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medição da massa volúmica de líquidos - IPQ

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diaM u n d i a l<strong>da</strong>M Me t r o l o g i a<br />

Medições em Química<br />

Experiência Metrológica Nº 1<br />

Medição <strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong>: comparação <strong>de</strong> diferentes metodologias<br />

OBJECTIVO: Comparar e avaliar as diferenças na <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> (ρ) <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong> com recurso a 3<br />

instrumentos <strong>de</strong> <strong>medição</strong> diferentes (<strong>de</strong>nsímetro, <strong>de</strong>nsímetro <strong>de</strong>nsímetro <strong>de</strong> <strong>de</strong> tubo tubo vibrante vibrante portátil portátil e picnómetro)<br />

picnómetro).<br />

PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO DA MASSA VOLÚMICA DE AMOSTRAS LÍQUIDAS:<br />

A. COM DENSÍMETRO DE VIDRO DRO<br />

1. Antes <strong>da</strong> <strong>medição</strong>, homogeneizar o líquido <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> proveta,<br />

com uma vareta <strong>de</strong> vidro;<br />

2. O <strong>de</strong>nsímetro limpo apenas <strong>de</strong>ve ser tocado acima <strong>da</strong> escala.<br />

Ao introduzi-lo no líquido verificar que a sua haste não se molha<br />

mais do que 5 mm acima do ponto <strong>de</strong> leitura (figura 1). O<br />

menisco obtido <strong>de</strong>ve manter-se manter <strong>de</strong> maneira regular e sem<br />

variar nem <strong>de</strong> forma nem <strong>de</strong> altura, altura durante os movimentos<br />

ascen<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> haste do <strong>de</strong>nsímetro;<br />

3. Quando o <strong>de</strong>nsímetro alcançar o equilíbrio e flutuar livremente sem tocar as pare<strong>de</strong>s <strong>da</strong> proveta, po<strong>de</strong> realizar-<br />

se a leitura. O resultado é lido "<strong>de</strong> baixo" em caso <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong> transparentes e, para <strong>líquidos</strong> não transparentes, o<br />

resultado seria lido "<strong>de</strong> cima" (figura 2).<br />

4. Medir e registar a temperatura (t) do líquido com o termómetro imediatamente após <strong>medição</strong> <strong>de</strong> ρ.<br />

B. COM DENSÍMETRO DE TUBO BO VIBRANTE<br />

1. Homogeneizar a amostra a analisar;<br />

2. Pressionar o êmbolo e recolher uma amostra <strong>de</strong> líquido <strong>de</strong> modo a encher a<br />

célula <strong>de</strong> <strong>medição</strong> tendo o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> não se formarem bolhas <strong>de</strong> ar;<br />

3. Registar a ρ e t do líquido indica<strong>da</strong>s ndica<strong>da</strong>s no visor do <strong>de</strong>nsímetro;<br />

4. Pressionar o êmbolo <strong>de</strong> forma a libertar a amostra.<br />

C. COM PICNÓMETRO – MÉTODO GRAVIMÉTRICO<br />

1. Fazer a tara do picnómetro limpo na balança;<br />

2. Encher o picnómetro (limpo e calibrado, i.e. <strong>de</strong> volume conhecido) com o líquido quido a<br />

analisar até ao topo, , colocar a tampa para que o líquido transbor<strong>de</strong> pelo orifício e<br />

limpar o excesso;<br />

3. Determinar eterminar a <strong>massa</strong> do líquido contido no interior do picnómetro;<br />

4. Medir e registar egistar a temperatura do líquido;<br />

5. Determinar ρ do líquido.<br />

NOTA: Todos os <strong>da</strong>dos obtidos <strong>de</strong>vem ser registados na folha <strong>de</strong> registo.<br />

2 0 1 1<br />

Caparica | 20 Ma i o 2011


Determinação <strong>da</strong> Massa Volúmica <strong>de</strong> Líquidos íquidos<br />

A <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> (ρ) é a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> matéria correspon<strong>de</strong>nte à <strong>massa</strong> conti<strong>da</strong> por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> volume<br />

(Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Deriva<strong>da</strong> do SI - kg/m3 é a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> matéria correspon<strong>de</strong>nte à <strong>massa</strong> conti<strong>da</strong> por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> volume<br />

