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Cartas - Revista Metrópole

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50<br />

Mário Kertész<br />

Dança das cadeiras<br />

Com a proximidade das eleições municipais, muitas coisas se modificaram<br />

no cenário político local. Em 2004, quando João Henrique<br />

foi eleito prefeito de Salvador, junto com ele e a sua vitória histórica<br />

de ruptura, veio um monte de partidos, digamos, “aliados”. Muitos<br />

deles permaneceram na gestão até resolverem caminhar sozinhos para<br />

anunciar candidaturas próprias. A partir de então, aliados passaram<br />

a ser inimigos e rivais históricos se juntaram em laços indissolúveis.<br />

Há cerca de um mês, passado esse período de muitas indefinições,<br />

rachas e cisões, a sucessão municipal, enfim,<br />

começa a se desenhar efetivamente. Sem os<br />

antigos companheiros, João Henrique<br />

conseguiu fechar aliança com Edvaldo<br />

Brito (PTB), que será o seu vice.<br />

Depois que o PT pulou fora do<br />

barco de JH, o segundo problema foi<br />

definir quem seria o candidato da legenda.<br />

Foram meses de brigas, discussões<br />

intermináveis, prévias e, enfim,<br />

uma resolução aos 45 do segundo<br />

tempo: Walter Pinheiro, deputado<br />

federal, foi escolhido para disputar a<br />

prefeitura pelo partido. O nome do<br />

deputado era o preferido pelo governador<br />

Jaques Wagner, embora, mantendo<br />

a postura conciliadora de sempre, o mesmo<br />

não tenha externado isso publicamente.<br />

Pinheiro venceu as prévias da legenda,<br />

em detrimento da pré-candidatura de<br />

Nelson Pelegrino, que, caso ganhasse,<br />

sairia candidato pela quarta vez.<br />

Essa indefinição de um candidato do PT, além do<br />

desgaste provocado, atrasou a formação de alianças do partido para<br />

as eleições, causando o afastamento do PTB, do PPS e do PR, apesar<br />

de formarem a chamada base de apoio ao governo Wagner. Mas os<br />

problemas continuaram a acontecer mesmo depois da definição do<br />

PT. A dúvida, a partir de então, passou a ser a seguinte: quem seria<br />

o vice de Pinheiro? O candidato convidou e Lídice da Mata (PSB)<br />

O PC do B faz biquinho para<br />

ser contemplado com “afagos”<br />

governamentais<br />

aceitou a vaga. Mas o problema é que o mesmo convite teria sido feito<br />

à vereadora Olívia Santana, candidata pelo PCdoB. O partido não<br />

gostou. Sentiu-se um partido menor, descartável e chegou a ameaçar<br />

a saída comunista da base aliada do PT. Agora sair para onde? Coube<br />

a Pinheiro fazer mea culpa e pedir desculpas aos comunistas. Assim é<br />

melhor. Amansa o ânimo que está, apenas, exaltado, porque o vermelho<br />

comunista pode explodir de raiva, mas jamais vai deixar a boquinha<br />

de estar alinhado ao poder.<br />

E, analisando racionalmente, mesmo com o alto índice de rejeição,<br />

Lídice da Mata é muito mais influente politicamente e mais<br />

conhecida em Salvador do que a inflamada Olívia. Então, para mim,<br />

o que o PC do B faz é biquinho para ser contemplado com “afagos”<br />

governamentais.<br />

Do outro lado da disputa aparecem dois ícones<br />

do carlismo, que, por enquanto, lideram as<br />

pesquisas. Um, ACM Neto, que é considerado<br />

representante do chamado neo-carlismo<br />

que deseja se desvincular do estigma<br />

negativo dos anos de domínio carlista<br />

no Estado e reforçar os aspectos positivos.<br />

E ao que parece, ACM Neto tem<br />

alcançado esse objetivo. Além disso,<br />

ele conseguiu costurar uma competente<br />

aliança trazendo o apoio do<br />

