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Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia ...

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S2 Comissão <strong>de</strong> Asma <strong>da</strong> SBPT, Grupo <strong>de</strong> Trabalho <strong>da</strong>s <strong>Diretrizes</strong> para Asma <strong>da</strong> SBPT<br />

montante não exce<strong>da</strong> a 5% <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> familiar.<br />

No Brasil, a implementação <strong>de</strong> um programa<br />

que propicia tratamento a<strong>de</strong>quado e distribuição<br />

<strong>de</strong> medicamentos na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador (BA)<br />

resultou na melhora do controle, <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> familiar. (6)<br />

Fisiopatogenia<br />

Asma é uma doença inflamatória crônica<br />

<strong>da</strong>s vias aéreas, na qual diversas células e seus<br />

produtos estão envolvidos. Entre as células<br />

inflamatórias, <strong>de</strong>stacam-se os mastócitos,<br />

eosinófilos, linfócitos T, células <strong>de</strong>ndríticas,<br />

macrófagos e neutrófilos. Entre as células<br />

brônquicas estruturais envolvi<strong>da</strong>s na patogenia<br />

<strong>da</strong> asma, figuram as células epiteliais, as<br />

musculares lisas, as endoteliais, os fibroblastos,<br />

os miofibroblastos e os nervos. (1) Dos mediadores<br />

inflamatórios já i<strong>de</strong>ntificados como participantes<br />

do processo inflamatório <strong>da</strong> asma, <strong>de</strong>stacam-se<br />

quimiocinas, citocinas, eicosanoi<strong>de</strong>s, histamina<br />

e óxido nítrico.<br />

O processo inflamatório tem como<br />

resultado as manifestações clínico-funcionais<br />

características <strong>da</strong> doença. O estreitamento<br />

brônquico intermitente e reversível é causado<br />

pela contração do músculo liso brônquico, pelo<br />

e<strong>de</strong>ma <strong>da</strong> mucosa e pela hipersecreção mucosa.<br />

A hiper-responsivi<strong>da</strong><strong>de</strong> brônquica é a resposta<br />

broncoconstritora exagera<strong>da</strong> ao estímulo que<br />

seria inócuo em pessoas normais. (1,7) A inflamação<br />

crônica <strong>da</strong> asma é um processo no qual existe<br />

um ciclo contínuo <strong>de</strong> agressão e reparo que<br />

po<strong>de</strong> levar a alterações estruturais irreversíveis,<br />

isto é, o remo<strong>de</strong>lamento <strong>da</strong>s vias aéreas.<br />

História natural<br />

Os <strong>de</strong>terminantes <strong>da</strong> história natural <strong>da</strong> asma<br />

são pouco compreendidos, e ain<strong>da</strong> não é possível<br />

traduzir as observações <strong>de</strong> estudos longitudinais<br />

para uma <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong> prognóstico.<br />

Lactentes e crianças pré-escolares com sibilância<br />

recorrente apresentam evoluções varia<strong>da</strong>s, que<br />

estão provavelmente vincula<strong>da</strong>s a diferentes<br />

mecanismos imunopatológicos subjacentes que<br />

levam a limitação ao fluxo aéreo. Ain<strong>da</strong> não é<br />

possível predizer com segurança o curso clínico<br />

<strong>da</strong> sibilância entre lactentes e pré-escolares. (8)<br />

O risco <strong>de</strong> persistência <strong>da</strong> asma até a i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

adulta aumenta com a gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> doença,<br />

a presença <strong>de</strong> atopia, tabagismo e gênero<br />

J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46<br />

feminino. (9) Não se sabe ao certo ain<strong>da</strong> se a<br />

limitação ao fluxo aéreo associa<strong>da</strong> a asma<br />

já existe <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento ou se essa se<br />

<strong>de</strong>senvolve juntamente com os sintomas. Não<br />

é clara tampouco a associação entre hiperresponsivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

brônquica na criança e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> asma ou sibilância. Nem<br />

a prevenção primária por meio do controle <strong>de</strong><br />

fatores ambientais, nem a prevenção secundária<br />

por meio do uso <strong>de</strong> corticoi<strong>de</strong>s inalatórios<br />

mostraram-se capazes <strong>de</strong> modificar a progressão<br />

<strong>da</strong> doença em longo prazo na infância. (10)<br />

As principais características que têm sido<br />

utiliza<strong>da</strong>s para prever se a sibilância recorrente<br />

na criança irá persistir na vi<strong>da</strong> adulta são as<br />

seguintes: diagnóstico <strong>de</strong> eczema nos três<br />

primeiros anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>; pai ou mãe com<br />

asma; diagnóstico <strong>de</strong> rinite nos três primeiros<br />

anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>; sibilância sem resfriado (virose);<br />

e eosinofilia sanguínea > 3% (na ausência <strong>de</strong><br />

parasitoses). (11-14)<br />

Referências<br />

1. Global Initiative for Asthma – GINA [homepage on the<br />

Internet]. Bethes<strong>da</strong>: Global Initiative for Asthma. [cited<br />

2011 Apr 1] Global Strategy for Asthma Management<br />

and Prevention, 2010. [Adobe Acrobat document,<br />

119p.] Available from: http://www.ginasthma.org/pdf/<br />

GINA_Report_2010.pdf<br />

2. Solé D, Wan<strong>da</strong>lsen GF, Camelo-Nunes IC, Naspitz CK;<br />

ISAAC - Brazilian Group. Prevalence of symptoms of<br />

asthma, rhinitis, and atopic eczema among Brazilian<br />

children and adolescents i<strong>de</strong>ntified by the International<br />

Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) -<br />

Phase 3. J Pediatr (Rio J). 2006;82(5):341-6.<br />

3. Solé D, Camelo-Nunes IC, Wan<strong>da</strong>lsen GF, Pastorino<br />

AC, Jacob CM, Gonzalez C, et al. Prevalence of<br />

symptoms of asthma, rhinitis, and atopic eczema in<br />

Brazilian adolescents related to exposure to gaseous air<br />

pollutants and socioeconomic status. J Investig Allergol<br />

Clin Immunol. 2007;17(1):6-13.<br />

4. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil. Departamento <strong>de</strong><br />

Informática do SUS [homepage on the Internet].<br />

Brasília: DATASUS [cited 2012 Jan 25] . Morbi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

hospitalar do SUS – por local <strong>de</strong> internação – Brasil.<br />

Available from: http://tabnet.<strong>da</strong>tasus.gov.br/cgi/tabcgi.<br />

exe?sih/cnv/miuf.<strong>de</strong>f<br />

5. Santos LA, Oliveira MA, Faresin SM, Santoro IL, Fernan<strong>de</strong>s<br />

AL. Direct costs of asthma in Brazil: a comparison<br />

between controlled and uncontrolled asthmatic patients.<br />

Braz J Med Biol Res. 2007;40(7):943-8.<br />

6. Franco R, Nascimento HF, Cruz AA, Santos AC, Souza-<br />

Machado C, Ponte EV, et al. The economic impact<br />

of severe asthma to low-income families. Allergy.<br />

2009;64(3):478-83.<br />

7. Cockcroft DW. Direct challenge tests: Airway<br />

hyperresponsiveness in asthma: its measurement and<br />

clinical significance. Chest. 2010;138(2 Suppl):18S-24S.

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