AULA 5: RESULTADO DO EXERCÍCIO - Video Aulas Grátis
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CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL EM <strong>EXERCÍCIO</strong>S<br />
PROFESSOR ANTONIO CÉSAR<br />
<strong>AULA</strong> 5: <strong>RESULTA<strong>DO</strong></strong> <strong>DO</strong> <strong>EXERCÍCIO</strong><br />
E os estudos, como estão? Não esqueçam, disciplina e força. A<br />
prova está chegando.<br />
Começarei resolvendo as questões de análise da aula anterior.<br />
Depois tratarei do resultado do exercício, conforme programa<br />
inicial. Como novidade informo que incluirei a matéria Fluxo de<br />
Caixa nestas aulas. Provavelmente na semana que vem já<br />
disponibilizarei este material. Também gostaria de informar que<br />
outras questões de análise serão incluídas nos materiais futuros.<br />
Bem chega de papo e vamos trabalhar.<br />
Obs. Para resolução das questões considere:<br />
AC = Ativo Circulante<br />
PC = Passivo Circulante<br />
AT = Ativo Total<br />
ARLP = Ativo Realizável a Longo Prazo<br />
PELP = Passivo Exigível a Longo Prazo<br />
REF = Resultado de exercícios Futuros<br />
PL = Patrimônio Líquido<br />
01 - (AFTN - 98) - A empresa Secret S/A demonstra seu patrimônio<br />
em apenas quatro grupos: Ativo Circulante, Ativo Permanente,<br />
Passivo Circulante e Patrimônio Líquido. O seu Capital Próprio, no<br />
valor de R$ 1.300,00, está formado do Capital registrado na Junta<br />
Comercial e de reservas já contabilizadas na ordem de 30% do<br />
capital social. O grau de endividamento dessa empresa foi calculado<br />
em 35%. O quociente de liquidez corrente foi medido em 1,2. A<br />
partir das informações trazidas nesta questão, podemos afirmar que<br />
o Balanço Patrimonial da empresa Secret S/A apresentará<br />
a) Ativo Permanente de R$ 840,00;<br />
b) Patrimônio Líquido de R$ 1.350,00;<br />
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c) Ativo Circulante de R$ 1.160,00;<br />
d) Patrimônio Bruto de R$ 2.000,00;<br />
e) Passivo Circulante de R$ 845,00<br />
Solução: A empresa possui um (Capital Próprio) Patrimônio Líquido<br />
de R$ 1.300,00, não possuindo valores de longo prazo (ativou ou<br />
passivo) nem resultados de exercícios futuros. O grau de<br />
endividamento foi calculado em 35%.<br />
Para resolver esta questão, inicialmente lembrar do conceito de Grau<br />
de Endividamento, que é o correspondente a Endividamento Total,<br />
ou seja, Passivo Exigível/Ativo Total. Ora, Ativo Total é<br />
numericamente igual a Passivo Total. Como não existem valores de<br />
longo prazo nem resultados de exercício futuros, podemos ajustar a<br />
fórmula da seguinte forma:<br />
Grau de Endividamento = PC/Ativo Total<br />
Grau de Endividamento = PC/Passivo Total<br />
Grau de Endividamento = PC/(PC + PL) –<br />
0,35 (35%) = PC/(PC + PL)<br />
0,35PC + 0,35PL = PC<br />
0,65PC = 0,35PL<br />
Como o PL vale R$ 1,300, temos:<br />
0,65PC = 0,35 x R$ 1,300<br />
0,65PC = R$ 455<br />
PC = R$ 700<br />
Conforme informação do problema, o índice de Liquidez Corrente é<br />
igual a 1,2. Desta forma:<br />
LC = AC/PC<br />
1,2 = AC/R$ 700<br />
AC = R$ 840<br />
O PC vale R$ 700 e o PL vale R$ 1,300. Logo o Passivo Total vale<br />
R$ 2.000. Como o Passivo Total é igual, numericamente, ao Ativo<br />
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Total, este também vale R$ 2.000. O Patrimônio Bruto é sinônimo<br />
de Ativo Total. Portanto, resposta letra D.<br />
Gabarito – D<br />
02 - (AFTN - 98) - A empresa Simplificada, para conhecimento do<br />
mercado, publicou as seguintes informações sobre seu patrimônio:<br />
- não há recursos realizáveis a longo prazo;<br />
- o quociente de solvência é 2,5 mas apenas R$ 10.000,00 são<br />
exigibilidades de longo prazo;<br />
- estas, as exigibilidades não circulantes, contidas no Grupo<br />
Patrimonial chamado "Passivo Exigível a Longo Prazo", têm um<br />
coeficiente de estrutura patrimonial (Análise Vertical) igual a 0,05;<br />
- 60% dos recursos aplicados estão financiados com capital próprio;<br />
- o quociente de liquidez corrente é de 1,4, enquanto que a liquidez<br />
imediata alcança apenas o índice 0,4.<br />
Considerando que os cálculos da análise supra indicada estão<br />
absolutamente corretos, não havendo nenhuma outra informação a<br />
ser utilizada, podemos afirmar que, no Balanço Patrimonial, o valor<br />
a) do Patrimônio Líquido é R$ 200.000,00;<br />
b) do Ativo Circulante é R$ 120.000,00;<br />
c) do Ativo Permanente é R$ 88.000,00;<br />
d) do Passivo Circulante é R$ 80.000,00;<br />
e) das disponibilidades é R$ 28.000,00.<br />
Solução: Repare que foi informado que as exigibilidades de longo<br />
prazo valem R$ 10.000,00. E que elas têm um coeficiente de<br />
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estrutura patrimonial (Análise Vertical) de 0,05, ou seja PELP/PT =<br />
0,05.<br />
Se R$ 10.000,00 é igual a 0,05 (5%) do Passivo Total. 100% valem<br />
R$ 200.000,00.<br />
Não se esqueçam das primeiras aulas de contabilidade básica. O<br />
Passivo Total é numericamente igual ao Ativo Total. Lembrado isso,<br />
uma outra informação é importante. Diz a questão que 60% dos<br />
recursos aplicados (Ativo Total) estão financiados pelo Patrimônio<br />
Líquido. Desta forma o Patrimônio Líquido vale R$ 120.000,00<br />
(60% x R$ 200.000,00).<br />
Podemos tirar outra conclusão. O Passivo Total, que vale R$<br />
200.000,00, não tem Resultados de Exercícios Futuros, logo só tem<br />
PC, PELP e PL. Como o PELP vale R$ 10.000,00 e o PL vale R$<br />
120.000,00, o PC vale R$ 70.000,00 (R$ 200.000,00 – R$ 10.000,00<br />
– R$ 120.000,00).<br />
Como a Liquidez Corrente (AC/PC) vale 1,4, o AC vale R$<br />
84.000,00.<br />
Montem a fórmula:<br />
LC = AC/PC<br />
1,4 = AC/70.000<br />
AC = 1,4 x 70.000 = R$ 84.000,00<br />
A Liquidez Imediata (Disponível/PC) vale 0,4. Logo a<br />
Disponibilidade vale R$ 28.000,00. Montem, de novo, a fórmula.<br />
LI = Disponível/PC<br />
0,4 = Disponível/70.000<br />
Disponível = 0,4 x 70.000<br />
Disponível = R$ 28.000,00<br />
Gabarito – E<br />
03 - (AFTN - 98) - A empresa Tersec S/A demonstra seu patrimônio<br />
em apenas quatro grupos: Ativo Circulante, Ativo Permanente,<br />
Passivo Circulante e Patrimônio Líquido.<br />
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O seu Capital Próprio, no valor de R$ 13.000,00, está formado do<br />
Capital registrado na Junta Comercial e de reservas já contabilizadas<br />
na ordem de 30% do capital social.<br />
O grau de endividamento dessa empresa foi calculado em 35%.<br />
O quociente de liquidez corrente foi medido em 1,2.<br />
Levando em linha de conta apenas as informações acima, podemos<br />
calcular o capital de giro próprio da empresa Tersec S/A, no valor de<br />
a) R$ 8.333,33;<br />
b) R$ 12.000,00;<br />
c) R$ 8.400,00;<br />
d) R$ 8.450,00;<br />
e) R$ 1.400,00.<br />
Solução: Questão quase igual a número 01, com diferença apenas de<br />
valores. Assim:<br />
A empresa possui um (Capital Próprio) Patrimônio Líquido de R$<br />
13.000,00, não possuindo valores de longo prazo (ativou ou passivo)<br />
nem resultados de exercícios futuros. O grau de endividamento foi<br />
calculado em 35%.<br />
Para resolver esta questão, inicialmente lembrar do conceito de Grau<br />
de Endividamento, que é o correspondente a Endividamento Total,<br />
ou seja, Passivo Exigível/Ativo Total. Ora, Ativo Total é<br />
numericamente igual a Passivo Total. Como não existem valores de<br />
longo prazo nem resultados de exercício futuros, podemos ajustar a<br />
fórmula da seguinte forma:<br />
Grau de Endividamento = PC/Ativo Total<br />
Grau de Endividamento = PC/Passivo Total<br />
Grau de Endividamento = PC/(PC + PL) –<br />
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0,35 (35%) = PC/(PC + PL)<br />
0,35PC + 0,35PL = PC<br />
0,65PC = 0,35PL<br />
Como o PL vale R$ 13.000, temos:<br />
0,65PC = 0,35 x R$ 13.000<br />
0,65PC = R$ 4.550<br />
PC = R$ 7.000<br />
Conforme informação do problema, o índice de Liquidez Corrente é<br />
igual a 1,2. Desta forma:<br />
LC = AC/PC<br />
1,2 = AC/R$ 7.000<br />
AC = R$ 8.400<br />
O PC vale R$ 7.000 e o Ac vale R$ 8.400. Logo, O Capital<br />
Circulante Líquido (CCL = AC – PC) tem o valor de R$ 1.400,00.<br />
Portanto, resposta letra E.<br />
Gabarito - E<br />
Observe o balanço abaixo para responder as questões de números 04<br />
a 10:<br />
Cia. Industrial José da Silva - Balanço patrimonial encerrado em<br />
31.12.x4<br />
ATIVO PASSIVO<br />
CIRCULANTE CIRCULANTE<br />
Disponível 200 Fornecedores 400<br />
Duplicatas a Receber 400<br />
Estoques 300<br />
PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUI<strong>DO</strong><br />
INVESTIMENTOS<br />
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Capital Subscrito 2.300<br />
Participações Societárias 100 (-) a Realizar (200)<br />
IMOBILIZA<strong>DO</strong> Reserva de Capital 850<br />
Terrenos 1.000 Reservas de Lucros 100<br />
Veículos 400 Lucros Acumulados 150<br />
(-) Dep. Acumulada (100)<br />
DIFERI<strong>DO</strong><br />
Desp. Pré-Operacionais 1.300<br />
(-) Am. Acumulada (100)<br />
Dados Adicionais<br />
1) Ativo Circulante em 31.12.x3 – 200<br />
2) O coeficiente de correção monetária relativo ao período<br />
encerrado é de 2,5, correspondendo a uma taxa de inflação no<br />
ano de 150%.<br />
04 - O valor do Capital Circulante Líquido em 31.12.x4 é de:<br />
a) 900;<br />
b) 400;<br />
c) 100;<br />
d) 200;<br />
e) 500.<br />
Solução: Vejam que esta matéria (Análise das Demonstrações<br />
Financeiras) demanda, normalmente, uma “DECOREBA” de<br />
fórmulas. Esta primeira, bastante simples. Capital Circulante<br />
Líquido (CCL) = AC – PC<br />
CCL = 900 – 400 = 500<br />
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Gabarito – E<br />
05 - O valor do Capital Circulante em 31.12.x4 é de:<br />
a) 900;<br />
b) 400;<br />
c) 100;<br />
d) 200;<br />
e) 500.<br />
Solução: O Conceito de Capital Circulante é o mesmo que Ativo<br />
Circulante. Portanto, 900.<br />
Gabarito – A<br />
06 - Os índices percentuais de crescimento nominal e real do Ativo<br />
Circulante foram, respectivamente, de:<br />
a) 100% - 80%<br />
b) 500% - 280%<br />
c) 250% - 180%<br />
d) 450% - 80%<br />
e) 350% - 80%<br />
Solução: O crescimento nominal é calculado sem levar em conta a<br />
inflação do período. Enquanto o crescimento real deve-se descontar<br />
a inflação.<br />
Crescimento nominal do AC será igual ao AC no final do período<br />
(900) dividido pelo AC no início do período (200)= 900/200 = 4,5 =<br />
350%.<br />
Já o crescimento real, deve-se descontar inicialmente a inflação.<br />
Assim, podemos pegar o valor do AC no início de período (200) e<br />
fazer sua atualização pela inflação (150%, ou índice 2,5). Assim o<br />
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AC inicial passa a valer 500. Tendo corrigi o valor inicial, basta<br />
dividir o valor atual pelo valor anterior corrigido.<br />
Crescimento real = AC atual/AC anterior corrigido = 900/500 =<br />
80%, ou 0,8.<br />
Gabarito – E<br />
07 - A participação percentual do Imobilizado em relação ao total do<br />
grupo, e ao total do ativo em 31.12.x4 é respectivamente, de:<br />
a) 50% - 34%<br />
b) 50% - 40%<br />
c) 50% - 37,14%<br />
d) 50% - 10%<br />
e) 50% - 74,28%<br />
Solução: Aplicação direta de fórmula.<br />
Participação do Imobilizado em relação ao total do grupo<br />
(Permanente) = Imobilizado/Permanente = 1.300/2.600 = 50%, ou<br />
0,5.<br />
Participação do Imobilizado em relação ao total do Ativo =<br />
Imobilizado/AT = 1.300/3.500 = 37,14%, ou 0,3714.<br />
Gabarito – C<br />
08 - O índice de Liquidez Imediata em 31.12.x4 é de:<br />
a) 0,50<br />
b) 2,25<br />
c) 1,75<br />
d) 1,50<br />
e) 2,00<br />
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Solução: Mais uma aplicação direta de fórmula.<br />
Liquidez Imediata = Disponível/PC = 200/400 = 50%, ou 0,5<br />
Gabarito – A<br />
09 - O índice de Liquidez Seca em 31.12.x4 é de:<br />
a) 0,50<br />
b) 2,25<br />
c) 1,75<br />
d) 1,50<br />
e) 2,00<br />
Solução: Lembrando = Liquidez Seca (LS) = (AC – Estoques)/PC<br />
LS = (900-300)/400 = 600/400 = 1,5 ou 150%<br />
Gabarito – D<br />
10 - O índice de Liquidez Corrente em 31.12.x4 é de:<br />
a) 0,50<br />
b) 2,25<br />
c) 1,75<br />
d) 1,50<br />
e) 2,00<br />
Solução: Liquidez Corrente = AC/PC<br />
LC = 900/400 = 2,25<br />
Gabarito – B<br />
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11 - Um índice muito conhecido na análise econômico-financeira<br />
das empresas é o “retorno sobre o investimento”, batizado de ROI,<br />
sigla originada de sua terminologia inglesa return on investiment.<br />
Sua fórmula pode ser decomposta e o ROI pode ser obtido pelo<br />
produto entre dois outros conhecidos indicadores: a margem e o giro<br />
do ativo.<br />
Suponha uma empresa situada em um país sem qualquer<br />
inflação.<br />
Suponha que foi de $ 4.920 o valor da média aritmética do<br />
total de seu Ativo (início e fim de 1994).<br />
Suponha que a “margem” de 1994 foi de 40%.<br />
Suponha, por fim que a Demonstração do Resultado do<br />
Exercício de 1994 acusa um lucro líquido de $ 1.230.<br />
Quais foram, respectivamente, o “ROI de 1994” e o valor das<br />
“Receitas de 1994”?<br />
a) $ 3.075 e 25%<br />
b) 25% e $ 3.075<br />
c) 25% e $ 4.920<br />
d) 62,5% e $ 4.920<br />
e) 250% e $ 3.075<br />
Solução:<br />
ROI = Margem x Giro Ativo<br />
Margem = Lucro Líquido / Vendas<br />
Giro Ativo = Vendas / Média Ativo<br />
Margem = Lucro Líquido / Vendas<br />
40% (0,4) = $ 1.230,00 / Vendas<br />
Vendas = $ 1.230/0,4 = $ 3,075<br />
Giro Ativo = Vendas / Média Ativo<br />
Giro Ativo = $ 3.075/$ 4.920<br />
Giro Ativo = 0,625<br />
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ROI = Margem x Giro Ativo<br />
ROI = 40% v 0,625 = 25%<br />
Gabarito – B<br />
12 - Para fins desta questão, assuma que:<br />
Capital Circulante Líquido = CCL = AC - PC<br />
Liquidez Corrente = LC = AC / PC<br />
Liquidez Geral = LG = (AC + ARLP) / (PC + PELP)<br />
Uma empresa na qual a razão entre o PELP e o PC é 0,5, apresenta<br />
um CCL = $ 500 e, também, LC = LG = 2,0. Ë nulo o valor do<br />
grupo REF.<br />
A partir desta situação, a empresa adquire à vista por $ 300 um item<br />
e o registra em seu Ativo Permanente. Imediatamente após a<br />
aquisição do item (e levando em consideração apenas o que foi<br />
informado) pode-se afirmar que:<br />
a) seu CCL se reduz e sua LC aumenta.<br />
b) sua LC passa a ser de 1,4. É impossível calcular a nova LG<br />
pois não foi fornecido o valor do ARLP antes da aquisição.<br />
c) sua LC diminui e sua LG não se aliena.<br />
d) sua LC e sua LG passam a ser de, respectivamente, 1,4 e 1,6.<br />
e) seu CCL não se modifica.<br />
Solução:<br />
CCL = AC – PC<br />
LC = AC/PC<br />
2,0 = AC/PC<br />
AC = 2 x PC<br />
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Substituindo este resultado na fórmula do CCL teremos:<br />
CCL = AC – PC<br />
CCL = 2PC – PC<br />
PC = CCL<br />
Como o CCL vale $ 500, o PC também vale $ 500.<br />
Se o AC é igual a 2 x OC, então o AC = $ 1.000.<br />
Conforme dados do problema, se a razão entre o PELP e o PC é<br />
igual a 0,5, então o PELP vale $ 250 (0,5 x $ 500).<br />
Também, informação do problema, a LG vale 2,00. Lembrando:<br />
LG = (AC+ARLP)/(PC+PELP)<br />
Assim, teremos:<br />
2,0 = (1.000 + ARLP)/(500 + 250)<br />
2,0 x (500 + 250) = 1.000 + ARLP<br />
1.500 – 1000 = ARLP<br />
ARLP = $ 500<br />
Esta era a configuração inicial do Patrimônio da Empresa (AC =<br />
1.000, ARLP = 500, PC = 500 e PELP = 250).<br />
Se a empresa adquiriu um Ativo por $ 300 à vista, o AC diminui em<br />
$ 300, passando a valer $ 700. Como registrou o Ativo no<br />
Permanente, o ARLP não altera, bem como os grupo do Passivo.<br />
Desta forma, os índices passam a valer:<br />
LC = $ 700/$ 500 = 1,4<br />
LG = ($ 700+ $ 500)/($ 500 + $ 250)<br />
LG = 1,6<br />
Gabarito – D<br />
13 - A fórmula:<br />
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(Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante<br />
é utilizada para calcular o quociente de liquidez:<br />
a) comum;<br />
b) seca;<br />
c) geral;<br />
d) imediata;<br />
e) corrente.<br />
Solução: Aplicação direta de fórmula.<br />
Gabarito - B<br />
14 - A relação “Preço/Lucro” nos dá um quociente de análise do<br />
comportamento de determinada ação no mercado.<br />
Esse quociente indica:<br />
a) o rendimento nominal da ação, isto é, o valor esperado dos<br />
lucros futuros excetuada a correção monetária;<br />
b) o rendimento real da ação, isto é, o valor esperado dos lucros<br />
futuros;<br />
c) a rentabilidade da ação, isto é, o lucro esperado na aquisição da<br />
ação;<br />
d) o ganho esperado na alienação da ação;<br />
e) o prazo de retorno do capital investido.<br />
Solução: Questão teórica, em que a resposta é a definição clássica da<br />
fórmula.<br />
Gabarito – E<br />
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15 - O quociente que indica o número de dias necessários para a<br />
rotação de créditos a receber é obtido mediante uso da seguinte<br />
fórmula:<br />
a) (Contas a receber (média mensal)/ Vendas a prazo (média<br />
diária)) x 360<br />
b) 360 / (Contas a receber (total) / Vendas a prazo (total))<br />
