Assegurar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> terreno, normalmente proce<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao seu arrendamento, só por si acarreta já custos avulta<strong>do</strong>s. Há além disso que estudar, para esse terreno, as características <strong>do</strong> vento, processo que <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>correr durante alguns anos. Seria economicamente incomportável, para qualquer projecto <strong>de</strong>ste tipo, estabelecer uma “carteira” <strong>de</strong> terrenos, por arrendamento, estudan<strong>do</strong>-os <strong>do</strong>s diferentes pontos <strong>de</strong> vista, com a finalida<strong>de</strong> última <strong>de</strong> seleccionar apenas um para concretização <strong>do</strong> projecto. Nesse contexto, apesar <strong>de</strong> terem si<strong>do</strong> estudadas duas soluções alternativas, ambas se localizam no interior da faixa <strong>de</strong> terrenos arrenda<strong>do</strong>s pela ENERNOVA na cumeada da serra <strong>de</strong> Monchique. Em que consiste o projecto <strong>do</strong> Parque Eólico <strong>de</strong> Madrinha? O projecto consiste na implantação <strong>de</strong> um reduzi<strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> aerogera<strong>do</strong>res, constituí<strong>do</strong>s por uma torre metálica <strong>de</strong> suporte a um gera<strong>do</strong>r, alberga<strong>do</strong> no interior <strong>de</strong> uma fuselagem instalada no topo daquela. Ao eixo horizontal <strong>do</strong> gera<strong>do</strong>r encontram-se fixas 3 pás, que formam o chama<strong>do</strong>r rotor. Além <strong>do</strong>s aerogera<strong>do</strong>res, a implantação <strong>do</strong> <strong>parque</strong> <strong>eólico</strong> implica a instalação no local <strong>de</strong> outros elementos, <strong>do</strong>s quais se <strong>de</strong>stacam um edifício <strong>de</strong> coman<strong>do</strong> para recepção da energia proveniente <strong>do</strong>s aerogera<strong>do</strong>res e cabos subterrâneos <strong>de</strong> ligação, para transporte da energia eléctrica. Como elementos <strong>de</strong> apoio à construção <strong>do</strong> <strong>parque</strong> são necessários: acessos até ao local <strong>de</strong> implantação, plataformas <strong>de</strong> apoio à grua para montagem <strong>do</strong>s aerogera<strong>do</strong>res, estaleiro <strong>de</strong> obra, locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> escavação sobrantes, veículos e maquinaria. Paralelamente à construção <strong>do</strong> Parque Eólico <strong>de</strong> Madrinha será também instalada a linha <strong>de</strong> ligação à subestação <strong>de</strong> Monchique, com cerca <strong>de</strong> 5 km, que irá constituir o ponto <strong>de</strong> ligação <strong>do</strong> <strong>parque</strong> <strong>eólico</strong> à re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> alta tensão. Esta ligação será <strong>de</strong> média tensão e, por isso mesmo, <strong>de</strong> dimensão reduzida. O ponto <strong>de</strong> arranque da linha a partir <strong>do</strong> <strong>parque</strong> <strong>eólico</strong> será junto ao edifício <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong>-se para baixo da cumeada ao longo das encostas viradas a sul, num traça<strong>do</strong> que acompanha genericamente o <strong>de</strong>senho <strong>do</strong> relevo, por forma a encaixar-se ou a esbater-se nele. Apesar da <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> final da linha não ser da responsabilida<strong>de</strong> da ENERNOVA, foi contu<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>, no EIA, um traça<strong>do</strong> <strong>de</strong> princípio a utilizar, ten<strong>do</strong> o mesmo si<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong>s seus eventuais efeitos ambientais. Os aerogera<strong>do</strong>res e o edifício <strong>de</strong> coman<strong>do</strong> funcionam sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> presença <strong>de</strong> qualquer opera<strong>do</strong>r no local, sen<strong>do</strong> tele-vigia<strong>do</strong>s, à distância, num “Centro <strong>de</strong> Exploração”, on<strong>de</strong> se dispõe continuamente <strong>de</strong> informação relativa ao seu funcionamento (por exemplo, velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> vento, evolução da produção e <strong>de</strong>feitos nos equipamentos). Para a concretização <strong>do</strong> Parque Eólico <strong>de</strong> Madrinha, analisaram-se, conforme referi<strong>do</strong>, duas soluções alternativas (Figura 2), que diferem, essencialmente, em termos <strong>do</strong> número e da potência <strong>do</strong>s aerogera<strong>do</strong>res que as constituem, mas que conduzem à instalação da mesma potência total - 9 MW. PARQUE EÓLICO DE MADRINHA (MONCHIQUE) ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL – VOLUME I 7
Esc. 1:25 000 Esc. 1:25 000 Figura 2 - Parque Eólico <strong>de</strong> Madrinha - Soluções alternativas M5 e M6 PARQUE EÓLICO DE MADRINHA (MONCHIQUE) 8 ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL – VOLUME I N N Solução M5 Solução M6 LEGENDA: LEGENDA:
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