). A relação relação entre a a <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>de</strong> uma matéria e a <strong>massa</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong><br />

uma matéria <strong>de</strong> referência (geralmente água), , a 20 ºC, correspon<strong>de</strong> à <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, gran<strong>de</strong>za adimensional.<br />

Esta Esta gran<strong>de</strong>za gran<strong>de</strong>za é é essencial essencial no no controlo controlo <strong>da</strong> <strong>da</strong> maioria maioria dos dos processos processos industriais, industriais, permitindo permitindo uma uma melhor condução condução do<br />

processo e <strong>de</strong>terminação terminação exacta <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>/<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>/quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto. A <strong>medição</strong> <strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> é<br />

realiza<strong>da</strong>: realiza<strong>da</strong>: na na indústria indústria <strong>da</strong>s <strong>da</strong>s bebi<strong>da</strong>s, bebi<strong>da</strong>s, do teor teor <strong>de</strong> <strong>de</strong> álcool álcool em em misturas misturas binárias, binárias, do do teor teor <strong>de</strong> <strong>de</strong> açúcar açúcar nos refrigerantes e sumos <strong>de</strong> ffruta;<br />

f<br />

na indústria farmacêutica, para a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> específica <strong>de</strong> preparações medicinais; na indústria petrolífera<br />

para para a a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> API e no controlo controlo <strong>de</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos dos combustíveis combustíveis e aditivos; na na indústria química química e nuclear,<br />

para a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> concentração dos ácidos, bases e outras soluções na concentração <strong>de</strong> substâncias radioactivas; na<br />

indústria <strong>de</strong> alimentos, cosméticos, entre outras.<br />

Hidrometria<br />

Atribuídos a Arquime<strong>de</strong>s (século III a.C.), embora inventados por Hipátia (370-415 (370 415 d.C.), os<br />

hidrómetros são instrumentos <strong>de</strong> <strong>medição</strong> <strong>de</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong>, simples, eficazes e<br />

utilizados em medições com diferentes níveis <strong>de</strong> exactidão.<br />

O método <strong>de</strong> calibração <strong>de</strong> hidrómetros, baseado na pesagem hidrostática, foi introduzido por Cuckow em<br />

1949. Este permite que um hidrómetro <strong>de</strong> qualquer gama seja calibrado, , através <strong>da</strong> <strong>medição</strong> <strong>da</strong> sua força<br />

<strong>de</strong> impulsão no ar e quando imersos rsos num líquido <strong>de</strong> referência.<br />

O LPL obteve, participando no projecto EURAMET 702 o reconhecimento <strong>da</strong><br />

Calibração na calibração <strong>de</strong> hidrómetros em n<br />

incerteza expandi<strong>da</strong> <strong>de</strong> 0,1 kg/m3 O LPL obteve, participando no projecto EURAMET 702 o reconhecimento <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medição <strong>de</strong><br />

n-nonano a 20 ºC, na gama <strong>de</strong> (750 a 1000) kg/m<br />

(k=2).<br />

3 Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medição <strong>de</strong><br />

com<br />

Densimetria <strong>de</strong> tubo vibrante<br />

Em 1967, a empresa Anton Paar GmbH apresentou o primeiro <strong>de</strong>nsímetro digital <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong> e<br />

gases, baseado no princípio do tubo vibrante em forma <strong>de</strong> U <strong>de</strong> Hans Stabinger e Hans<br />

Leopold. Leopold. Este Este estava estava sujeito sujeito a a erros erros induzidos induzidos pela viscosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s amostras analisa<strong>da</strong>s<br />

analisa<strong>da</strong>s. analisa<strong>da</strong>s Em<br />

1998, é <strong>de</strong>senvolvido por Hans Stabinger um <strong>de</strong>nsímetro (Paar DMA 5000), com nova célula <strong>de</strong><br />

<strong>medição</strong> aplicando a correcção <strong>da</strong> viscosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> amostra, evitando-se evitando se assim erros<br />

sistemáticos.<br />

O princípio <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong>stes instrumentos baseia-se na lei <strong>da</strong> oscilação harmónica, na<br />

qual um tubo em U, , preenchido com amostra a analisar, é submetido a uma força<br />

electromagnética. Por <strong>medição</strong> <strong>da</strong> frequência e do período <strong>da</strong> vibração do conjunto<br />

<strong>de</strong>termina-se o valor r <strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>da</strong> amostra.<br />