c) 360 / (Contas a receber (média mensal) / Vendas a prazo<br />
(médias diárias))<br />
d) (Vendas médias diárias a prazo / Contas a receber (média<br />
mensal)) x 360<br />
e) 360 / (Vendas a prazo (total) / Contas a receber (médias<br />
mensal))<br />
Solução: Outra aplicação direta de fórmula.<br />
Gabarito – E<br />
16 - Considerando-se que os quocientes de rotação de estoques e de<br />
rentabilidade líquida do capital investido em estoques (lucro líquido<br />
sobre vendas/ custos de vendas), eram, respectivamente, de 10,5 e<br />
12%, podemos afirmar que o rendimento do capital aplicado em<br />
estoque foi de:<br />
a) 1,14%;<br />
b) 0,875%;<br />
c) 126%;<br />
d) 22,5%;<br />
e) 1,5%.<br />
Solução: A rotação de estoques indica quantas vezes o estoque foi<br />
renovado no período. Ou seja, neste exercício o estoque foi<br />
“totalmente” vendido 10,5 vezes. Quer dizer que o estoque foi<br />
vendido e comprado nesta quantidade de vezes. Cada vez que o<br />
estoque é vendido, a rentabilidade é de 12%, conforme informações.<br />
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CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL EM <strong>EXERCÍCIO</strong>S<br />
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Se vendemos o estoque 10,5 vezes e cada vez a rentabilidade é de<br />
12%, o rendimento total apurado é igual a 126% (10,5 x 12%).<br />
Gabarito – C<br />
17 - Os seguintes dados foram obtidos nos balanços de 31.12.x7 e<br />
31.12.x8:<br />
ATIVO 19x7 19x8<br />
CIRCULANTE 14.000 18.000<br />
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 700 3.000<br />
PERMANENTE 28.300 37.000<br />
TOTAIS 43.000 58.000<br />
PASSIVO<br />
CIRCULANTE 20.000 24.000<br />
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.000 -<br />
PATRIMÔNIO LÍQUI<strong>DO</strong><br />
CAPITAL 22.000 34.000<br />
TOTAIS 43.000 58.000<br />
Considerando-se que no período de 01.01.x8 a 31.12.x8 registrou-se<br />
um índice de inflação de 20%, podemos afirmar que o quociente de<br />
liquidez geral:<br />
a) em 19x7 era maior que 19x8;<br />
b) em 19x8 era menor que o quociente de liquidez corrente;<br />
c) em 19x7 era igual ao quociente de liquidez corrente;<br />
d) indica que não houve alteração na situação da empresa;<br />
e) indica que a situação da empresa em 31.12.x7 era mais<br />
favorável que em 31.12.88.<br />
Liquidez Geral = (AC + ARLP)/(PC + PELP)<br />
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LG (01.01) = (14.000 + 700)/(20.000 + 1.000) = 14.700/21.000 =<br />
0,7<br />
LG (31.12) = (18.000 + 300)/(24.000 + 0,00) = 18.300/24.000 =<br />
0,7625<br />
Nas respostas, existe uma comparação com a Liquidez Corrente.<br />
Liquidez Corrente = AC/PC<br />
LC (01.01) = (14.000)/(20.000) = 14.000/20.000 = 0,7<br />
LC (31.12) = (18.000)/(24.000) = 18.000/24.000 = 0,75<br />
A LC de 01.01 é igual a LG desta mesma data.<br />
Gabarito = C<br />
5. APURAÇÃO <strong>DO</strong> <strong>RESULTA<strong>DO</strong></strong> <strong>DO</strong> <strong>EXERCÍCIO</strong> E A SUA<br />
DEMONSTRAÇÃO – DRE<br />
O art.nº 187 da Lei das Sociedades por Ações estabelece a<br />
ordem de apresentação das receitas, custos e despesas, na DRE, para<br />
fins de publicação.<br />
Conforme determina no art. 187, § 1º, o princípio contábil<br />
aplicado na apuração do resultado do exercício e o Princípio da<br />
Competência. Vejamos:<br />
"§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão<br />
computados:<br />
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a) as receitas e os rendimentos ganhos no período,<br />
independentemente da sua realização em moeda; e<br />
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou<br />
incorridos, correspondentes a essas receitas e<br />
rendimentos."<br />
Como letra b acima, nos mesmos períodos em que forem<br />
lançadas as receitas e os rendimentos deverão estar registrados todos<br />
os custos, despesas, encargos e riscos correspondentes àquelas<br />
receitas.<br />
5.1. FORMA DE APRESENTAÇÃO DA DRE<br />
O objetivo da Demonstração do Resultado do Exercício é<br />
fornecer aos usuários das demonstrações financeiras da empresa,<br />
como já indicado, os dados básicos e essenciais da formação do<br />
resultado (lucro ou prejuízo) do exercício.<br />
O art. 187 da Lei das Sociedades por Ações disciplina a<br />
apresentação dessa Demonstração, visando atender a tal objetivo,<br />
pois, resumindo, a Demonstração é iniciada com o valor total da<br />
receita apurada em suas operações de vendas, da qual é deduzido o<br />
custo total correspondente a essas vendas, apurando-se a margem<br />
bruta, ou seja, o lucro bruto.<br />
São, então, apresentadas as despesas operacionais segregadas<br />
por subtotais, conforme sua natureza, quais sejam:<br />
Despesas com vendas<br />
Despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras<br />
Despesas gerais e administrativas<br />
Outras despesas e receitas operacionais<br />
Assim, deduzindo-se as despesas operacionais totais do lucro<br />
bruto, apresenta-se o lucro operacional, outro dado importante na<br />
análise das operações da empresa.<br />
Após o lucro operacional, apresentam-se as receitas e despesas<br />
não operacionais, que são as transações realizadas no período, não<br />
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vinculadas à exploração do objeto da empresa, apurando-se então o<br />
resultado antes do imposto de renda.<br />
Deduz-se, a seguir, a provisão para o imposto de renda e<br />
contribuição social e, finalmente, as participações de terceiros, não<br />
na forma de acionistas, calculáveis sobre o lucro, tais como<br />
empregados, administradores, partes beneficiárias, debêntures e<br />
contribuições para fundos de benefícios a empregados, chegando-se,<br />
assim, ao lucro (ou prejuízo) líquido do exercício, que é o valor final<br />
da Demonstração.<br />
A lei exige ainda a apresentação do montante do lucro por ação.<br />
Exemplo de DRE<br />
20X1 20X2<br />
I - RECEITA BRUTA DE<br />
VENDAS<br />
200.000 300.000<br />
II - ( - ) Deduções da Receita Bruta (38.068) (95.589)<br />
III - RECEITA LÍQUIDA 161.932 204.411<br />
IV - ( - ) Custo das Mercadorias<br />
Vendidas<br />
( 123.373) ( 147.440)<br />
V - = LUCRO BRUTO 38.559 56.971<br />
VI ( - ) Despesas Operacionais<br />
De vendas ( 7.860) ( 11.397)<br />
Administrativas ( 7.151) ( 9.171)<br />
Financeiras ( 10.608) ( 26.060)<br />
Outras Despesas<br />
Operacionais<br />
(+) Outras Receitas Operacionais 0,00 0,00<br />
VII - = LUCRO OPERACIONAL 12.940 10.343<br />
VIII - ( ± ) Resultado não<br />
Operacional<br />
120 230<br />
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IX - = LUCRO/<strong>RESULTA<strong>DO</strong></strong><br />
ANTES DA CONTRIBUIÇÃO<br />
SOCIAL SOBRE O LUCRO E <strong>DO</strong><br />
IMPOSTO DE RENDA<br />
X - ( - ) Contribuição Social e<br />
Imposto de Renda<br />
13.060 10.573<br />
( 2.690) ( 2.000)<br />
( - ) Participações De Debêntures<br />
XI – PARTICIPAÇÕES SOBRE O<br />
LUCRO<br />
(300) (777)<br />
( - ) Participações de Empregados (250) (500)<br />
( - ) Participações de Diretores (250) (300)<br />
( - ) Participações de Partes<br />
(200) (200)<br />
Beneficiárias<br />
XII ( = ) LUCRO LÍQUI<strong>DO</strong> <strong>DO</strong><br />
<strong>EXERCÍCIO</strong><br />
9.370 6.796<br />
Lucro por Ação 0,94 0,68<br />
Comentários:<br />
I - RECEITA BRUTA DE VENDAS<br />
Total das receitas.<br />
II - DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA<br />
Impostos Incidentes Sobre Vendas, Devoluções de Vendas,<br />
Descontos Incondicionais Concedidos e abatimentos sobre a<br />
receita bruta.<br />
III - RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS<br />
Obtida pela subtração das Deduções (II) da Receita Bruta (I).<br />
IV - CUSTO DAS MERCA<strong>DO</strong>RIAS VENDIDAS<br />
Deve receber as contrapartidas das baixas dos estoques de<br />
mercadorias para revenda<br />
V - LUCRO BRUTO<br />
Obtido pela diferença entre a Receita Líquida (III) e o Custo<br />
dos Produtos Vendidos (IV).<br />
VI - DESPESAS OPERACIONAIS<br />
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a) DE VENDAS<br />
b) ADMINISTRATIVAS<br />
c) ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUI<strong>DO</strong>S<br />
d) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS<br />
VII - <strong>RESULTA<strong>DO</strong></strong> (LUCRO/PREJUÍZO) OPERACIONAL<br />
Obtido após a dedução das Despesas Operacionais (VI) do<br />
Lucro Bruto (V).<br />
VIII - <strong>RESULTA<strong>DO</strong></strong>S NÃO OPERACIONAIS<br />
IX - <strong>RESULTA<strong>DO</strong></strong> ANTES <strong>DO</strong> IMPOSTO DE RENDA E<br />
