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Idem - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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MANUEL FERNANDES DA SILVA. MESTRE E ARQUITECTO (1693-1751)<br />

sa Fase - 1725-1728 - A construção de outros espaços conventuais<br />

Para <strong>da</strong>r an<strong>da</strong>mento à edificação <strong>da</strong>s várias dependências <strong>do</strong> futuro espaço con-<br />

ventual ou para aquisição de peças artísticas para caracterização <strong>do</strong> espaço já<br />

construi<strong>do</strong>, a Regente reclama, em Maio de 1723, à Misericórdia o lega<strong>do</strong> de Ma-<br />

na Vieira, anotan<strong>do</strong>, que embora incompleto o ctclo de obras, «não he necessario<br />

esperar por eila [conclusüo] para se entregar o lega<strong>do</strong>>, ten<strong>do</strong> como garantia <strong>do</strong><br />

bom termo <strong>do</strong> empreendimento o «zello com que Sua illustrissima tem toma<strong>do</strong> esta<br />

obra a sua conta 315.<br />

São contrata<strong>do</strong>s por D. Rodrigo de Moura Teles, os mestres pedreiros Estevão Moreira<br />

e Manuel Rebelo, irmãos, mora<strong>do</strong>res na *freguesia <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r de Moreira,<br />

concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>», para a sobra <strong>do</strong> novo convento <strong>da</strong> Senhora <strong>da</strong> Conceição <strong>da</strong><br />

Penha França», segun<strong>do</strong> escritura pública lavra<strong>da</strong> a 8 de Setembro de 17251".<br />

Os apontamentos são muito pobres, não esclarecen<strong>do</strong>, inclusivamente, o teor <strong>da</strong><br />

obra a realizar. Faz-se apelo a que os mestres pedreiros tu<strong>do</strong> farião «na forma <strong>da</strong><br />

planta e apontamentos>, que estavam, de resto, «comforme a vontade que elle dito<br />

Senhor quis*. A determinação <strong>do</strong> arcebispo é reforça<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> numa outra passagem<br />

<strong>do</strong> contrato notarial, a propósito <strong>da</strong>s esquadrias <strong>da</strong> obra: «to<strong>da</strong> a esooadria desta<br />

obra que consta <strong>da</strong> planta della e to<strong>da</strong> a mais que elle dito Illustrissimo Senhor<br />

quizer*. Ao projecto arquitectónico sobrepunha-se o cariz estético de Moura Teles.<br />

A obra foi hata<strong>da</strong> B braça na razão de ares mil e <strong>do</strong>zentos reiss ca<strong>da</strong>, incluin<strong>do</strong><br />

váos e janelas.<br />

Além <strong>do</strong>s mestres trabalhasiam continua<strong>da</strong>mente na obra Kcorenta officiaesu.<br />

O custo total <strong>da</strong> obra <strong>do</strong>s mestres pedreiros e <strong>da</strong> sua equipa no Convento <strong>da</strong> Penha<br />

de Fm~a atingiu os «seie contos oitocentos e noventa e <strong>do</strong>is mil e quinhentos e<br />

sacenta reis», conforme declara a quitação <strong>do</strong> Último pagamento que D. Rodrigo<br />

de Moura Teles fez a Estevão Moreira, <strong>da</strong>ta<strong>do</strong> de 6 de Julho de 1728 U7. Três anos<br />

foi o tempo que demorou a construção <strong>do</strong> espaço conventual. Durante este perío<strong>do</strong><br />

não conhecemos outras intervenções <strong>do</strong>s mestres que arremataram as obras.<br />

Ain<strong>da</strong> não estava totalmente satisfeito o compromisso com a equipa de pedreiros,<br />

e já era inaugura<strong>do</strong> o convento com a pompa que pedia o aconte~imento'~~. Nova-<br />

>' Depois de satisfeitos os encargos tesUmenMnos de M a Viein, sobnram para ns Recolhi<strong>da</strong>s <strong>do</strong>is<br />

contos e cento e sesenti e hum mil reis*. A.D.B. - Fun<strong>do</strong> Moná~riso - Na. Sr'. de Penha de Rança,<br />

F. 129, Doc. 965.<br />

"Q.D.B. - Nuta Gernl, I' strie, n. 608, ils. 145"-147v. Ver ROCHA, Manuel Joaquim Moreira <strong>da</strong><br />

- ArquilecNrn Civil c Religiosa ..., p. 139.<br />

'" A.D.B. - Nora Geral, 1' série, n. 622, fls. 22.22~. Ver ROCHA, Manuel Joquim Moreira <strong>da</strong> - Arguirrerurn<br />

Civil e Religiosa .... p. 140.<br />

"' Não h5 coincidência sobre o mes em que decorreu esta sessão. O manuscrito <strong>da</strong>. Biblioteca Públiço<br />

Municipal <strong>do</strong> Porta locali-ea-o em Junho: «No dia 4 de Junho de 1727 as cinco horas & tude, chegariío<br />

as fun<strong>da</strong>d<strong>do</strong>ras acompanha<strong>da</strong>s de muita seahoras amigap e parentes suas zi emi<strong>da</strong> de S ~ia An-

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