraca e vulnerável e, por isso mesmo, são seus alvos preferidos.<br />

A falta de empatia apresentada pelos psicopatas é geral. Eles são indiferentes <strong>ao</strong>s<br />

direitos e sofrimentos de seus familiares e de estranhos do mesmo modo. Caso<br />

demonstrem possuir laços mais estreitos com alguns membros de sua família (esposa,<br />

filhos), certamente é peio sentimento de possessividade e não pelo amor genuíno.<br />

Não se esqueça: psicopatas são incapazes de amar, eles não possuem a consciência<br />

genuína que caracteriza a espécie humana. Os psicopatas gostam de possuir coisas e<br />

pessoas, logo, é com esse sentimento de posse que eles se relacionam com o mundo e<br />

com as pessoas. Em razão dessa incapacidade em considerar os sentimentos alheios, os<br />

psicopatas mais graves são capazes de cometer atos que, <strong>ao</strong>s olhos de qualquer ser<br />

humano comum, não só seriam considerados horripilantes, mas também inimagináveis.<br />

Esses psicopatas graves são capazes de torturar e mutilar suas vítimas com a mesma<br />

sensação de quem fatia um suculento filé-mignon. Felizmente os psicopatas graves são<br />

a minoria entre todos os psicopatas. Nos chamados leves e moderados, a indiferença em<br />

relação <strong>ao</strong>s outros também está presente, porém ela emerge de forma menos intensa,<br />

mas ainda devastadora para a vida das vítimas e da sociedade como um todo.<br />

Elvira, mãe de três filhos, sempre teve muito trabalho com António, seu filho mais<br />

velho. Ele foi o seu primeiro filho e também o primeiro neto de seus pais. A mãe de<br />

Elvira faleceu quando António ainda tinha meses de idade e, na ocasião, Arthur, o pai<br />

de Elvira, foi morar com ela. Arthur sempre foi um avô muito dedicado e tratava<br />

António como se fosse o filho que ele não teve. Ele não conseguia admitir que António<br />

fosse diferente das demais crianças. Desde cedo ele se mostrava agressivo,<br />

indiferente, maltratava os<br />

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