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E PARTICIPAÇÕES<br />
Apurado após a soma (ou dedução) dos Resultados não<br />
Operacionais (VIII) ao Resultado Operacional (VII).<br />
X - PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA E<br />
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL<br />
XI - PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES<br />
XII - <strong>RESULTA<strong>DO</strong></strong> (LUCRO/PREJUÍZO) <strong>DO</strong> <strong>EXERCÍCIO</strong><br />
Apuram-se, deduzindo-se do Resultado antes do Imposto<br />
sobre a Renda (IX), as Provisões (X) e Participações e<br />
Contribuições (XI).<br />
5.1.1 RECEITAS DE VENDAS<br />
A Lei n° 6.404/76, em seu art. 187, itens I e II, estabelece que<br />
as empresas deverão, na Demonstração do Resultado do Exercício,<br />
discriminar "a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das<br />
vendas, dos abatimentos e dos impostos" e "a receita líquida das<br />
vendas e serviços".<br />
Dessa forma, a contabilização das vendas deverá ser feita por<br />
seu valor bruto, inclusive impostos, sendo que tais impostos e as<br />
devoluções e abatimentos deverão ser registrados em contas<br />
devedoras específicas, as quais serão classificadas como contas<br />
redutoras das vendas.<br />
O Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99 art. 280) define<br />
a receita líquida como a receita bruta diminuída das vendas<br />
canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos<br />
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impostos incidentes sobre vendas. Como se verifica, a legislação<br />
fiscal seguiu a mesma orientação da Lei das Sociedades por Ações,<br />
com uma exceção: a Instrução Normativa do SRF n° 51, de 3-11-78,<br />
acrescentou que "na receita bruta não se incluem os impostos não<br />
cumulativos, cobrados do comprador ou contratante (imposto sobre<br />
produtos industrializados) e do qual o vendedor dos bens ou<br />
prestador dos serviços seja mero depositário".<br />
Com isso, criou-se a seguinte situação: para fins de Imposto de<br />
Renda, o ICMS faz parte das Receitas Brutas, mas o IPI não! Pela<br />
Lei das Sociedades por Ações, ambos fazem. Uma forma utilizada<br />
na prática para conciliar o problema é dar o nome de Faturamento<br />
Bruto ao que seria a Receita Bruta, e utilizar esta para designar a<br />
diferença entre o Faturamento Bruto e o IPI.<br />
A divulgação do IPI é importante para fins de análise, motivo<br />
pelo qual se sugere a adoção da forma conciliatória.<br />
5.1.2. DESPESAS OPERACIONAIS<br />
As despesas operacionais constituem-se das despesas pagas ou<br />
incorridas para vender produtos e administrar a empresa e, dentro do<br />
conceito da Lei nº 6.404/76, abrangem também as despesas líquidas<br />
para financiar suas operações; os resultados líquidos das atividades<br />
acessórias da empresa são também considerados operacionais.<br />
O art. 187 da Lei n° 6.404/76 estabelece, para chegarmos ao<br />
lucro operacional, a dedução das:<br />
"despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas<br />
das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas<br />
operacionais".<br />
5.1.2.1 Despesas de Vendas<br />
As despesas de vendas representam os gastos de promoção,<br />
colocação e distribuição dos produtos da empresa, bem como os<br />
riscos assumidos pela venda, constando dessa categoria despesas<br />
como: com o pessoal da área de vendas, marketing, distribuição,<br />
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pessoal administrativo interno de vendas, comissões sobre vendas,<br />
propaganda e publicidade, gastos estimados com garantia de<br />
produtos vendidos, perdas estimadas dos valores a receber, provisão<br />
para créditos de liquidação duvidosa etc.<br />
5.1.2.2 Despesas Administrativas<br />
As despesas administrativas representam os gastos, pagos ou<br />
incorridos, para direção ou gestão da empresa, e constituem-se de<br />
várias atividades gerais que beneficiam todas as fases do negócio ou<br />
objeto social. Constam dessa categoria itens como honorários da<br />
administração (Diretoria e Conselho), salários e encargos do pessoal<br />
administrativo, despesas legais e judiciais, material de escritório etc.<br />
a) Despesas com Pessoal<br />
As despesas com o pessoal devem ser contabilizadas no<br />
próprio mês a que se referem, mesmo sendo pagas posteriormente,<br />
registrando-se o passivo correspondente.<br />
Esse agrupamento pode ser dividido da seguinte forma:<br />
1) Salários e Ordenados<br />
Para registro dos salários normais brutos, inclusive as horas<br />
extras e outros adicionais.<br />
2) Gratificações<br />
Englobam todas as gratificações concedida pela empresa,<br />
espontaneamente, as quais não integram o salário normal e horas<br />
extras.<br />
3) Férias<br />
Correspondem aos salários e aos ordenados equivalentes ao<br />
período de férias dos funcionários Dentro do princípio da<br />
competência, tal despesa de férias deve ser reconhecida e registrada<br />
não quando paga, ou seja, não quando gozada pelos funcionário mas<br />
como encargo adicional registrado nos 11 meses anteriores em que<br />
os funcionários trabalharam, é, no período da efetiva prestação de<br />
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serviços. No caso, dever-se-ia constituir mensalmente uma Provisão<br />
para Ferias<br />
4) Décimo-terceiro Salário<br />
Deve receber contabilização não em função do pagamento,<br />
mas com base no tempo transcorrido. O valor total é apropriado<br />
proporcionalmente aos meses do ano.<br />
Esse procedimento é adotado pela formação de uma Provisão<br />
para 13° Salário, no Passivo, a de despesas, constituída mensalmente<br />
na base ma de 1/12 da folha de pagamento. Essa provisão deve ser<br />
debitada quando do efetivo pagamento<br />
5) INSS<br />
Deve abrigar a parte do encargo social computada sobre a<br />
folha de pagamento, mas que representa ônus efetivo para a<br />
empresa, pois o recolhimento total feito para o INSS engloba<br />
também a parte que é ônus do empregado, deduzida do mesmo na<br />
folha de pagamento.<br />
b) Comissões de Vendas<br />
Esse grupo, logicamente, aplica-se somente às Despesas de<br />
Vendas e engloba todas as despesas com comissões devidas sobre<br />
vendas.<br />
As despesas de comissões devem ser contabilizadas no mesmo<br />
período das vendas respectivas.<br />
c) Despesas Gerais<br />
É outro subgrupo comum às Despesas de Vendas e<br />
Administrativas, podendo ter, entre outras, as seguintes rubricas.<br />
Viagens e Representações<br />
Material de Escritório<br />
Materiais Auxiliares e de Consumo<br />
Higiene e Limpeza<br />
Copa, Cozinha e Refeitório<br />
Conduções e Lanches<br />
Revistas e Publicações<br />
Donativos e Contribuições<br />
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Legais e Judiciais<br />
Serviços Profissionais e Contratados<br />
• Auditoria<br />
• Consultoria<br />
• Recrutamento e Relação<br />
• Segurança e vigilância<br />
• Treinamento de pessoal<br />
d) Impostos e Taxas<br />
Aqui, são registradas as despesas com o Imposto sobre a<br />
Propriedade Territorial Rural, o Imposto sobre a Propriedade Predial<br />
e Territorial Urbana, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos<br />
Automotores. Ou seja, aqueles impostos, contribuições e taxas que<br />
não incidem sobre a Receita de Vendas.<br />
5.1.2.3 Resultados Financeiros Líquidos<br />
A Lei das Sociedades por Ações, em seu art. 187, define a<br />
apresentação como despesas operacionais "as despesas financeiras<br />
deduzidas das receitas".<br />
A legislação societária não distingue as despesas financeiras<br />
das variações monetárias (distinção trazida pela legislação do<br />
Imposto de Renda). Assim, pela lei, ambas, somadas, representam as<br />
despesas (ou receitas) financeiras.<br />
a) Receitas e Despesas Financeiras<br />
Nesse título, são incluídos os juros, o desconto e a atualização<br />
monetária prefixada, além de outros tipos de receitas ou despesas,<br />
como as oriundas de aplicações temporárias em títulos.<br />
Nas despesas financeiras (ou receitas) só se incluem os juros,<br />
mas não as atualizações monetárias ou variações cambiais de<br />
empréstimos, as quais são registradas separadamente nas Variações<br />
Monetárias.<br />
b) Variações Monetárias de Obrigações e Créditos<br />
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Para efeitos do IR, as variações monetárias devem ser<br />
consideradas como receitas ou despesas financeiras (art. 375,<br />
parágrafo único, do RIR/99).<br />
