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grau 11 – sub∴ cav∴ eleito dos xii liberdade - Site Inspetoria

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UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAN INGENTIS ORDO AB CHAO<br />

Supremo Conselho do Grau 33 do REAA da Maçonaria para República Federativa do Brasil<br />

1ª Região Litúrgica do Paraná<br />

ELP APOLÔNIO DE TYANA<br />

Vale de Curitiba, 02 de junho de 2.010<br />

GRAU <strong>11</strong> <strong>–</strong> SUB CAV ELEITO DOS XII<br />

LIBERDADE:<br />

A Perenidade da Maçonaria e as limitações do Homem Maçom”<br />

Ir VALÉRIO SEBASTIÃO STABACK<br />

1


“As verdadeiras raízes da honestidade e da virtude<br />

repousam na boa educação.” (Plutarco).<br />

A Perenidade de uma Instituição Universal, como o é a Maçonaria, mantida<br />

por seus componentes, os Maçons com suas limitações, eis aqui dois extremos de<br />

um pensamento, permea<strong>dos</strong> em todas as suas manifestações por princípios de<br />

<strong>liberdade</strong>. Perenidade mantida por limitações, apesar de parecer ser uma oração<br />

contraditória, não o é quando se tem em mente a certeza insofismável e a<br />

justificação inquebrantável de que ela é, máxime de dúvidas, a demonstração<br />

concretizada da justeza e da perfeição da vontade do G:. A;. D.: U.:<br />

Discorrer sobre essas questões só é possível porque estamos tratando de<br />

princípios Maçons angaria<strong>dos</strong> durante a nossa trajetória de inicia<strong>dos</strong> em sublimes<br />

mistérios maçônicos.<br />

A beleza e a sublimação da Instrução do Gr.:. <strong>11</strong> emanam desde o seu<br />

princípio ao seu fim. Durante to<strong>dos</strong> os momentos instrutivos desse Gr.: somos<br />

incita<strong>dos</strong> à ação, à politização e a conscientização atinentes à organização sócio <strong>–</strong><br />

político <strong>–</strong> econômica de um país, uma nação <strong>–</strong> o local onde se vive e se aperfeiçoa.<br />

A <strong>liberdade</strong>, porém, é o ponto central deste labor. Na instrução propriamente<br />

dita essa virtude aparece com ênfase destacada na página 87, quando o Secretário<br />

da Sessão traça evidências sobre a essência e a razão de ser do uso discernido,<br />

parcimonioso, sereno, equânime, lídimo e sábio da <strong>liberdade</strong>, qualidades essas<br />

inerentes por natureza à Maçonaria.<br />

“Sem <strong>liberdade</strong> não existe pensamento. Onde não há <strong>liberdade</strong> e<br />

educação a barbárie impera e as escravidão aniquila. A prática<br />

da virtude e da honra é impossível neste caso. Uma coisa é a<br />

legislação e outra é a constituição que rege os povos. Nada pode<br />

negar ao povo o direito soberano de exigir garantias e condições<br />

de sobrevivência que gozem do direito político de eleger e serem<br />

<strong>eleito</strong>s, nomear e serem nomea<strong>dos</strong>, fazer leis sábias a fim de<br />

assegurar a paz, a tranqüilidade e a estabilidade da coletividade<br />

que representa.”<br />

Nesse diapasão, é de se convir que só somos felizes desde que cada<br />

um de nós usufrua livremente do direito de expressar sua opinião, mas sem<br />

conspurcar as condições necessárias e eficientes do raciocínio lógico de que<br />

2


sozinho nenhum homem pode se garantir contra o mal e conquistar o bem. Ele<br />

necessita sempre de ajuda.<br />

A Instrução em comento traz a lume o entendimento de que Salomão, com<br />

genialidade ímpar e copiosa, visando um pouco de bem <strong>–</strong> estar para os povos que<br />

governava, único objetivo de toda a política, escolheu os 12 cavaleiros dota<strong>dos</strong> de<br />

mentes bastante abertas para compreender e bastante dóceis para obedecer.<br />

Essa duas premissas: compreender e obedecer, constituem o corolário da<br />

filosofia kantiana, quando trata do problema da maioridade intelectual do<br />

pensamento, que se deu com o advento do iluminismo na França, no século XVIII,<br />

segundo Kant, onde o homem, por ter atingido o cimo da <strong>liberdade</strong> e do direito de<br />

pensar, encontrava dificuldade para obedecer. Kant, com suas liças sempre<br />

oportunas para a evolução do pensamento, propalava: “faça o que quiser, pense o<br />

que quiser, mas, obedeça!”<br />

Por outro prisma, extrai-se também da Instrução a compreensão de que é a<br />

<strong>liberdade</strong> de pensamento que determina a política interna, bem como a forma e o<br />

regime de governo de um país, luminosidade essa, aliás, deveras propiciada para<br />

nós, neófitos inician<strong>dos</strong>, pelo Eminente Irm.: Milléo, durante a brilhante palestra que<br />

proferiu, no decorrer da Sessão de Iniciação do Gr.: <strong>11</strong>. Mas <strong>liberdade</strong> de<br />

pensamento não se confunde com preconceito, que é uma opinião sem julgamento.<br />

Vivemos em sociedade; não há nada, portanto, de verdadeiramente bom para nós<br />

senão o que proporciona o bem da sociedade.<br />

Aliás, essa Instrução veio bem a calhar como uma moção de repúdio a tudo o<br />

que está acontecendo na Casa de Leis, Casa do Povo paranaense, a Assembléia<br />

Legislativa, que foi transformada, por alguns néscios e incautos pseudopolíticos, em<br />

palco de usufruto de bens particulares seus, porquanto atuam como usurpadores do<br />

poder que lhes fora outorgado por sufrágio universal emanado da vontade do povo,<br />

corolário da democracia. É dever de todo Maçom, e precipuamente de um Cavaleiro<br />

