Manual - Bem-Estar Animal no Abate - CAP - Agricultores de Portugal
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C O N F E D E R A Ç Ã O D O S A G R I C U L T O R E S D E P O R T U G A L<br />
BEM ESTAR ANIMAL NO ABATE<br />
INTRODUÇÃO<br />
O bem estar animal está<br />
cada vez mais na or<strong>de</strong>m<br />
do dia, e o cumprimento<br />
das suas regras é cada<br />
vez mais importante quer<br />
para o rendimento final<br />
das explorações quer mesmo<br />
para o acesso às ajudas<br />
Comunitárias, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>de</strong> serem<br />
ajudas directas ou <strong>no</strong><br />
âmbito do Desenvolvimento<br />
Rural.<br />
Este documento preten<strong>de</strong><br />
dar a conhecer e divulgar<br />
as principais regras relacionadas<br />
com o bem estar<br />
animal <strong>no</strong> <strong>Abate</strong>, ou occisão,<br />
tanto na exploração,<br />
quando permitido, como<br />
<strong>no</strong> Matadouro.<br />
A legislação que serve <strong>de</strong><br />
suporte a estas regras é o<br />
Decreto-lei n.º 28/96 <strong>de</strong> 2<br />
<strong>de</strong> Abril, que transpõe a<br />
Directiva 93/119/CE do<br />
Conselho <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Dezem-<br />
Assegurar a “manipulação”<br />
eficiente pelos operadores<br />
dos animais em toda a<br />
ca<strong>de</strong>ia e situações para não<br />
causar sofrimento <strong>de</strong>snecessário.<br />
Devem ser introduzidas<br />
<strong>no</strong>rmas e procedimentos<br />
nesse sentido a todos os<br />
operadores e operações<br />
envolvidos quer <strong>no</strong> encaminhamento<br />
quer <strong>no</strong> abate<br />
dos animais.<br />
MATADOUROS<br />
REQUISITOS GERAIS<br />
bro, e a Convenção Europeia<br />
para a protecção dos<br />
animais <strong>no</strong> abate e occisão.<br />
Muitos factores <strong>de</strong>vem ser<br />
tomados em consi<strong>de</strong>ração<br />
quando da <strong>de</strong>cisão e adopção<br />
das melhores técnicas<br />
<strong>no</strong>s Matadouros.<br />
O principal factor <strong>de</strong>verá<br />
ser o bem estar animal,<br />
mas também são importantes<br />
os factores ligados ao<br />
montante financeiro do<br />
investimento, à higiene e<br />
segurança <strong>no</strong> trabalho e as<br />
implicações na qualida<strong>de</strong><br />
do produto final.<br />
Não existe um conflito <strong>de</strong><br />
interesses sobre esta matéria,<br />
visto que os objectivos<br />
e interesses ligados ao bem<br />
estar são geralmente também<br />
os que originam maiores<br />
níveis <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong><br />
e qualida<strong>de</strong> para a indústria<br />
<strong>de</strong> carne.<br />
A construção, as instalações<br />
e os equipamentos dos<br />
matadouros, bem como o<br />
seu funcionamento, <strong>de</strong>vem<br />
ser concebidos e utilizados<br />
<strong>de</strong> forma a evitar aos animais<br />
qualquer excitação,<br />
dor ou sofrimento <strong>de</strong>snecessários,<br />
nas suas instalações.<br />
A protecção e bem estar<br />
dos animais <strong>no</strong> abate ou<br />
occisão inclui o transporte<br />
para abate, encaminhamento,<br />
estabulação<br />
<strong>no</strong>s matadouros, imobilização<br />
e atordoamento,<br />
abate e occisão.<br />
Deverão ser tomadas uma<br />
série <strong>de</strong> medidas preventivas<br />
<strong>de</strong> modo a evitar<br />
“cruelda<strong>de</strong>s” <strong>de</strong>snecessárias<br />
e perdas financeiras associadas<br />
ao <strong>de</strong>ficiente maneio<br />
e uso <strong>de</strong> equipamento quer<br />
<strong>no</strong> encaminhamento quer <strong>no</strong><br />
abate.<br />
Estas regras aplicam-se a<br />
solípe<strong>de</strong>s (cavalos e mulas),<br />
ruminantes, suí<strong>no</strong>s, coelhos<br />
e aves <strong>de</strong> capoeira quer<br />
quando introduzidos para<br />
abate em Matadouros, quer<br />
quando se justificar e for<br />
possível, o abate nas explorações.
