AUTO DA INFÂNCIA - Encontros de Dramaturgia
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espera <strong>de</strong>scobre-se no peito <strong>de</strong> uma madrasta, um coração <strong>de</strong><br />
mãe.<br />
BIEL Não entendo direito!<br />
CEIÇÃO Aos poucos vai enten<strong>de</strong>r. Olhe nos olhos das pessoas que é<br />
por eles que se vê o coração.<br />
BIEL Vem comigo pra me ajudar!<br />
CEIÇÃO Só você po<strong>de</strong> fazer isso! Tenha coragem, tenha fé, tenha<br />
esperança!<br />
BIEL O mundo é perigoso!<br />
CEIÇÃO É, mas não tanto quanto falam! Vai, menino! (ENTREGA-LHE<br />
BIEL Tenho medo!<br />
A CARTA) Nunca se separe <strong>de</strong>ssa carta! Só sua verda<strong>de</strong>ira<br />
mãe sabe o que está escrita nela!<br />
CEIÇÃO Coragem! Mesmo com medo, vai! Dá um abraço! (BIEL<br />
ABRAÇA FORTE CEIÇÃO.) Ninguém nunca está só, Biel! É só<br />
olhar do lado e perceber! (OUVE-SE FORA AS VOZES DO<br />
OGRO E <strong>DA</strong> BRUXA)<br />
OGRO OFF O dia vai ser hoje! (A BRUXA RI)<br />
CEIÇÃO Vai, meu menino! Vai! (ENTREGA-LHE UMA PEQUENA<br />
MOCHILA. BIEL SAI CORRENDO)<br />
Cena 2 – Outras crianças e outros padrastos<br />
ENTRA O NARRADOR-PORCO RONCANDO E FUÇANDO<br />
PRA LÁ E PRA CÁ A PROCURA DE COMI<strong>DA</strong>.<br />
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