01.05.2013 Views

A Desconhecida Origem Judaica de Muitos de ns Brasileiros

A Desconhecida Origem Judaica de Muitos de ns Brasileiros

A Desconhecida Origem Judaica de Muitos de ns Brasileiros

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

fazer qualquer coisa na sexta-feira à noite (até mesmo lavagem <strong>de</strong> cabelo). . Realizar alguma reunião familiar nas<br />

sextas-feiras à noite.Aos sábados, velas eram acesas diante do oratório e <strong>de</strong>veriam queimar até o fim do dia. . Havia<br />

roupas especiais para o sábado. Às vezes eram simplesmente roupas novas ou roupas limpas. . Dizeres comu<strong>ns</strong>: "O<br />

Sábado é o dia da glória", ou "Deus te crie" (Hayim Tovim), para quando alguém espirrava. . Comemorações<br />

diferentes das católicas, como o "Dia Puro" (Yom Kippur) ou algum feriado <strong>de</strong> Primavera. . Era costume <strong>de</strong> algu<strong>ns</strong><br />

acen<strong>de</strong>r no Natal oito velas. . Em imitação a algu<strong>ns</strong> personage<strong>ns</strong> bíblicos, quando acontecia algo importante,<br />

rasgavam-se as vestes. . Um costume ainda muito comum hoje em dia era varrer o chão longe da porta, ou varrer a<br />

casa <strong>de</strong> fora pra <strong>de</strong>ntro, com a crença <strong>de</strong> que se o contrário fosse feito as visitas não voltariam mais. Na verda<strong>de</strong> esta<br />

prática está ligada ao respeito pela Mezuzah, que era pendurada nos portais <strong>de</strong> entrada, e passar o lixo por ela seria<br />

um sacrilégio.. Ao abençoar um filho, neto ou sobrinho, costumava-se fazer com a mão sobre a cabeça.. Como o dia<br />

judaico começa na noite do dia anterior, o início <strong>de</strong> um dia era marcado pelo <strong>de</strong>spontar da primeira estrela no céu.<br />

Assim o sábado (dia <strong>de</strong> celebração nas casas judaicas), começava com o <strong>de</strong>spontar da primeira estrela no céu da<br />

sexta-feira. Se uma pessoa <strong>de</strong>mo<strong>ns</strong>trasse alguma reação publicamente com relação a tal estrela, ela seria alvo <strong>de</strong><br />

suspeitas. Um adulto co<strong>ns</strong>egue conter-se, mas uma criança não. Então e<strong>ns</strong>inava-se às crianças a lenda <strong>de</strong> que apontar<br />

estrelas fazia crescer verrugas nos <strong>de</strong>dos. .<br />

Ritos Fúnebres:<br />

Cobrir todos os espelhos da casa. Toda a água da casa do <strong>de</strong>funto era jogada fora. Cortar as unhas do <strong>de</strong>funto (ou<br />

pelo menos um par <strong>de</strong>las) como também algu<strong>ns</strong> fios <strong>de</strong> cabelo e envolver tudo em um pedaço <strong>de</strong> papel ou pano.Lavar<br />

o corpo com água trazida da fonte em um recipiente novo, que nunca tenha sido usado, e vestir o corpo em roupas<br />

brancas, as mortalhas.O corpo era velado durante um dia, e então uma procissão levava-o à igreja e <strong>de</strong> lá ao<br />

cemitério. A casa então era lavada.Durante uma semana manter-se-ia o quarto do finado iluminado.. A casa da<br />

família enlutada fechada ao máximo, durante uma semana, com ince<strong>ns</strong>o queimando pelos cômodos. Quase ninguém<br />

entrava ou saía durante esse período. Os home<strong>ns</strong> não se barbeavam durante trinta dias..Manter o lugar do <strong>de</strong>funto à<br />

mesa, encher o prato <strong>de</strong>le ou <strong>de</strong>la e dar a comida a um mendigo. Não comer carne durante uma semana <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

uma morte na família. Jejuar no terceiro e oitavo dia e uma vez a cada três meses durante um ano. .Convidar um<br />

mendigo para comer e servir a comida que o morto mais gostava. . Colocar comida perto da cama do <strong>de</strong>funto. Fazer<br />

a cama do <strong>de</strong>funto com linho fresco e queimar uma luz perto <strong>de</strong>la durante um ano. As parentes mulheres <strong>de</strong>veriam<br />

cobrir suas cabeças e escon<strong>de</strong>r as faces com uma manta. Ir para o quarto do <strong>de</strong>funto por oito dias e dizer: "Que<br />