NORMAS DE BEM ESTAR NO ABATE<br />
MATADOUROS - ENCAMINHAMENTO E ESTABULAÇÃO<br />
Geral<br />
Todos os Matadouros <strong>de</strong>vem dispor<br />
<strong>de</strong> equipamento e instalações<br />
a<strong>de</strong>quados à <strong>de</strong>scarga dos animais<br />
dos meios <strong>de</strong> transporte.<br />
Se for inevitável uma <strong>de</strong>mora, os<br />
animais <strong>de</strong>vem ser protegidos<br />
contra as condições climatéricas<br />
adversas e beneficiar <strong>de</strong> uma<br />
ventilação a<strong>de</strong>quada.<br />
Os animais que corram o risco <strong>de</strong><br />
se ferirem mutuamente <strong>de</strong>vido à<br />
sua espécie, sexo, ida<strong>de</strong> ou origem<br />
<strong>de</strong>vem ser mantidos e estabulados<br />
separadamente (ex:<br />
Raça Brava, animais agressivos)<br />
Os animais <strong>de</strong>vem ser protegidos<br />
I. ESTRUTURAS DE DESCAR-<br />
GA/ENCAMINHAMENTO:<br />
As estruturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga dos<br />
animais <strong>de</strong>vem ter um piso não<br />
escorregadio e se necessário protecções<br />
laterais (para evitar quedas).<br />
As rampas <strong>de</strong> saída ou <strong>de</strong> acesso<br />
<strong>de</strong>verão ter a me<strong>no</strong>r inclinação<br />
possível.<br />
Durante a <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong>ve assegurar-se<br />
que os animais não sejam<br />
amedrontados, excitados, maltratados<br />
ou <strong>de</strong>rrubados.<br />
É proibido erguer os animais<br />
pela cabeça, cor<strong>no</strong>s, orelhas,<br />
patas cauda ou velo, <strong>de</strong> modo<br />
a não ocasionar dor ou sofrimento.<br />
Os animais <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>slocados<br />
e encaminhados com cuidado, e<br />
se necessário, conduzidos um a<br />
um.<br />
As passagens por on<strong>de</strong> os animais<br />
são encaminhados <strong>de</strong>vem<br />
ser concebidas <strong>de</strong> modo a reduzir<br />
ao mínimo os riscos <strong>de</strong> ferimentos<br />
e dispostas <strong>de</strong> modo a tirar<br />
partido da sua natureza gregária.<br />
contra condições climatéricas<br />
<strong>de</strong>sfavoráveis.<br />
Caso tenham sido submetidos a<br />
temperaturas e humida<strong>de</strong>s elevadas<br />
<strong>de</strong>ve assegurar-se que sejam<br />
refrescados através <strong>de</strong> meios<br />
a<strong>de</strong>quados. (ex: vaporizadores,<br />
aspersores <strong>de</strong> água, ventilação)<br />
As condições e o estado sanitário<br />
dos animais <strong>de</strong>vem ser inspeccionados<br />
diariamente.<br />
Os animais em sofrimento ou<br />
pa<strong>de</strong>cimento à chegada ou<br />
durante o transporte para o<br />
Matadouro, bem como os animais<br />
não <strong>de</strong>smamados <strong>de</strong>vem<br />
MATADOUROS - ENCAMINHAMENTO E ESTABULAÇÃO<br />
Transporte Efectuado em Veículos Rodoviários<br />
II. INSTRUMENTOS DESTINA-<br />
D O S À C O N D U Ç Ã O /<br />
ENCAMINHAMENTO:<br />
Os instrumentos <strong>de</strong>stinados a<br />
conduzir os animais <strong>de</strong>vem ser<br />
utilizados apenas para esse fim, e<br />
apenas por curtos períodos <strong>de</strong><br />
tempo.<br />
Os aparelhos produtores <strong>de</strong> <strong>de</strong>scargas<br />
eléctricas apenas po<strong>de</strong>m<br />
ser utilizados para os bovi<strong>no</strong>s<br />
adultos e suí<strong>no</strong>s que se recusem<br />
a mover, as quais só se po<strong>de</strong>m<br />
aplicar <strong>no</strong>s músculos dos<br />
membros posteriores, e não<br />
<strong>de</strong>vem durar mais do que 2<br />
segundos.<br />
Estas <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong>vem ser suficientemente<br />
espaçadas e os animais<br />
<strong>de</strong>vem ter uma área suficiente<br />
para se moverem.<br />
Deve ser fornecida a necessária<br />
formação aos manipuladores dos<br />
animais por forma a estes enten<strong>de</strong>rem<br />
o natural e instintivo<br />
stress causado, tanto aos animais<br />
como a eles próprios, por<br />
este tipo <strong>de</strong> equipamentos.<br />
São proibidas as pancadas aplicadas<br />
com brutalida<strong>de</strong>, <strong>no</strong>meadamente<br />
pontapés e empurrões,<br />
ser abatidos imediatamente.<br />
Se tal não for possível, esses<br />
animais <strong>de</strong>vem ser separados<br />
e abatidos rapidamente, <strong>no</strong><br />
máximo <strong>de</strong>ntro das duas<br />
horas seguintes.<br />
Os animais incapazes <strong>de</strong> andar<br />
não <strong>de</strong>vem ser arrastados para o<br />
local <strong>de</strong> abate, mas sim mortos<br />
<strong>no</strong> local on<strong>de</strong> se encontram, ou<br />
quando possível, transportados<br />
num carrinho ou plataforma<br />
móvel até ao local <strong>de</strong> abate <strong>de</strong><br />
emergência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que essa forma<br />
não acarrete qualquer sofrimento<br />
inútil.<br />
pressionando partes sensíveis do<br />
corpo.<br />
É também proibido esmagar, torcer<br />
ou quebrar a cauda dos animais<br />
ou agarrá-los pelos olhos.<br />
Os animais <strong>de</strong>vem ser conduzidos<br />
ao local <strong>de</strong> abate apenas quando<br />
pu<strong>de</strong>rem ser imediatamente abatidos.<br />
Caso contrário <strong>de</strong>vem ser<br />
estabulados.<br />
III.ESTABULAÇÃO:<br />
Os Matadouros <strong>de</strong>vem estar equipados<br />
com um número suficiente<br />
<strong>de</strong> locais <strong>de</strong> estabulação e parques<br />
para alojar a<strong>de</strong>quadamente<br />
os animais, protegendo-os das<br />
intempéries.
