PIBID-FÍSICA Programa Institucional de Bolsa de ... - pibid/ufsj

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Relatório Semestral
Eduardo Henrique Gouvêa de Mendonça Junior
Bolsista
Cibele Andrade Resende Machado
Professor Supervisor da Escola
João Antônio Corrêa Filho
Professor Coordenador
Agosto de 2010
PIBID-FÍSICA

RESUMO
Executando os trabalhos realizados no segundo ano da Escola Estadual
Governador Milton Campos (Polivalente), tendo como Professora
Coordenadora a professora Cibele Andrade Resende Machado no período de
Fevereiro a Julho de 2010.
OBJETIVOS
Temos como principal objetivo com o Pibid, mostrar aos alunos outro
lado da Física, não só aquela de contas e fórmulas, mas uma Física
experimental, uma Física de aplicações, revelar aos alunos que a Física está
no seu dia-a-dia e que tudo o que é estudado tem um motivo, tem um por quê.
1. RELATO
1.1 Descrições das atividades na UFSJ
O grupo se reúne todas as quartas-feiras, às duas horas da tarde para
apresentação e análise dos trabalhos, informes da coordenação e discussão
das próximas atividades realizadas pelos bolsistas.
Nesse primeiro semestre participei de um mini-curso da professora
Jesuína que tinha como abordagem principal Piaget, foi um mini-curso
interessante apesar de não ter participado todos os dias, mas na leitura do
material dava para perceber que o graduando começava a criar uma nova
visão do que é ser professor e principalmente de como é ser um educador.
Participei de um curso de Flash, para animação de projetos de sala de
aula e projeto de sites para internet. O curso conta com um pouco de
programação e estética para elaboração de layout de páginas de internet. Foi
um curso muito legal, pois com ele deu para aprender um pouco desse novo
mundo de animações em Flash.
Vimos um documentário sobre John Dewey, que contava um pouco
sobre sua vida acadêmica e sobre suas pesquisas no âmbito da educação. Foi
um filme que eu particularmente gostei muito, pois empregava uma forma de
trabalho com os alunos que eu gosto muito, o pragmatismo, que é mostrar ao
aluno que aquilo só tem uma finalidade se puder ser resolvido com algum
problema, não somente em uma “conta”, mas com uma utilidade prática em
coisas do comum.
Participei também de uma palestra que falava sobre a categorização dos
diversos tipos de alunos do ensino médio, que tinha como abordagem saber
classificar os alunos não somente pela sua atuação em sala de aula mas
conhecendo também o seu círculo de amizades, sua família e o apoio que

essas pessoas dão aos alunos para permanecerem nas escolas. Foi muito
interessante, pois como estou indo na escola e eu tenho uma turma no
cursinho pré-vestibular, você começa a perceber que realmente existem esses
tipos de alunos e de como é grande a influência externa sobre ele e isso é
muito importante para o professor saber por que ele ganha uma nova arma
para trabalhar com aquele aluno, ajudando-o em sua vida, seja ela dentro da
escola ou fora.
Participei também de um mini-curso de Oratória e Expressão que dava
algumas dicas de como se portar frente a uma sala de aula. Foi legal porque foi
um voluntário do projeto que deu a idéia do mini-curso, pois ele havia notado
que alguns bolsistas se sentiam mais presos do que outros pra falar com os
alunos e foi ele mesmo que dirigiu o mini-curso de forma descontraída e
conseguiu passar aos bolsistas a forma correta de como se deve falar para o
público em questão.
1.2 Descrições das atividades na Escola
Estou atuando em quatro turmas do segundo ano da Escola Estadual
Governador Milton Campos (Polivalente), tendo como professora a Cibele.
A equipe conta com os bolsistas Eduardo, Rafaella e Cínthia. Todas as
atividades são elaboradas em grupo e sempre contamos com o apoio da
professora Cibele para pegarmos idéias e saber se as nossas idéias são boas.
Dentre algumas atividades que executamos com os alunos temos
monitorias extra turno, acompanhamento na sala de aula e quando a
professora Cibele pediu um experimento aos alunos e nós os ajudamos na
realização do projeto veio a idéia de criar o mini-curso e ensinar aos alunos
como redigir um relatório científico.
Temos como principal atividade os mini-cursos que são ministrados
quinzenalmente às sextas-feiras com duas horas de duração, no turno da
tarde. O trabalho tem como objetivo mostrar aos alunos tanto a parte
experimental como a teórica de uma forma diferente, com vídeos, animações e
experimentos. A idéia é dar utilidade a Física, mostrar que ela atua a todo o
momento na vida deles, por isso sempre apresentamos a eles coisas que são
do seu convívio diário. Ao final de cada mini-curso temos um breve momento
de confraternização, onde é oferecido um lanche aos alunos, feito pelo grupo, e
é nesse momento que estamos mais próximos deles que aproveitamos para
conhecê-los um pouco mais.
Os temas escolhidos dos mini-cursos foram direcionados no conteúdo
dado pela professora Cibele, no intuito de dar um reforço aos alunos,
mostrando a eles a utilidade do conteúdo visto em sala de aula.

