Educação de Jovens e Adultos ea indefinição no plano bimestral do ...
Educação de Jovens e Adultos ea indefinição no plano bimestral do ...
Educação de Jovens e Adultos ea indefinição no plano bimestral do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Educação</strong> <strong>de</strong> <strong>Jovens</strong> e <strong>Adultos</strong> e a in<strong>de</strong>finição <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> <strong>bimestral</strong> <strong>do</strong> Ensi<strong>no</strong><br />
Fundamental II. Um estu<strong>do</strong> <strong>no</strong> município <strong>de</strong> Goiana-PE<br />
Introdução<br />
Rosângela Clementi<strong>no</strong> da Costa –<br />
SECDI<br />
José Vieira da Silva –<br />
NEEMJA/UFRPE<br />
Este trabalho é uma Comunicação <strong>de</strong> uma experiência vivenciada em <strong>no</strong>ve escolas da<br />
re<strong>de</strong> publica municipal <strong>de</strong> Goiana-PE, cujo objetivo era mostrar a inexistência <strong>do</strong> pla<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />
unida<strong>de</strong> capaz <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s básicas <strong>do</strong> Ensi<strong>no</strong> Fundamental II. O estu<strong>do</strong> enfoca<br />
também, que <strong>de</strong>ntre os entraves propostos pelos professores que atuam nesta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ensi<strong>no</strong> está a falta <strong>de</strong> políticas públicas direcionadas para o público em foco.<br />
Freire (1996) argumenta que “ensinar exige respeito aos saberes <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s” e, se<br />
isso é necessário, porque na maioria <strong>do</strong>s professores que atuam na EJA nas escolas municipais<br />
<strong>de</strong> Goiana não fazem um planejamento <strong>bimestral</strong> ou semestral com conteú<strong>do</strong>s a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s para<br />
as séries <strong>do</strong> Fundamental II na qual se propõe a ensinar durante o a<strong>no</strong> letivo?<br />
Porque não aproveitar a experiência que tem os alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong> viver em ár<strong>ea</strong>s da cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scuidadas pelo po<strong>de</strong>r público para discutir os conteú<strong>do</strong>s que serão vivencia<strong>do</strong>s <strong>no</strong> bimestre?<br />
Porque não estabelecer uma necessária "intimida<strong>de</strong>" entre os saberes curriculares<br />
fundamentais aos alu<strong>no</strong>s e a experiência social que eles têm como indivíduos? Porque não<br />
discutir as implicações políticas e i<strong>de</strong>ológicas <strong>de</strong> um tal <strong>de</strong>scaso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>minantes elas ár<strong>ea</strong>s<br />
pobres da cida<strong>de</strong>? A ética <strong>de</strong> classe embutida neste <strong>de</strong>scaso? Porque, dirá um<br />
Estas e outras perguntas são consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> extrema importância para o professor<br />
responsável e conhece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> sua disciplina organizar seu pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> ação para trabalhar <strong>de</strong><br />
forma significativa <strong>no</strong> público da EJA. A escola não é parti<strong>do</strong>. Ela tem que ensinar os<br />
conteú<strong>do</strong>s, transferí-los aos alu<strong>no</strong>s. “Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-<br />
crítica é propiciar as condições em que os educan<strong>do</strong>s em relação uns com os outros e to<strong>do</strong>s
com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda <strong>de</strong> assumir-se (FREIRE,<br />
1996, p. 41).<br />
Diante <strong>de</strong>sse contexto, a trajetória, como pesquisa<strong>do</strong>ra, foi muito importante, pelo<br />
prazer com que foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> este trabalho que consi<strong>de</strong>rei fundamental para minha prática<br />
<strong>do</strong>cente. Entretanto, um <strong>do</strong>s principais benefícios que trouxe foi possibilitar aos alu<strong>no</strong>s,<br />
professores e chefes <strong>de</strong> Departamento <strong>de</strong> Ensi<strong>no</strong> da Secretaria local <strong>de</strong> <strong>Educação</strong>, uma <strong>no</strong>va<br />
visão <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> e aprendizagem <strong>de</strong>sse público.<br />
Isso foi evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> durante as intervenções r<strong>ea</strong>lizadas nas escolas acima citadas,<br />
como também, na interação entre pesquisa<strong>do</strong>ra, alu<strong>no</strong>s, diretores e professores envolvi<strong>do</strong>s.<br />
Assim, vivenciamos <strong>no</strong>ssas experiências com os outros, pois estamos sempre <strong>no</strong>s<br />
relacionan<strong>do</strong>, isto é, “[...] estamos sempre tentan<strong>do</strong> compreen<strong>de</strong>r o mun<strong>do</strong> e os outros. E, para<br />