NORMAS DE BEM ESTAR NO ABATE<br />
Os locais <strong>de</strong> estabulação <strong>de</strong>vem<br />
dispor <strong>de</strong>:<br />
• Pisos não escorregadios e que<br />
não causem lesões aos animais<br />
que com eles entrem em<br />
contacto;<br />
• Arejamento a<strong>de</strong>quado e quando<br />
sejam necessários meios <strong>de</strong><br />
ventilação mecânicos <strong>de</strong>vem<br />
ser previstos sistemas <strong>de</strong><br />
emergência que entrem em<br />
funcionamento em caso <strong>de</strong><br />
avaria;<br />
• Iluminação suficiente para permitir<br />
a inspecção <strong>de</strong> todos os<br />
animais em qualquer altura,<br />
em caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá<br />
existir uma iluminação arti-<br />
Os contentores/caixas/gra<strong>de</strong>s<br />
on<strong>de</strong> os animais são transportados<br />
<strong>de</strong>vem ser manipulados com<br />
cuidado, sendo proibido atirá-los<br />
ao chão, <strong>de</strong>ixá-los cair ou <strong>de</strong>rrubá-los.<br />
Tanto quanto possível <strong>de</strong>vem ser<br />
carregados e <strong>de</strong>scarregados horizontal<br />
e mecanicamente.<br />
Os animais transportados em<br />
contentores/caixas/gra<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
fundo flexível ou perfurado <strong>de</strong>vem<br />
ficial <strong>de</strong> recurso;<br />
• Equipamento para pren<strong>de</strong>r os<br />
animais, quando necessário;<br />
• Camas suficientes para os animais<br />
que passam a <strong>no</strong>ite <strong>no</strong>s<br />
referidos locais, quando necessário.<br />
• Deve ser prevista uma forma<br />
<strong>de</strong> protecção a<strong>de</strong>quada contra<br />
as intempéries quando para<br />
além dos locais <strong>de</strong> estabulação,<br />
existirem campos sem sombra<br />
e sem abrigo.<br />
• Estes <strong>de</strong>vem ser mantidos <strong>de</strong><br />
forma a garantir que a saú<strong>de</strong><br />
dos animais não esteja ameaçada<br />
(ameaças físicas, químicas<br />
outra natureza).<br />
Os animais que à chegada não<br />
sejam <strong>de</strong> imediato abatidos, <strong>de</strong>ve<br />
ser facultada água potável distribuída<br />
por dispositivos a<strong>de</strong>quados.<br />
Se não forem abatidos nas 12<br />
horas subsequentes à chegada,<br />
<strong>de</strong>vem ser alimentados<br />
em quantida<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rados e<br />
em intervalos a<strong>de</strong>quados.<br />
Neste último caso os animais<br />
<strong>de</strong>vem estar estabulados, e,<br />
se for caso disso, presos mas<br />
<strong>de</strong> modo a que se possam <strong>de</strong>itar<br />
sem dificulda<strong>de</strong>s.<br />
MATADOUROS - ENCAMINHAMENTO E ESTABULAÇÃO<br />
Transporte efectuado em Contentores / Caixas / Gra<strong>de</strong>s<br />
ser <strong>de</strong>scarregados com especial<br />
cuidado para evitar lesões.<br />
Caso seja necessário os animais<br />
<strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>scarregados um a<br />
um.<br />
Os animais transportados em<br />
c o n t e n t o r e s / c a i x a s / g r a d e s<br />
<strong>de</strong>vem ser abatidos o mais rapidamente<br />
possível, senão <strong>de</strong>verão<br />
ser abeberados e alimentados tal<br />
como já <strong>de</strong>scrito anteriormente.<br />
IMOBILIZAÇÃO ANTES DO ATORDOAMENTO, ABATE E OCCISÃO<br />
Atordoamento—Qualquer processo que quando aplicado a um animal lhe provoca rapidamente um<br />
estado <strong>de</strong> inconsciência <strong>no</strong> qual é mantido até ocorrer a morte.<br />
Occisão—qualquer processo que provoque a morte <strong>de</strong> um animal.<br />
<strong>Abate</strong>—morte <strong>de</strong> um animal por sangria.<br />
• Os animais <strong>de</strong>vem ser imobilizados<br />
<strong>de</strong> modo a evitar quaisquer<br />
dores, sofrimento, agitação,<br />
lesão ou contusão inúteis<br />
• É proibido pren<strong>de</strong>r as patas<br />
dos animais ou suspen<strong>de</strong>-los<br />
