A solução de problemas segundo Pozo - Ufrgs.br
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Assim, <strong>Pozo</strong> <strong>de</strong>staca a importância da <strong>solução</strong> <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> como uma<<strong>br</strong> />
forma <strong>de</strong> “resolver para apren<strong>de</strong>r e apren<strong>de</strong>r para resolver”.<<strong>br</strong> />
4.3.1 Exercícios e Problemas<<strong>br</strong> />
A Matemática é comumente associada à re<strong>solução</strong> <strong>de</strong> <strong>problemas</strong>. Mas<<strong>br</strong> />
cabe ressaltar que nem toda ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida numa aula <strong>de</strong> Matemática é <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
fato um problema.<<strong>br</strong> />
Encontramos nas outras áreas do conhecimento a concepção <strong>de</strong> que um<<strong>br</strong> />
aluno que vai bem em matemática é dotado <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas capacida<strong>de</strong> intelectuais.<<strong>br</strong> />
Esta concepção reflete o pensamento formalista e i<strong>de</strong>alista <strong>de</strong> Platão, <strong>segundo</strong> a<<strong>br</strong> />
qual o estudo <strong>de</strong> aritmética tem um efeito positivo so<strong>br</strong>e os indivíduos na medida<<strong>br</strong> />
em que eles são o<strong>br</strong>igados a raciocinar. Teríamos aqui uma justificativa para que<<strong>br</strong> />
se ensine matemática: ela representa um treinamento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> raciocínio<<strong>br</strong> />
e <strong>de</strong> pensamento que, supostamente, po<strong>de</strong>riam ser generalizadas a outras áreas do<<strong>br</strong> />
currículo e à vida diária.<<strong>br</strong> />
Temos também a concepção mais utilitária da matemática que tem<<strong>br</strong> />
origem no pensamento <strong>de</strong> que a matemática estaria a serviço das outras ciências.<<strong>br</strong> />
Sempre que a ativida<strong>de</strong> proposta se basear no uso <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e<<strong>br</strong> />
rotinas automatizadas como conseqüência <strong>de</strong> uma prática contínua, estaremos diante<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> um exercício. Já um problema é uma situação nova ou diferente do que já foi<<strong>br</strong> />
aprendido, que requer a utilização estratégica <strong>de</strong> técnicas já conhecidas.<<strong>br</strong> />
A <strong>de</strong>terminação ou classificação <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> como exercício ou<<strong>br</strong> />
problema é bastante <strong>de</strong>licada. Uma mesma ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser para um <strong>de</strong>terminado<<strong>br</strong> />
sujeito um exercício e para outro um problema. E, algumas vezes, um problema<<strong>br</strong> />
passa a ser um exercício, pois a estratégica técnica envolvida na sua <strong>solução</strong> passa<<strong>br</strong> />
a não ser mais uma novida<strong>de</strong> e sim uma rotina.