A Desconhecida Origem Judaica de Muitos de ns Brasileiros
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A <strong>Desconhecida</strong> <strong>Origem</strong> <strong>Judaica</strong> <strong>de</strong> <strong>Muitos</strong> <strong>de</strong> nós <strong>Brasileiros</strong>.<br />
Por Patrícia Cal<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Almeida<br />
São Paulo, Brasil.<br />
12.06.2003.<br />
Todos apren<strong>de</strong>mos na escola, logo cedo nas aulas <strong>de</strong> história, que o povo brasileiro é composto basicamente da<br />
mistura <strong>de</strong> três raças: branco, negro e índio. Contudo, os historiadores passaram por cima <strong>de</strong> um <strong>de</strong>talhe<br />
importantíssimo: como era composto o grupo dos brancos (portugueses). Graças a esta omissão, apenas agora muitos<br />
brasileiros <strong>de</strong>scobrem que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes dos ju<strong>de</strong>us massacrados pela Inquisição promovida por Isabel <strong>de</strong><br />
Castela, rainha católica da Espanha, com todo o apoio, conhecimento e ajuda, da Igreja Católica. Isabel, através <strong>de</strong><br />
contrato <strong>de</strong> casamento, esten<strong>de</strong>u a Inquisição à Portugal, obrigando o Rei a livrar-se dos ju<strong>de</strong>us. Os ju<strong>de</strong>us<br />
sefarditas (ju<strong>de</strong>us <strong>de</strong> Portugal e Espanha, também chamados <strong>de</strong> sefardim, sefaradim, sefaraditas) foram forçados a<br />
se converter ao cristianismo, sendo então <strong>de</strong>nominados "cristãos novos" e <strong>de</strong>ixando para trás toda a cultura e<br />
tradição judaicas. Modificaram seus sobrenomes (Aboab, Cohen, Abravanel, Aruch, entre tantos outros), adotando<br />
nomes muito comu<strong>ns</strong> entre nós brasileiros até hoje: Pereira, Araújo, Almeida, Bezerra, Cal<strong>de</strong>ira, Dias, Cardoso,<br />
Melo, Lopes, Oliveira, Saldanha... Para <strong>de</strong>scobrir as esquecidas orige<strong>ns</strong> judaicas, é necessário inteirar-se da história;<br />
do que aconteceu durante a Inquisição, <strong>de</strong> tudo o que os ju<strong>de</strong>us sofreram e foram obrigados a <strong>de</strong>ixar para trás. Só<br />
assim enten<strong>de</strong>remos como muitos <strong>de</strong> nós, criados em famílias católicas, somos em verda<strong>de</strong>, ju<strong>de</strong>us sefarditas.<br />
Os ju<strong>de</strong>us sefarditas tiveram sua ascendência na Espanha e <strong>de</strong> lá foram para Portugal, Brasil, Turquia, Marrocos e<br />
norte da África. A população da comunida<strong>de</strong> judaica chegou a representar mais <strong>de</strong> 20% da população ibérica. Os<br />
ju<strong>de</strong>us cresceram e prosperaram durante séculos. Dominavam a ciência, a medicina, a astronomia, a matemática, o<br />
comércio e <strong>de</strong>ram origem aos primeiros bancos para empréstimos <strong>de</strong> dinheiro, inclusive para o próprio Estado. A<br />
Inquisição na Espanha iniciou-se em 1478 e foi até 1834. Em Portugal ela se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1536 a 1821 e a Inquisição<br />
Romana (reorganizada) em 1542 e abolida em 1746 e em 1800 no quadro <strong>de</strong> diversos Estados Italianos. No Brasil,<br />
compreen<strong>de</strong>u o período <strong>de</strong> 1591, quando nosso país recebeu pela primeira vez a visita do Inquisidor oficial da Corte<br />
Portuguesa, até 1821. Mas, se co<strong>ns</strong>i<strong>de</strong>rarmos que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o <strong>de</strong>scobrimento os ju<strong>de</strong>us aqui chegaram já em número<br />
significativo nas expedições do cristão novo Fernando <strong>de</strong> Noronha em 1503, po<strong>de</strong>mos afirmar que o período<br />
inquisitorial no Brasil durou mais <strong>de</strong> 300 anos.<br />
A expulsão dos ju<strong>de</strong>us da Espanha:<br />
Nos séculos treze e quatorze, até ao século quinze, a igreja católica crescia e com isto a pressão sobre a conversão dos<br />