No primeiro mini-curso o tema abordado foi Termometria, onde
mostramos para eles a diferença entre calor e temperatura, através de
conceitos básicos que podem ser facilmente observados no dia-a-dia.
Mostramos alguns vídeos para eles, um desses vídeos falava sobre a criação
do termômetro e propusemos a eles a criação de um termômetro e que fosse
criado um nome para a escala e uma fórmula para conversão. Com materiais
de baixo custo e fácil aquisição, os alunos pegaram álcool misturado com carga
de caneta e colocaram dentro de um pequeno saleiro e o vedaram com uma
borracha, sendo que a única saída fosse por um tubo de caneta vazio. Os
alunos colocaram o termômetro caseiro dentro de uma vasilha com gelo e
marcaram a temperatura como sendo de 0º e em seguida colocaram numa
vasilha com água quente e marcaram a temperatura como sendo de 100º.
Pegando o exemplo da fórmula de Fahrenheit os alunos conseguiram de forma
bastante aproximada chegar numa temperatura próxima do grau Celsius.
C / 5 = (F-32) / 9
No segundo mini-curso o tema abordado foi Dilatação, nele falamos
sobre dilatação linear, superficial e volumétrica e também dilatação dos
líquidos. Mostramos algumas fotos de trilhos de trem tortos e falamos que isso
aconteceu devido a falta de espaçamento entre os trilhos, pois quando o trem
passa por eles, os mesmos esquentam muito e sofrem essa dilatação e o
espaçamento correto serve para não encostar um no outro, não o entortando.
Na hora da experimentação o desafio era observar a dilatação de sólidos e
líquidos e relatar o que acontecia com os mesmos. No momento dos sólidos
esquentamos alguns milhos de pipoca com um pouco de óleo e deu para
observar o momento exato em que o milho estourava e com o líquido
colocamos leite e os alunos puderam observar o momento em que o leite
“sobe”.
A professora Cibele nos pediu para fazer uma aula experimental com os
alunos no turno da manhã, alegando que como nem todos os alunos podem
comparecer no turno da tarde, seria uma forma de prestigiar esses alunos. O
tema do experimento foi Equilíbrio Térmico e nós mostramos a eles como
acontece e como deve ser feito o calculo para se achar o equilíbrio térmico dos
materiais. O material utilizado foi água quente e água fria. Medimos a
temperatura da água quente e em seguida a temperatura da água fria,
colocamos as duas águas dentro de um terceiro recipiente e medimos a sua
temperatura. O objetivo era através do calculo encontrar a mesma temperatura.
∆Q = ∆Q
Os alunos encontraram os valores um pouco diferente do que eles
anotaram do termômetro, eles nos questionaram, primeiro pensando que
calculo deles estava errado, depois acharam que a medição no termômetro
estava errada, perguntaram a Cibele, que estava presente no dia, o que estava

