AUTO DA INFÂNCIA - Encontros de Dramaturgia
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outro passo. (CRIANÇAS PENSAM UM POUCO REPETINDO<br />
A PERGUNTA. BIEL FAZ O GESTO COM OS DEDOS)<br />
BIEL A tesoura! (ESFINGE SE IRRITA)<br />
ESFINGE Segunda pergunta: O que é que é: no campo é ver<strong>de</strong>, no<br />
caminho é preto e em casa é vermelho? (CRIANÇAS<br />
PENSAM.) Não adianta, vocês não acertam! Vou começar a<br />
comer pelos <strong>de</strong>dos do pé da menina!<br />
CÉU É carvão! É ver<strong>de</strong> quando é árvore, preto quando foi queimado<br />
e vermelho quando vira brasa! E vai comer os pés <strong>de</strong> uma<br />
centopéia pra ver se é bom! (CRIANÇAS VIBRAM, ESFINGE<br />
URRA DE RAIVA E COMEÇA A BRIGAR COM ELA<br />
PRÓPRIA.)<br />
ESFINGE Respon<strong>de</strong> essa: O que é que se põe na mesa, corta, parte e<br />
reparte, mas não se come? (ESFINGE BRIGA CONSIGO)<br />
Essa não, burro! Essa é fácil!<br />
BIEL É o baralho! (CRIANÇAS FESTEJAM)<br />
CÉU Agora <strong>de</strong>ixa a gente passar!<br />
ESFINGE Não!<br />
BIEL Trato é trato!<br />
ESFINGE Fiz trato e faço <strong>de</strong>strato!<br />
CÉU Não é justo!<br />
ESFINGE Vocês são crianças fugidas, talvez até criminosas!<br />
BIEL Não somos!<br />
ESFINGE A sorte vai dizer. Proponho um novo contrato: (ESCREVE)<br />
Escrevo num papelzinho “culpado”, no outro “inocente”. Dobro<br />
e misturo bem misturado nas mãos. Quem escolhe? Se vocês<br />
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