ju<strong>de</strong>us também. Em outras palavras, para um ju<strong>de</strong>u, ser batizado e aceitar o catolicismo era sinônimo <strong>de</strong> garantir<br />
um futuro aparentemente seguro, mesclando-se com os mouros, visigodos, fenícios, romanos e celtas que também<br />
habitavam a Pení<strong>ns</strong>ula Espano-Portuguesa. Assim, um filho <strong>de</strong> cristãos-novos já nascia alheio às tradições e<br />
costumes judaicos. A história nos mostra que netos e bisnetos dos ju<strong>de</strong>us conversos acabaram se tornando fra<strong>de</strong>s e<br />
padres, pois abraçavam a religião com gran<strong>de</strong> obstinação, fato este peculiar à raça hebréia. O famoso padre Antônio<br />
Vieira (Sermão da Sexagésima) que fez parte da história do Brasil é um exemplo <strong>de</strong>sta assimilação.<br />
Os ju<strong>de</strong>us sefarditas começaram sofrer um processo assimilativo, tornando-se cidadãos comu<strong>ns</strong>, assassinando suas<br />
raízes judaicas, abandonando a celebração do Shabat e passando a freqüentar as missas <strong>de</strong> Domingo. Mas, isto não<br />
acontecia com todos aqueles que se tornavam cristãos-novos. Uma boa parte assumia o cristianismo externamente e<br />
acabavam se tornando o chamado "católico relapso", passando apenas pelo batismo e daí para frente não assumia<br />
nenhum compromisso. Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>stes ju<strong>de</strong>us vieram mais tar<strong>de</strong> para colonizar o Brasil. Até hoje em nossa<br />
socieda<strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> católico é muito comum. E, finalmente, uma outra parte não significativa praticava o<br />
criptojudaísmo, não assumindo interiormente a fé católica. A terminologia pejorativa <strong>de</strong> "marranos", que quer
dizer porco / sujo em Espanhol, era atribuído aos criptoju<strong>de</strong>us. Um fato historicamente marcante aconteceu quando<br />
surgiu Torquemada, gran<strong>de</strong> perseguidor dos ju<strong>de</strong>us e confessor da rainha Isabel da Espanha. Isabel casou-se, então,<br />
com o rei Ferdinando Aragão em 1469, <strong>de</strong> Portugal. O trio da cruelda<strong>de</strong> estava formado e <strong>de</strong>z anos mais tar<strong>de</strong> os<br />
reinos estariam unidos, tendo uma causa comum: a Inquisição. Neste período havia vários <strong>de</strong>cretos proibindo o<br />
ju<strong>de</strong>u converso a ocupar cargos públicos, bem como <strong>de</strong> usar ou valer-se <strong>de</strong> qualquer outro privilégio do Estado. A<br />
partir <strong>de</strong> 1480 o trio Torquemada, Ferdinando e Isabel pôs em prática certas táticas <strong>de</strong> inquisição contra os ju<strong>de</strong>us e<br />
conversos, i<strong>ns</strong>tituindo os chamados "Autos <strong>de</strong> Fé" levando esses a uma <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong>sumana, mostrando seu lado<br />
covar<strong>de</strong> e perverso. Surgia nesta época artefatos engenhosos para os mais variados tipos <strong>de</strong> tortura. Os pobres não<br />
tinham outra alternativa a não ser ir para a tortura, <strong>de</strong>clarar-se ju<strong>de</strong>u e optar pela fé católica, escapando da morte.<br />
Para os mais ricos a pena po<strong>de</strong>ria ser computada sob a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma fiança exorbitante. Várias proibições surgiram<br />
na época, como por exemplo, os profissionais não po<strong>de</strong>riam exercer suas funções <strong>de</strong> médico, advogado, tão pouco<br />
usar jóias <strong>de</strong> ouro, prata, nem seda ou até mesmo <strong>de</strong>ixar a barba crescer. Não podiam receber dinheiro nem<br />
mercadorias <strong>de</strong> qualquer espécie.Realmente, os ju<strong>de</strong>us viveram maus momentos no período que foi <strong>de</strong> 1480 até 1492.<br />
Neste doze anos a miséria da comunida<strong>de</strong> judaica espanhola foi extrema. Já havia uma imigração <strong>de</strong>ste povo para<br />
Portugal, on<strong>de</strong> a situação para estes ju<strong>de</strong>us era mais amena. Finalmente, o Decreto <strong>de</strong> Expulsão dos ju<strong>de</strong>us da<br />
