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Estatística Experimental: Planejamento de Experimentos

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<strong>Planejamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Experimentos</strong><br />

1.1 1.1 Introdução Introdução<br />

Introdução<br />

O homem comum po<strong>de</strong> adquirir conhecimento <strong>de</strong> diversas maneiras. O homem do<br />

campo, por exemplo, tem conhecimento das plantas que cultiva, da época <strong>de</strong> semear e<br />

<strong>de</strong> plantar, da forma <strong>de</strong> tratar a terra, dos meios <strong>de</strong> proteção contra insetos e pragas.<br />

Esse conhecimento tem origem na imitação, nas informações e instruções transmitidas<br />

por antecessores e familiares, na educação formal e na experiência pessoal. Esse<br />

homem também po<strong>de</strong> possuir conhecimento gerado por pesquisas conduzidas por<br />

instituições científicas, que lhe é transmitido através <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong><br />

treinamento.<br />

O homem também po<strong>de</strong> adquirir conhecimento científico <strong>de</strong> modo mais racional,<br />

através <strong>de</strong> educação formal <strong>de</strong> nível superior e, ainda, aperfeiçoá-lo com especialização<br />

em cursos <strong>de</strong> pós-graduação.<br />

A <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> que a natureza é governada por um esquema inteligível teve<br />

origem na Grécia. A teoria grega <strong>de</strong>scobriu o universo das idéias e das formas, or<strong>de</strong>nado<br />

pelas regras da geometria, e o universo da natureza, constituído <strong>de</strong> movimentos<br />

logicamente or<strong>de</strong>nados. Toda a teoria grega <strong>de</strong>dica-se à <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>ssas duas or<strong>de</strong>ns,<br />

consubstanciadas na Geometria <strong>de</strong> Eucli<strong>de</strong>s, na Física <strong>de</strong> Aristóteles e na Teoria das<br />

Idéias <strong>de</strong> Platão. Somente no início do século XVII teve origem a ciência mo<strong>de</strong>rna.<br />

A ciência é um processo lógico <strong>de</strong> investigação para a solução <strong>de</strong> problemas e a<br />

busca <strong>de</strong> respostas a questões referentes a fenômenos naturais. Através do método<br />

científico, os cientistas tentam a geração <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong> conhecimento livre <strong>de</strong> crenças,<br />

percepções, valores, atitu<strong>de</strong>s e emoções pessoais. Isso é logrado através <strong>de</strong> verificação<br />

empírica <strong>de</strong> idéias e crenças por procedimento aberto à inspeção pública. A<br />

confiabilida<strong>de</strong> do conhecimento científico <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> sua base em evidência provida por<br />

observação objetiva.<br />

O conhecimento científico não é um conhecimento absoluto e <strong>de</strong>finitivo. Pelo<br />

contrário, ele ten<strong>de</strong> a se aperfeiçoar e, em conseqüência, levar, por exemplo, à criação<br />

<strong>de</strong> novos métodos, técnicas e procedimentos mais a<strong>de</strong>quados e convenientes. Esse<br />

progresso é conseguido através da permanente ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indagação a que se<br />

<strong>de</strong>dicam os pesquisadores. Assim, a ciência é uma fonte <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> conhecimento<br />

que se renova para solucionar problemas, respon<strong>de</strong>r questões, e <strong>de</strong>senvolver<br />

procedimentos mais efetivos para solucionar problemas e respon<strong>de</strong>r questões.<br />

Neste Capítulo e no que segue faz-se uma revisão <strong>de</strong> conceitos básicos referentes<br />

à abordagem científica para geração <strong>de</strong> conhecimento com o propósito <strong>de</strong> estabelecer<br />

um embasamento para a caracterização racional do método experimental e <strong>de</strong> sua<br />

essencialida<strong>de</strong> nessa abordagem. O presente Capítulo inicia com a caracterização das<br />

principais fontes <strong>de</strong> conhecimento, para i<strong>de</strong>ntificação da distinção fundamental da<br />

abordagem científica: o método científico (Seções Seções Seções 1.2 1.2). 1.2 Na Seção Seção 1.3 1.3 discute-se a<br />

relação da ciência com a filosofia, particularmente, com as escolas filosóficas que<br />

surgiram ao longo da história. A Seção 1.4 1.4 faz uma breve revisão da origem e evolução<br />

histórica da ciência. A Seção Seção 1.5 conceitua a ciência em termos dos atributos que<br />

caracterizam o método científico, e a Seção Seção 1.6 <strong>de</strong>screve o método científico como a<br />

estratégia da ciência para a geração do conhecimento, através <strong>de</strong> uma ilustração, e o<br />

distingue dos procedimentos e técnicas <strong>de</strong> áreas específicas da ciência, que constituem<br />

os métodos particulares da ciência. Na Seção Seção 1.7 1.7 discutem-se os objetivos e o alcance<br />

da ciência, <strong>de</strong>screve-se a ciência como um esforço permanente e progressivo <strong>de</strong><br />

interpretação e compreensão da realida<strong>de</strong>, e caracteriza-se a estrutura básica do<br />

processo <strong>de</strong> construção do conhecimento científico. O papel da lógica na ciência é o<br />

tema da Seção Seção 1.8 Finalmente, na Seção 1.9 1.9, 1.9<br />

expõem-se as suposições básicas que<br />

constituem os alicerces do conhecimento científico.

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