errado, e depois de muita discussão entre nós e eles, os mesmos conseguiram
chegar a uma conclusão plausível, eles se lembraram dos mini-cursos e
perceberam que o meio cede calor muito rápido para o ambiente, ou seja,
quando eles estavam no processo de misturar as águas, a temperatura da
água quente já não era mais a mesma da medição. No final da aula algumas
alunas que recusaram nossos convites anteriores nos procuraram para
estarem participando dos mini-cursos.
No terceiro mini-curso falamos sobre Calorimetria, e retomamos alguns
conceitos de calor e passamos as fórmulas de Calorimetria, ressaltamos os
conceitos de calor e suas trocas por condução, convecção e irradiação,
passamos vários vídeos de trocas de calor e mostramos uma animação que
mostrava como as moléculas se portavam diante do calor que era submetido.
Q = m. c. ∆θ Q = m. L C = m. c
Nossa proposta aos alunos foi de pegarem um cubo de gelo, medir sua
temperatura e aquecê-lo e marcar em quanto tempo ele demoraria a passar de
fase e quando se torna líquido eles fariam uma nova medição da temperatura e
iriam marcar novamente o tempo que levaria para começar a evaporar. Nesse
mini-curso os alunos receberam um kit contendo um caderno, lápis, borracha,
caneta e régua. Os alunos começaram a relatar o experimento ali mesmo no
novo “caderno de laboratório”, assim chamado por eles.
Devido aos jogos da Copa do Mundo não conseguimos executar outros
trabalhos, pois vários jogos do Brasil aconteceram na sexta-feira.
Todos os relatórios sempre eram entregues a professora Cibele que
avaliava e nos passava os resultados obtidos pelos alunos e não só a Cibele,
mas também nós bolsistas percebemos uma grande melhora por parte dos
alunos, não só na parte de conteúdo mas principalmente na parte de começar
a enxergar a Física de forma diferente. Mesmo sendo num horário diferente do
horário da escola, os alunos tem procurado bastante e tem mostrado bastante
interesse nos conteúdos da Física, o que deixa bem claro a importância do
projeto na vida escolar dos alunos e tem sido de grande satisfação pra eu estar
trabalhando com esses alunos, pois a cada encontro eu tenho aprendido um
pouco mais com eles e principalmente com a Cibele.
2. Expectativas e Impressões
Sempre tive grandes expectativas com o Polivalente, porque eu sempre
ouvi muitos elogios da escola e também eu conheço vários alunos que
estudam na escola. Talvez o meu maior desafio fosse de como eles iriam me
ver dentro da sala de aula, como o amigo deles ou como professor e as
conversas que tivemos no início dos trabalhos, os acompanhamentos foram de

grande valia justamente para isso, serviu para quebrar essa barreira e eu
consegui mostrar para eles que dentro da sala de aula eu sou o professor
deles, o que foi muito bom.
A cada encontro eu ainda me impressiono com os alunos e quando
conversamos com a Cibele ela vem toda animada dizendo que os “meninos”
estão melhorando cem por cento, que o interesse deles aumentou, eles
começam a gostar de Física, porque eles estão vendo alguma aplicabilidade no
que eles estão estudando.
3. Atividades para o segundo semestre
Para o segundo semestre voltaremos com as atividades do mini-curso,
porem pretendemos algumas modificações, uma delas é que nossos minicursos
são o fechamento da matéria da Cibele, ou seja, depois que os alunos
viram a matéria eles vêem a aplicação do conteúdo no mini-curso, agora
estamos com a idéia de abrir o conteúdo, ficar na frente da Cibele, eles vão ver
primeiro a aplicação do conteúdo e depois eles vão rever os conceitos dentro
da sala de aula com a Cibele. Os mini-cursos continuarão da mesma forma de
quinze em quinze dias, às sextas-feiras no período da tarde com duração de
duas horas, caso a idéia seja aceita estaremos conversando com a Cibele para
a criação de um cronograma, sabendo que o primeiro mini-curso acontecerá no
dia treze de agosto.
Outra idéia foi a criação de um nome para as atividades de sexta-feira e
pesquisando alguns livros me surgiu uma idéia um “pouco louca”. O nome do
grupo poderia ser Grupo de Atividades Experimentais Hércules. A idéia surgiu
de um comentário que sempre ouvimos relacionado à Física que é: “A Física é
um bicho de sete cabeças”. Segundo a mitologia grega, Hércules filho de Zeus
foi o único mortal que conseguiu matar a Hidra (criatura mítica de sete
cabeças). A idéia seria justamente essa mostrar que estamos ali sem medo
nenhum desse bicho, que iremos enfrentá-la e iremos derrotá-la, mostrar aos
alunos que a Física pode ser e é uma ciência muito bacana de se trabalhar.
4. Referências Bibliográficas
WWW.sofisica.com.br
WWW.youtube.com
WWW.adorofisica.com.br
WWW.feiradeciencias.com.br

Sampaio, José Luiz
Física: volume único / José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada
Segunda edição SP, 2005 editora Atual
Dos Anjos, Ivan Gonçalves
Física: volume único / Ivan Gonçalves dos Anjos
Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, SP, 2003
São João Del Rei/MG, agosto de 2010
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Bolsista