Espanha ocorreu em 31 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1492 promulgado pelos reis católicos.<br />
Conforme dados históricos, os ju<strong>de</strong>us imigraram para os seguintes países e em tais números:<br />
- Para Turquia : 90.000 ju<strong>de</strong>us<br />
- Para Holanda : 25.000<br />
- Para Marrocos : 20.000<br />
- Para França : 10.000<br />
- Para Itália : 10.000<br />
- Para América do Norte : 5.000<br />
- Para Portugal : 120.000<br />
Total : 280.000<br />
- Morreram procurando um lar : 20.000 ju<strong>de</strong>us sefaradis<br />
- Batizaram-se e permaneceram na Espanha: 50.000 ju<strong>de</strong>us<br />
A imigração para Portugal:<br />
Em Portugal os hebreus eram favorecidos da corte e protegidos da fidalguia, a qual lhes tiravam boa parte dos<br />
rendimentos. Além <strong>de</strong> ser um país vizinho e mais perto, havia similarida<strong>de</strong> da língua e costumes. Portugal recebeu<br />
assim, o maior número <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us. No entanto, Isabel <strong>de</strong> Castela co<strong>ns</strong>eguiu através <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> casamento<br />
perpetrar sua inquisição em Portugal, também. As humilhações, perseguições e torturas às quais os marranos,<br />
ju<strong>de</strong>us, cristãos novos, foram submetidos são incontáveis e absurdas. Em certo momento, em Portugal, foi or<strong>de</strong>nado<br />
que todas as crianças <strong>de</strong> dois a <strong>de</strong>z anos fossem tiradas <strong>de</strong> seus pais, e tra<strong>ns</strong>portadas à ilha <strong>de</strong> São Tomé, que havia<br />
sido há pouco <strong>de</strong>scoberta e cujos únicos moradores eram lagartos, serpentes e outros muitos bichos selvage<strong>ns</strong>,<br />
conforme relata Samuel Usque em seu livro, cap. 27. Estas crianças eram <strong>de</strong>ixadas a própria sorte em São Tomé e<br />
obviamente, morriam sozinhas e apavoradas. Várias atrocida<strong>de</strong>s foram cometidas contra esses ju<strong>de</strong>us, que tinham<br />
seus be<strong>ns</strong> confiscados, saqueados, sendo suas mulheres prostituídas e atiradas às chamas das fogueiras em praças<br />
públicas e suas crianças eram <strong>de</strong>portadas órfãs para as ilhas da colônia portuguesa. Suas casas eram invadidas e seus<br />
filhos pequenos atirados com força contra as pare<strong>de</strong>s, tendo seu crânio esmagado. <strong>Muitos</strong> ju<strong>de</strong>us frente ao <strong>de</strong>sespero
da conversão forçada, matavam aos filhos e <strong>de</strong>pois a si mesmos. Crianças judias eram roubadas <strong>de</strong> suas famílias e<br />
dadas para famílias católicas, sendo por elas criadas e esquecendo-se para sempre <strong>de</strong> suas raízes judaicas.<br />
É importante salientar que apesar <strong>de</strong> forçados à conversão, não necessariamente a perseguição terminava aí. Os<br />
cristãos novos não eram aceitos pelo restante da população cristã, sendo sempre vistos como "ju<strong>de</strong>us"<br />
A situação estava i<strong>ns</strong>uportável no ano <strong>de</strong> 1499. Um milagre precisava urgentemente acontecer. Os portugueses foram<br />
mais perspicazes do que os espanhóis, pois ao invés <strong>de</strong> expulsar os ju<strong>de</strong>us, proibiram-nos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o país, a fim <strong>de</strong><br />
não <strong>de</strong>smantelar a situação financeira e comercial daquela época, pois os ju<strong>de</strong>us eram prósperos, <strong>de</strong>senvolvidos na<br />
medicina e principalmente, na astrologia e navegação. Os ju<strong>de</strong>us sefarditas, então, eram obrigados a viver numa<br />
situação penosa, pois, por um lado, eram obrigados a confessar a fé cristã e por outro, seus be<strong>ns</strong> eram espoliados,<br />
viviam humilhados e confinados naquele país. Voltar para Espanha, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> haviam sido expulsos em 1492, era<br />