que essa compreensão aconteça há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma educação dialogal e ativa” Freire<br />
(1967, p. 16).<br />
Portanto, o que fazer para que a aprendizagem seja prazerosa e agradável? Qual a<br />
teoria ou currículo mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> que po<strong>de</strong> contribuir para a formação <strong>de</strong> conceitos<br />
significativos para esses alu<strong>no</strong>s da EJA? No intento <strong>de</strong> contribuir para a melhoria <strong>de</strong>sses<br />
conceitos, algumas propostas curriculares tem promovi<strong>do</strong> a construção <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos mo<strong>de</strong>los e<br />
práticas <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> para aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> público.<br />
Na inquietação <strong>de</strong> buscar respostas para algumas das perguntas acima citadas,<br />
r<strong>ea</strong>lizamos uma pesquisa durante os três últimos meses <strong>do</strong> 2º semestre <strong>de</strong> 2009, com alu<strong>no</strong>s,<br />
escolas e professores inseri<strong>do</strong>s nessa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> (EJA) nas <strong>no</strong>ve escolas da Re<strong>de</strong><br />
Pública Municipal <strong>de</strong> Goiana-PE.<br />
Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse princípio, torna-se um <strong>de</strong>safio levantar as dimensões necessárias para<br />
alicerçar o ensi<strong>no</strong> e a formação <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res da EJA. Para isso, esse processo <strong>de</strong>ve ser<br />
analisa<strong>do</strong> sob vários aspectos, um <strong>de</strong>les, é sobre a dimensão política que é uma das mais<br />
importantes, pois se propõe criticar a socieda<strong>de</strong> em que está inserida, preten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> modificar<br />
suas estruturas e relações sociopolíticas.<br />
Isso sugere dizer também, que pesquisa<strong>do</strong>res e professores envolvi<strong>do</strong>s com o ensi<strong>no</strong><br />
<strong>de</strong> pessoas em diferentes faixas etárias <strong>de</strong>vem procurar conhecer alguns fatores relaciona<strong>do</strong>s
com a ida<strong>de</strong>, pois estes afetam o seu processo <strong>de</strong> aprendizagem. Por esse e outro motivos, faz-<br />
se necessário planejar seus conteú<strong>do</strong>s bimestrais.<br />
Na visão <strong>de</strong> Arroyo, (2006, p. 21) “[...] po<strong>de</strong>ríamos encontrar outros indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> que<br />
estamos em um tempo propício para a reconfiguração da EJA”. Nesse caso, um <strong>do</strong>s mais<br />
promissores seria a constituição <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong> profissionais educa<strong>do</strong>res (as) forma<strong>do</strong>s (as)<br />
com competências específicas para dar conta das especificida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> direito à educação na<br />
juventu<strong>de</strong> e na vida adulta.<br />
No entanto, o que se vê, na maioria das escolas municipais que trabalham com <strong>Educação</strong><br />
<strong>de</strong> Adulto em Goiana, são professores sem habilitação específica, poucos conhecimentos<br />
teóricos na ár<strong>ea</strong> <strong>de</strong> EJA, meto<strong>do</strong>logia ina<strong>de</strong>quada e proposta curricular <strong>de</strong>sarticulada para<br />
aten<strong>de</strong>r o referi<strong>do</strong> público.<br />
È comum observarmos situações escolares nas quais o professor explica os conteú<strong>do</strong>s<br />
a partir <strong>de</strong> suas próprias convicções, e estes por sua vez, não enten<strong>de</strong>m ou não têm nenhuma<br />
intenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar <strong>no</strong> alu<strong>no</strong> interesse pela aula. Isso <strong>no</strong>s leva a acreditar que os critérios<br />
utiliza<strong>do</strong>s na organização curricular não são relevantes para conceber os saberes e as<br />
perspectivas <strong>do</strong>s jovens e adultos <strong>no</strong> qual estão inseri<strong>do</strong>s. Fator este, que po<strong>de</strong>rá contribuir<br />
para a evasão, <strong>de</strong>sistência e até aversão pela escola.<br />
Apesar da evidência <strong>de</strong>sses entraves, a escola não gira apenas em tor<strong>no</strong> das propostas<br />
curriculares que são formuladas, ela precisa incorporar <strong>no</strong> seu dia-a-dia as experiências<br />
vivenciadas por estes sujeitos <strong>do</strong> processo. Na visão <strong>de</strong> Soares (2005) “[...] a formação <strong>de</strong> um<br />
profissional que atenda às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma população específica, formada por jovens e<br />
adultos e a atuação das Universida<strong>de</strong>s na formação <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>centes ainda é muito tímida”.<br />