<strong>dos</strong> 12, combater esse tipo de homem, mencionado na instrução como<br />

“mentecapto”. Esse é um exemplo nítido de que a <strong>liberdade</strong> deve ser usada com<br />

cuidado, tal qual apregoa a Instrução. Ser livre é poder escolher entre o bem e o<br />

mal. É poder fazer suas próprias escolhas. É certo, como visto pelos escândalos de<br />

desman<strong>dos</strong> da Assembléia Legislativa do Paraná, que escolhas dão azo para o<br />

3


aparecimento do erro, do engano. Mas o importante doravante é que o povo<br />

conserte o erro cometido outrora, quando deram poder a esses aventureiros da<br />

verdadeira política, distribuidores da nefasta politicagem insana, medíocre, e<br />

malfeitores da sociedade.<br />

Para tal, mister se faz necessário invocar uma das muitas magníficas<br />

orações de Khalil Gibram Khalil, aposta em sua obra Parábolas:<br />

“Se eu for enganado uma vez por uma pessoa, Senhor, castiguea;<br />

se eu for enganado duas vezes pela mesma pessoa, Senhor,<br />

castigue a ela e a mim; mas seu eu for enganado três vezes pela<br />

mesma pessoa, Senhor, Castigue só a mim.”<br />

Outra lição atrelada à Instrução do Gr.: 12, vem do pensamento platônico,<br />

assim estampada:<br />

(...) será governado da melhor maneira e de modo mais eqüânime<br />

aquele Estado em que aquele que deve governar não tenha a<br />

ânsia de fazê-lo, enquanto o contrário ocorre se os governantes<br />

têm ambição pelo poder. (Platão).<br />

Nessa esteira, a organização, a participação e a conscientização, propulsadas<br />

pela <strong>liberdade</strong>, principalmente a de pensamento, nos inspiram e nos impulsionam a<br />

agirmos com a reta consciência e firme convicção de que podemos melhorar, desde<br />

que melhoremos to<strong>dos</strong> juntos, em comunidade, unindo forças em prol de uma<br />

sociedade cada vez mais viva, comprometida com os anseios do povo: objetivo<br />

maior da ação participativa no exercício pleno da cidadania.<br />

CONCLUSÃO<br />

Não é só de ação, de política, de formas de governo e de participação que<br />

trata a Instrução do Gr.:. Não. É por isso que ela, não desprezando as<br />

peculiaridades de todas as outras 10 Instruções pelas quais passamos, tem um tom<br />

de proeficência mais acurado.<br />

Um princípio de esperança se destaca nessa Instrução, quando o T.: V.: P.:<br />

M.; indaga: “Que devemos esperar <strong>dos</strong> inicia<strong>dos</strong>? e o recipiendário responde:<br />

Instrução, civismo, e bom exercício da função. Esse princípio é corroborado por<br />

Santo Agostinho, quando apregoou em sua Obra Confissões:<br />

Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvi<strong>dos</strong>as, a <strong>liberdade</strong>; e<br />

em todas, a caridade.” (Santo Agostinho).<br />

4


Esse princípio é um primor que cai como a mão para a luva quando se fala da<br />

Perenidade da Maçonaria e das Limitações do Homem Maçom. É que só há uma<br />

maneira de acabar com o mal: é responder-lhe com o bem.<br />

São as nossas ações que devem falar por nós; mais vale merecer louvores e<br />

recompensas sem os receber do que receber sem ser digno deles.<br />

A Instrução do Gr.: incute em nós que ser livre é poder fazer escolhas,<br />

sabendo que estas trarão conseqüências, algumas boas, outras, não tão agradáveis.<br />

Ser livre é ter o direito de ter idéias, poder falar o que pensamos e poder fazer tudo<br />

aquilo que temos vontade. Sempre sonhamos e isso é ser livre. Nos dizeres do<br />

Filósofo Sartre: “somos to<strong>dos</strong> condena<strong>dos</strong> em potencial à <strong>liberdade</strong>”. Ser livre é ter a<br />

<strong>liberdade</strong> de expressar os sentimentos, ter a <strong>liberdade</strong> de escolher entre o bom ou o<br />

ruim. Ter a <strong>liberdade</strong> de falar o que bem entender e na hora que quiser. Mas para<br />

cada ato desses tem uma conseqüência. Se se optar em escolher algo errado,<br />

talvez se tenha que carregar isso para toda a vida.<br />

Toda beleza do ser humano consiste em se tornar melhor do que já foi. Esse é um<br />

<strong>dos</strong> comprometimentos de um Cavaleiro <strong>dos</strong> 12 para com a Maçonaria, muito bem<br />

consubstanciada pela Instrução do Gr.: que ele recebeu em momento oportuno.<br />

BIBLIOGRAFIAS:<br />

Fonte: AGOSTINHO, Santo: Confissões, Os Pensadores, Abril Cultural, 2006;<br />

Fonte: KHALIL, Gibram Khalil, Parábolas;<br />

Fonte: KANT, Emmanuel, Os Pensadores, Crítica da Razão Pratica, Abril Cultural,<br />

2001.<br />

( X ) Caso selecionado, autorizo a publicação deste Trabno site da <strong>Inspetoria</strong><br />

Litúrgica, 1ª Região/PR.<br />

( ) Mesmo que selecionado, não autorizo a publicação deste Trabno site da<br />

<strong>Inspetoria</strong> Litúrgica, 1ª Região/PR.<br />

VALÉRIO SEBASTIÃO STABACK,<br />

-Cavaleiro <strong>dos</strong> 12 <strong>–</strong> Gr.: 12-<br />

5

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