impossível, bem como seguir em frente, tendo à vista o ime<strong>ns</strong>o oceano Atlântico. O Brasil foi a melhor solução que se<br />
apresentou. E assim, tanto criptoju<strong>de</strong>us quanto cristãos novos aqui chegaram na intenção <strong>de</strong> co<strong>ns</strong>eguir viver,<br />
trabalhar e criar seus filhos, longe dos horrores da inquisição.<br />
Os sobrenomes:<br />
Uma das marcantes características das conversões forçadas era que o converso <strong>de</strong>veria abandonar seu sobrenome<br />
ju<strong>de</strong>u e escolher qualquer outro. Algu<strong>ns</strong> escolhiam nomes <strong>de</strong> animais, plantas, objetos. Outros escolhiam sobrenomes<br />
que já existiam em Portugal e Espanha e eram usados pelos "cristãos velhos" Como po<strong>de</strong> ser observado na listagem<br />
abaixo, estes sobrenomes escolhidos são usados por nós até hoje. Possuir um <strong>de</strong>stes sobrenomes não garante que a<br />
pessoa seja um <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>u sefardita. Porém, é um indício importante e que não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scartado.<br />
Outro forte indício é a família dizer-se católica, mas possuir algu<strong>ns</strong> costumes judaicos em seu dia a dia. Listarei<br />
algu<strong>ns</strong> <strong>de</strong>stes costumes mais adiante. Algu<strong>ns</strong> sobrenomes foram criados ou utilizados pela primeira vez pelo próprio<br />
converso, tendo dado este então origem a uma família específica; como o caso do ju<strong>de</strong>u converso espanhol Nuno<br />
Lopez, que trocou <strong>de</strong> sobrenome (já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> convertido) para Saldaña. Tendo imigrado para Portugal, adotou a<br />
escrita Saldanha, que nunca tinha sido utilizado como sobrenome antes..<br />
Segue abaixo uma interessante lista <strong>de</strong> sobrenomes muito utilizados pelos conversos:<br />
Abreu, Abrunhosa, Affo<strong>ns</strong>eca, Affo<strong>ns</strong>o,Aguiar, Ayres,Alam, Alhertú, Albuquerque, AlÍaro, Almeida, Alo<strong>ns</strong>o,<br />
Alva<strong>de</strong>, Alvarado, Alvarenga, Alvares, Aivarez, Anelos, Alveres, Alves, Aivim, Alvorada, Alvres, Amado,<br />
Amaral, Andrada, Andra<strong>de</strong>, Anta, Antônio, Antunes, Arailjo, Araújo, Arrahaça,Arroyo, Arroja, Aspalhão,<br />
Assumpção, Athay<strong>de</strong>, Avila, Avis,. Azeda, Azeitado, Azeredo, Azevedo..<br />
Bacelar, Balão, Baihoa, Balíeyro, Balteiro, Ban<strong>de</strong>s, Baptista, Barata, Barbalha, Barhosa, Barhoza, Bareda, Barrajas,<br />
Barreira, Barreta, Barreto, Barros, Bastos, Bautista, Batista, Beirão, Belinque, Belmonte, Bello, Bentes, Bernal,<br />
Bernar<strong>de</strong>s, Bezerra, Bicudo, Bispo, Bivar, Bocarro, Boned, Bo<strong>ns</strong>ucesso, Borges, Borralho, Botelho, Bragança,<br />
Brandão, Bravo, Brites, Brito, Brum, Bueno, Bulhão..<br />
Cahaço, Cahral, Cahreíra, Cáceres, Caetano, Calassa, Caldas, Cal<strong>de</strong>ira, Cal<strong>de</strong>yrão, Callado, Camacho, Câmara,<br />
Camejo, Caminha, Campo, Campos, Can<strong>de</strong>as, Capote, Cárceres, Cardoso, Cardozo, Carlos, Carneiro, Carrança,<br />
Carni<strong>de</strong>, Carreira, Carrilho, Carrollo, Carvalho, Casado, Casqueiro, Cásseres, Castanheda, Castanho, Castelo,<br />
Castelo Branco, Castelhano, Castilho, Castro, Cazado, Cazales, Ceya, Cespe<strong>de</strong>s, Chacla, Chacon, Chaves, Chito,<br />
Cid, Cobilhos, Coché, Coelho, Collaço, Contreíras, Cor<strong>de</strong>iro, Corgenaga, Coronel, Corrêa, Cortei., Comjo, Costa,<br />
Coutinho, Couto, Covilhã, Crasto, Cruz, Cunha..<br />
Damas, Daniel, Datto, Delgado, Devei, Diamante, Dias, Diniz, Dionísio, Dique, Déria, Dona, Dourado, Drago, Duarte,<br />
Duraes..<br />
Eliate, Escobar, Espadilha, Espinhoza, Espinoza, Esteves, Évora. Faísca, Falcão, Faria, Farinha, Faro, Farto, Fatexa,<br />
Febos, Feijão, Feijó, Fernan<strong>de</strong>s, Ferrão, Ferraz, Ferreira, Ferro, Fialho, Fidalgo, Figueira, Figueiredo, Figueiró,<br />
Figueiroa, Flores, Fogaça, Fo<strong>ns</strong>eca, Fontes, Forro, Fraga, Fragozo, França, Frances, Francisco, Franco, Freire,<br />
Freitas, Froes, Frois, Furtado. .