A legislação estabelece que as receitas e despesas financeiras e<br />
as variações monetárias fazem parte do lucro operacional, e são<br />
tributáveis (se receitas) ou dedutíveis (se despesas), desde que as<br />
despesas sejam registradas no regime de competência. Se houver,<br />
por exemplo, juros pagos antecipadamente, sua apropriação em<br />
despesa (dedutível) deve ser pro rata temporis.<br />
c) Despesas Financeiras<br />
As despesas financeiras englobam:<br />
1) Juros de empréstimos, financiamentos, desconto de títulos e<br />
outras operações sujeitas a despesa de juros.<br />
2) Descontos concedidos a clientes por pagamentos antecipados<br />
de duplicatas e outros títulos. Não devem incluir descontos no<br />
preço de venda concedidos incondicionalmente, ou<br />
abatimentos de preço, que são Deduções de Vendas.<br />
3) Comissões e despesas bancarias, que são despesas cobradas<br />
pelos bancos e outras instituições financeiras nas operações de<br />
desconto, de concessão de crédito, comissões em repasses, etc.<br />
4) Correção monetária prefixada de obrigações, que ocorre nos<br />
empréstimos que já determinam juros e um valor já<br />
estabelecido de atualização.<br />
d) Receitas Financeiras<br />
Como receitas financeiras:<br />
1) Descontos obtidos, oriundos normalmente de pagamentos<br />
antecipados de duplicatas de fornecedores e de outros títulos.<br />
2) Juros recebidos ou auferidos, conta em que se registram os<br />
juros cobrados pela empresa de seus clientes, por atraso de<br />
pagamento postergação de vencimento de títulos e outras<br />
operações similares.<br />
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3) Receitas de títulos vinculados ao mercado aberto que abrigam<br />
toda receita financeira nas aplicações em Open Market, ou<br />
seja, a diferença total entre o valor de resgate e o de aplicação.<br />
4) Receitas sobre outros investimentos temporário em que são<br />
registradas as receitas totais nos demais tipos de aplicações<br />
temporária de Caixa, tal como em Letras de Câmbio Depósito<br />
a Prazo Fixo etc.<br />
e) Variações de Obrigações<br />
Englobam:<br />
1) Variação cambial, conta que é lançada por todas as variações<br />
cambiais incorridas pela atualização periódica dos<br />
empréstimos e financiamentos pagáveis em moeda estrangeira.<br />
2) Atualização monetária, conta similar à de variação cambial,<br />
que registra todas as atualizações monetárias (exceto<br />
prefixadas) sobre empréstimos e financiamentos sujeitos à<br />
cláusula de atualização monetária.<br />
5.1.2.4 Classificação na Demonstração do Resultado do<br />
Exercício<br />
Não obstante a Lei das Sociedades por Ações mencione que<br />
serão apresentadas "as despesas, deduzidas das receitas", para fins<br />
de publicação deve-se divulgar qual o valor das despesas e o das<br />
receitas financeiras, o que pode ser feito indicando-se somente o<br />
Líquido, mas mencionando-se o valor das receitas deduzidas na<br />
própria intitulação da conta, como segue:<br />
Desp. Finan. (deduzidas de $ 800 de receitas financeiras) - 600<br />
De qualquer forma, deve-se ao menos divulgar o total de<br />
ambos como operacionais.<br />
Note-se que, como na Lei n° 6.404/76 não se mencionam<br />
variações monetárias, expressão essa criada posteriormente pela lei<br />
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fiscal, devemos entender que, quando a lei das sociedades por ações<br />
fala em despesas e receitas financeiras, está incluindo o que o fisco<br />
dividiu em dois grupos.<br />
5.1.2.4 Demais Contas de Resultado e Lucro Por Ação<br />
5.1.2.4.1 Resultados Não Operacionais<br />
O grupo de resultados não-operacionais limita-se a pequeno<br />
número de operações.<br />
A Lei das Sociedades por Ações, na verdade, não fornece<br />
detalhes de seu conteúdo, somente mencionando, em seu art. 187,<br />
que após o resultado operacional devem aparecer "as receitas e<br />
despesas não operacionais".<br />
Todavia, em face do conteúdo dos resultados operacionais, e<br />
considerando os conceitos complementares contidos na legislação de<br />
imposto de renda, aceitos pela Contabilidade, temos que, em suma, e<br />
exceto por um ou outro tipo adicional de resultado, somente farão<br />
parte dos resultados não operacionais os lucros ou prejuízos na<br />
venda ou baixa de bens do Ativo Permanente. São resultados não<br />
operacionais, portanto, os resultados nas baixas ou alienações de<br />
Investimentos, de Ativo Imobilizado ou Ativo Diferido. A tais<br />
resultados a legislação fiscal dá o nome de Ganhos e Perdas de<br />
Capital.<br />
Englobam os ganhos e perdas de capital "os resultados na<br />
alienação, inclusive por desapropriação, na baixa por perecimento,<br />
extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de<br />
bens do ativo permanente".<br />
Pelo exposto, temos as seguintes contas previstas, já<br />
segregadas por tipo de conta do Ativo Permanente:<br />
a) Ganhos e Perdas de Capital nos Investimentos<br />
Aqui, são contabilizados tais resultados, oriundos dos itens a<br />
seguir enumerados.<br />
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1) Ganhos e Perdas na Alienação de Investimentos<br />
Lucros ou prejuízos apurados na venda de investimentos<br />
permanentes a terceiros.<br />
O valor do ganho ou perda será determinado pelo valor total da<br />
venda, deduzido do valor total líquido pelo qual o investimento<br />
estiver contabilizado na data da transação. Esse valor total líquido é<br />
o saldo do custo mais o da eventual conta de ágio ainda não<br />
amortizado ou menos o de deságio e deduzido o saldo da provisão<br />
para perdas contabilizado na mesma data.<br />
O texto legal estabelece que<br />
"o ganho ou a perda de capital na alienação ou liquidação de<br />
investimento será determinado com base no valor contábil" (art. 425<br />
do RIR/99).<br />
Venda do Investimento na Cia. A Preço de venda 3.000<br />
Valor contábil líquido do investimento:<br />
-Custo (ou valor patrimonial)<br />
- Ágio não amortizado<br />
Provisão para perdas<br />
2.000<br />
200<br />
(500)<br />
Valor Líquido Contábil 1.700<br />
Ganho na Alienação 1.300<br />
b) Ganhos e Perdas de Capital no Imobilizado<br />
Aqui devem ser registrados os resultados líquidos na baixa<br />
(por perecimento, obsoletismo etc.) ou na venda de bens do ativo<br />
imobilizado, tais como imóveis, equipamentos, veículos etc. O plano<br />
de contas apresenta duas subcontas.<br />
c) Ganhos e Perdas de Capital No Ativo Diferido<br />
Essa conta representa o resultado nas vendas ou baixas de<br />
elementos do ativo diferido. Dificilmente ocorrem vendas a terceiros<br />
de ativos diferidos, já que não são bens tangíveis, e por isso se<br />
previu somente a conta de Baixa; pode, todavia, ser necessária a<br />
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criação da outra se a empresa vender os direitos sobre um produto,<br />
cujos custos de pesquisa estão ativados.<br />
Esse resultado não operacional deve ser reconhecido pelo valor<br />
líquido contábil, ou seja, pelo saldo, na data da baixa, do custo<br />
deduzido da amortização acumulada correspondente.<br />
Esse procedimento é previsto no § 3° do art. 183 da Lei nº<br />
6.404/76 que, ao tratar do ativo diferido, estabelece que deve "ser<br />
registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os<br />
empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou<br />
comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados<br />
suficientes para amortizá-los".<br />
Isso ocorreria, por exemplo, no seguinte caso:<br />
- gastos incorridos na pesquisa e desenvolvimento de um novo<br />
produto. Esses gastos foram registrados no Ativo Diferido, mas, em<br />
determinado período, a empresa chegou à conclusão de que o novo<br />
produto desenvolvido não é economicamente viável de exploração, e<br />
não o lançará no mercado ou o lançará sabendo que o resultado a ser<br />
apurado não cobrirá os gastos pré-operacionais já incorridos.<br />
Nesse caso, tal ativo diferido será baixado a débito dessa<br />
despesa não operacional.<br />
5.2.1.5 Provisão para o Imposto de Renda e a Contribuição<br />
Social Sobre o Lucro<br />
Nessa conta, será lançada a despesa de Contribuição Social<br />
Sobre o Lucro Líquido e do Imposto de Renda, registrada no próprio<br />
exercício. Este assunto será abordado nas próximas aulas.<br />
5.2.1.6 Participações e Contribuições<br />
As participações nos lucros atribuídos a terceiros, não relativas<br />
a investimento dos acionistas, devem ser registradas como despesas<br />
da empresa. O item VI do art. 187 da Lei das Sociedades por Ações<br />