Deus te dê um boa noite. Você foi uma vez como nós, nós seremos como você ". Passar uma moeda <strong>de</strong> ouro ou prata<br />

em cima da boca do <strong>de</strong>funto, e então dá-la a um mendigo. Passar um pedaço <strong>de</strong> pão em cima dos olhos do <strong>de</strong>funto e<br />

dá-lo a um mendigo. Dar esmolas em toda esquina antes da procissão funerária chegar ao cemitério. Dar pelo menos<br />

para um mendigo um terno completo e comida aos Sábados durante um ano. . Ter várias luzes iluminando em<br />

véspera <strong>de</strong> Dia Puro, em memória do <strong>de</strong>funto. . Em algumas cida<strong>de</strong>s havia o chamado "abafador", que <strong>de</strong>veria<br />

ajudar alguém gravemente doente a ir embora antes que um médico viesse examiná-lo e <strong>de</strong>scobrisse que o enfermo é<br />

ju<strong>de</strong>u. O abafador, a portas fechadas, sufocava o doente, proferindo calmamente a frase "Vamos, meu filho, Nosso<br />

Senhor está esperando!". Feito o trabalho, o corpo era recomposto e o abafador saía para dar a notícia aos parentes:<br />

"ele se foi como um passarinho.. ."..<br />

Há cerca <strong>de</strong> três anos, comecei a montar minha árvore genealógica, por mera curiosida<strong>de</strong>. Confesso que não fui<br />

muito longe, pois infelizmente minha família tem um total <strong>de</strong>sinteresse pelo passado. Contudo, minha maior<br />

<strong>de</strong>scoberta foi meu sangue ju<strong>de</strong>u. . Muito mais importante do que <strong>de</strong>scobrir o nome <strong>de</strong> meus tataravós e sua cida<strong>de</strong><br />

natal, foi saber-me judia. . Hoje tenho co<strong>ns</strong>ciência da minha obrigação <strong>de</strong> passar esta <strong>de</strong>scoberta aos meus filhos e<br />

fazer o caminho <strong>de</strong> volta ao judaísmo; caminho <strong>de</strong> on<strong>de</strong> meus antepassados foram cruelmente arrancados, e colocar<br />

a mim e aos meus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes nos trilhos originais <strong>de</strong> nossa história pessoal.. Carrego com orgulho minha estrela <strong>de</strong><br />

David e toda vez que alguém <strong>de</strong>mo<strong>ns</strong>tra interesse, explico a história dos ju<strong>de</strong>us da inquisição e <strong>de</strong> Nuno Lopez, o<br />

primeiro Saldanha (sobrenome <strong>de</strong> solteira da mãe <strong>de</strong> meu pai).. Hoje começo a apren<strong>de</strong>r as tradições do meu povo.<br />

Isso é muito maior do que qualquer nome <strong>de</strong> parentes distantes que eu nunca vou saber. Pois coube a mim, corrigir o<br />

trajeto dos Cal<strong>de</strong>ira, Almeida, Dias, Cardoso, Resen<strong>de</strong>, Pereira, Rodrigues, Saldanha, Sá e todos os outros<br />

sobrenomes que já <strong>de</strong>sapareceram da família. Os sobrenomes <strong>de</strong>sapareceram, mas o sangue ju<strong>de</strong>u não. E mesmo<br />

com toda a eficiência <strong>de</strong> Isabel <strong>de</strong> Castela, Ferdinando e Torquemada, nós vencemos..Mesmo <strong>de</strong>pois das humilhações

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!