Gabriel, Gago, Galante, Galego, Galeno, Gallo, Galvão, Gama, Gamboa, Gançoso, Ga<strong>ns</strong>o, Garcia, Gasto, Gavilão,<br />
Gil, Godirtho, Godi<strong>ns</strong>,Goes, Gomes, Gonçalves, Gouvea, Gracia, Gradis, Gramacho, Guadalupe, Gue<strong>de</strong>s, Gueybara,<br />
Gueyros, Guerra, Guerreiro, Gusniao, Guterres..<br />
Henriques, Homem. .<br />
Idanha, Lscol, Isidro. .<br />
Jordâo, Jorge, Jnbim, Julião. .<br />
Lafaia, Lago, Laguna, Lmy, Lara, Lassa, Leal, Leão, Ledcsma, Leitão, Leite, Lemos, Lima, Liz, Lobo, Lo<strong>de</strong>sma,<br />
Lopes, Loução, Loureiro, Lourenço, Louzada , Louzano, Lucena, Luíz, Lima, Luzarte..<br />
Macedo, Machado, Machuca, Ma<strong>de</strong>ira, Madureira, Magalhães, Maia, Maioral, Maj, Maldonado, Malheiro,<br />
Manem, Manganês, Manhanas, Manoel, Manzona, Marçal, Marques, Marti<strong>ns</strong>, Mascarenhas, Mattos, Matoso,<br />
Medalha, Meddros, Medina, Melão, Mello, Mendanha, Men<strong>de</strong>s, Mendonça, Menezes, Mesquita, Mezas,<br />
Miffio, Miles, Miranda, Moeda, Mogadouro, Mogo, Molina, Mot,forte, Monguinho, Moniz, Mo<strong>ns</strong>anto,<br />
Montearroyo, Monteiro, Montes, Montezinhos, Moraes, Morales, Morão, Morato, Moreas, Moreira,<br />
Moreno, Motta, Moura, Mouzinho, Munhoz..<br />
Nabo, Nagera, Navarro, Negrão, Neves, Nicolao, Nobre, Nogueira, Noronha, Novaes, Mines..<br />
Oliva, Olivares, Oliveira, Oróbio..<br />
Pacham, Pachão, Paixão, Pacheco, Paes, Paiva, Palancho, Palhano. Pantoja, Pardo, Pare<strong>de</strong>s, Parra, Páscoa, Passos,<br />
Paz, Pedrozo, Pegado,Peinado, Penalvo, Penha, Pe<strong>ns</strong>o, Penteado, Peralta, Perdigão, Pereira,Peres, Pessoa, Pestana,<br />
Picanço, Pilar, Pimentel, Pina, Pineda, Pinhâo,Pinheiro, Pinto, Pires, Pisco, Pissarro, Piteyra, Pizarro, Ponheiro,<br />
Ponte, Porto, Pouzado, Prado, Preto, Proença..<br />
Quadros, Quaresma, Queiroz, Quental..<br />
Rabelo, Rabocha, Raphael, Ramalho, Ramires, Ramos, Rangel, Raposo, Rasquete, Rehello, Rego, Reis, Rezen<strong>de</strong>,<br />
Ribeiro, Rios, Robles, Rocha, Rodrigues, Roldão, Romão, Romeiro, Rosário, Rosa, Rosas, Rosado, Ruivo, Ruiz..<br />
.<br />
Sá, Saldanha, Salvador,Samora, Sampaio, Samuda, Sanches, Sandoval, Santarém, Santiago, Santos, Saraiva,<br />
Sarilho, Saro, Sarzedas, Seixas, Sena, Semedo, Sequeira, Seralvo, Serpa , Serqueira, Serra, Serrano, Serrão,<br />
Sorveira, Silva, Silveira, Simão, Simões, Siqueira, Soares, So<strong>de</strong>nha, Sodré, Soeyro, Sola, Solis, Sondo, Soutto-Mayor,<br />
Souza. .<br />
Tagarro, Tareu, Tavares, Taveira, Teixeira, Telles, Thomás, Toloza, Torres, Torrones, Tola, Tourinho, Tovar,<br />
Trigillos, Trigueiros, Trinda<strong>de</strong>..<br />
Uchfla..<br />
Valladolid, Valle, Valença, Valente, Vareja, Vargas, Vasconcellos, Vasques, Vaz Veiga, Velasco, Vellez, Velho,<br />
Veloso, Vergueiro, Vianna, Vicente,Viegas, Vieira,Vigo, Vilhalva,Vilhegas, Villena, Villa, Villalão, Villa-Lobos,<br />
Villanova, Villar, Villa-Real, Villella, Vizeu. .<br />
Xavier, Ximenes..<br />
Zuriaga..