define o tratamento como despesa, antes de se apurar o lucro líquido<br />
do exercício, para:<br />
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"as participações de debêntures, empregados, administradores<br />
e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos<br />
de assistência ou previdência de empregados".<br />
As participações de empregados ou de administradores no<br />
lucro representam uma espécie de parcela complementar de salários<br />
cujo valor, todavia, é apurado com base no lucro, mas não deixa de<br />
ser um custo adicional da prestação de serviço recebida. A<br />
participação das debêntures é também uma espécie de despesa<br />
financeira adicional, pois é a parte variável da remuneração devida a<br />
esses títulos. E a das partes beneficiárias normalmente também<br />
representa uma espécie de remuneração por serviços prestados por<br />
terceiros. Como se nota, tais itens são tratados como despesas<br />
efetivas cuja contabilização poderia ser em despesas operacionais,<br />
mas a Lei das Sociedades por Ações aqui as classificou. No caso das<br />
"contribuições para instituições ou fundos de assistência ou<br />
previdência de empregados", o texto da Lei das Sociedades por<br />
Ações é genérico, podendo entender-se que seriam registradas nessa<br />
conta todas as contribuições dessa natureza, independentemente de<br />
seu valor ser ou não apurado em função do lucro do exercício.<br />
Todavia, não teria sentido, nesse caso, estarem juntas com as<br />
participações; por isso, devem-se aqui classificar tais contribuições<br />
somente quando apuradas por uma porcentagem do lucro, ou pelo<br />
menos se dependerem de sua existência, sendo que as concedidas<br />
por valor fixo, por venda, por percentual da folha de pagamento ou<br />
por outra forma, devem ser contabilizadas como despesas<br />
operacionais.<br />
Essas participações e contribuições devem ser contabilizadas<br />
na própria data do balanço, debitando-se as contas respectivas de<br />
Participações em resultados e creditando-se as contas de provisões<br />
no Passivo Circulante.<br />
5.2.1.61 Forma de Cálculo e Exemplo de Contabilização<br />
O art. 189 da Lei das Sociedades por Ações estabelece que:<br />
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"Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer<br />
participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto<br />
sobre a renda."<br />
De início, cabe ressaltar que esse artigo trata somente da forma<br />
de cálculo das participações e, posteriormente, das reservas e<br />
dividendos. Dessa forma, não significa que os Prejuízos<br />
Acumulados anteriormente devam ser mostrados como redução na<br />
Demonstração do Resultado do Exercício, o que estaria totalmente<br />
incorreto.<br />
Assim, toma-se o lucro líquido depois do imposto de renda e<br />
contribuição social (mas antes das participações) e dele deduz-se o<br />
saldo eventual de prejuízos acumulados. Esse valor torna-se a base<br />
inicial de cálculo das participações.<br />
Por seu turno, o art. 190 da citada Lei, que trata das<br />
Participações, define que:<br />
"as participações estatutárias de empregados, administradores e<br />
partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa<br />
ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a<br />
participação anteriormente calculada".<br />
Esse artigo, por lapso, deixou de mencionar as Debêntures,<br />
mas, pela seqüência do art. 187, as Debêntures seriam incluídas<br />
antes da dos empregados.<br />
Dessa forma, os cálculos das participações não serão feitos<br />
sobre o mesmo valor, mas se calculará primeiramente a participação<br />
das debêntures; do lucro restante, após deduzir a participação das<br />
debêntures, calcula-se a participação dos empregados; do lucro<br />
agora remanescente, a dos administradores, e, do saldo, a das Partes<br />
Beneficiárias.<br />
Exemplo: Suponha que uma Empresa X tenha definido, em seu<br />
Estatuto Social, que as Debêntures, empregados, administradores e<br />
Partes Beneficiárias têm direito (cada uma) a 10% do lucro do<br />
exercício. Suponha ainda que a Empresa tenha saldo de Prejuízo<br />
Acumulado de $ 100.000 e que sua Demonstração de Resultado do<br />
exercício indique:<br />
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- Lucro antes do I.R. e Contribuição Social - 449.000<br />
- Provisão para I.R. e Contribuição Social (90.000)<br />
- Lucro após I.R. e Contribuição Social 359.000<br />
Assim, a base de cálculo, que é extracontábil será:<br />
Lucro após Imposto de Renda Social e Contribuição<br />
Menos: Prejuízos Acumulados<br />
Base de cálculo inicial<br />
Cálculo das Participações: 1. Debêntures - 10%<br />
Nova base de cálculo:<br />
2, Empregados - 10% de $ 233.100<br />
Nova base de cálculo<br />
3. Administradores -10% de $ 209.790<br />
Nova base de cálculo<br />
4. Partes beneficiárias - 10% de $ 188.811<br />
359.000<br />
(100.000)<br />
259.000<br />
(25.900]<br />
233.100<br />
(23.310)<br />
209.790<br />
(20.979<br />
188.811<br />
(18.881)<br />
Como se verifica, os valores apurados são bem divergentes<br />
entre si, em face da mecânica de cálculo da Lei.<br />
A Demonstração do Resultado do Exercício aparecerá, então,<br />
como segue:<br />
Lucro antes do imposto de renda e<br />
449.000<br />
contribuição social<br />
Provisão para imposto de renda e<br />
(90.000)<br />
contribuição social<br />
Lucro Após Imposto de Renda e<br />
359.000<br />
Contribuição Social<br />
Participações -<br />
Debêntures (25.900)<br />
Empregados (23.310)<br />
Administradores (20.979)<br />
Partes Beneficiárias (18.881)<br />
Lucro líquido do exercício 269.930<br />
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Como se vê, os Prejuízos Acumulados não foram deduzidos do<br />
Resultado. Eles permanecerão na conta própria - Lucros ou<br />
Prejuízos Acumulados -aguardando a chegada do lucro líquido para<br />
sua absorção, resultando em:<br />
- Lucros ou Prejuízos Acumulados<br />
1. Saldo inicial corrigido (100.000)<br />
2. Lucro líquido do exercício 269.930<br />
3. Saldo antes da formação de reservas 169.930<br />
Não se deve confundir o Resultado de um exercício com o de<br />
outros.<br />
Exercícios:<br />
01- (AFTE - RN - 2004/2005) - O movimento de negócios da<br />
empresa Comercial Limitada durante o mês de maio/2004 foi o<br />
abaixo demonstrado, em ordem cronológica.<br />
1- venda de móveis e utensílios usados: três unidades por R$<br />
1.500,00, a prazo;<br />
2- compra de bens para revender: cem unidades por R$<br />
21.000,00, a prazo;<br />
3- venda de bens destinados a venda: oitenta unidades por R$<br />
19.000,00, a vista;<br />
4- pagamento de dívidas de R$ 6.000,00 com descontos de 15%,<br />
em cheque;<br />
5- recebimento de títulos de R$ 4.000,00 com descontos de 15%,<br />
em dinheiro;<br />
6- compra de bens para revender: 50 unidades por R$ 12.000,00,<br />
a vista; e<br />
7- venda de bens destinados a venda: 60 unidades por R$<br />
18.000,00.<br />
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Ao final do mês a empresa promoveu os ajustes fiscais de ICMS,<br />
que incidem sobre compras e vendas à alíquota de 12%. O<br />
inventário anterior de mercadorias era de quarenta unidades ao custo<br />
unitário de R$ 200,00 e a alienação dos móveis usados causou<br />
perdas de R$ 380,00.<br />
Com base nas informações supracitadas, após as contabilizações de<br />
praxe, podemos dizer que foram apurados os seguintes valores:<br />
a) R$ 3.960,00 de ICMS a Recuperar resultante da carga fiscal.<br />
b) R$ 6.000,00 de rédito líquido do mês.<br />
c) R$ 10.100,00 de estoque final de mercadorias.<br />
d) R$ 11.480,00 de lucro bruto alcançado nas vendas.<br />
e) R$ 25.520,00 de custo das mercadorias vendidas.<br />
Solução:<br />
Quando nos depararmos com uma questão como essa, verifique, nas<br />
opções, quais respostas são possíveis. Verificamos que tratam de<br />
resultado com mercadorias e lucro. Portanto, para resolve-la,<br />
necessário a Montagem da DRE.<br />
Receita Bruta de Vendas(18.000+19.000) 37.000,00<br />
ICMS Sobre Vendas (12% x 37.000) (4.440,00)<br />
Receita Líquida de Vendas 32.560,00<br />
CMV – (conforme cálculo abaixo) (26.480,00)<br />
Lucro Operacional Bruto 6.080,00<br />
Desconto Obtido Pagamento Dívida 900,00<br />
Desconto Concedido no Recebimento Título (600,00)<br />
Lucro Operacional 6.380,00<br />
Prejuízo na Venda de Imobilizado (380,00)<br />
Lucro Líquido = Redito Líquido 6.000,00<br />
CMV = Estoque Inicial + (Compras – ICMS) – Estoque Final<br />
CMV = 8.000 + (33.000 – 3.960) – 10.560 = 26.480<br />