antes do atordoamento ou<br />
abate.<br />
• As aves <strong>de</strong> capoeira e os coelhos<br />
po<strong>de</strong>m ser suspensos<br />
para abate <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>no</strong><br />
momento do atordoamento os<br />
animais estejam em relaxamento,<br />
<strong>de</strong> forma a que o mesmo<br />
se efectue em condições<br />
eficazes e sem <strong>de</strong>moras.<br />
• Os animais atordoados ou mortos<br />
por meios mecânicos ou<br />
eléctricos aplicados na cabeça<br />
<strong>de</strong>vem ser posicionados <strong>de</strong><br />
modo a que o equipamento<br />
seja utilizado <strong>de</strong> forma rápida,<br />
com comodida<strong>de</strong> e precisão e<br />
apenas durante o tempo estritamente<br />
necessário;
NORMAS DE BEM ESTAR NO ABATE<br />
• Todavia para os solípe<strong>de</strong>s<br />
(ex. cavalos e mulas) e os<br />
bovi<strong>no</strong>s, po<strong>de</strong> ser autorizado<br />
o recurso a meios a<strong>de</strong>quados<br />
para restringir os movimentos<br />
da cabeça;<br />
ATORDOAMENTO<br />
• Existem regras especificas <strong>no</strong><br />
caso <strong>de</strong> abate <strong>de</strong> acordo com<br />
um ritual religioso, <strong>no</strong>meadamente,<br />
muçulma<strong>no</strong> ou hebraico.<br />
Métodos Autorizados e Respectivos Requisitos Específicos<br />
O atordoamento não <strong>de</strong>ve ser executado se não for possível sangrar <strong>de</strong> imediato os animais<br />
A— Pistola <strong>de</strong> Êmbolo Retráctil<br />
• Os instrumentos <strong>de</strong>vem ser<br />
posicionados <strong>de</strong> modo a<br />
assegurar que o projéctil<br />
penetre <strong>no</strong> córtex cerebral.<br />
• É proibido utilizar o equipamento<br />
<strong>de</strong> atordoamento eléctrico<br />
como meio <strong>de</strong> contenção<br />
ou imobilização dos animais<br />
ou para os obrigar a<br />
mover;<br />
• É proibido atordoar os animais<br />
pela nuca; excepto coelhos e<br />
ovi<strong>no</strong>s e capri<strong>no</strong>s cuja inserção<br />
dos cor<strong>no</strong>s impossibilita a penetração<br />
frontal do projéctil. Neste<br />
caso, o instrumento <strong>de</strong> penetração<br />
<strong>de</strong>ve ser colocado imediatamente<br />
atrás da base dos<br />
cor<strong>no</strong>s e dirigido para a boca e<br />
a sangria <strong>de</strong>ve ser iniciada 15<br />
segundos após o disparo.<br />
• Quando utilizado este tipo <strong>de</strong><br />
instrumento, o operador <strong>de</strong>ve<br />
certificar-se <strong>de</strong> que o mesmo<br />
regressa à posição <strong>no</strong>rmal após<br />
cada disparo. Se o mecanismo<br />
não estiver a funcionar correctamente<br />
não <strong>de</strong>ve voltar a ser<br />
utilizado, até ser reparado.<br />
• Os animais não <strong>de</strong>vem ser colocados<br />
<strong>no</strong> recinto <strong>de</strong> atordoamento<br />
se o operador não pu<strong>de</strong>r<br />
proce<strong>de</strong>r a essa acção imediatamente<br />
após o animal entrar<br />
<strong>no</strong> local.<br />
• Não se <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r à imobilização<br />
da cabeça do animal até<br />
que se possa efectuar o atordoamento.<br />
Figura: Pistola <strong>de</strong> Êmbolo Retráctil<br />
B— Concussão<br />
• Este processo só é permitido<br />
se for utilizado um instrumento<br />
mecânico que provoque<br />
uma pancada <strong>no</strong> crânio.<br />
• O operador <strong>de</strong>ve certificar-se<br />
que o instrumento é aplicado<br />
na posição a<strong>de</strong>quada e que é<br />
utilizado um cartucho <strong>de</strong> carga<br />
correcta, <strong>de</strong> forma a provocar<br />
um atordoamento sem<br />
fractura <strong>de</strong> crânio.<br />
• No caso <strong>de</strong> peque<strong>no</strong>s lotes <strong>de</strong><br />
animais, este método <strong>de</strong>ve<br />
ser efectuado <strong>de</strong> modo a que<br />
atinjam imediatamente um<br />
estado <strong>de</strong> atordoamento e<br />
que dure até á morte.