Costumes <strong>de</strong> cristãos novos nas tradições familiares brasileiras: .<br />
Segue-se uma lista <strong>de</strong> aspectos culturais e perguntas que po<strong>de</strong>m revelar a origem judaica <strong>de</strong> uma família, dividida<br />
em tópicos: Família, Ritos Natalícios, Ritos Matrimoniais, Refeições, Objetos, Costumes e Ritos Fúnebres; a lista<br />
apresenta práticas possivelmente já esquecidas pelas tradições familiares no <strong>de</strong>correr dos tempos.<br />
Família<br />
Alguém, pai, avô, ou outro parente, já falou algo sobre a família ser <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us? .Na cida<strong>de</strong> em que a família morava,<br />
há algum ju<strong>de</strong>u ou comunida<strong>de</strong> judaica antiga?Alguém da família fala/falava alguma língua <strong>de</strong>sconhecida? Parecia<br />
com o espanhol? Era totalmente <strong>de</strong>sconhecida? Ladino?. Algum parente evita ou evitava igrejas católicas?As<br />
Igrejas, mesmo católicas, que os familiares freqüentavam não tinham image<strong>ns</strong>?. Alguém da família participava <strong>de</strong><br />
reuniões secretas, ou <strong>de</strong> encontros on<strong>de</strong> só home<strong>ns</strong> ou só os pais podiam ir? Ou <strong>de</strong> algum grupo <strong>de</strong> oração<br />
secreto?. Os nomes bíblicos são/eram comu<strong>ns</strong> entre os familiares?<br />
Ritos Natalícios:.<br />
Colocar a cabeça <strong>de</strong> um galo em cima da porta do quarto on<strong>de</strong> o nascimento iria acontecer. Depois do nascimento, a<br />
mãe não <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>scobrir-se ou mudar <strong>de</strong> roupas durante 30 dias. Ela <strong>de</strong>veria permanecer em repouso em sua<br />
cama, e afastada do contato com outras pessoas, pois segundo a Lei, a mulher fica impura durante 30 dias após um<br />
parto. Parecida com esta prática é a <strong>de</strong> afastar-se no período me<strong>ns</strong>trual, em que também é co<strong>ns</strong>i<strong>de</strong>rada impura.<br />
Ainda durante esses trinta dias, a mulher só comia frango, <strong>de</strong> manhã, <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> e <strong>de</strong> noite. Dava força para a<br />
recuperação.. Lançar uma moeda prateada na primeira água <strong>de</strong> banho do bebê. . Dizer uma oração oito dias <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> nascimento na qual o nome do bebê é citado. . Realizar a circuncisão ou mesmo batizar o menino ao oitavo dia <strong>de</strong><br />
nascido. . Acen<strong>de</strong>r alguma vela ou lamparina no quarto on<strong>de</strong> o parto ia acontecer, porque o menino não podia ficar<br />
no escuro até ser batizado (ou circuncidado) . .<br />
Ritos Matrimoniais: .<br />
Os noivos e seus padrinhos e madrinhas <strong>de</strong>veriam jejuar no dia do casamento. Na cerimônia, as mãos dos noivos<br />
eram envoltas por um pano branco, enquanto fazia-se uma oração. Da cerimônia seguia-se uma refeição leve: vinho,<br />
ervas, mel, sal e pão sem fermento. Noivo e noiva comiam e tomavam do mesmo prato e copo.<br />
Refeições:.<br />
A prática <strong>de</strong> jeju<strong>ns</strong> era comum. . Era proibido comer carne com sangue. Às vezes também se retiravam os nervos,<br />
com uma faca especial para tal.Ovos com mancha <strong>de</strong> sangue eram jogados fora.. Não se comia carne <strong>de</strong> porco, pois é<br />
co<strong>ns</strong>i<strong>de</strong>rada impura.. Não era permitido cozinhar carne e leite juntos. Ás vezes esperava-se um certo tempo entre a<br />
ingestão do leite e da carne.. Comia-se apenas comida preparada pela mãe ou pela avó materna.. Um menino <strong>de</strong>veria<br />
jejuar durante 24 horas antes <strong>de</strong> completar sete anos.. Costumava-se beijar qualquer pedaço <strong>de</strong> pão que cai no<br />
chão.. Era proibido comer carne <strong>de</strong> animal <strong>de</strong> sangue quente que não tivesse sido sangrado.. Havia certas restrições<br />
quanto aos tipos <strong>de</strong> peixe comestíveis: os peixes "<strong>de</strong> couro"; (sem escamas) não serviam para co<strong>ns</strong>umo, e às vezes só<br />
os peixes do mar podiam ser ingeridos. Moluscos e mariscos também eram proibidos.. Há ainda hoje um hábito<br />
muito difundido, especialmente no interior, <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramar um pouco da bebida e da comida "para o santo", com<br />
raízes na páscoa judaica.. Em algumas casas <strong>de</strong> famílias cristãs-novas, na mesa <strong>de</strong> jantar, havia gavetas, que serviam<br />
para escon<strong>de</strong>r a comida kasher, a comida recomendada pela Torah, caso chegasse alguma visita inesperada. .<br />
