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A CULTURA DA MANDIOCA 1 – Importância Econômica O ... - IFTO

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Em situações onde é necessário plantar escalonado para alongar o período de colheita e,<br />

conseqüentemente, de oferta do produto no mercado, a irrigação pode ser uma prática,<br />

técnica e economicamente viável. Resultados experimentais recentes indicam que a<br />

cultura não responde positivamente a irrigações com alta freqüência. Tensões de água no<br />

solo de 60 a 600 kPa, medida a 15 cm de profundidade, são adequadas ao<br />

desenvolvimento da cultura. Desse modo, a aplicação de lâminas de água de 30 a 40 mm<br />

a cada 15 dias é geralmente suficiente para um desenvolvimento adequado da cultura da<br />

mandioca. Irrigações com alta freqüência associada a alta disponibilidade de nitrogênio no<br />

solo, normalmente causam excessivo desenvolvimento da parte aérea e baixa produção<br />

de raízes.<br />

9 <strong>–</strong> Consorciação e rotação de culturas<br />

Os sistemas de cultivos múltiplos ou policultivos com culturas anuais e fruteiras,<br />

agroflorestais e agrosilvipastoris tem sido amplamente utilizados nas regiões tropicais,<br />

pelos pequenos produtores. A difusão desses sistemas tem como base as vantagens<br />

apresentadas pelos mesmos, em relação aos monocultivos, como o de promover maior<br />

estabilidade da produção, melhorar a utilização da terra, melhorar a exploração de água e<br />

nutrientes, melhorar a utilização da força de trabalho, aumentar a eficiência no controle de<br />

ervas daninhas, aumentar a proteção do solo contra erosão e disponibilizar mais de uma<br />

fonte alimentar e de renda. Nesse contexto, a mandioca é importante como cultura<br />

consorte, pelo seu ciclo vegetativo longo, crescimento inicial lento, variedades com hábito<br />

de crescimento ereto e vigor de folhagem médio, caracterizando as possibilidades de<br />

consórcio, principalmente com culturas anuais. O plantio de culturas associadas nesses<br />

policultivos, em uma mesma área, deve ser feito procurando distribuir o espaço da lavoura<br />

o mais conveniente possível, buscando uma baixa competição entre plantas pelos fatores<br />

de produção como luz, água e nutrientes. Essa distribuição das linhas de plantio<br />

dependerá das características agronômicas de cada uma das culturas envolvidas na<br />

consorciação, especialmente o ciclo vegetativo, as épocas de cultivo distintas e o porte<br />

das plantas.<br />

Na Região do Cerrado estima-se que em torno de 80% das áreas com mandioca são<br />

cultivadas por pequenos produtores. Nessas condições, onde a força de trabalho,<br />

basicamente, é composta pela mão-de-obra familiar, e as áreas são minifúndios, os<br />

cultivos múltiplos revestem de maior importância, porque otimizam o uso mais intensivo<br />

dos recursos escassos, representados pela mão-de-obra, terra e capital.<br />

De modo geral, as culturas a serem consorciadas ou os sistemas a serem utilizados pelo<br />

produtor são determinados por aspectos econômicos regionais e pelas próprias atividades<br />

produtivas na propriedade. A mandioca pode ser utilizada em policultivos com culturas<br />

anuais, perenes, agroflorestais e agrosilvipastoris.<br />

Com culturas anuais, o arranjo espacial de plantio das linhas de mandioca pode ser em<br />

fileiras simples ou em fileiras duplas. Nas fileiras simples recomenda-se a distribuição das<br />

plantas em forma retangular, com espaçamento de 1,00 a 1,20 m entre linhas e 0,60 a<br />

0,80 m entre plantas, sendo que a cultura intercalar é plantada em fileiras alternadas com<br />

as de mandioca. Nesse caso, recomenda-se o plantio de uma a duas fileiras da cultura<br />

intercalar, a depender do porte da cultura. Nas fileiras duplas, a distribuição das plantas é<br />

realizada reduzindo o espaçamento entre duas fileiras simples para 0,60 m, deixando um<br />

espaço maior (2,00 a 3,00 m) até as outras duas fileiras simples, também espaçadas de<br />

0,60 m; onde o espaçamento das fileiras duplas ficam de 0,60 x 0,60 a 0,80 m x 2,00 a

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