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fitoterapia_no_sus

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Ministério da Saúde<br />

colaterais. Eram citados os seguintes <strong>no</strong>mes populares: alho, hortelã,<br />

espinheira santa, quebra-pedra, guaco, mentrasto e maracujá. O relatório<br />

destacava também o total de 64 espécies pesquisadas e 85 projetos apoiados<br />

pelo PPPM <strong>no</strong> período de 1983 a 1988 (BRASIL, 1988a).<br />

Dentre as espécies citadas <strong>no</strong> relatório de 1988, somente a espinheira<br />

santa teve os resultados de sua pesquisa divulgados oficialmente pelo PPPM,<br />

<strong>no</strong> segundo e último volume da série “Programa de Pesquisa de Plantas<br />

Medicinais” publicado pela Ceme em dezembro do mesmo a<strong>no</strong>.<br />

Após a conclusão de suas pesquisas, a espinheira santa transformou-se<br />

em uma planta de muito interesse ao PPPM, desencadeando projetos<br />

nas áreas de micropropagação vegetativa, cultivo, tec<strong>no</strong>logia farmacêutica<br />

e até de um protótipo de “produto fitoterápico” que seria desenvolvido<br />

em parceria com um laboratório oficial.<br />

Juntamente com técnicos da Fundação Ezequiel Dias (Funed),<br />

mantenedora do laboratório farmacêutico oficial do estado de Minas Gerais,<br />

a Ceme discutiu um projeto que tinha por objetivo produzir “envelopes”<br />

contendo folhas secas e pulverizadas de espinheira santa para o preparo<br />

de “abafado”. Este produto seria indicado como antidispéptico e teve<br />

inclusive, o seu lay out definido (Anexo D).<br />

Em 1991, a Divisão de Pesquisas produziu um relatório, não divulgado,<br />

contendo os resultados dos estudos concluídos até aquele a<strong>no</strong> de 28<br />

espécies selecionadas pelo PPPM. O documento trazia um diagnóstico das<br />

espécies quanto aos modelos de investigação científica a que foram submetidas:<br />

farmacologia pré-clínica, estudo clínico, toxicologia em anima<br />

<strong>no</strong>bili (seres huma<strong>no</strong>s) e toxicologia animal e destacava as que possuíam<br />

Núcleo Distribuidor, micropropagação vegetativa e cultivo. De acordo com<br />

os resultados citados, foram confirmadas as ações terapêuticas de 06<br />

espécies: Ageratum conyzoides (mentrasto), Cecropia glazioui<br />

(embaúba), Maytenus ilicifolia (espinheira santa), Mikania glomerata<br />

(guaco), Passiflora edulis (maracujá) e Phyllanthus niruri (quebrapedra)<br />

(Quadro 5).<br />

Por volta do início dos a<strong>no</strong>s 90 a Ceme lançou um folder publicitário<br />

sobre o PPPM. Além de conter informações sobre o Programa e trazer<br />

a relação das 74 espécies vegetais selecionadas para estudos, este folheto<br />

informava que 28 possuíam estudos concluídos, das quais: a) algumas<br />

não tiveram a ação terapêutica atribuída confirmada <strong>no</strong>s testes pré-clínicos<br />

e/ou clínicos; b) outras apresentaram indícios de ação tóxica e c) um<br />

terceiro e último grupo teve a ação terapêutica confirmada, destacando-se<br />

a Maytenus ilicifolia (espinheira santa) e o Phyllantus niruri (quebra-pedra),<br />

únicas espécies <strong>no</strong>minadas <strong>no</strong> folder (Anexo E).<br />

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