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A Desconhecida Origem Judaica de Muitos de ns Brasileiros

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dizer porco / sujo em Espanhol, era atribuído aos criptoju<strong>de</strong>us. Um fato historicamente marcante aconteceu quando<br />

surgiu Torquemada, gran<strong>de</strong> perseguidor dos ju<strong>de</strong>us e confessor da rainha Isabel da Espanha. Isabel casou-se, então,<br />

com o rei Ferdinando Aragão em 1469, <strong>de</strong> Portugal. O trio da cruelda<strong>de</strong> estava formado e <strong>de</strong>z anos mais tar<strong>de</strong> os<br />

reinos estariam unidos, tendo uma causa comum: a Inquisição. Neste período havia vários <strong>de</strong>cretos proibindo o<br />

ju<strong>de</strong>u converso a ocupar cargos públicos, bem como <strong>de</strong> usar ou valer-se <strong>de</strong> qualquer outro privilégio do Estado. A<br />

partir <strong>de</strong> 1480 o trio Torquemada, Ferdinando e Isabel pôs em prática certas táticas <strong>de</strong> inquisição contra os ju<strong>de</strong>us e<br />

conversos, i<strong>ns</strong>tituindo os chamados "Autos <strong>de</strong> Fé" levando esses a uma <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong>sumana, mostrando seu lado<br />

covar<strong>de</strong> e perverso. Surgia nesta época artefatos engenhosos para os mais variados tipos <strong>de</strong> tortura. Os pobres não<br />

tinham outra alternativa a não ser ir para a tortura, <strong>de</strong>clarar-se ju<strong>de</strong>u e optar pela fé católica, escapando da morte.<br />

Para os mais ricos a pena po<strong>de</strong>ria ser computada sob a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma fiança exorbitante. Várias proibições surgiram<br />

na época, como por exemplo, os profissionais não po<strong>de</strong>riam exercer suas funções <strong>de</strong> médico, advogado, tão pouco<br />

usar jóias <strong>de</strong> ouro, prata, nem seda ou até mesmo <strong>de</strong>ixar a barba crescer. Não podiam receber dinheiro nem<br />

mercadorias <strong>de</strong> qualquer espécie.Realmente, os ju<strong>de</strong>us viveram maus momentos no período que foi <strong>de</strong> 1480 até 1492.<br />

Neste doze anos a miséria da comunida<strong>de</strong> judaica espanhola foi extrema. Já havia uma imigração <strong>de</strong>ste povo para<br />

Portugal, on<strong>de</strong> a situação para estes ju<strong>de</strong>us era mais amena. Finalmente, o Decreto <strong>de</strong> Expulsão dos ju<strong>de</strong>us da<br />

Espanha ocorreu em 31 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1492 promulgado pelos reis católicos.<br />

Conforme dados históricos, os ju<strong>de</strong>us imigraram para os seguintes países e em tais números:<br />

- Para Turquia : 90.000 ju<strong>de</strong>us<br />

- Para Holanda : 25.000<br />

- Para Marrocos : 20.000<br />

- Para França : 10.000<br />

- Para Itália : 10.000<br />

- Para América do Norte : 5.000<br />

- Para Portugal : 120.000<br />

Total : 280.000<br />

- Morreram procurando um lar : 20.000 ju<strong>de</strong>us sefaradis<br />

- Batizaram-se e permaneceram na Espanha: 50.000 ju<strong>de</strong>us<br />

A imigração para Portugal:<br />

Em Portugal os hebreus eram favorecidos da corte e protegidos da fidalguia, a qual lhes tiravam boa parte dos<br />

rendimentos. Além <strong>de</strong> ser um país vizinho e mais perto, havia similarida<strong>de</strong> da língua e costumes. Portugal recebeu<br />

assim, o maior número <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us. No entanto, Isabel <strong>de</strong> Castela co<strong>ns</strong>eguiu através <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> casamento<br />

perpetrar sua inquisição em Portugal, também. As humilhações, perseguições e torturas às quais os marranos,<br />

ju<strong>de</strong>us, cristãos novos, foram submetidos são incontáveis e absurdas. Em certo momento, em Portugal, foi or<strong>de</strong>nado<br />

que todas as crianças <strong>de</strong> dois a <strong>de</strong>z anos fossem tiradas <strong>de</strong> seus pais, e tra<strong>ns</strong>portadas à ilha <strong>de</strong> São Tomé, que havia<br />

sido há pouco <strong>de</strong>scoberta e cujos únicos moradores eram lagartos, serpentes e outros muitos bichos selvage<strong>ns</strong>,<br />

conforme relata Samuel Usque em seu livro, cap. 27. Estas crianças eram <strong>de</strong>ixadas a própria sorte em São Tomé e<br />

obviamente, morriam sozinhas e apavoradas. Várias atrocida<strong>de</strong>s foram cometidas contra esses ju<strong>de</strong>us, que tinham<br />

seus be<strong>ns</strong> confiscados, saqueados, sendo suas mulheres prostituídas e atiradas às chamas das fogueiras em praças<br />

públicas e suas crianças eram <strong>de</strong>portadas órfãs para as ilhas da colônia portuguesa. Suas casas eram invadidas e seus<br />

filhos pequenos atirados com força contra as pare<strong>de</strong>s, tendo seu crânio esmagado. <strong>Muitos</strong> ju<strong>de</strong>us frente ao <strong>de</strong>sespero

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