NORMAS DE BEM ESTAR NO ABATE<br />
• Eléctrodos:<br />
Estes <strong>de</strong>vem ser colocados <strong>de</strong><br />
modo a contactar o crânio, permitindo<br />
que a corrente eléctrica o<br />
atravesse. Para garantir um bom<br />
contacto eléctrico, <strong>de</strong>ve-se eliminar<br />
o excesso <strong>de</strong> pelo e/ou<br />
molhar a pele.<br />
O posicionamento dos eléctrodos<br />
<strong>de</strong>ve ser:<br />
No caso dos animais serem atordoados<br />
individualmente o aparelho<br />
<strong>de</strong>ve:<br />
* Ter um dispositivo que meça a<br />
impedância da carga eléctrica e<br />
impeça o seu funcionamento, <strong>no</strong><br />
C— Electronarcose D—Exposição ao Dióxido<br />
<strong>de</strong> Carbo<strong>no</strong><br />
Espécie Corrente mínima<br />
B O V I NOS<br />
V I T E L O S<br />
S U Í NOS<br />
O V I NOS/<strong>CAP</strong>RINOS<br />
C O E L H O S<br />
• Tanque <strong>de</strong> Imersão:<br />
* Os tanques <strong>de</strong> imersão para<br />
aves <strong>de</strong> capoeira <strong>de</strong>vem possuir<br />
uma dimensão e profundida<strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>quadas ao tipo <strong>de</strong> ave a abater<br />
e não <strong>de</strong>vem transbordar<br />
água à entrada.<br />
O eléctrodo imerso na água <strong>de</strong>ve<br />
ser do comprimento do tanque e,<br />
quando se empregam 50 Hz <strong>de</strong><br />
corrente alternativa sinusoidal, os<br />
níveis mínimos <strong>de</strong> corrente<br />
<strong>de</strong>vem ser os seguintes :<br />
Espécie Corrente mínima<br />
B ROILERS<br />
P O E DEIRAS<br />
P E R U S<br />
P A T O S /<br />
G A NSOS<br />
1 2 0<br />
1 2 0<br />
1 5 0<br />
1 3 0<br />
caso da corrente mínima exigida<br />
não passar;<br />
* Dispor <strong>de</strong> um dispositivo so<strong>no</strong>ro<br />
ou visual que indique a duração<br />
da sua aplicação ao animal;<br />
* <strong>Estar</strong> ligado a um dispositivo<br />
que indique a tensão e intensida<strong>de</strong><br />
da corrente. Este dispositivo<br />
<strong>de</strong>ve estar posicionado <strong>de</strong> modo<br />
a ser claramente visível pelo operador;<br />
* Aplicar-se <strong>de</strong> forma a que a<br />
corrente passe durante 1 a 3<br />
segundos, excepto se o aparelho<br />
recomendar outro período <strong>de</strong><br />
tempo.<br />
* Permitir a passagem, quando<br />
se empregam 50 Hz <strong>de</strong> corrente<br />
alternativa sinusoidal, dos<br />
seguintes mínimos <strong>de</strong> corrente:<br />
2 , 5 A — c o m p a r a g e m c a r d íaca<br />
1 , 0 A — c o m p a r a g e m c a r d íaca<br />
1 , 0 A ( 1 , 3 )<br />
1 , 0 A<br />
0 , 3 A<br />
* Nas aves <strong>de</strong> Capoeira, o nível<br />
da água <strong>no</strong> Tanque <strong>de</strong>ve ser<br />
regulado <strong>de</strong> modo a permitir um<br />
bom contacto com a cabeça da<br />
ave.<br />
* No caso das aves serem atordoados<br />
em grupos, <strong>de</strong>ve ser<br />
mantida uma tensão suficiente<br />
para produzir uma intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
corrente eficaz que garanta o<br />
atordoamento <strong>de</strong> cada ave.<br />
*Devem ser tomadas medidas<br />
a<strong>de</strong>quadas a fim <strong>de</strong> assegurar<br />
uma passagem satisfatória da<br />
corrente eléctrica, para garantir<br />
um bom contacto eléctrico, tais<br />
como, molhando as patas das<br />
aves e os ganchos <strong>de</strong> suspensão.<br />
* Em caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> o operador<br />
colocado neste ponto <strong>de</strong><br />
linha <strong>de</strong> abate <strong>de</strong>ve ter a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>, manualmente, encaminhar<br />
correctamente o animal que<br />
esteja a impedir o regular avanço<br />
daquela linha.<br />
Método utilizado com mais frequência<br />
em SUÍNOS<br />
*Os animais <strong>de</strong>vem ser colocados<br />
em parques ou contentores<br />
<strong>de</strong> modo a po<strong>de</strong>rem verse<br />
e ser conduzidos até às<br />
câmaras <strong>de</strong> gás <strong>no</strong> espaço <strong>de</strong><br />
30 segundos após a entrada<br />
na instalação.<br />
* Devem em seguida ser conduzidos<br />
da entrada para o ponto da<br />
concentração máxima do gás o<br />
mais rapidamente possível e<br />
serem expostos ao mesmo<br />
durante o tempo necessário para<br />
permanecerem inconscientes até<br />
á Occisão;<br />
* O mecanismo <strong>de</strong> encaminhamento<br />
e a câmara <strong>de</strong>vem dispor<br />
<strong>de</strong> iluminação a<strong>de</strong>quada que permita<br />
que os suí<strong>no</strong>s se vejam<br />
mutuamente e ao que os ro<strong>de</strong>ia.<br />
* A câmara on<strong>de</strong> os suí<strong>no</strong>s são<br />
expostos ao gás, bem como o<br />
equipamento utilizado para conduzir<br />
os animais para a mesma,<br />
<strong>de</strong>vem ser concebidos, construídos<br />
e mantidos <strong>de</strong> modo a evitar<br />
lesões e a compressão do tórax<br />
e, ainda que possam permanecer<br />
<strong>de</strong> pé até per<strong>de</strong>rem os sentidos.<br />
* A concentração <strong>de</strong> Dióxido <strong>de</strong><br />
carbo<strong>no</strong> para atordoamento <strong>de</strong><br />
suí<strong>no</strong>s <strong>de</strong>ve ser, <strong>de</strong>, pelo me<strong>no</strong>s<br />
70% em volume.<br />
*A câmara <strong>de</strong>ve dispor <strong>de</strong> aparelhos<br />
para medir a concentração<br />
do gás, <strong>no</strong> ponto <strong>de</strong> exposição<br />
máxima.<br />
Esses aparelhos <strong>de</strong>vem emitir um<br />
sinal <strong>de</strong> alerta claramente visível<br />
e audível caso a concentração <strong>de</strong><br />
CO2 <strong>de</strong>sça abaixo do nível exigido.