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O estoque final foi apurado pelo critério PEPS.Quando a questão<br />
não informar o critério de avaliação dos estoques, utiliza o PEPS<br />
(Primeiro a entrar, Primeiro a Sair).<br />
Se quiser revisar PEPS, estude capítulo 3.<br />
Gabarito – D<br />
02- (AFTE - RN - 2004/2005) - A Cia. Souto e Salto tinha prejuízos<br />
acumulados de R$ 40.000,00, mas durante o exercício social apurou<br />
lucro. Desse lucro, após destinar R$ 80.000,00 para imposto de<br />
renda e CSLL, a empresa distribuiu 10% em participação de<br />
debenturistas, no valor de R$ 4.000,00, 10% em participação de<br />
administradores, no valor de R$ 3.240,00 e 10% em participação de<br />
empregados.<br />
De acordo com as informações acima e com as normas em vigor,<br />
podemos dizer que a Cia. Souto e Salto, no final da Demonstração<br />
de Resultado do Exercício, vai indicar o lucro líquido do exercício<br />
no valor de:<br />
a) R$ 29.160,00.<br />
b) R$ 29.520,00.<br />
c) R$ 68.760,00.<br />
d) R$ 69.160,00.<br />
e) R$ 69.520,00.<br />
Solução: Foi informado que o Prejuízo Acumulado vale 80.000,00.<br />
Conforme vimos na exposição teórica, este valor deve ser diminuído<br />
no cálculo das participações. Após esta diminuição, chega-se a base<br />
de cálculo da Primeira Participação, neste exemplo Debêntures<br />
(10%).<br />
Ora, se o valor da Participação das Debêntures é de 4.000,00,<br />
conforme informação, a base de cálculo será de 40.000,00 (se<br />
4.000,00 é igual a 10%, 100% vale 40.000,00). Sabendo-se que a<br />
base inicial vale 40.000,00, as demais participações ficam fáceis.<br />
Vejam o quadro abaixo.<br />
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Lucro após Imposto de Renda Social e Contribuição<br />
Menos: Prejuízos Acumulados<br />
Base de cálculo inicial<br />
Cálculo das Participações: 1. Debêntures - 10%<br />
Nova base de cálculo:<br />
2, Empregados - 10% de $ 36.000<br />
Nova base de cálculo<br />
3. Administradores -10% de $ 32.400<br />
X<br />
(40.000)<br />
40.000<br />
(4.000]<br />
36.000<br />
(3.600)<br />
32.400<br />
(3.240)<br />
Após calcular as participações, basta elaborar a DRE, nos moldes da<br />
exposição teórica.<br />
Lucro antes do imposto de renda e<br />
160.000<br />
contribuição social<br />
Provisão para imposto de renda e<br />
(80.000)<br />
contribuição social<br />
Lucro Após Imposto de Renda e<br />
80.000<br />
Contribuição Social<br />
Participações -<br />
Debêntures (4.000)<br />
Empregados (3.600)<br />
Administradores (3.240)<br />
Lucro líquido do exercício 69.160<br />
Percebam que na DRE não aparece a compensação dos Prejuízos<br />
Acumulados, que foram utilizados apenas para calcular as<br />
participações.<br />
Gabarito – D<br />
03- (AFRE MG/ESAF 2005) Em 31 de dezembro de 20X4 a<br />
empresa Periltate S/A, levantou o seguinte balancete de verificação:<br />
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Caixa R$ 12.000,00<br />
Máquinas e Equipamentos R$ 48.000,00<br />
Vendas de Mercadorias R$ 56.000,00<br />
Mercadorias R$ 16.000,00<br />
Receitas Diversas R$ 3.200,00<br />
Compras de Mercadorias R$ 40.000,00<br />
Clientes R$ 32.000,00<br />
Fornecedores R$ 24.000,00<br />
Salários e Ordenados R$ 800,00<br />
Despesas de aluguel R$ 2.400,00<br />
Lanches e Refeições R$ 1.600,00<br />
Capital Social R$ 80.000,00<br />
Condução e Transporte R$ 2.400,00<br />
Lucros Acumulados R$ 11.200,00<br />
Despesas de Juros R$ 3.200,00<br />
Veículos R$ 13.200,00<br />
Observações:<br />
1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 12.000,00.<br />
2. O salário de dezembro de 20X4, no valor de R$ 200,00, será pago<br />
somente em janeiro de 20X5.<br />
3. Dos aluguéis pagos em 20X4, R$ 1.800,00 referem-se a despesas<br />
de janeiro de 20X5.<br />
4. Para elaboração das demonstrações financeiras de fim de<br />
exercício devem ser consideradas as seguintes implicações:<br />
a - COFINS 3%;<br />
b - ICMS 10%;<br />
c - Imposto de Renda 25%;<br />
d - PIS Faturamento 2%;<br />
e - Reserva Legal 5%.<br />
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Após a contabilização dos ajustes necessários, podemos dizer que a<br />
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício - apresentará Lucro<br />
Líquido do Exercício no valor de<br />
a) R$ 1.400,00<br />
b) R$ 1.425,00<br />
c) R$ 1.500,00<br />
d) R$ 1.900,00<br />
e) R$ 2.000,00<br />
Solução: Questão bastante questionada pelos alunos. Principalmente<br />
com relação as informações de salários e aluguéis. O segredo está na<br />
verificação de que, no balancete, não aparecem duas contas: Salários<br />
a Pagar e Despesa Antecipada de Aluguéis. Se não existem essas<br />
contas, significa que a empresa ainda não contabilizou o salário de<br />
dezembro (vejam que foi dito que o salário deste mÊs será pago em<br />
janeiro) e que os aluguéis foram indevidamente lançados como<br />
despesa. A questão informa que parte dos aluguéis pagos se referem<br />
a despesas do exercício seguinte. Olha o regime de competência.<br />
Com essas observações, o resultado do exercício ficaria assim:<br />
Vendas de Mercadorias R$ 56.000,00<br />
ICMS (10%) (R$ 5.600,00)<br />
PIS (2%) (R$ 1.120,00)<br />
COFINS (3%) (R$ 1.680,00)<br />
Receita Líquida Vendas R$ 47.600,00<br />
CMV (conforme abaixo) (R$ 40.000,00)<br />
Lucro Bruto R$ 7.600,00<br />
Receitas Diversas R$ 3.200,00<br />
Salários e Ordenados (incluindo dezembro) (R$ 1.000,00)<br />
Despesas de aluguel (diminuindo R$ 1.800,00 (R$ 600,00)<br />
antecipado)<br />
Lanches e Refeições (R$ 1.600,00)<br />
Condução e Transporte (R$ 2.400,00)<br />
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Despesas de Juros (R$ 3.200,00)<br />
Lucro Operacional R$ 2.000,00<br />
Imposto de Renda (25% x R$ 2.000,00) (R$ 500,00)<br />
Lucro Líquido do Exercício R$ 1.500,00<br />
CMV = Estoque Inicial + (Compras – ICMS) – Estoque Final<br />
CMV = 16.000,00 +(40.000,00 – 4.000,00) – 12.000,00<br />
CMV = 40.000,00<br />
Gabarito – C<br />
04- (GEFAZ MG/ESAF 2005) O balancete de verificação da Cia.<br />
Beta, em 31/12/X4, era composto pelos saldos das seguintes contas:<br />
Caixa R$ 15.000,00<br />
Máquinas e Equipamentos R$ 60.000,00<br />
Vendas de Mercadorias R$ 70.000,00<br />
Mercadorias R$ 20.000,00<br />
Receitas Diversas R$ 4.000,00<br />
Compras de Mercadorias R$ 50.000,00<br />
Clientes R$ 40.000,00<br />
Fornecedores R$ 30.000,00<br />
Salários e Ordenados R$ 11.000,00<br />
Despesas de aluguel R$ 13.000,00<br />
Lanches e Refeições R$ 2.000,00<br />
Capital Social R$100.000,00<br />
Condução e Transporte R$ 3.000,00<br />
Lucros Acumulados R$ 14.000,00<br />
Despesas de Juros R$ 4.000,00<br />
Observações:<br />
1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 15.000,00.<br />
2. O salário de dezembro de X4, no valor de R$ 1.000,00, será pago<br />
somente em janeiro de X5.<br />
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3. Dos aluguéis pagos em X4, R$ 2.000,00 referem-se a despesas de<br />
janeiro de X5.<br />
4. Não há implicações de ordem fiscal ou tributária.<br />
Ao elaborar as demonstrações financeiras do exercício findo em<br />
31/12/X4, depois de feitos os ajustes necessários à observância do<br />
princípio contábil da Competência, vamos encontrar, no Balanço<br />
Patrimonial, o grupo Patrimônio Líquido no valor de<br />
a) R$ 99.000,00<br />
b) R$ 100.000,00<br />
c) R$ 101.000,00<br />
d) R$ 102.000,00<br />
e) R$ 114.000,00<br />
Solução: Questão idêntica a nº 3. Diferença em valores e questionase<br />
o valor do Patrimônio Líquido. Ora, para se chegar ao Patrimônio<br />
Líquido, necessário, primeiro encontrar o Lucro do Exercício.<br />
Outra observação: Se a questão não cita a incidência de impostos e<br />
contribuições, não somo nós que faremos, certo? Portanto, nada de<br />
calcular qualquer tipo de imposto e/ou de contribuição.<br />
Vendas de Mercadorias R$ 70.000,00<br />
Receita Líquida Vendas R$ 70.000,00<br />
CMV (conforme abaixo) (R$ 55.000,00)<br />
Lucro Bruto R$ 15.000,00<br />
Receitas Diversas R$ 4.000,00<br />
Salários e Ordenados (incluindo dezembro) (R$ 12.000,00)<br />
Despesas de aluguel (diminuindo R$ 2.000,00 (R$ 11.000,00)<br />
antecipado)<br />
Lanches e Refeições (R$ 2.000,00)<br />
Condução e Transporte (R$ 3.000,00)<br />
Despesas de Juros (R$ 4.000,00)<br />
Lucro Líquido do Exercício (R$ 13.000,00)<br />
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CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final<br />
CMV = 20.000,00 +50.000,00 – 15.000,00<br />
CMV = 55.000,00<br />
Para achar o valor do Patrimônio Líquido, basta juntarmos, ao<br />
resultado do exercício, as demais contas deste grupo.<br />