Isso <strong>no</strong>s remete dizer também, que ainda é irrisório o número <strong>de</strong> Faculda<strong>de</strong> ou<br />
Instituições <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> Superior <strong>Educação</strong> que formam professores com habilida<strong>de</strong>s para<br />
atuar especificamente na EJA. Porém, os (BRASIL, PCN’s vol. 3), alerta que não existe uma<br />
maneira única <strong>de</strong> ensinar, o professor é quem <strong>de</strong>ve procurar a melhor maneira <strong>de</strong> contribuir<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> aprendizagem apoian<strong>do</strong>-se em méto<strong>do</strong>s que possam<br />
ajudar na construção <strong>do</strong>s saberes <strong>de</strong> cada educan<strong>do</strong>.<br />
Isso <strong>no</strong>s leva refletir que ao se pensar em planejamento ou na formação <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>res<br />
<strong>de</strong> jovens e adultos, não se po<strong>de</strong> esquecer da questão política que perpassa esse tipo <strong>de</strong><br />
educação. Tal preocupação vem incentivan<strong>do</strong> organizações e ações educativas com o
propósito <strong>de</strong> organizar uma proposta curricular para educação <strong>de</strong> jovens e adultos. Dentre<br />
essas ações estão: as Conferências Internacionais, Congressos, Seminários Nacionais e Fóruns<br />
Estaduais e Municipais esses movimentos, têm si<strong>do</strong> organiza<strong>do</strong>s para se discutir a EJA e a<br />
formação <strong>de</strong> seus educa<strong>do</strong>res.<br />
Materiais e Méto<strong>do</strong>s<br />
O estu<strong>do</strong> aqui exposto sumariza uma abordagem empírica qualitativa, on<strong>de</strong><br />
procuramos buscar o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> comportamento da própria autora, bas<strong>ea</strong>n<strong>do</strong>-se na<br />
interpretação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s. (GIL,1994, p. 11) argumenta que esse tipo <strong>de</strong> pesquisa,<br />
“[...] trata-se <strong>de</strong> uma “<strong>de</strong>scrição em profundida<strong>de</strong>”, em que se consi<strong>de</strong>ra, ao mesmo tempo,<br />
uma interconexão entre a análise <strong>do</strong> comportamento e <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>”.<br />
Portanto, os resulta<strong>do</strong>s aqui mostra<strong>do</strong>s após as visitas e entrevistas feitas com<br />
professores e alu<strong>no</strong>s da EJA nas <strong>no</strong>ve escolas da re<strong>de</strong> Municipal, evi<strong>de</strong>nciam que a ausência<br />
<strong>de</strong> planejamento tanto para o ensi<strong>no</strong> como para a aprendizagem <strong>do</strong> alu<strong>no</strong> adulto além <strong>de</strong><br />
outros fatores tais como: seleção <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>, mobiliário insuficiente, salas <strong>de</strong> aulas mau<br />
iluminadas, transporte ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, nenhum recurso além <strong>de</strong> quadro e giz, professores<br />
ministran<strong>do</strong> aula fora <strong>de</strong> sua ár<strong>ea</strong> <strong>de</strong> graduação, e a falta <strong>de</strong> professores qualifica<strong>do</strong>s tem si<strong>do</strong><br />
entraves <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> e na aprendizagem <strong>de</strong>sses alu<strong>no</strong>s.<br />
Além disso, quase não encontramos pesquisas e literaturas sobre política curricular,<br />
conteú<strong>do</strong>s ou méto<strong>do</strong>s específicos para essa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>. Vejamos, quan<strong>do</strong> se fala<br />
em educação <strong>de</strong> adultos, focamos logo o pedreiro, o carpinteiro, o torneiro mecânico, o<br />
serralheiro, o ven<strong>de</strong><strong>do</strong>r <strong>de</strong> frutas, a secretária <strong>do</strong> lar, a costureira, a meren<strong>de</strong>ira, as pequenas<br />
comerciantes <strong>de</strong> bijuterias, cosméticos, camelôs e outros (as) profissionais. Evi<strong>de</strong>ntemente,<br />
público como esse, que possuem um gran<strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong> experiência, também sugere<br />
tratamento diferencia<strong>do</strong> em seu processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>.<br />
Oliveira (1996, p. 37) argumenta que “[...] o adulto é o agente <strong>de</strong> sua aprendizagem e<br />
por isso é ele quem <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>cidir sobre o que apren<strong>de</strong>r”. Logo, o foco das ativida<strong>de</strong>s<br />
educacionais proposta para o adulto <strong>de</strong>verá ser na própria aprendizagem e não <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>. E,<br />
isso não foi visto nas salas <strong>de</strong> aulas investigadas.<br />
Vejamos o que diz três <strong>de</strong>sses alu<strong>no</strong>s ao serem indagadas pela pesquisa<strong>do</strong>ra:<br />
Pesquisa<strong>do</strong>ra: “O que os professores tem feito para tornar a aula prazerosa?
