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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA E REVISÃO DE DADOS EXISTENTES<br />
Segundo dados da literatura, o estado do Mato Grosso é segundo maior produtor de madeira tropical da<br />
Amazônia Legal (Tabela 1), respondendo a 31% do total produzido pelos três maiores produtores (PA,<br />
MT e RO), e gerando uma receita bruta de US$ 803,20 milhões. O estado abriga 20 polos madeireiros 1<br />
distribuídos em três zonas madeireiras (Figura 1).<br />
Tabela 1. Produção de madeira em tora e receita bruta da indústria madeireira na Amazônia Legal em 2009<br />
(Adaptado de SFB & IMAZON, 2010).<br />
Estado<br />
№ polos<br />
madeireiros<br />
№ de<br />
indústrias<br />
Consumo<br />
anual de toras<br />
(milhares m3 )<br />
Receita Bruta<br />
(US$ milhões)<br />
Pará 30 1.067 6.599 1.094,2<br />
Mato Grosso 20 592 4.004 803,2<br />
Rondônia 14 346 2.220 358,6<br />
Outros estados 7 222 1.325 271,6<br />
Subtotal PA, MT e RO 64 2.005 12.823 2.256<br />
Total 71 2.227 14.148 2.482,6<br />
Figura 1. Polos e zonas madeireiras do Estado de Mato Grosso em 2009 (Fonte: Pereira et al. 2010).<br />
Em levantamento recente realizado pelo Imazon (Pereira et al. 2010), os maiores polos de Mato Grosso<br />
foram Sinop, Aripuanã e Juará, tornando o Centro-Oeste e o Noroeste do estado as regiões mais<br />
importantes para produção madeireira. O município de Cotriguaçu, objeto deste estudo, é um município<br />
de base florestal localizado na região Noroeste Mato-Grossense (Figura 2), região esta considerada a<br />
última fronteira florestal no estado. Apesar de ter perdido 10.000 quilômetros quadrados de florestas<br />
nos últimos dez anos, ainda mantém mais de 80% de cobertura florestal (86 mil dos 104 mil<br />
quilômetros quadrados originais).<br />
1 Polo madeireiro é um município ou microrregião com consumo anual superior a 100 mil metros cúbicos de madeira em tora (Veríssimo et al.<br />
2002).<br />
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