18.05.2013 Views

O papel do Controle Externo TCU, TCE, TCM - TCM-CE

O papel do Controle Externo TCU, TCE, TCM - TCM-CE

O papel do Controle Externo TCU, TCE, TCM - TCM-CE

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

,<br />

Sempre que necessidades antigas são satisfeitas, surgem necessidades<br />

novas, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> aparecem recursos disponíveis. Por<br />

isso é que é necessário estabelecer normas rígidas em matéria orçamentária,<br />

pois para muitos administra<strong>do</strong>res públicos parece que<br />

sempre há recursos disponíveis, independentemente de receita.”<br />

Atualíssimo o alerta <strong>do</strong> ministro, apesar de tê-lo feito em 1993.<br />

Com efeito, diferentemente <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> que a maioria tem com<br />

seus bens particulares, o mesmo não se pode dizer quan<strong>do</strong> se trata<br />

de bem público. Até coisas simples, como apagar uma luz, desligar<br />

um ar-condiciona<strong>do</strong> ou trocar o reparo de uma torneira, a conduta<br />

da maioria é diferente, se isto pertence ao particular ou ao público.<br />

Se a maioria <strong>do</strong>s administra<strong>do</strong>s, que não tem a caneta na mão<br />

nem poder de decidir, age assim, imagine um Administra<strong>do</strong>r Público<br />

se conduzin<strong>do</strong> dessa forma... E o pior, solto, livre, sem Tribunal<br />

de Contas a lhe fi scalizar.<br />

Cabe lembrar que os Tribunais de Contas, infelizmente, não têm<br />

competência constitucional para executar suas decisões. Elas são remetidas<br />

ao Ministério Público, braço da sociedade que tem o poder<br />

para provocar o Judiciário no senti<strong>do</strong> de afastar concretamente, e<br />

prender, se for o caso, os maus administra<strong>do</strong>res.<br />

Resta ao <strong>TCM</strong>-<strong>CE</strong> cumprir a sua missão, que é “Garantir uma<br />

efetiva e correta aplicação <strong>do</strong>s recursos públicos municipais para o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> Ceará”.<br />

Síntese<br />

Este fascículo teve como escopo principal abordar<br />

o <strong>papel</strong> <strong>do</strong> controle externo na administração<br />

pública brasileira. Inicialmente, foi apresenta<strong>do</strong><br />

o conceito de controle, e a diferença<br />

entre controle interno, controle externo e autotutela<br />

da administração. Em seguida, discutiuse<br />

o Sistema de <strong>Controle</strong> <strong>Externo</strong> no Brasil. Na<br />

ocasião, foi abordada a divisão de competência<br />

entre os diferentes tribunais de contas. Como<br />

regra geral, tem-se que compete ao <strong>do</strong>no <strong>do</strong> recurso<br />

fi scalizar a sua correta aplicação. Assim,<br />

se um recurso é de origem estadual, a fi scalização<br />

será feita por este ente da federação, por<br />

meio de seu tribunal de contas.<br />

Parte <strong>do</strong> fascículo foi dedicada ao tema multiplicação<br />

das ações <strong>do</strong>s tribunais de contas.<br />

Como demonstra<strong>do</strong>, desde a promulgação<br />

da Constituição Federal, diversas leis vêm<br />

aumentan<strong>do</strong> as atribuições das cortes de<br />

contas, com destaque para a Lei de Responsabilidade<br />

Fiscal, considerada um divisor<br />

de águas para administração pública brasileira.<br />

Com intuito de aperfeiçoar a atividade<br />

de controle, foi abordada a necessidade de<br />

maior integração entre as diversas esferas de<br />

controle. Dessa forma, haveria melhor compartilhamento<br />

das informações produzidas,<br />

o que evitaria esforços em duplicidade, bem<br />

55

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!