“Aqui nada, até hoje nenhum professor <strong>de</strong>u uma aula diferente, só mandam<br />
fazer trabalho, trabalho e exercício <strong>no</strong>s ca<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s. Só isso”. (aluna A)<br />
“Eu não apren<strong>do</strong> nada, aliás, tu<strong>do</strong> que eu já sei, eu aprendi na loja on<strong>de</strong><br />
trabalho. Nossos professores só gostam <strong>de</strong> mandar ler e copiar coisas <strong>do</strong>s<br />
livros, isso só faz per<strong>de</strong>r tempo” (aluna B)<br />
“Professor, eu só estou aqui nessa escola porque preciso concluir pelo<br />
me<strong>no</strong>s a oitava série, é a firma on<strong>de</strong> trabalho que está exigin<strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s os<br />
funcionários apresentem até o final <strong>do</strong> a<strong>no</strong>, a ficha 19”. (alu<strong>no</strong> C)<br />
Nas falas <strong>de</strong>sses alu<strong>no</strong>s po<strong>de</strong>mos perceber, que alguns <strong>de</strong>sses professores não<br />
apresentam uma meto<strong>do</strong>logia a<strong>de</strong>quada para esse público como também não planejam seus<br />
conteú<strong>do</strong>s. Por exemplo, passar trabalho em excesso não é uma melhor forma <strong>de</strong> fazer o alu<strong>no</strong><br />
construir conhecimento, até porque, a maioria <strong>de</strong>sses alu<strong>no</strong>s não dispõe <strong>de</strong> tempo suficiente<br />
para pesquisar livros ou outras fontes para concluírem seus trabalhos.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntre as <strong>no</strong>ve escolas pesquisadas e, 38 diários <strong>de</strong> classe não<br />
encontramos um único diário em qual quer disciplina, com seus planejamentos atualiza<strong>do</strong>s.<br />
Isso implica dizer que os professores ensinam aquilo que sabe, e como sabe. O que quer e<br />
como quer. Isso <strong>no</strong>s faz recordar ao mestre Freire ao afirmar que “[...] ensinar não é transferir<br />
conhecimento, mas criar as possibilida<strong>de</strong>s para a sua própria produção ou a sua construção<br />
(p.47).<br />
<strong>Adultos</strong> ten<strong>de</strong>m a ter gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> preocupações e <strong>de</strong> problemas a resolver fora<br />
da situação <strong>de</strong> aprendizagem isso sugere um balanc<strong>ea</strong>mento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> entre o tempo<br />
necessário para apresentação da situação <strong>de</strong> aprendizagem e o tempo necessário para a<br />
obtenção da aprendizagem.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, “[...] o acúmulo <strong>de</strong> experiência também po<strong>de</strong> ser negativo, pois o<br />
adulto po<strong>de</strong> ter <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> hábitos mentais, predisposições que po<strong>de</strong>m levá-lo a não aceitar<br />
<strong>no</strong>vos mo<strong>de</strong>los, abordagens e <strong>no</strong>vas formas <strong>de</strong> pensar”. (SILVA, 2006) e quan<strong>do</strong> falamos <strong>do</strong><br />
conhecimento sistematiza<strong>do</strong> em particular, essa resistência e a não aceitação ten<strong>de</strong> a ser mais<br />
visível nas salas <strong>de</strong> EJA.<br />
Olhan<strong>do</strong> em outra direção, percebemos na fala <strong>do</strong> alu<strong>no</strong> “C” que boa parte daqueles<br />
que permanecem nas salas <strong>de</strong> aulas das <strong>de</strong>mais escolas, precisam <strong>de</strong> seus empregos e isso só<br />
será possível se mostrarem para o emprega<strong>do</strong>r que também está inseri<strong>do</strong> <strong>no</strong> contexto <strong>de</strong> uma<br />
socieda<strong>de</strong> letrada. Isto é, também possui um certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> Ensi<strong>no</strong> Fundamental.