Costumes:<br />
Acen<strong>de</strong>r velas nas sextas-feiras à noite. . Celebrar a Páscoa, e jejuar durante a Semana Santa. As datas da Páscoa<br />
Cristã e da Páscoa judaica freqüentemente coinci<strong>de</strong>m.. Limpar a casa nas sextas-feiras durante o dia. Era proibido
fazer qualquer coisa na sexta-feira à noite (até mesmo lavagem <strong>de</strong> cabelo). . Realizar alguma reunião familiar nas<br />
sextas-feiras à noite.Aos sábados, velas eram acesas diante do oratório e <strong>de</strong>veriam queimar até o fim do dia. . Havia<br />
roupas especiais para o sábado. Às vezes eram simplesmente roupas novas ou roupas limpas. . Dizeres comu<strong>ns</strong>: "O<br />
Sábado é o dia da glória", ou "Deus te crie" (Hayim Tovim), para quando alguém espirrava. . Comemorações<br />
diferentes das católicas, como o "Dia Puro" (Yom Kippur) ou algum feriado <strong>de</strong> Primavera. . Era costume <strong>de</strong> algu<strong>ns</strong><br />
acen<strong>de</strong>r no Natal oito velas. . Em imitação a algu<strong>ns</strong> personage<strong>ns</strong> bíblicos, quando acontecia algo importante,<br />
rasgavam-se as vestes. . Um costume ainda muito comum hoje em dia era varrer o chão longe da porta, ou varrer a<br />
casa <strong>de</strong> fora pra <strong>de</strong>ntro, com a crença <strong>de</strong> que se o contrário fosse feito as visitas não voltariam mais. Na verda<strong>de</strong> esta<br />
prática está ligada ao respeito pela Mezuzah, que era pendurada nos portais <strong>de</strong> entrada, e passar o lixo por ela seria<br />
um sacrilégio.. Ao abençoar um filho, neto ou sobrinho, costumava-se fazer com a mão sobre a cabeça.. Como o dia<br />
judaico começa na noite do dia anterior, o início <strong>de</strong> um dia era marcado pelo <strong>de</strong>spontar da primeira estrela no céu.<br />
Assim o sábado (dia <strong>de</strong> celebração nas casas judaicas), começava com o <strong>de</strong>spontar da primeira estrela no céu da<br />
sexta-feira. Se uma pessoa <strong>de</strong>mo<strong>ns</strong>trasse alguma reação publicamente com relação a tal estrela, ela seria alvo <strong>de</strong><br />
suspeitas. Um adulto co<strong>ns</strong>egue conter-se, mas uma criança não. Então e<strong>ns</strong>inava-se às crianças a lenda <strong>de</strong> que apontar<br />
estrelas fazia crescer verrugas nos <strong>de</strong>dos. .<br />
Ritos Fúnebres:<br />
Cobrir todos os espelhos da casa. Toda a água da casa do <strong>de</strong>funto era jogada fora. Cortar as unhas do <strong>de</strong>funto (ou<br />
pelo menos um par <strong>de</strong>las) como também algu<strong>ns</strong> fios <strong>de</strong> cabelo e envolver tudo em um pedaço <strong>de</strong> papel ou pano.Lavar<br />
o corpo com água trazida da fonte em um recipiente novo, que nunca tenha sido usado, e vestir o corpo em roupas<br />
brancas, as mortalhas.O corpo era velado durante um dia, e então uma procissão levava-o à igreja e <strong>de</strong> lá ao<br />
cemitério. A casa então era lavada.Durante uma semana manter-se-ia o quarto do finado iluminado.. A casa da<br />
família enlutada fechada ao máximo, durante uma semana, com ince<strong>ns</strong>o queimando pelos cômodos. Quase ninguém<br />
entrava ou saía durante esse período. Os home<strong>ns</strong> não se barbeavam durante trinta dias..Manter o lugar do <strong>de</strong>funto à<br />
mesa, encher o prato <strong>de</strong>le ou <strong>de</strong>la e dar a comida a um mendigo. Não comer carne durante uma semana <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
uma morte na família. Jejuar no terceiro e oitavo dia e uma vez a cada três meses durante um ano. .Convidar um<br />
mendigo para comer e servir a comida que o morto mais gostava. . Colocar comida perto da cama do <strong>de</strong>funto. Fazer<br />
a cama do <strong>de</strong>funto com linho fresco e queimar uma luz perto <strong>de</strong>la durante um ano. As parentes mulheres <strong>de</strong>veriam<br />
cobrir suas cabeças e escon<strong>de</strong>r as faces com uma manta. Ir para o quarto do <strong>de</strong>funto por oito dias e dizer: "Que<br />
Deus te dê um boa noite. Você foi uma vez como nós, nós seremos como você ". Passar uma moeda <strong>de</strong> ouro ou prata<br />
em cima da boca do <strong>de</strong>funto, e então dá-la a um mendigo. Passar um pedaço <strong>de</strong> pão em cima dos olhos do <strong>de</strong>funto e<br />
dá-lo a um mendigo. Dar esmolas em toda esquina antes da procissão funerária chegar ao cemitério. Dar pelo menos<br />
para um mendigo um terno completo e comida aos Sábados durante um ano. . Ter várias luzes iluminando em<br />
