Educação de Jovens e Adultos ea indefinição no plano bimestral do ...

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com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se (FREIRE, 1996, p. 41). Diante desse contexto, a trajetória, como pesquisadora, foi muito importante, pelo prazer com que foi desenvolvido este trabalho que considerei fundamental para minha prática docente. Entretanto, um dos principais benefícios que trouxe foi possibilitar aos alunos, professores e chefes de Departamento de Ensino da Secretaria local de Educação, uma nova visão do processo de ensino e aprendizagem desse público. Isso foi evidenciado durante as intervenções realizadas nas escolas acima citadas, como também, na interação entre pesquisadora, alunos, diretores e professores envolvidos. Assim, vivenciamos nossas experiências com os outros, pois estamos sempre nos relacionando, isto é, “[...] estamos sempre tentando compreender o mundo e os outros. E, para que essa compreensão aconteça há necessidade de uma educação dialogal e ativa” Freire (1967, p. 16). Portanto, o que fazer para que a aprendizagem seja prazerosa e agradável? Qual a teoria ou currículo mais adequado que pode contribuir para a formação de conceitos significativos para esses alunos da EJA? No intento de contribuir para a melhoria desses conceitos, algumas propostas curriculares tem promovido a construção de novos modelos e práticas de ensino para atender a necessidade do referido público. Na inquietação de buscar respostas para algumas das perguntas acima citadas, realizamos uma pesquisa durante os três últimos meses do 2º semestre de 2009, com alunos, escolas e professores inseridos nessa modalidade de ensino (EJA) nas nove escolas da Rede Pública Municipal de Goiana-PE. Partindo desse princípio, torna-se um desafio levantar as dimensões necessárias para alicerçar o ensino e a formação dos educadores da EJA. Para isso, esse processo deve ser analisado sob vários aspectos, um deles, é sobre a dimensão política que é uma das mais importantes, pois se propõe criticar a sociedade em que está inserida, pretendendo modificar suas estruturas e relações sociopolíticas. Isso sugere dizer também, que pesquisadores e professores envolvidos com o ensino de pessoas em diferentes faixas etárias devem procurar conhecer alguns fatores relacionados
com a idade, pois estes afetam o seu processo de aprendizagem. Por esse e outro motivos, faz- se necessário planejar seus conteúdos bimestrais. Na visão de Arroyo, (2006, p. 21) “[...] poderíamos encontrar outros indicadores de que estamos em um tempo propício para a reconfiguração da EJA”. Nesse caso, um dos mais promissores seria a constituição de um corpo de profissionais educadores (as) formados (as) com competências específicas para dar conta das especificidades do direito à educação na juventude e na vida adulta. No entanto, o que se vê, na maioria das escolas municipais que trabalham com Educação de Adulto em Goiana, são professores sem habilitação específica, poucos conhecimentos teóricos na área de EJA, metodologia inadequada e proposta curricular desarticulada para atender o referido público. È comum observarmos situações escolares nas quais o professor explica os conteúdos a partir de suas próprias convicções, e estes por sua vez, não entendem ou não têm nenhuma intenção de despertar no aluno interesse pela aula. Isso nos leva a acreditar que os critérios utilizados na organização curricular não são relevantes para conceber os saberes e as perspectivas dos jovens e adultos no qual estão inseridos. Fator este, que poderá contribuir para a evasão, desistência e até aversão pela escola. Apesar da evidência desses entraves, a escola não gira apenas em torno das propostas curriculares que são formuladas, ela precisa incorporar no seu dia-a-dia as experiências vivenciadas por estes sujeitos do processo. Na visão de Soares (2005) “[...] a formação de um profissional que atenda às necessidades de uma população específica, formada por jovens e adultos e a atuação das Universidades na formação desses docentes ainda é muito tímida”. Isso nos remete dizer também, que ainda é irrisório o número de Faculdade ou Instituições de Educação Superior Educação que formam professores com habilidades para atuar especificamente na EJA. Porém, os (BRASIL, PCN’s vol. 3), alerta que não existe uma maneira única de ensinar, o professor é quem deve procurar a melhor maneira de contribuir para o desenvolvimento do processo de aprendizagem apoiando-se em métodos que possam ajudar na construção dos saberes de cada educando. Isso nos leva refletir que ao se pensar em planejamento ou na formação de educadores de jovens e adultos, não se pode esquecer da questão política que perpassa esse tipo de educação. Tal preocupação vem incentivando organizações e ações educativas com o
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