Para Rogers apud Oliveira (1999), “os diplomas, certifica<strong>do</strong>s e exames, <strong>de</strong>viam ser<br />
elimina<strong>do</strong>s da escola, por eles promoverem a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> da aprendizagem” (p. 43). Isto<br />
po<strong>de</strong> ocorrer por que o alu<strong>no</strong>, ao obter um diploma, ilu<strong>de</strong>-se com a sensação <strong>de</strong> ter concluí<strong>do</strong><br />
seu aprendiza<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> está apenas <strong>no</strong> início, e não se dá conta que o aprendiza<strong>do</strong> é bas<strong>ea</strong><strong>do</strong><br />
na significância <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> para o tal indivíduo.<br />
Este princípio reflete <strong>de</strong> um enfoque Rogeria<strong>no</strong> à educação; o educan<strong>do</strong> adulto tem<br />
um <strong>de</strong>sejo natural <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e esta é uma tendência na qual se po<strong>de</strong> confiar. Assim,<br />
Lin<strong>de</strong>rman, apud Paiva (1984, p. 47) um <strong>do</strong>s maiores pesquisa<strong>do</strong>res da educação <strong>de</strong> adultos<br />
<strong>de</strong>screveu, alguns pontos-chave <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> educação. Vejamos um <strong>de</strong>les:<br />
[...] <strong>Adultos</strong> são motiva<strong>do</strong>s a apren<strong>de</strong>r à medida que percebem que as necessida<strong>de</strong>s e<br />
interesses que buscam serão ou estão sen<strong>do</strong> satisfeitos. Por isso estes são os pontos<br />
mais apropria<strong>do</strong>s para se dar início à organização das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong><br />
adultos.<br />
No entanto, uma das razões <strong>do</strong> fracasso na sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> alguns professores que<br />
trabalham na EJA, é que tiveram maus professores em suas graduações, por esses e outros<br />
motivos tornaram-se incapazes <strong>de</strong> motivar seus alu<strong>no</strong>s ao ponto <strong>de</strong> transformar o apren<strong>de</strong>r em<br />
algo prazeroso. O Professor i<strong>de</strong>al é aquele que também é Educa<strong>do</strong>r, que sente prazer em<br />
provocar aprendizagem in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da série ou modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>. Segun<strong>do</strong> Oliveira<br />
(1996)<br />
“[...] o bom ensi<strong>no</strong> se apresenta em muitas varieda<strong>de</strong>s, que po<strong>de</strong>m ser vistas<br />
facilmente ao observar os estilos pedagógicos diferentes <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os bons<br />
professores. O bom professor é aquele que procura conhecer e adaptar sua função<br />
aos Estilos <strong>de</strong> Apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seus alu<strong>no</strong>s”.<br />
Isso <strong>no</strong>s leva a refletir e olhar para os recursos ou materiais a serem escolhi<strong>do</strong>s<br />
utiliza<strong>do</strong>s na sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong>ve ser através <strong>do</strong>s olhos <strong>de</strong>les, <strong>de</strong> forma que possamos imaginar<br />
como eles r<strong>ea</strong>girão ao que você lhes comunica.<br />
Análise e resulta<strong>do</strong>s<br />
Nesta análise queremos mostrar o perfil <strong>de</strong> alu<strong>no</strong>s e professores da EJA, a meto<strong>do</strong>logia<br />
e a ausência <strong>de</strong> currículos direciona<strong>do</strong>s para este público evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> como possíveis entraves
<strong>no</strong> processo educacional e contribuição direta para a evasão escolar <strong>de</strong>stes educan<strong>do</strong> mostra<strong>do</strong><br />
<strong>no</strong> quadro seguinte.<br />
série).<br />
Quadro <strong>de</strong>monstrativo da atual situação da EJA em Goiana-PE <strong>de</strong> 1ª a 4ª fase (1ª a 8ª<br />
Quadro 1<br />
Fonte: Secretaria Municipal <strong>de</strong> <strong>Educação</strong><br />
O quadro acima explicita que <strong>no</strong> início <strong>do</strong> a<strong>no</strong> letivo nós tínhamos a seguinte situação:<br />
Dos 2104 alu<strong>no</strong>s matricula<strong>do</strong>s em 2009 nas 16 escolas que oferecem <strong>Educação</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Jovens</strong> e <strong>Adultos</strong> apenas 951 alu<strong>no</strong>s conseguiram concluir o a<strong>no</strong> letivo. Ao dividirmos o<br />
número da matrícula inicial pela <strong>no</strong>ve <strong>de</strong> escolas que oferece EJA na re<strong>de</strong> municipal, tivemos<br />
em média 131 alu<strong>no</strong>s por escolas. Cuja evasão foi <strong>de</strong> 45.%.<br />
Levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração os da<strong>do</strong>s proposto, acreditamos que faz-se necessário<br />
estudar e elaborar <strong>no</strong>vas propostas <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> garantir a permanência <strong>de</strong>sses<br />
alu<strong>no</strong>s na sala <strong>de</strong> aula. Outros fatores também po<strong>de</strong>m ter contribuí<strong>do</strong> para a alta taxa <strong>de</strong><br />
evasão: falta <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s, transporte, currículo <strong>de</strong>sarticula<strong>do</strong>, revezamento<br />
<strong>de</strong> horário <strong>de</strong> trabalho, cansaço e outros.<br />
Número <strong>de</strong> escola pesquisada 9<br />
Matrícula inicial em 2009 2104 alu<strong>no</strong>s<br />
Matrícula final até 30/10/09 951 alu<strong>no</strong>s<br />
Evasão % 45 %<br />
Tais entraves po<strong>de</strong>riam ser minimiza<strong>do</strong>s, se o professor conhecesse um pouco mais as<br />
especificida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> alu<strong>no</strong> da EJA, procuran<strong>do</strong> tornar suas aulas mais agradáveis assim,<br />
apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> com suas experiências. Por exemplo, se algo foi particularmente bem (ou mal),<br />
pergunte a si próprio qual foi à razão. Há muitas coisas que <strong>no</strong>ssos estudantes po<strong>de</strong>m <strong>no</strong>s<br />
ensinar, até mesmo quan<strong>do</strong> não estão conscientes disso.
Afinal <strong>de</strong> contas, os professores têm o po<strong>de</strong>r para entediar seus estudantes às lágrimas<br />
ou fazer suas vidas mais divertidas, ricas, e reflexivas. Quan<strong>do</strong> isso acontece com os<br />
estudantes, o professor também nunca estará entedia<strong>do</strong>. (GADOTTI & ROMÃO, 2001) em<br />
relação a organização <strong>de</strong> um currículo nacional Silva (1996, apud OLIVEIRA, 2000, p. 5)<br />
argumenta que<br />
“[...] a prática <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> adulto vem mostran<strong>do</strong> uma série <strong>de</strong> problemas, como<br />
o acirramento das diferenças relativas ao <strong>de</strong>sempenho escolar, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às questões<br />
referentes à classe, ao gênero e à raça, reforçan<strong>do</strong>-se, assim, tanto conhecimentos<br />
oriun<strong>do</strong>s da cultura <strong>do</strong>minante, quanto às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sócio-culturais”.<br />
Ainda com base <strong>no</strong>s da<strong>do</strong>s proposto <strong>no</strong> quadro acima, acreditamos que faz-se<br />
necessário além <strong>de</strong> uma articulação e sistematização <strong>de</strong> planejamento buscar também, <strong>no</strong>vas<br />
meto<strong>do</strong>logia para garantir a permanência <strong>de</strong>sses alu<strong>no</strong>s em sala <strong>de</strong> aula. Este processo<br />
envolve requisitos que po<strong>de</strong> se adaptar à condição adulta.<br />
13):<br />
Por exemplo, po<strong>de</strong>mos listar os mais relevantes segun<strong>do</strong> a luz <strong>de</strong> Oliveira (1999, p.<br />
1) o clima da aprendizagem - este <strong>de</strong>ve ser prepara<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a permitir um ambiente<br />
físico, como a <strong>de</strong>coração, os equipamentos, a acústica e a iluminação, apropria<strong>do</strong>;<br />
2) o diagnóstico <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s – na prática tradicional a <strong>de</strong>cisão sobre o conteú<strong>do</strong><br />
cabe ao professor e, certamente, isto po<strong>de</strong> entrar em conflito com as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />
alu<strong>no</strong>.<br />
3) o processo <strong>de</strong> planejamento <strong>do</strong> apren<strong>de</strong>r envolve os estudantes e o professor serve<br />
<strong>de</strong> guia <strong>do</strong> processo e na pesquisa <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>;<br />
4) a condução da experiência <strong>do</strong> ensi<strong>no</strong>-aprendizagem se dá em um processo <strong>de</strong> mútua<br />
responsabilida<strong>de</strong> entre alu<strong>no</strong>s e professor, o papel <strong>de</strong>ste é <strong>de</strong> fornecer a<strong>de</strong>quadas<br />
técnicas e materiais à aprendizagem, e <strong>de</strong> ser mais um cataliza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> que um instrutor;<br />
5) todas as fases da aprendizagem <strong>de</strong>vem ser processadas através <strong>do</strong> mútuo<br />
entendimento, em que o professor ajuda aos alu<strong>no</strong>s buscarem evidências <strong>do</strong> progresso<br />
obti<strong>do</strong>, também, é discuti<strong>do</strong> sobre o que facilitou ou inibiu a aprendizagem <strong>do</strong>s<br />
estudantes, entre outros. (OLIVEIRA, 1999).