véspera <strong>de</strong> Dia Puro, em memória do <strong>de</strong>funto. . Em algumas cida<strong>de</strong>s havia o chamado "abafador", que <strong>de</strong>veria<br />
ajudar alguém gravemente doente a ir embora antes que um médico viesse examiná-lo e <strong>de</strong>scobrisse que o enfermo é<br />
ju<strong>de</strong>u. O abafador, a portas fechadas, sufocava o doente, proferindo calmamente a frase "Vamos, meu filho, Nosso<br />
Senhor está esperando!". Feito o trabalho, o corpo era recomposto e o abafador saía para dar a notícia aos parentes:<br />
"ele se foi como um passarinho.. ."..<br />
Há cerca <strong>de</strong> três anos, comecei a montar minha árvore genealógica, por mera curiosida<strong>de</strong>. Confesso que não fui<br />
muito longe, pois infelizmente minha família tem um total <strong>de</strong>sinteresse pelo passado. Contudo, minha maior<br />
<strong>de</strong>scoberta foi meu sangue ju<strong>de</strong>u. . Muito mais importante do que <strong>de</strong>scobrir o nome <strong>de</strong> meus tataravós e sua cida<strong>de</strong><br />
natal, foi saber-me judia. . Hoje tenho co<strong>ns</strong>ciência da minha obrigação <strong>de</strong> passar esta <strong>de</strong>scoberta aos meus filhos e<br />
fazer o caminho <strong>de</strong> volta ao judaísmo; caminho <strong>de</strong> on<strong>de</strong> meus antepassados foram cruelmente arrancados, e colocar<br />
a mim e aos meus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes nos trilhos originais <strong>de</strong> nossa história pessoal.. Carrego com orgulho minha estrela <strong>de</strong><br />
David e toda vez que alguém <strong>de</strong>mo<strong>ns</strong>tra interesse, explico a história dos ju<strong>de</strong>us da inquisição e <strong>de</strong> Nuno Lopez, o<br />
primeiro Saldanha (sobrenome <strong>de</strong> solteira da mãe <strong>de</strong> meu pai).. Hoje começo a apren<strong>de</strong>r as tradições do meu povo.<br />
Isso é muito maior do que qualquer nome <strong>de</strong> parentes distantes que eu nunca vou saber. Pois coube a mim, corrigir o<br />
trajeto dos Cal<strong>de</strong>ira, Almeida, Dias, Cardoso, Resen<strong>de</strong>, Pereira, Rodrigues, Saldanha, Sá e todos os outros<br />
sobrenomes que já <strong>de</strong>sapareceram da família. Os sobrenomes <strong>de</strong>sapareceram, mas o sangue ju<strong>de</strong>u não. E mesmo<br />
com toda a eficiência <strong>de</strong> Isabel <strong>de</strong> Castela, Ferdinando e Torquemada, nós vencemos..Mesmo <strong>de</strong>pois das humilhações
em praça pública, da miséria, dos roubos <strong>de</strong> nossos filhos, das inúmeras fogueiras e da perda <strong>de</strong> nossos sobrenomes,<br />
ainda assim nós vencemos. Não os inquisidores, mas nós, os sefarditas.. Cada um <strong>de</strong> nós que <strong>de</strong>scobre sua origem<br />
judaica e retorna ao judaísmo, está honrando todos aqueles que morreram queimados só porque sua crença não era<br />
igual a da maioria e porque não tínhamos um país para o qual retornar.. Nossos antepassados em seus momentos <strong>de</strong><br />
pavor não po<strong>de</strong>riam imaginar maior vingança contra a "Santa Inquisição"; do que o movimento que ocorre hoje no<br />
mundo todo: o <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, que por vonta<strong>de</strong> própria, cavam suas orige<strong>ns</strong> remotas e caminham <strong>de</strong> volta à fé<br />
que nos foi violentamente roubada. Por isso digo que fomos nós que vencemos..<br />
A todos aqueles que como eu, empenham-se em retornar ao caminho original e legítimo do judaísmo, <strong>de</strong>ixo meu<br />
melhor Shalom, na certeza <strong>de</strong> que nosso sangue ju<strong>de</strong>u é muito mais forte do que foi a ira da inquisição..<br />
Patrícia Cal<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Almeida..<br />
São Paulo, Brasil.<br />
12.06.2003.<br />
Para comentários, críticas, elogios, dúvidas e qualquer outro contato, meu e.mail é:. sefardipati@ hotmail.com<br />
- pati_cal<strong>de</strong>ira@ yahoo.com. br<br />
Este texto foi parcialmente escrito por mim e parcialmente retirado <strong>de</strong> textos disponíveis na internet e <strong>de</strong> autores<br />
variados. Gostaria <strong>de</strong> citar as seguintes fontes <strong>de</strong> pesquisa:<br />
- Raízes <strong>Judaica</strong>s no Brasil; Flávio Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Carvalho.<br />
- Vínculos <strong>de</strong> Fogo; Alberto Flínes.<br />
- ABRADJIN (Associação Brasileira dos Descen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Ju<strong>de</strong>us da Inquisição)<br />
- Os marranos e a diáspora sefardita- Hélio Daniel Cor<strong>de</strong>iro.