Capital Social R$100.000,00<br />
Lucros Acumulados R$ 14.000,00<br />
Resultado do Exercício (R$ 13.000,00)<br />
Saldo de Patrimônio Líquido R$ 101.000,00<br />
Gabarito - C<br />
05- (GEFAZ MG/ESAF 2005) Em 31 de dezembro, antes dos<br />
ajustes para fechamento da conta corrente do ICMS, a empresa<br />
Comercial Beta S/A levantou os seguintes saldos, apresentados em<br />
ordem alfabética:<br />
Caixa R$ 9.600,00<br />
Capital Social R$ 30.000,00<br />
Clientes R$ 14.700,00<br />
COFINS R$ 57,00<br />
Compras de Mercadorias R$ 36.000,00<br />
Fornecedores R$ 12.000,00<br />
ICMS sobre Vendas R$ 10.200,00<br />
Impostos e Taxas R$ 690,00<br />
Juros Ativos R$ 330,00<br />
Mercadorias R$ 13.500,00<br />
Móveis e Utensílios R$ 9.000,00<br />
PIS sobre Faturamento R$ 63,00<br />
Prêmio de Seguros R$ 1.080,00<br />
Reserva Legal R$ 300,00<br />
Salários e Encargos R$ 2.400,00<br />
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Salários e Encargos a Pagar R$ 360,00<br />
Veículos R$ 12.000,00<br />
Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00<br />
Observações:<br />
- Ao fim do período, a empresa apresentou estoque de<br />
mercadorias avaliado em R$ 6.000,00.<br />
- O imposto sobre circulação de mercadorias e serviços<br />
incide à mesma alíquota sobre as compras e sobre as<br />
vendas.<br />
- No período não houve outras implicações tributárias nem<br />
distribuição de resultados.<br />
Após contabilizar o ajuste do ICMS, as demonstrações contábeis<br />
apresentarão:<br />
a) R$ 12.300,00 de lucro líquido do exercício.<br />
b) R$ 22.500,00 de lucro operacional bruto.<br />
c) R$ 37.380,00 de custo da mercadoria vendida.<br />
d) R$ 43.500,00 de custo da mercadoria vendida.<br />
e) R$ 49.680,00 de lucro operacional bruto.<br />
Solução: Primeiro cuidado está na observação de que o imposto<br />
sobre circulação de mercadorias e serviços incide à mesma alíquota<br />
sobre as compras e sobre as vendas. Para saber qual a alíquota<br />
aplicável, basta observar que foi fornecido o valor do ICMS Sobre<br />
as Vendas (R$ 10.200,00). Como sabemos o valor das Vendas (R$<br />
60.000,00), sabemos que a alíquota deste imposto é de 17% (R$<br />
10.200,00/R$ 60.000,00). Esta alíquota será utilizada para saber o<br />
valor do ICMS Sobre as Compras.<br />
Vendas de Mercadorias R$ 60.000,00<br />
ICMS (17%) (R$ 10.200,00)<br />
PIS (R$ 63,00)<br />
COFINS (R$ 57,00)<br />
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Receita Líquida Vendas R$ 49.680,00<br />
CMV (conforme abaixo) (R$ 37.380,00)<br />
Lucro Bruto R$ 12.300,00<br />
Impostos e Taxas (R$ 690,00)<br />
Juros Ativos (R$ 330,00)<br />
Prêmio de Seguros (R$ 1.080,00)<br />
Salários e Encargos (R$ 2.400,00)<br />
Lucro Líquido do Exercício R$ 7.800,00<br />
CMV = Estoque Inicial + (Compras – ICMS) – Estoque Final<br />
CMV = 13.500,00 +(36.000,00 – 6.120,00) – 6.000,00<br />
CMV = 37.380,00<br />
Gabarito – C<br />
06- (AFRF 2003/ESAF) - A firma Rinho Ltda. apresenta as<br />
seguintes rubricas vinculadas ao resultado do exercício:<br />
COFINS R$ 180,00<br />
Custo da Mercadoria Vendida R$ 2.800,00<br />
Despesas Financeiras R$ 600,00<br />
ICMS s/ Vendas R$ 720,00<br />
PIS s/ Faturamento R$ 60,00<br />
Receita Operacional Bruta R$ 6.000,00<br />
Salários e Ordenados R$ 1.000,00<br />
Com base nos dados apresentados, pode-se dizer que a empresa<br />
apresenta:<br />
a) Receita Líquida de Vendas R$ 5.280,00<br />
b) Receita Líquida de Vendas R$ 2.240,00<br />
c) Lucro Operacional Bruto R$ 5.040,00<br />
d) Lucro Operacional Líquido R$ 2.240,00<br />
e) Lucro Operacional Líquido R$ 640,00<br />
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Solução: Apesar da prova para AFRF, a questão foi mais fácil do<br />
que as que fizemos antes. Basta lembrar da ordem da DRE para<br />
resolve-la.<br />
Receita Operacional Bruta R$ 6.000,00<br />
COFINS (R$ 180,00 )<br />
ICMS s/ Vendas (R$ 720,00 )<br />
PIS s/ Faturamento (R$ 60,00 )<br />
Receita Líquida de Vendas R$ 5.040,00<br />
Custo da Mercadoria Vendida (R$ 2.800,00)<br />
Lucro Bruto R$ 2.240,00<br />
Despesas Financeiras (R$ 600,00)<br />
Salários e Ordenados (R$ 1.000,00)<br />
Lucro Líquido do Exercício R$ 640,00<br />
Repare que nesta questão, o Lucro Operacional Líquido é igual ao<br />
Lucro Líquido do Exercício.<br />
Gabarito – E<br />
07- (AFRF 2002-1/ESAF) As contas abaixo representam um grupo<br />
de receitas e despesas e, embora distribuídas aqui aleatoriamente,<br />
compõem a demonstração do resultado do exercício da empresa<br />
Boapermuta S/A.<br />
Receitas Não-Operacionais R$ 2.000,00<br />
Provisão para Contribuição Social 10%<br />
Juros Recebidos R$ 1.500,00<br />
Depreciação R$ 700,00<br />
Participação de Administradores 5%<br />
Impostos e Taxas R$ 500,00<br />
Propaganda e Publicidade R$ 1.800,00<br />
Vendas Canceladas R$ 20.000,00<br />
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PIS/PASEP 1%<br />
Despesas Bancárias R$ 800,00<br />
Estoque Inicial R$ 30.000,00<br />
Comissões sobre Vendas de Mercadorias R$ 3.000,00<br />
Descontos Incondicionais Concedidos R$ 20.000,00<br />
Estoque Final R$ 37.000,00<br />
Descontos Condicionais Concedidos R$ 2.000,00<br />
Participação de Partes Beneficiárias 5%<br />
Juros Pagos R$ 500,00<br />
Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00<br />
COFINS 2%<br />
Salários e Encargos R$ 3.000,00<br />
Água e Energia R$ 200,00<br />
Provisão para Imposto de Renda 15%<br />
Compras de Mercadorias R$ 50.000,00<br />
ICMS s/ Compras e Vendas 12%<br />
Descontos Obtidos R$ 15.000,00<br />
Ordenando-se as contas acima, adequadamente e em conformidade<br />
com as regras de elaboração da Demonstração do Resultado do<br />
Exercício, vamos encontrar:<br />
a) Receita Líquida de Vendas de R$ 48.000,00.<br />
b) Lucro Operacional Bruto de R$ 4.000,00.<br />
c) Lucro Operacional Líquido de R$ 15.000,00.<br />
d) Lucro Líquido antes da Contribuição Social e do Imposto de<br />
Renda de R$ 20.000,00.<br />
e) Lucro Líquido do Exercício de R$ 13.500,00<br />
Solução: Este tipo de questão custo chamar de “Questão Insana da<br />
ESAF”. Vejam o seu tamanho. Qual o tempo que perdemos para<br />
resolve-la em prova? Por isso aconselho para deixar este tipo de<br />
questão por último. Na hora da resolução, basta sabermos alocar as<br />
contas nos lugares certos. Vejamos.<br />
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Vendas de Mercadorias R$ 100.000,00<br />
Vendas Canceladas (R$ 20.000,00)<br />
Descontos Incondicionais Concedidos (R$ 20.000,00)<br />
PIS/PASEP (1% x R$ 60.000,00) (R$ 600,00)<br />
COFINS (2% x R$ 60.000,00) (R$ 1.200,00)<br />
ICMS s/ Vendas (12% x R$ 60.000,00) (R$ 7.200,00)<br />
Receita Líquida de Vendas R$ 51.000,00<br />
CMV – conforme abaixo (R$ 37.000,00)<br />
Lucro Bruto R$ 14.000,00<br />
Juros Recebidos R$ 1.500,00<br />
Depreciação (R$ 700,00)<br />
Impostos e Taxas (R$ 500,00)<br />
Propaganda e Publicidade (R$ 1.800,00)<br />
Despesas Bancárias (R$ 800,00)<br />
Comissões sobre Vendas de Mercadorias (R$ 3.000,00)<br />
Descontos Condicionais Concedidos (R$ 2.000,00)<br />
Juros Pagos (R$ 500,00)<br />
Salários e Encargos (R$ 3.000,00)<br />
Água e Energia (R$ 200,00)<br />
Descontos Obtidos R$ 15.000,00<br />
Lucro Operacional R$ 18.000,00<br />
Receitas Não-Operacionais R$ 2.000,00<br />
Lucro antes do IR e da Contribuição R$ 20.000,00<br />
CMV = Estoque Inicial + (Compras – ICMS) – Estoque Final<br />
CMV = 30.000,00 + (50.000,00 – 6.000,00) – 37.000,00<br />
CMV = 37.000,00<br />
Gabarito - D<br />
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08- (AFRF 2000/ESAF) - Os dados abaixo foram extraídos de um<br />
balancete:<br />
Compras 100<br />
Custo de bens do ativo imobilizado vendidos 10<br />
Despesas Comerciais 50<br />
Despesas Gerais 110<br />
ICMS sobre Vendas 80<br />
Mercadorias 100<br />
Receita de Venda de Bens do Ativo Imobilizado 20<br />
Vendas 400<br />
- o estoque final de Mercadorias é de 50;<br />
- desconsidere impostos sobre compra.<br />
O lucro operacional é de:<br />
a) 10<br />
b) 90<br />
c) (40)<br />
d) 100<br />
e) 170<br />
Solução: Vejam como as questões se repetem. De novo resultado<br />
do exercício. Basta lembras da ordem da DRE. Vejamos:<br />
Vendas 400<br />
ICMS sobre Vendas (80)<br />
Receita Líquida de Vendas 320<br />
CMV – conforme abaixo (150)<br />
Lucro Operacional Bruto 170<br />
Despesas Comerciais (50)<br />
Despesas Gerais (110)<br />
Lucro Operacional 10<br />
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CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final<br />
CMV = 100 + 100 – 50 = 150<br />
Gabarito - A<br />
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