O INSÓLITO E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO. - Ifp-reich.com.br
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depois por toda a física, nasce <strong>com</strong> o dinamicismo.Os dinamicistas se opunham aos mecanicistasmaterialistas<<strong>br</strong> />
, <strong>com</strong>o Laplace.Os princípios de unificação a<strong>br</strong>angem principalmente o conceito de<<strong>br</strong> />
energia.(Pinguelli,2001)<<strong>br</strong> />
Magnetismo animal, força “ ódica”, orgone:postulados <strong>com</strong>o presentes nos trabalhos dos três autores,<<strong>br</strong> />
uma “substância”?<<strong>br</strong> />
Prigogine apresenta o vitalismo <strong>com</strong>o problema por não estar dimensionado dentro da perspectiva das<<strong>br</strong> />
energias “naturais”.<<strong>br</strong> />
Reich disse uma vez que Freud, ao postular o conceito de “libido”, criou pela primeira vez a possibilidade<<strong>br</strong> />
de se trazer o exame dos fenômenos da vida emocional para dentro do campo das ciências<<strong>br</strong> />
naturais( mas sem reduzir estes ao materialismo subjacente)<<strong>br</strong> />
Recentemente , uma tese de mestrado de COPPE, UFRJ, so<strong>br</strong>e a noção de “energia”, <strong>com</strong>entando so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
o “orgone”, disse que este não passava de uma “hipótese verbal”, deixando de lado, por descuido<<strong>br</strong> />
ou desconhecimento, centenas de protocolos científicos publicados por Reich e outros colaboradores<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o assunto. Este é só um pequeno exemplo de <strong>com</strong>o o “reconhecidamente científico” envolve<<strong>br</strong> />
muito mais do que simples <strong>com</strong>provação metodologicamente correta. E de <strong>com</strong>o o quadro de referência<<strong>br</strong> />
“energias naturais”, citado por Prigogine, refere-se , de fato, à aquilo que é academicamente<<strong>br</strong> />
reconhecido <strong>com</strong>o verdadeiro.<<strong>br</strong> />
O fato de Mesmer( e os dois outros pesquisadores) ter sido considerado equivocado, no nosso entender,<<strong>br</strong> />
deve-se também às repercussões emocionais nos avaliadores e nas pessoas em geral provocadas<<strong>br</strong> />
pelas convulsões corporais, e no resultante rechaço dos fenômenos <strong>com</strong>o “aviltantes”. Mas o ponto<<strong>br</strong> />
que iremos focar aqui diz respeito às dificuldades do “olhar reducionista” no lidar <strong>com</strong> um fenômeno<<strong>br</strong> />
constituído por aquilo que pode ser descrito <strong>com</strong>o uma” multideterminação.” Sim, claro que havia<<strong>br</strong> />
o que hoje é conhecido <strong>com</strong>o “transe hipnótico”, mas a existência deste não implica na exclusão de<<strong>br</strong> />
efeitos se dando em outras dimensões ou patamares con<strong>com</strong>itantemente. O “passe “mesmerista (<<strong>br</strong> />
ou o magneto) pode induzir a hipnose, assim <strong>com</strong>o também pode atuar num “campo” do e no organismo,<<strong>br</strong> />
afetando o equilí<strong>br</strong>io do sistema nervoso e todos os sistemas interligados; assim, uma “cura”<<strong>br</strong> />
de uma doença ( mesmo do tipo não funcional)pode se dar.O magnetismo , segundo registros da época<<strong>br</strong> />
, produzia efeitos em animais e crianças em idade pré-verbal , não só em adultos articulados.Então,<<strong>br</strong> />
defini-lo <strong>com</strong>o “ apenas sugestão hipnótica” é passar ao largo das verdadeiras implicações. Uma coisa<<strong>br</strong> />
é se pensar uma dinâmica “psicológica” e sua relação <strong>com</strong> o somático(<strong>com</strong>o no modelo da medicina<<strong>br</strong> />
psicossomática) e outra, a idéia de uma intervenção do mesmo tipo que geraria o fenômeno psicoemocional(<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o no exemplo dado) afetando a condição somática diretamente! Ambas, podem se dar<<strong>br</strong> />
ao mesmo tempo, em interconexão. Claro que os detalhes técnicos e metodológicos disto fogem ao<<strong>br</strong> />
escopo deste trabalho .<<strong>br</strong> />
Dissemos acima do rechaço emocional provocado pelas convulsões corporais. Não é necessário nenhuma<<strong>br</strong> />
especialização para se notar a presença do involuntário, do expressivo, do sexual, manifesto<<strong>br</strong> />
não só nos doentes e “sensitivos”, mas também nas pessoas em geral que foram tratadas ou eram<<strong>br</strong> />
voluntários nos experimentos e atividade clínica de Mesmer, Reichenbach e Reich. Este último tinha<<strong>br</strong> />
conhecimento pleno das causas do rechaço e do desconforto provocado por seus trabalhos e teorias.<<strong>br</strong> />
O “involuntário” vem “de baixo”, é “sujo”, “infernal” . E mesmo pessoas cultas e informadas não<<strong>br</strong> />
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