Doseamento do álcool etílico no sangue - Planeta Optimus Clix
Doseamento do álcool etílico no sangue - Planeta Optimus Clix
Doseamento do álcool etílico no sangue - Planeta Optimus Clix
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Quan<strong>do</strong> a determinação <strong>do</strong> <strong>álcool</strong> é feita em cadáveres (ex.: caso de mortes na<br />
estrada), a recolha de <strong>sangue</strong> é feita a partir <strong>do</strong> coração, <strong>no</strong>rmalmente sem ser feita na<br />
autópsia. A amostra recolhida nestas condições pode ser realmente “<strong>sangue</strong> <strong>do</strong><br />
coração” ou somente um flui<strong>do</strong> <strong>do</strong> organismo resultante de da<strong>no</strong>s que provocaram a<br />
morte, os resulta<strong>do</strong>s podem assim ser totalmente falsos. Obviamente, quanto maior for<br />
o traumatismo sofri<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> ruptura de órgãos, maior será o erro cometi<strong>do</strong> ao<br />
analisar a tal amostra de <strong>sangue</strong>. Neste caso, e acompanhan<strong>do</strong> a determinação da<br />
concentração de <strong>álcool</strong> <strong>no</strong> <strong>sangue</strong> deveria ser feita uma análise da composição total da<br />
amostra, ou testes que confirmem que se trata de uma amostra <strong>no</strong>rmal de <strong>sangue</strong> que<br />
vai ser analisada. Mesmo quan<strong>do</strong> são executadas autópsias, é pratica comum a recolha<br />
de uma única amostra de <strong>sangue</strong>, proveniente <strong>do</strong> coração intacto.<br />
A prática que é seguida e aconselhada pelos patologistas é a recolha de várias<br />
amostras de <strong>sangue</strong>. Assim, deveria ser recolhi<strong>do</strong> <strong>sangue</strong> <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> <strong>do</strong> coração<br />
quan<strong>do</strong> intacto e das veias femural e cubital, para que possa ser confirmada a<br />
distribuição de <strong>álcool</strong> <strong>no</strong> <strong>sangue</strong> através <strong>do</strong> organismo.<br />
Um alto teor de <strong>álcool</strong> <strong>no</strong> estômago de um cadáver pode causar difusão <strong>do</strong> mesmo a<br />
partir <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> estomacal, para o fluí<strong>do</strong> pericardial e algumas vezes para o <strong>sangue</strong><br />
<strong>do</strong> coração. Analisan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s de vários estu<strong>do</strong>s feitos, verificamos que as<br />
opiniões não coincidem. Enquanto que alguns autores concluem que há um aumento<br />
níti<strong>do</strong> de <strong>álcool</strong> <strong>no</strong> fluí<strong>do</strong> pericardial e <strong>no</strong> <strong>sangue</strong> <strong>do</strong> coração proveniente de uma<br />
difusão <strong>do</strong> estômago, outros há que afirmam que esta migração post-mortem <strong>do</strong> <strong>álcool</strong><br />
é pouco significativa.<br />
As amostras de <strong>sangue</strong> devem ser recolhidas <strong>do</strong> cadáver o mais ce<strong>do</strong> possível, ou,<br />
caso contrário, este deve ser armazena<strong>do</strong> imediatamente em câmara frigorífica. Este<br />
princípio deve ser sempre cumpri<strong>do</strong> a fim de obtermos os resulta<strong>do</strong>s que<br />
correspondam ao valor inicial da alcoolémia. Se estas condições não forem<br />
verificadas vão aparecer alterações deste valor devi<strong>do</strong> a uma destruição ou<br />
neoformação de <strong>álcool</strong> post-mortem resultante da fermentação <strong>no</strong>s vários teci<strong>do</strong>s.<br />
URINA<br />
A determinação da concentração de <strong>álcool</strong> na urina poderá ter interesse <strong>no</strong>s casos em<br />
que não seja possível a obtenção de uma amostra de <strong>sangue</strong>, como é o caso de<br />
indivíduos para quem esta recolha possa ser gravemente prejudicial à saúde<br />
AR EXPIRADO<br />
Á medida que os aparelhos de análise de ar expira<strong>do</strong> se vão aperfeiçoan<strong>do</strong>, vai<br />
haven<strong>do</strong> crescente confiança <strong>no</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s <strong>no</strong>vos analisa<strong>do</strong>res.<br />
Antes da recolha da amostra de ar expira<strong>do</strong> recomenda-se a lavagem da boca com<br />
água. Esta amostra é <strong>no</strong>rmalmente analisada imediatamente depois da recolha, mas<br />
pode ser armazenada durante cerca de duas horas num saco de cloreto de polivinilo ou<br />
de alumínio flexível.<br />
14