PR, do PRB e o apoio do ex futuro<br />

candidato Raimundo Varela, misto<br />

de apresentador e eterno candidato ao<br />

que pintar por aí. Na outra ponta, porém,<br />

aparece Antonio Imbassahy. Nascido,<br />

educado, moldado e criado no berço<br />

carlista, o agora tucano tenta se dissociar<br />

da imagem que o apresentou<br />

para o mundo com uma idéia de<br />

“renovação”. Contudo, é considerado<br />

o carlista genérico, enquanto<br />

ACM Neto, o autêntico. Ele<br />

também foi protagonista da aliança<br />

mais rápida da história: durou menos de 24 horas. Numa reunião<br />

com o presidente da Assembléia Legislativa Marcelo Nilo e o antigo<br />

pré-candidato e agora aliado de ACM Neto, Varela, Imbassahy<br />

tentou levar o radialista para ser vice em sua chapa. Foram protagonistas<br />

de uma comédia pastelão: viajaram para São Paulo, onde<br />

seriam ungidos pelo governador Serra, de lá foram para Brasília<br />

assistir ao fim de um casamento não consumado e voltaram para<br />

Salvador com sorrisos amarelos e desculpas esfarrapadas. Varela,<br />

com 40 segundos de televisão, não tinha o que fazer. Nadou, nadou<br />

e novamente morreu na praia. Mais uma candidatura tipo as de<br />

Marcos Medrado: começa na frente das pesquisas, vai desidratando<br />

e consegue acordos excelentes. Foi assim que Medrado se tornou<br />

vice-prefeito de Imbassahy durante oito anos, apesar do conceito<br />

que ACM tinha sobre ele e que fazia questão de tornar público.<br />

Conceito pouco elogiável, diga-se de passagem. E, agora, Imbassahy<br />

terá como vice Miguel Kertzman (PPS), antigo partidão, mais um<br />

que saiu da órbita do PT, assim como o PTB e o PR. Até o dia<br />

05 de outubro muita água poderá rolar e veremos quem não irá se<br />

afogar, porque a disputa está absolutamente indefinida e não deve<br />

acabar no primeiro turno. •<br />

O BRASIL CRESCE<br />

E DIMINUI AS DESIGUALDADES.<br />

A VIDA DOS BAIANOS<br />

MELHORA.<br />

Aqui na Bahia, você pode ver ações que reduzem reduzem as desigualdades<br />

sociais e melhoram a qualidade da educação. E também obras de infra-estrutura que fortalecem a<br />

economia e geram mais empregos, resultado do trabalho do Governo Federal em parceria com o Estado,<br />

municípios e a iniciativa privada.<br />

Veja algumas das ações em andamento:<br />

• Desenvolvimento da logística de transporte do<br />

Estado, com investimentos de mais de 3 bilhões de<br />

reais em estradas, porto e aeroportos. Obras como<br />

as das rodovias BR-101 e BR-135 vão trazer mais<br />

conforto e segurança para os usuários.<br />

• 6,1 bilhões de reais para obras no setor energético,<br />

como no Gasoduto de Catu, já trazem milhares de<br />

empregos e vão gerar mais energia para o Brasil crescer.<br />

• 305 municípios baianos recebem obras de<br />

saneamento e urbanização, com recursos de 2,9<br />

bilhões de reais, para melhorar a qualidade de vida<br />

da população.<br />

www.maisbrasil.gov.br<br />

• 12 novas escolas técnicas federais para levar<br />

ensino profi ssionalizante de qualidade a mais<br />

de 14 mil alunos.<br />

• 7 pólos universitários para ampliar o acesso ao<br />

Ensino Superior.<br />

• Mais de 117 mil agricultores familiares<br />

têm crédito, assistência técnica e segurança<br />

com o Pronaf.<br />

• 1,4 milhão de famílias levam uma vida mais<br />

digna com o Bolsa Família.<br />

MAIS BRASIL<br />

PARA MAIS<br />

BRASILEIROS<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Metrópole</strong> - junho de 2008

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