Portanto, a aprendizagem <strong>de</strong>ve apoiar-se em méto<strong>do</strong>s que possam ajudar na construção<br />
<strong>do</strong>s saberes <strong>de</strong> cada educan<strong>do</strong>, levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste grupo social,<br />
evitan<strong>do</strong> assim o <strong>de</strong>sinteresse e a expectativa <strong>de</strong> fracasso que muitas vezes contribui para a<br />
evasão escolar. Com efeito, o professor que atua na EJA precisa se transformar num tutor<br />
eficiente <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrar a importância prática <strong>do</strong> assunto a ser<br />
estuda<strong>do</strong>; <strong>de</strong>ve transmitir o entusiasmo pelo aprendiza<strong>do</strong> e <strong>de</strong>monstrar a sensação <strong>de</strong> que<br />
aquele conhecimento construí<strong>do</strong> na sala <strong>de</strong> aula fará diferença na vida <strong>do</strong>s alu<strong>no</strong>s. O não<br />
conhecimento <strong>de</strong>sses pontos po<strong>de</strong>rá contribuir para a <strong>de</strong>smotivação <strong>do</strong> alu<strong>no</strong> adulto.<br />
Esse procedimento foi também sugeri<strong>do</strong> por Bachelard (1996), ao afirmar “... que se dê a<br />
cada alu<strong>no</strong> a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar seus argumentos e questionar os colegas, pois quem<br />
recebe instrução e não a transmite, terá um espírito forma<strong>do</strong> sem dinamismo e autocrítica” (p.<br />
300). Assim, o filósofo professor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que se estenda ao alu<strong>no</strong> a prática <strong>do</strong> ensi<strong>no</strong> ativo,<br />
isto é, aquele em que o alu<strong>no</strong> <strong>de</strong>ve não só argumentar, mas, manus<strong>ea</strong>r, interagir com o objeto <strong>de</strong><br />
estu<strong>do</strong> e propor diferentes meios para sua aprendizagem pessoal.<br />
Isso <strong>no</strong>s leva a crer que a formação <strong>do</strong> educa<strong>do</strong>r da EJA precisa <strong>no</strong> momento, <strong>de</strong><br />
instrumentos meto<strong>do</strong>lógicos que possam usar <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada na sua prática pedagógica,<br />
pois em sua maioria o discurso diverge da prática. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta premissa, não po<strong>de</strong>remos ter<br />
um ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> sem um corpo <strong>do</strong>cente qualifica<strong>do</strong> para exercer suas funções como<br />
educa<strong>do</strong>res da EJA.<br />
Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />
Diante da rápida investigação r<strong>ea</strong>lizada <strong>no</strong> município <strong>de</strong> Goiana- PE com relação à<br />
política curricular, meto<strong>do</strong>logia, e entraves <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>/aprendizagem, ficou evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> que<br />
ainda não existe interesse políticos, recursos didáticos, literaturas atualizadas e professores<br />
motiva<strong>do</strong>s nas salas <strong>de</strong> aulas da EJA. Porém, para que possamos mudar esse quadro, faz-se<br />
necessário que a comunida<strong>de</strong> científica produza <strong>no</strong>vas meto<strong>do</strong>logias, recursos e materiais<br />
pertinentes e <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao público adulto <strong>no</strong> intuito <strong>de</strong> facilitar o trabalho <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res que<br />
atuam com essa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, a escola <strong>de</strong>ve combater a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social on<strong>de</strong> os <strong>Jovens</strong> e <strong>Adultos</strong><br />
possam <strong>de</strong>senvolver e utilizar seus conhecimentos, experiências, e potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ser<br />
huma<strong>no</strong> para atuarem <strong>no</strong> meio on<strong>de</strong> estão inseri<strong>do</strong>s e assim, contribuir para o processo <strong>de</strong>