NORMAS DE BEM ESTAR NO ABATE<br />
OCCISÃO<br />
Métodos Autorizados e Respectivos Requisitos Específicos<br />
Câmara <strong>de</strong> Vácuo<br />
Método reservado à occisão sem<br />
sangria <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> consumo<br />
pertencentes a espécies cinegéticas<br />
<strong>de</strong> criação (codornizes, perdizes<br />
e faisões<br />
Deve-se assegurar que:<br />
• Os animais sejam colocados<br />
numa câmara estanque em que<br />
o vácuo é rapidamente obtido<br />
por meio <strong>de</strong> uma bomba eléctrica<br />
potente;<br />
• Que a <strong>de</strong>pressão atmosférica é<br />
mantida até ao momento da<br />
morte dos animais;<br />
• Que a contenção dos animais<br />
em grupo é assegurada por<br />
contentores <strong>de</strong> transporte inseríveis<br />
na câmara, cujas dimensões<br />
<strong>de</strong>vem ser calculadas para<br />
o efeito.<br />
SANGRIA<br />
♦ Após o atordoamento, os animais<br />
<strong>de</strong>vem ser sujeitos à sangria,<br />
o mais rapidamente possível,<br />
<strong>de</strong>vendo esta ser efectuada<br />
<strong>de</strong> modo a provocar<br />
um escoamento <strong>de</strong> sangue<br />
rápido profundo e completo.<br />
A sangria <strong>de</strong>ve ser sempre<br />
efectuada antes que o animal<br />
recupere a consciência.<br />
♦ Todos os animais que foram<br />
atordoados <strong>de</strong>vem ser sangrados<br />
por incisão <strong>de</strong> pelo me<strong>no</strong>s,<br />
uma das suas artérias carótidas<br />
ou dos vasos <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>rivam.<br />
♦ Não se <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r a qualquer<br />
preparação dos animais ou<br />
a qualquer estimulo eléctrico<br />
antes do sangramento ter cessado<br />
completamente.<br />
Decapitação e <strong>de</strong>sconjunção<br />
do pescoço<br />
Utilizado unicamente para occisão<br />
<strong>de</strong> aves <strong>de</strong> capoeira,<br />
<strong>de</strong>vendo-se garantir que o pessoal<br />
que utiliza o material esteja<br />
<strong>de</strong>vidamente habilitado.<br />
♦ Se o atordoamento, o içamento,<br />
a suspensão e a<br />
sangria dos animais forem<br />
assegurados por uma mesma<br />
pessoa, estas operações<br />
<strong>de</strong>vem ser efectuadas<br />
consecutivamente <strong>no</strong> mesmo<br />
animal, antes <strong>de</strong> serem<br />
efectuadas a qualquer<br />
outro.<br />
♦ Sempre que seja utilizada<br />
uma guilhotina automática<br />
Pistola<br />
ou carabina <strong>de</strong> bala<br />
Este método po<strong>de</strong> ser utilizado na<br />
occisão <strong>de</strong> várias espécies, <strong>de</strong>signadamente<br />
caça grossa <strong>de</strong> criação<br />
e cerví<strong>de</strong>os.<br />
Deve ser assegurado que o pessoal<br />
que utiliza o material está <strong>de</strong>vidamente<br />
habilitado.<br />
Electrocussão<br />
e Dióxido <strong>de</strong> Carbo<strong>no</strong><br />
Des<strong>de</strong> que o atordoamento por este<br />
método seja realizado, po<strong>de</strong> ser<br />
autorizado a occisão <strong>de</strong> várias<br />
espécies através do mesmo, <strong>de</strong>vendo-se<br />
contudo garantir que o pessoal<br />
que utiliza o material esteja<br />
<strong>de</strong>vidamente habilitado.<br />
Para qualquer dos métodos utilizados, <strong>de</strong>ve ser salvaguardado que os animais não sofram<br />
qualquer excitação, dor ou sofrimento durante o processo.<br />
para a sangria das aves <strong>de</strong><br />
capoeira, <strong>de</strong>ve existir uma ajuda<br />
manual que permita o abate<br />
imediato se a guilhotina não<br />
funcionar.<br />
♦ Sempre que seja utilizado um<br />
instrumento <strong>de</strong> êmbolo retráctil,<br />
<strong>de</strong>ve ser certificado que este<br />
regressa á posição <strong>no</strong>rmal. Caso<br />
contrário não se <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r<br />
à sangria.<br />
♦ De acordo com os métodos <strong>de</strong> atordoamento a sangria <strong>de</strong>ve ser iniciada<br />
<strong>de</strong>ntro dos seguintes tempos limite:<br />
Método <strong>de</strong> insensibilização Tempo Máximo para começar a Sangria<br />
P I STOLA (ÊMBOLO OU BALA)<br />
E L ECTRIC I DADE E PERCUSSÃO<br />
C O 2<br />
6 0 s egundos<br />
2 0 s egundos<br />
6 0 s egundos (<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sair da câm a r a )
