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Suprimentos<br />
Um aspecto que tem contribuído<br />
também para o desenvolvimento <strong>da</strong><br />
quali<strong>da</strong>de dos produtos tubulares,<br />
segundo ele, é a maior conscientização<br />
ambiental e em relação à<br />
segurança por parte <strong>da</strong>s empresas.<br />
Especialmente na última déca<strong>da</strong>, as<br />
companhias vêm, inclusive no Brasil,<br />
evoluindo na adoção de práticas<br />
mais responsáveis do ponto-de-vista<br />
<strong>da</strong> preservação do meio-ambiente.<br />
“Nós fabricamos tubos para trocador<br />
de calor, processo que envolve<br />
operações de risco porque há fluidos<br />
ou gases sendo aquecidos ou<br />
resfriados e muitos deles podem<br />
ser extremamente <strong>da</strong>nosos não só<br />
ao meio-ambiente, mas também<br />
às pessoas”, explica Martines,<br />
acrescentando que esses produtos<br />
muitas vezes são fabricados para<br />
uma aplicação específica, de modo<br />
a <strong>da</strong>r ao cliente a tranqüili<strong>da</strong>de para<br />
utilizar o material.<br />
Mais do que pragmática, a<br />
preocupação <strong>da</strong>s empresas em ter<br />
processos muito mais produtivos,<br />
valorizar a quali<strong>da</strong>de dos produtos<br />
e a segurança obedece à própria<br />
lógica do negócio, segundo a visão<br />
de Martines. Para ele, operar com<br />
produtos de quali<strong>da</strong>de pode ser um<br />
fator de vantagem competitiva. “Se<br />
a empresa tem menos manutenção,<br />
menos para<strong>da</strong>s, teoricamente consegue<br />
ser mais competitiva. Ao contrário<br />
<strong>da</strong>quelas cuja preocupação é<br />
basea<strong>da</strong> simplesmente na idéia do<br />
custo inicial, que podem vir a ter<br />
problemas sérios de manutenção<br />
e atrasar a entrega de um produto<br />
ou serviço a seus clientes, ou até<br />
mesmo gerar algum <strong>da</strong>no ambiental<br />
ou a algum funcionário.”<br />
Mas como a empresa escolhe um<br />
produto de quali<strong>da</strong>de se, no caso<br />
de um tubo, não é possível fazer<br />
“Enfrentamos<br />
uma concorrência<br />
de produtos que<br />
notoriamente<br />
apresentam<br />
problemas ou<br />
falhas e muitas<br />
vezes o cliente<br />
não consegue<br />
visualizar a<br />
diferença”<br />
um teste comparativo, pelo menos<br />
não nas mesmas condições em que<br />
ele será utilizado e num prazo de<br />
tempo e a custos aceitáveis? Buscar<br />
referências. Essa, em poucas palavras,<br />
é a maneira mais adequa<strong>da</strong> de<br />
se avaliar e assegurar a quali<strong>da</strong>de<br />
não só <strong>da</strong>s matérias-primas como,<br />
também, do processo de fabricação<br />
e sofisticação tecnológica de um<br />
produto, segundo Martines. “É impossível,<br />
em função <strong>da</strong> aplicação,<br />
fazer um teste comparativo num<br />
curto espaço de tempo, mesmo<br />
que seja através de simulações em<br />
laboratórios, porque não há como<br />
controlar to<strong>da</strong>s as variáveis do<br />
processo. O cliente nos fornece as<br />
condições de temperatura, pressão,<br />
meio corrosivo, etc. E, com base nisso<br />
ou em tabelas, ou por referências<br />
ou testes que efetuamos em nosso<br />
centro de pesquisa, apresentamos a<br />
melhor solução para ele.”<br />
Nesse aspecto, o diferencial <strong>da</strong><br />
Sandvik também não tem como ser<br />
negado. “A companhia tem uma<br />
estrutura de ven<strong>da</strong>s em mais de<br />
130 países do mundo, o que nos<br />
dá um extenso leque de referências<br />
de aplicações que possuímos em<br />
O <strong>Mundo</strong> 08<br />
<strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
outros países e também através <strong>da</strong><br />
infini<strong>da</strong>de de testes efetuados em<br />
nosso centro de pesquisas, que<br />
fica localizado em Sandviken”, diz<br />
Martines. Outro trunfo <strong>da</strong> empresa,<br />
citado por ele, são as fábricas que<br />
mantém em sete países do mundo:<br />
EUA, Canadá, Índia, República<br />
Tcheca, França, Alemanha e Suécia.<br />
“Ca<strong>da</strong> uma dessas fábricas é<br />
especializa<strong>da</strong> em um tipo de produto<br />
ou de aplicação. Além dessas<br />
fábricas de tubos, nós temos uma<br />
grande uni<strong>da</strong>de na Suíça, chama<strong>da</strong><br />
Santrade, que é responsável pela<br />
comercialização de acessórios,<br />
conexões e flanges.”<br />
Essa abrangência e capacitação<br />
já renderam frutos. Depois de um<br />
longo e detalhado processo de<br />
homologação, a SMT passou a ser<br />
fornecedora <strong>da</strong> Embraer. Hoje, os<br />
tubos hidráulicos e de instrumentação<br />
utilizados nos aviões <strong>da</strong> empresa<br />
são fabricados pela uni<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> Sandvik chama<strong>da</strong> Precitube,<br />
localiza<strong>da</strong> na França, especializa<strong>da</strong><br />
na produção de tubos de precisão.<br />
Apesar de atuar em nichos de<br />
mercado nos quais a quali<strong>da</strong>de do<br />
produto é crucial para as empresas,<br />
Martines diz que a SMT ressente-se<br />
dos efeitos <strong>da</strong> concorrência pre<strong>da</strong>tória.<br />
“Enfrentamos uma concorrência<br />
de produtos que notoriamente<br />
apresentam problemas ou falhas e<br />
muitas vezes o cliente não consegue<br />
visualizar a diferença. Além disso,<br />
quando se trata de tubos, para se ter<br />
uma idéia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de é preciso<br />
testá-lo sendo muitos dos testes<br />
destrutivos.” Na dúvi<strong>da</strong>, ele lembra<br />
que vale sempre a velha máxima<br />
segundo a qual o que parece barato<br />
pode sair caro.<br />
Intexto Comunicação Empresarial