mudança social. Não são apenas os pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s ou bimestrais que <strong>de</strong>vem mudar, mas<br />
as políticas <strong>de</strong>stinadas á elaboração <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas propostas curriculares. Nesse processo, <strong>de</strong>ve-se<br />
levar em conta também, que a experiência é o melhor elemento motiva<strong>do</strong>r <strong>do</strong> adulto, portanto,<br />
o ambiente <strong>de</strong> aprendizagem com pessoas adultas precisa ser perm<strong>ea</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e<br />
incentivo para cada indivíduo falar <strong>de</strong> sua história, idéias, opinião, compreensão e conclusões.<br />
De acor<strong>do</strong> com os i<strong>de</strong>ais da <strong>de</strong>mocracia, Dewey, vê na escola o instrumento i<strong>de</strong>al para<br />
esten<strong>de</strong>r a to<strong>do</strong>s os indivíduos os seus benefícios, ten<strong>do</strong> a educação uma função<br />
<strong>de</strong>mocratiza<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> igualar as oportunida<strong>de</strong>s.<br />
Toman<strong>do</strong> como parâmetro a visão <strong>do</strong> autor, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que o referi<strong>do</strong><br />
instrumento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> em todas as escolas que oferece <strong>Educação</strong> para <strong>Jovens</strong> e<br />
<strong>Adultos</strong>. É nesse senti<strong>do</strong> que os planejamentos <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s por parte <strong>do</strong>s professores que<br />
atuam nessa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> po<strong>de</strong>rão facilitar o processo <strong>de</strong> aprendizagem <strong>do</strong> educan<strong>do</strong><br />
adulto tornan<strong>do</strong>-os capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver competência e habilida<strong>de</strong>s que possam utilizadas<br />
em diferentes contextos sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a valorização <strong>do</strong> meio <strong>no</strong> qual estão inseri<strong>do</strong>s.<br />
Referências:<br />
ARROYO, Miguel. A escola possível é possível. (org). Da escola carente á escola possível.<br />
São Paulo: Edições Loyola, 2006.<br />
BRASIL. MEC. Diretrizes pra uma política nacional <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>de</strong> <strong>Jovens</strong> e <strong>Adultos</strong>.<br />
Brasília, MEC/SEF,1994.(Série Ca<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> Básica.)<br />
DURANTE, M. Alfabetização <strong>de</strong> adultos: leitura e produção <strong>de</strong> textos. Porto Alegre, RS:<br />
Artes Médicas, 1998.<br />
FREIRE, Paulo. <strong>Educação</strong> como prática da liberda<strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Paz e Terra. 1967.<br />
Extensão ou comunicação, 4 ed, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Paz e Terra, 1986.<br />
GADOTTI, Moacir e ROMÃO, J. E. (org.). <strong>Educação</strong> <strong>de</strong> <strong>Jovens</strong> e <strong>Adultos</strong>: teoria prática e<br />
proposta, 4 Ed. São Paulo: Cortez, 2001.<br />
GIL, Antônio Carlos. Méto<strong>do</strong>s e técnicas <strong>de</strong> pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.<br />
OLIVEIRA, Ari Batista <strong>de</strong>. Andragogia. Facilitan<strong>do</strong> a Aprendizagem, Belo Horizonte-MG,<br />
1996.<br />
OLIVEIRA, M.A. M. Parâmetros Curriculares Nacionais: uma análise crítica. Caxambu:<br />
ANPED, 2000.<br />
SILVA, José Vieira da. As dificulda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> ví<strong>de</strong>o em aulas <strong>de</strong> matemática na EJA<br />
<strong>no</strong> Município <strong>de</strong> Goiana-PE. Dissertação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong>. UFRPE, Recife, 2006.
SOARES, Leôncio. & GIOVANETI, Maria Amélia Gomes <strong>de</strong> (orgs). Diálogos na <strong>Educação</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Jovens</strong> e <strong>Adultos</strong>. -2.ed.- Belo Horizonte: Autêntica,2006.<br />
TEIXEIRA, Gilberto. Andragogia e seus princípios. Disponível em:<br />
http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=1&texto=22 acesso em<br />
09/10/2008.