NORMAS DE BEM ESTAR NO ABATE<br />
Métodos <strong>de</strong> OCCISÃO<br />
como forma <strong>de</strong> luta contra doenças<br />
∗ Devem ser utilizados os métodos<br />
legalmente autorizados que<br />
assegurem uma efectiva occisão<br />
dos animais.<br />
∗ No caso <strong>de</strong> serem utilizados<br />
métodos que não causem a<br />
morte imediata do animal ( ex.<br />
atordoamento com pistola <strong>de</strong><br />
êmbolo retráctil) <strong>de</strong>vem ser<br />
tomadas medidas para que a<br />
sangria seja realizada o mais<br />
rapidamente possível (antes<br />
dos animais recuperarem os<br />
sentidos).<br />
∗ Os animais <strong>de</strong>vem ser manuseados<br />
<strong>de</strong> forma a evitar<br />
qualquer excitação, dor ou<br />
sofrimento durante o encaminhamento,<br />
estabulação, imobilização,<br />
atordoamento, abate<br />
e occisão.<br />
OCCISÃO <strong>de</strong> Animais<br />
Destinados ao Aproveitamento da Pele<br />
Métodos Autorizados e Respectivos Requisitos Específicos<br />
Qualquer que seja o método <strong>de</strong> occisão, os animais <strong>de</strong>vem ser manuseados <strong>de</strong> forma a evitar qualquer excitação,<br />
dor ou sofrimento durante o encaminhamento, estabulação, imobilização, atordoamento, abate e occisão.<br />
A - Instrumentos mecânicos<br />
que penetram <strong>no</strong> cérebro:<br />
♦ Instrumentos <strong>de</strong>vem ser posicionados<br />
<strong>de</strong> modo que o projéctil<br />
penetre <strong>no</strong> córtex cerebral;<br />
♦ Método só autorizado se for<br />
seguido <strong>de</strong> sangria imediata.<br />
B - Injecção <strong>de</strong> uma dose letal<br />
<strong>de</strong> uma substância com proprieda<strong>de</strong>s<br />
anestésicas:<br />
♦ Os únicos anestésicos autorizados<br />
são os que provoquem a<br />
perda imediata dos sentidos<br />
seguida <strong>de</strong> morte, nas doses e<br />
formas <strong>de</strong> utilização apropriadas.<br />
C– Electrocussão com paragem<br />
cardíaca:<br />
♦ Os eléctrodos <strong>de</strong>vem ser colocados<br />
<strong>de</strong> modo a envolver o<br />
crânio e sobre o coração,<br />
<strong>de</strong>vendo a intensida<strong>de</strong> mínima<br />
da corrente provocar a perda<br />
imediata dos sentidos e a paragem<br />
cardíaca.<br />
Nas raposas, quando os eléctrodos<br />
forem aplicados na boca e <strong>no</strong> recto,<br />
convirá aplicar durante, pelo<br />
me<strong>no</strong>s, 3 segundos uma corrente<br />
<strong>de</strong> uma intensida<strong>de</strong> cujo <strong>de</strong>svio<br />
quadrático médio seja <strong>de</strong> 0,3 A.<br />
D - Exposição ao monóxido <strong>de</strong><br />
carbo<strong>no</strong>:<br />
♦ A câmara <strong>de</strong> anestesia on<strong>de</strong><br />
os animais são expostos ao<br />
gás <strong>de</strong>ve ser concebida, construída<br />
e mantida <strong>de</strong> modo a<br />
evitar lesões aos animais e a<br />
permitir a sua vigilância;<br />
♦ Os animais só <strong>de</strong>vem ser<br />
introduzidos na câmara quando<br />
a concentração <strong>de</strong> monóxido<br />
<strong>de</strong> carbo<strong>no</strong>, proveniente <strong>de</strong><br />
uma fonte <strong>de</strong> monóxido <strong>de</strong><br />
carbo<strong>no</strong> a 100% for <strong>de</strong>, pelo<br />
me<strong>no</strong>s, 1% em volume;<br />
♦ O gás, produzido por um motor<br />
especialmente adaptado para o<br />
efeito, po<strong>de</strong> ser utilizado para a<br />
occisão <strong>de</strong> mustelí<strong>de</strong>os (visons,<br />
martas, doninhas) e <strong>de</strong> chinchilas,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenha sido<br />
<strong>de</strong>monstrado por meio <strong>de</strong> testes<br />
que:<br />
– o gás foi a<strong>de</strong>quadamente arrefecido;<br />
– o gás foi suficientemente filtrado;<br />
– o gás está isento <strong>de</strong> todo e<br />
qualquer material ou gás irritante;<br />
– os animais só po<strong>de</strong>m ser introduzidos<br />
quando a concentração<br />
em monóxido <strong>de</strong> carbo<strong>no</strong> atingir,<br />
pelo me<strong>no</strong>s, 1% em volume.<br />
♦ Quando inalado, o gás <strong>de</strong>ve em<br />
primeiro lugar provocar uma<br />
anestesia geral profunda e em<br />
seguida, infalivelmente, a morte;<br />
♦ Os animais <strong>de</strong>vem permanecer<br />
na câmara até estarem mortos.