O LPL efectua as calibrações dos <strong>de</strong>nsímetros <strong>de</strong> tubo vibrante a 20 ºC, através <strong>de</strong> método comparativo, com <strong>líquidos</strong><br />

<strong>de</strong> referência no intervalo <strong>de</strong> (500 a 2000) kg/m3. calibrações dos <strong>de</strong>nsímetros <strong>de</strong> tubo vibrante a 20 ºC, através <strong>de</strong> método comparativo, com <strong>líquidos</strong><br />

Também realiza a certificação <strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>de</strong> amostras líqui<strong>da</strong>s<br />

no mesmo intervalo <strong>de</strong> ρ <strong>de</strong> (5 a 70) ºC.<br />

Sistema absoluto<br />

A <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong> po<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> ser <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> através <strong>de</strong> um método <strong>de</strong> pesagem<br />

hidrostática, no qual é utiliza<strong>da</strong> uma esfera <strong>de</strong> silício, como padrão <strong>de</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong>, cuj cujo volume e<br />

<strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> são conheci<strong>da</strong>s. Este método está em <strong>de</strong>senvolvimento pelo LPL.<br />

Picnometria<br />

Os picnómetros são utilizados para <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong> viscosos, viscosos norma ISO 2811, tais como tintas e<br />

vernizes, utilizando o princípio <strong>da</strong> terminação <strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>de</strong> líquido contido e tendo em conta o volume do picnómetro<br />

obtido através <strong>da</strong> sua calibração.<br />

ρρ<br />

m<br />

líquido<br />

líquido =<br />

V picnómetro<br />

A calibração <strong>de</strong> picnómetros é efectua<strong>da</strong>, pelo LVO, LVO através do método gravimétrico, que consiste na <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong> conti<strong>da</strong> no picnómetro que é posteriormente converti<strong>da</strong> em volume, para uma<br />

temperatura <strong>de</strong> 20 ºC, utilizando fórmulas e tabelas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> acordo com a norma ISO 4787. 4787<br />

ρ<br />

=<br />

m<br />

V


diaM u n d i a l<strong>da</strong>Me t r o l o g i a<br />

Medições em Química<br />

FOLHA DE REGISTO<br />

Experiência Metrológica Nº 1<br />

2 0 1 1<br />

Caparica | 20 M a i o 2011<br />

Medição <strong>da</strong> <strong>massa</strong> <strong>volúmica</strong> <strong>de</strong> <strong>líquidos</strong>: comparação <strong>de</strong> diferentes metodologias<br />

Operador: ____________________________<br />

Data do ensaio: ____________________________<br />

Líquido a analisar: ____________________________<br />

PROCEDIMENTO A - MEDIÇÃO DE ρρρρ COM DENSÍMETRO DE VIDRO<br />

Massa <strong>volúmica</strong> (________): ____________________________<br />

Temperatura do líquido (ºC): ____________________________<br />

PROCEDIMENTO B - MEDIÇÃO DE ρρρρ COM DENSÍMETRO DE TUBO VIBRANTE<br />

Massa <strong>volúmica</strong> (g/cm 3 ): ____________________________<br />

Temperatura do líquido (ºC): ____________________________<br />

PROCEDIMENTO C - DETERMINAÇÃO DE ρρρρ COM PICNÓMETRO<br />

Massa do líquido (g): ____________________________<br />

Volume do picnómetro (cm3 ):<br />

(Valor do certificado <strong>de</strong> calibração)<br />

____________________________<br />

Temperatura do líquido (ºC): ____________________________<br />

ρ<br />

m<br />

líquido<br />

líquido =<br />

V picnómetro<br />

Reflectir sobre os seguintes pontos:<br />

- volume <strong>de</strong> líquido necessário para realizar a <strong>medição</strong>;<br />

- rapi<strong>de</strong>z, complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e meios necessários para a realização do método;<br />

- incertezas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> método…<br />

Ca<strong>da</strong> método a sua sentença …<br />

(g/cm 3 ): ____________________________<br />

U <strong>medição</strong> ∼ 0,0005 g/cm 3 (k=2)<br />

U <strong>medição</strong> ∼ 0,0010 g/cm 3 (k=2)<br />

U <strong>medição</strong> ∼ 0,1 g/cm 3 (k=2)<br />

Rua António Gião, 2 2829-513 Caparica Tel 212 948 136 Fax 212 948 223 www.ipq.pt

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