NORMAS DE BEM ESTAR NO ABATE<br />
F - Exposição ao dióxido <strong>de</strong> carbo<strong>no</strong>:<br />
O dióxido <strong>de</strong> carbo<strong>no</strong> po<strong>de</strong> ser utilizado<br />
para a occisão <strong>de</strong> mustelí<strong>de</strong>os<br />
(martas, visons) e chinchilas,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que:<br />
♦ A câmara on<strong>de</strong> os animais são<br />
expostos ao gás seja concebida,<br />
OCCISÃO DE PINTOS<br />
construída e mantida <strong>de</strong> modo<br />
a evitar lesões aos animais e<br />
permitir a sua vigilância;<br />
♦ Os animais só <strong>de</strong>vem ser<br />
introduzidos na câmara quando<br />
a concentração <strong>de</strong> dióxido<br />
<strong>de</strong> carbo<strong>no</strong> a 100% for a<br />
maior possível;<br />
♦ Quando inalado, o gás provoque<br />
em primeiro lugar uma anestesia<br />
geral profunda e em seguida,<br />
infalivelmente a morte;<br />
♦ Os animais permaneçam na<br />
câmara até estarem mortos.<br />
A occisão <strong>de</strong>stes animais <strong>de</strong>ve ser feita por métodos legalmente autorizados, os quais <strong>de</strong>vem ter<br />
por base uma série <strong>de</strong> requisitos específicos e os animais <strong>de</strong>vem ser manuseados <strong>de</strong> forma a evitar<br />
qualquer excitação, dor ou sofrimento durante o encaminhamento, estabulação, imobilização,<br />
atordoamento, abate e occisão.<br />
1– Utilização <strong>de</strong> um dispositivo<br />
mecânico que provoque uma<br />
morte rápida:<br />
• Os animais <strong>de</strong>vem ser mortos<br />
por um dispositivo mecânico<br />
com lâminas <strong>de</strong> rotação rápida<br />
ou martelos <strong>de</strong> esponja;<br />
• A capacida<strong>de</strong> do aparelho <strong>de</strong>ve<br />
ser suficiente para assegurar<br />
que todos os animais sejam<br />
mortos imediatamente mesmo<br />
se tratados em gran<strong>de</strong> número.<br />
EXCEDENTES DE EMBRIÕES NAS INCUBADORAS<br />
DESTINADOS À ELIMINAÇÃO<br />
Para a occisão instantânea <strong>de</strong> qualquer embrião vivo,<br />
todos os <strong>de</strong>sperdícios das incubadoras <strong>de</strong>vem ser submetidos<br />
à acção <strong>de</strong> um aparelho mecânico que provoque<br />
uma morte rápida<br />
Confe<strong>de</strong>ração dos<br />
<strong>Agricultores</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
Av. do Colégio Militar, Lote 1789<br />
1549-012 Lisboa<br />
www.cap.pt<br />
cap@cap.pt<br />
Com o apoio:<br />
Legislação Aplicável:<br />
2—Exposição ao Dióxido <strong>de</strong><br />
Carbo<strong>no</strong>:<br />
• Os animais <strong>de</strong>vem ser colocados<br />
num meio com a máxima<br />
concentração possível <strong>de</strong> uma<br />
fonte <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbo<strong>no</strong> a<br />
100%.<br />
• Os animais <strong>de</strong>vem aí permanecer<br />
até estarem mortos.<br />
• Directiva 93/119/CE <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Dezembro<br />
• Decreto-Lei n.º 28/96 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Abril<br />
Divisão <strong>de</strong> <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong><br />
www.dgv.min-agricultura.pt